Uma pessoa um voto. Uma pessoa com votos pode ser eleita para qualquer cargo, respeitando pouquíssimos critérios.
Que tipo de pessoa tem sucesso na política? E que tipo de pessoa tem sucesso na política no Brasil?
Aqui na nossa terrinha: A pessoa comunicativa, que promete coisas descabidas sem nenhum critério, não tem compromisso com a verdade, consegue criticar alguém e se aliar com ela no momento seguinte, motivado pelo poder e pelas regalias dadas por este, sem nunca ter dirigido nada na vida, nem com conhecimento teórico para legislar..
Resumindo, um doente.
A maior probabilidade é que esse sujeito seria um fracasso em qualquer empresa competitiva, e exatamente esse perfil fracassado é aquele cuja nossa democracia, influenciada pelo povo (nós), mais privilegia para chegar aos postos mais importantes do estado.
Um executivo super eficiente provavelmente não chegaria à base do poder em uma carreira de estado baseada em votos.
O modelo um voto uma pessoa, ou qualquer pessoa pode se eleger, é o melhor modelo? Alguém já pensou em alguma coisa melhor?
Acho esse modelo disparado o melhor (ou menos ruim), mas eu sou a favor de MUUITAS mudanças. Eu tantaria colocar a democracia a mais próxima possível de seu primeiro modelo, que foi o ateniense.
Partindo do pressuposto que a falta (ou desinteresse) de informação política do povo seja um dos principais problemas, e também pressupondo que política não deve de forma alguma ser uma "profissão", mas apenas um meio onde pessoas "normais" dentre os governados poderiam influenciar o governo, minhas propostas seriam essas:
1- Acabar com a escolha por votação dos parlamentares. Estes seriam eleitos por um misto de concurso + sorteio.
2- Apenas as pessoas que se voluntariassem, e que tivessem um nível mínimo de conhecimento relevante para o cargo (conforme provas oficiais a serem aplicadas) entrariam numa lista de sorteio, que determinaria os parlamentares para um mandato de no máximo 1 ano.
3- O salário que o parlamantar receberia seria rigorosamente igual ao salário que ele recebia na sua profissão presente nos últimos 3 anos (ou + ou -), de forma que ninguém ganharia ou perderia em termos materiais por ser parlamentar. As pessoas de profissões mais "agradáveis" receberiam um bônus como incentivo a deixarem momentaneamente sua profissão para serem parlamantares.
4- O senado continuaria existindo, com a estrutura parecida com a da atual câmara dos deputados, eleitos por voto, mas o voto seria
distrital. Os mesmos critérios quanto a salários expostos anteriormente se aplicariam aí.
5- Estou em dúvida se manteria o sistema presidencialista (chefe do executivo eleito por voto direto para um mandato fixo) ou um parlamantarista (chefe do executivo escolhido pelos parlamentares, sem mandato fixo).
6- A propaganda política que ainda restasse seria regulamentada. Seria padronizada, evitando-se artifícios expressivos inúteis (como musiquinhas, por exemplo).
7- (Proposta mais polêmica minha) Haveria uma cota entre os parlamentares sorteados para pessoas que vivem de negócio próprio.
Eu sei que tudo isso nunca seria implementado, mas não custa sonhar hehe.