Você acha mesmo que a maioria dos grandes compositores ficam fazendo análises e mais análises?
A composição musical AINDA não é ciência exata.
Eu não conheço cálculos matemáticos complexos envolvendo na arte de se compor.
E não me diga que "análise de escala" é análise, por favor! Um músico com um mínimo de sensibilidade percebe que uma nota está fora do tom, ou que determinada sequencia de acorde, de alguma forma, "não combina".
Vá ler sobre contraponto e harmonia.
Nada a ver...
Existe sim uma lógica por trás de toda bela composição, mas o que to querendo dizer é que NÃO É NECESSÁRIO AO COMPOSITOR CONHECER ESTA LÓGICA.
A arte de compor, ainda, é executa de forma espontânea. Um dia, talvez, será feito por computador. Antes que venham os "entendidos" tentar refutar, já aviso: "não existe nenhum software capaz de criar sozinho melodias complexas que agradem ouvidos humanos MAIS DO QUE MELODIAS COMPOSTAS POR HUMANOS SEM APLICAÇÃO DE CÁLCULOS."
Eu não conheço cálculos matemáticos complexos envolvendo na arte de se compor.
Mas deveria. Se já Pitágoras descobriu a relação matemática entre notas musicais e comprimento das cordas ou distância pressionada, você já deve saber que há uma correspondência direta, pois notas musicais são comprimentos de onda sonora.
E daí? Qualquer um, conhecendo essa teoria ou não, é capaz de apreciar uma música ou mesmo compor algo que agrade.
O que eu quis dizer é que não conheço fórmulas utilizáveis para se compor uma seqüencia de notas e acordes de forma a expressar algo musicalmente. E SE Já EXISTE e FOI DESCOBERTA, QUALQUER MÚSICO COM UM MÍNIMO DE SENSIBILIDADE CONSEGUE COMPOR E EXPRESSAR, SEM SABER NADA DISSO! Essa tal "fórmula" pode ajudar, mas ainda não é um recurso PRIORITÁRIO para se usar para compor.
Então harmonia musical e proporcionalidade matemática estão sim relacionadas. Se alguém utiliza conscientemente esta informação para compor , não sei, mas há uma relação matemática sim. E isso explica a harmonia de tonais, assim como acordes em 3a ou 5ta serem como são.
Pode usar sim...
Desde coisas simples como "não fugir da escala porque pode dar dissonância"... Mas te garanto que qualquer músico com um MÍNIMO de sensibilidade é capaz de fazer as coisas sem conhecer teoria e sem fazer análises.
Um cachorro, por exemplo, é capaz de pegar uma bola no ar sem saber nada sobre esquações de 2º grau. Ele tem a "noção" ou "sensibilidade" para prever aonde e quando a bola vai cair. Não precisa pegar a velocidade inicial, ângulo, vento etc, para calculuar tudo. O animal "sente" a coisa e executa, simples!
Na música é semelhante...
Claro que para se lançar um míssel para cair em tal lugar é necessário muito mais exatidão, cálculos e usos de fórmulas.
Mas a música AINDA não chegou neste patamar...
Isso sem falar na divisão dos tempos, ou a progressão numérica num coda, que já fica mais complicado de explicar, e pode levar a comparativos mamíferos sobre relação dia-noite, ou simplesmente o clímax no ato sexual. Deixemos isso para uma discussão sem demonstrações efêmeras de supostas superioridades efêmeras sobre testes fúteis...
Então...
Como você explica que instrumentistas, sem formação alguma em música ou qualquer coisa envolvendo lógica seja capaz de realizar grandes feitos?
É claro que há uma inteligência envolvida, mas o mais importante é estar ENVOLVIDO EMOCIONALMENTE com a música.
A emoção positiva de se criar e apreciar a música é que lhe fornece sensações de prazer e o estimulam a continuar cada nota e cada acorde. Sem isso nem o maior gênio e conhecedor de teoria musical e capacidade analítica será capaz de compor... Talvez só se tiver ali os 300 e poucos de QI e for capaz de decifrar o funcionamento das percepções sonoras do cérebro para provocar sensações nas pessoas ao ouvir suas músicas.
Não chegamos lá ainda!
Bom, já é tão inteligente acho desnecessário, mas me parece que si diz 'envolvendo a' e não 'envolvendo na'. Talvez teria sido melhor dizer 'relacionado com', mas quem sou eu ? Um mero QI -5.
Não sei se entendi o que você quis dizer, acho que poderias ser mais claro.
Na música e nas artes gerais o envolvimento emocional costuma ser muito mais prioritário para o sucesso do que a inteligência!