Autor Tópico: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?  (Lida 31304 vezes)

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Offline _tiago

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Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Online: 12 de Dezembro de 2009, 23:55:18 »
Reportagem muito interessante do Der Spiegel onde abordam os conflitos recentes e a situações dos muçulmanos atualmente na europa. Desde a proibição das burqas e construção de minaretes à permissão daqueles tribunais da lei Sharia na Inglaterra.

Em respeito a discussão sobre pirataria, posto somente o link.

http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/derspiegel/2009/12/12/ult2682u1425.jhtm

Offline ivaldonis

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #1 Online: 09 de Janeiro de 2010, 13:26:41 »
Caro MABUMBO P., qualquer pessoa deve mostrar-se preocupada com los locos hijos de Alah, são fanáticos religiosos, embora, para mim, qualquer religioso é fanático, mas voltando ao foco, são altamente reprodutivos, ou seja, fazem filhos aos montes, e me parece que ai tem um que de invadir o local, ainda que demograficamente. E, como, os demais mencionados, não estão aptos a novas concepções e conhecimentos. Já sabemos onde a ignorância baseada em fé religiosa pode nos levar.


Offline _tiago

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #3 Online: 11 de Janeiro de 2010, 01:08:10 »
Caro MABUMBO P., qualquer pessoa deve mostrar-se preocupada com los locos hijos de Alah, são fanáticos religiosos, embora, para mim, qualquer religioso é fanático, mas voltando ao foco, são altamente reprodutivos, ou seja, fazem filhos aos montes, e me parece que ai tem um que de invadir o local, ainda que demograficamente. E, como, os demais mencionados, não estão aptos a novas concepções e conhecimentos. Já sabemos onde a ignorância baseada em fé religiosa pode nos levar.

Isso de filhos e intolerância, pelo texto, não é a realidade.

Offline FxF

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #4 Online: 11 de Janeiro de 2010, 05:42:24 »
Em respeito a discussão sobre pirataria, posto somente o link.
Eu criei um monstro...
http://atheism.about.com/b/2006/08/05/myth-of-eurabia-why-europe-isnt-becoming-arab-muslim-outpost.htm
Ugh. Eu lembro de já ter ouvido algumas vezes um papo que europeus estão se tornando mulçumanos... a primeira vez que eu ouvi foi do Olavo de Carvalho, pra falar a verdade...

Offline André Luiz

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #5 Online: 12 de Janeiro de 2010, 11:24:06 »
Acho que este papo de invasao muçulmana pode servir de desculpa para o ressurgimento do fanatismo cristao

Offline Fabi

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #6 Online: 13 de Janeiro de 2010, 03:12:27 »
Acho que os muçulmanos estão acabando com a identidade da Europa. Sharia na Inglaterra? Sério... Inglaterra? um país que históricamente foi contra a igreja católica porque achava que a igreja não deveria intervir nos assuntos do Estado e por isso "aderiu" ao protestantismo. É essa Inglaterra que aceitou a Sharia?
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Offline FxF

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #7 Online: 13 de Janeiro de 2010, 04:00:56 »
Acho que este papo de invasao muçulmana pode servir de desculpa para o ressurgimento do fanatismo cristao
É mais ou menos como aquele papo que os ateus são maioria no mundo...

Offline FZapp

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #8 Online: 13 de Janeiro de 2010, 08:04:07 »
Acho que os muçulmanos estão acabando com a identidade da Europa. Sharia na Inglaterra? Sério... Inglaterra? um país que históricamente foi contra a igreja católica porque achava que a igreja não deveria intervir nos assuntos do Estado e por isso "aderiu" ao protestantismo. É essa Inglaterra que aceitou a Sharia?

Bom, os europeus acabaram com a identidade indiana, com a identidade africana, com a identidade americana... no fundo qualquer tipo de invasão de uma cultura sobre outra, de qualquer uma delas, dispersa esse sentido de identidade cultural. Num mundo globalizado isso infelizmente é inevitável, mais se os dominados do século anterior, agora países 'em desenvolvimento', conseguiram se reproduzir na Europa o suficiente como para criar uma nova cultura.

Eu diria que o problema está na tolerância, uma palavra difícil de engolir. Mais quando o outro lado é uma religião intolerante.
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Offline FxF

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #9 Online: 13 de Janeiro de 2010, 08:42:13 »
Off-topic:

Eu nunca achei muito preocupante essa "perda de identidade cultural", sempre achei que isso é mais um sentimento de pena/nostalgia.

Offline Pregador

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #10 Online: 13 de Janeiro de 2010, 09:48:59 »
Quando a coisa aumentar, que será em pouco tempo, a Europa vai reviver tempos sangrentos e de Estado Policial como na década de 30 e 40. É inevitável.
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Offline Fernando Silva

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #11 Online: 13 de Janeiro de 2010, 12:32:42 »
http://cristaldo.blogspot.com/

   
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EUROPA JÁ TEM TRIBUNAIS ISLÂMICOS

    Ainda os muçulmanos. Segundo Vincent Geisser, estudioso do islamismo e da imigração no Centro Nacional de Pesquisas Científicas francês, quanto mais os muçulmanos da Europa se firmam como parte permanente dos cenários nacionais, mais assustam alguns europeus que pensam que suas identidades nacionais podem ser mudadas para sempre. "Hoje, na Europa, o medo do Islã cristaliza todos os outros medos", disse Geisser. "Na Suíça, são os minaretes. Na França, é o véu, a burca e a barba."

    Geisser sofisma. Os europeus não têm exatamente medo do Islã. Antes de ter medo, têm asco. Islamofobia é um neologismo safado. Melhor se diria se falássemos em islamojeriza, ou palavra semelhante. Os suíços não temem os minaretes. Apenas não os querem desfigurando o desenho de suas cidades. Muito menos como símbolo de um poder religioso que quer impor-se ao Estado. Tampouco os franceses temem o véu ou a burca. Apenas não querem símbolos religiosos – que denotam a opressão da mulher – em suas escolas. Quanto à barba, os franceses não têm nada contra. Geisser, que só pode ser porta-voz das esquerdas derrotadas no final do século passado, a incluiu apenas para envenenar a discussão.

    "Existe na Europa uma angústia existencial em torno da identidade", diz Geisser. "Há uma sensação de que a Europa está encolhendo e perdendo importância. A Europa é como uma senhora idosa que, a cada vez que ouve um barulho, pensa que é um ladrão." Esse clima generalizado de ansiedade se traduz em um medo específico, diz ele: o medo do islã, "uma caixa que recebe os medos de todos".

    Não há sensação que a Europa está encolhendo. Com sua atual taxa de natalidade, a Europa está de fato encolhendo. Não que a Europa esteja perdendo importância. Mas está cedendo terreno ao Islã. Não é que a senhora idosa, a cada barulho, pense que se trata de um ladrão. O ladrão já está dentro de sua casa, roubando seus impostos, sua segurança, sua assistência social, quando não suas vidas.

    Segundo Youcef Mammeri, escritor e membro do Conselho Conjunto de Muçulmanos de Marselha, o racismo na França passou de antiárabe para antimuçulmano, o que, para ele, é "um retrocesso terrível". Em primeiro lugar, nunca houve racismo antiárabe, nem na França nem na Europa. Tanto que a UE acolhe hoje algo entre 15 e 20 milhões de imigrantes muçulmanos, isto é, árabes. Continuando, Islã não é raça. É religião. Se pessoas se opõe a uma religião, não se pode falar de racismo. Mammeri desloca o cerne da discussão, para acusar os europeus de racistas.

    Há árabes que são muito bem vistos na Europa. Para começar, todos os que lecionam em suas universidades. Foram chamados a contribuir com a cultura européia e contra estes nada consta. A restrição dos europeus não é a uma raça, ou mesmo nacionalidade. Mas a uma religião intolerante e invasiva que começa a minar inclusive as leis do Velho Continente.

    Na França há um personagem muito particular, é o chamado “arabe du coin”, o árabe da esquina. É aquele árabe que tem uma quitandinha que fica aberta até altas horas da noite, quando todo francês está entregue ao lazer. É o último recurso de quem precisa de um vinho, patê ou queijo e não tem mais onde comprar. O árabe da esquina não precisa ser da esquina e nem mesmo árabe. Pode ser até um chinês e ficar no meio da quadra. São pessoas que trabalham, estão integradas à sociedade francesa, respeitam as leis do país e jamais lhes ocorreria sair a quebrar vitrines e queimar carros. Francês algum tem algo contra este imigrante.

    O que o francês – e o europeu em geral – não suporta é a pretensão de imigrantes que querem criar um Estado dentro do Estado. Houve época em que um imigrante chegava à Europa perguntando quais seriam seus deveres. Hoje, o imigrante chega exigindo seus direitos. Exige inclusive o direito de permanecer ilegalmente no país. Europeu é o que não falta para dar apoio a esta pretensão descabida. Quem é contra a permanência ilegal de um imigrante no continente não é considerado um defensor do Estado de direito. Mas racista. As viúvas do Kremlin, que não conseguiram destruir a idéia de Europa com o marxismo, são os primeiros a apoiar os imigrantes ilegais. Se não conseguimos destruir a Europa e suas instituições com o comunismo, vamos agora destruí-las com o Islã.

    Muçulmanos não aceitam as leis dos países que os acolhem. Viciados por Estados teocráticos, onde a religião tem força de lei, querem impor suas leis – isto é, sua religião – para os Estados para onde migram. Leio no Estadão que uma investigação da polícia da Catalunha revelou a existência de tribunais islâmicos clandestinos em plena Espanha. A primeira corte ilegal descoberta na Espanha operaria como em um país muçulmano, com a aplicação do rigor da Sharia, a lei islâmica. O tribunal foi revelado no início de dezembro quando a Justiça da região de Tarragona indiciou dez imigrantes por liderar uma corte que teria sentenciado à morte uma mulher muçulmana.

    Ou seja, os imigrantes muçulmanos – ao arrepio da legislação dos países que os acolhem – criam tribunais paralelos de exceção. Segundo a polícia espanhola, é "provável que se tenha estabelecido um tribunal de honra islâmico". Sete dos acusados estão em prisão preventiva. Se condenados, podem pegar até 23 anos de prisão por cárcere privado, tentativa de homicídio e associação ilícita. E nunca falta um intelectual qualquer na Europa que acuse os europeus de racismo quando os europeus querem apenas defender suas leis e modus vivendi. O “provável” da polícia espanhola é eufemismo. Os tribunais de honra islâmico existem de fato.

    O primeiro indício do tribunal foi registrado em março, quando uma marroquina denunciou o marido em uma corte espanhola por maus-tratos e tentativa de assassinato. A Justiça concluiu que o marido, Hassan Oulad Omar, havia denunciado sua mulher a um tribunal islâmico clandestino por desobediência. Ela estava grávida e o marido queria obrigá-la a abortar. Segundo a vítima, cujo nome é mantido em sigilo, ela foi sequestrada e julgada por 20 homens, que deliberaram sobre seu destino por horas. No fim do dia, foi levada para a casa de um dos membros do tribunal, mas conseguiu escapar durante a noite.

    Segundo o jornal, na Grã-Bretanha, onde há uma grande população muçulmana, a Sharia começa a ser usada para resolver disputas familiares e pequenas causas. O primeiro tribunal foi identificado em 2008, mas opera desde 2007. Já comentei caso na Escandinávia em que um muçulmano, junto com seus filhos, executou uma filha porque esta tinha relações antes do casamento com um sueco. Não foi preciso tribunal algum. A família se erigiu em tribunal.

    Ninguém põe na cabeça de um muçulmano que ele precisa respeitar as leis e os costumes do país que o acolhe. Pior ainda, já há juízes europeus, em plena Europa, julgando segundo as leis do Corão. Há três anos, comentei o caso da juíza Christa Datz-Winter, de Frankfurt, que negou o pedido de divórcio feito por uma mulher muçulmana que se queixava da violência do marido. A juíza declarou que os dois vieram de um "ambiente cultural marroquino em que não é incomum um homem exercer um direito de castigo corporal sobre sua esposa". A recomendação de Christa foi condenada até mesmo por líderes muçulmanos.

    Quando a mulher protestou, Datz-Winter citou uma passagem do Corão, onde consta que "os homens são encarregados das mulheres". Ironicamente, coube ao Conselho Central dos Muçulmanos na Alemanha defender as leis da Alemanha. A juíza "deveria ter decidido exclusivamente nas linhas da Constituição alemã", declarou o grupo muçulmano. "Violência e abuso contra pessoas - sejam elas homens ou mulheres - também são razões para conceder um divórcio no Islã, é claro".

    Quando uma juíza alemã troca o Código Civil pelo Corão e muçulmanos precisam defender a constituição de um país europeu, o Ocidente está mal das pernas. Há horas líderes muçulmanos pedem, na Suécia, a adoção da legislação muçulmana para regulamentar os casamentos de muçulmanos.

    Na Alemanha, já nem é preciso pedir.


Offline Fernando Silva

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #12 Online: 13 de Janeiro de 2010, 12:41:37 »
Off-topic:

Eu nunca achei muito preocupante essa "perda de identidade cultural", sempre achei que isso é mais um sentimento de pena/nostalgia.
Aqui no Brasil, pelo menos no Rio de Janeiro, os imigrantes foram absorvidos e, na segunda geração, só falavam português.

Em 1979, em Londres, havia africanos por toda a parte, falando suas línguas. Grande parte trabalhava nas estações do metrô. Ou mulheres islamitas andando pelas ruas cobertas do pés à cabeça. Hoje em dia, dá a impressão de que não há mais ingleses em Londres. Alguns bairros só têm indianos e paquistaneses, que mantêm seus costumes e sua língua.
Na Alemanha, em 1998, encontrei iranianos, turcos e sei lá mais o quê.

Dá a impressão de que, em 10 ou 20 anos, a cultura europeia tradicional terá desaparecido (junto com seu povo...).

Offline pablito

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #13 Online: 13 de Janeiro de 2010, 14:25:57 »
Olá,

De fato, no Brasil predominou a absorção do imigrantes.
Tenho uma amiga, filha de palestinos, mas que não fala árabe (só conhece algumas pouquíssimas palavras para dizer "oi" para os avós) e não se define como muçulmana - aliás, ela acha jesus "o cara".

Estudei com um filho de libaneses. Esse se definia com muçulmano, mas não falava árabe direito (estava estudando para 'recuperar' suas raízes - o interessante é que não estudava com os pais, que pelo que entendi, não ligavam muito pra isso, mas numa mesquita).

Nossa cultura sempre foi de absorver e misturar (comemos esfirras em pizzarias), e na Europa sempre foi mais comum segregar.

A solução para esse problema é "brasilianizar" o mundo - é nóis!  8-)

Não adianta segregar.

Offline Dr. Manhattan

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #14 Online: 13 de Janeiro de 2010, 15:26:58 »
Off-topic:

Eu nunca achei muito preocupante essa "perda de identidade cultural", sempre achei que isso é mais um sentimento de pena/nostalgia.

Concordo. Cultura é algo em constante mutação. E acho muito improvável que os europeus de hoje
resolvam aderir em massa a uma cultura de beduínos. 
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Offline Fabi

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #15 Online: 13 de Janeiro de 2010, 17:44:21 »
Bom, os europeus acabaram com a identidade indiana,
Os ingleses não interferiram na cultura da Índia, a única coisa que eles fizeram foi proibir viúvas serem jogadas na Pira. De resto, a Índia continua afogando bebês meninas no leite como faziam há séculos.
Eu diria que o problema está na tolerância, uma palavra difícil de engolir. Mais quando o outro lado é uma religião intolerante.
Mas Sharia? Sabia que a Sharia é responsável por apedrejar mulheres, pelos casamentos arranjados, e por todos aqueles absurdos que a gente vê no Irã? Como a Inglaterra pode implantar a Sharia? É voltar pro ano de 1200.
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Offline FZapp

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #16 Online: 13 de Janeiro de 2010, 20:45:22 »
Bom, os europeus acabaram com a identidade indiana,
Os ingleses não interferiram na cultura da Índia, a única coisa que eles fizeram foi proibir viúvas serem jogadas na Pira. De resto, a Índia continua afogando bebês meninas no leite como faziam há séculos.

Ah, Fabi, não sabia disso. Achei que tinham sido obrigados a comprar produtos ingleses, rouipa das tecelanges ingleasas, a falar a língua inglesa, a ter desmanteladas desde escolas até prédios governamentais, ver a construção de igrejas no seu território, obrigados a utilizar a língua inglesa, horário inglês, e ainda ouvir coisas como 'molho inglês' ou 'chá inglês' :)

Então Gandhi fez todo esse estardalhaço de independência, caminho do sal, de alegre, não ?


Citação de: Fabi
Eu diria que o problema está na tolerância, uma palavra difícil de engolir. Mais quando o outro lado é uma religião intolerante.
Mas Sharia? Sabia que a Sharia é responsável por apedrejar mulheres, pelos casamentos arranjados, e por todos aqueles absurdos que a gente vê no Irã? Como a Inglaterra pode implantar a Sharia? É voltar pro ano de 1200.

Eu não sei o que você entendeu do meu post. Mas deveria haver tolerância dos dois lados. E gostaria que perguntasse antes de sair me apedrejando... :)
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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #17 Online: 13 de Janeiro de 2010, 21:22:22 »
Muslims in Europe: A Short Introduction

Europe, Migration, Ethnicity, France

Justin Vaïsse, Senior Fellow, Foreign Policy, Center on the United States and Europe

The Brookings Institution

http://www.brookings.edu/~/media/Files/rc/papers/2008/09_europe_muslims_vaisse/09_europe_muslims_vaisse.pdf

Myth #1: Being Muslim constitutes a fixed identity, sufficient to fully characterize a person. [...]


Myth #2: Muslims in Europe are, in one way or the other, inherently foreign, the equivalent of visiting Middle-Easterners who are alien to the "native" culture.

European culture, however, has always included Muslim elements, as early as the 8th century. Moreover, the approximately 15 to 17 million persons of Muslim background currently in the EU-27 countries (population: 500 million) include both citizens and non-citizens of European member states, but a majority of them hold French, British, German, etc. nationality. Many of them are proud of this fact and would never think of themselves as anything else than Europeans (even while honoring their heritage). Indeed, there is more difference in political culture and social codes between a French Muslim and a German Muslim than there is between a French Muslim and a French of other religious orientation.


Myth #3: Muslims in Europe form a "distinct, cohesive and bitter group," in the words of a 2005 Foreign Affairs article. [...]


Myth #4: Muslims are demographically gaining on the "native" population.

The implicit assumption behind this very widespread myth is that Muslims form a distinct demographic bloc defined by religion, a bloc which will never blend into the rest of society (another possible assumption is based on ethnicity, "Muslims" being surrogate for "people of color" vs. white people). This assumption is contradicted by the significant rates of intermarriage and conversions (in both directions) and, more importantly, by the reality of integration in many countries, where Muslims are simply patriotic, law-abiding citizens – in this case, worries about demography have no basis, why would one count them apart? But even accepting the assumption they are a demographic bloc, "Muslims" are not actually significantly gaining on "natives." True, European birthrates are generally low, and birthrates among immigrant groups are often high. But in the latter group, they actually fall rapidly after their arrival and among subsequent generations, as they tend to conform to the national norm. And in some countries like France or Ireland, general fertility rates are comparable to that observed in the US, around 2 children per woman. Last but not least, immigration to the EU is more and more tightly controlled. It is doubtful that from about 15-17 million in the 500 million EU-27 today (3 to 4 %), potential Muslims could number more than 6 % in the coming decades.



http://www.brookings.edu/papers/2008/09_europe_muslims_vaisse.aspx

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #18 Online: 13 de Janeiro de 2010, 21:30:35 »
Judeus também têm tribunais religiosos judeus, "Beth Din", fora de Israel.


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[guardian] Don't demonise sharia courts

The Civitas report into sharia law courts relies on evidence from the internet to create a unrealistic picture of the work they do

[...] Anyway, I tried patiently to explain to the Daily Mail journalist a bit about the work that sharia councils do and make it clear that they were perfectly lawful and existed to help in voluntary arbitration in civil disputes between Muslims. They do not deal with criminal matters. Sharia councils deal mainly with marital disputes, with the most common referrals being from Muslim women who have approached the sharia councils to grant them an Islamic divorce (khul'a) because of the refusal of the husband to agree to do so.

Orthodox Jewish communities have a similar set up with their Beth Din courts. They are regarded as a form of alternative dispute resolution. But I'm not aware of MacEoin accusing the Beth Din courts of "communal claims to superiority" and "special status".

The supremacy of English law has always been acknowledged by Beth Din courts that have existed and operated for decades in the UK. Never has the authority of English law been questioned in relation to the arbitration offered by the Jewish courts, so why then the fuss concerning sharia councils that operate under exactly the same regulations? Sadly, for no other reason, it seems, than that the latter are intended for use by Muslims. Rarely does one hear of the criticisms made of the sharia courts similarly extended to the Beth Din courts though both essentially serve the same purpose. [...]


Offline _tiago

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #19 Online: 13 de Janeiro de 2010, 21:34:49 »
Acho que os muçulmanos estão acabando com a identidade da Europa. Sharia na Inglaterra? Sério... Inglaterra? um país que históricamente foi contra a igreja católica porque achava que a igreja não deveria intervir nos assuntos do Estado e por isso "aderiu" ao protestantismo. É essa Inglaterra que aceitou a Sharia?

Outra... Não é isso que o texto diz, muito menos sobre a Sharia.


Offline Fabi

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #21 Online: 13 de Janeiro de 2010, 22:13:47 »
Acho que os muçulmanos estão acabando com a identidade da Europa. Sharia na Inglaterra? Sério... Inglaterra? um país que históricamente foi contra a igreja católica porque achava que a igreja não deveria intervir nos assuntos do Estado e por isso "aderiu" ao protestantismo. É essa Inglaterra que aceitou a Sharia?

Outra... Não é isso que o texto diz, muito menos sobre a Sharia.
Não sei o que o texto diz, não sou assinante do uol.
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Offline _tiago

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #22 Online: 13 de Janeiro de 2010, 23:17:38 »
Acho que os muçulmanos estão acabando com a identidade da Europa. Sharia na Inglaterra? Sério... Inglaterra? um país que históricamente foi contra a igreja católica porque achava que a igreja não deveria intervir nos assuntos do Estado e por isso "aderiu" ao protestantismo. É essa Inglaterra que aceitou a Sharia?

Outra... Não é isso que o texto diz, muito menos sobre a Sharia.
Não sei o que o texto diz, não sou assinante do uol.

Pior que é, pensei que fosse texto aberto.
Pra que vc não fique tão perdida...

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O paradoxo britânico
O Reino Unido é o exemplo mais perturbador citado por vários pessimistas. Embora apenas pouco menos de 3% da população britânica seja muçulmana, em sua maioria vinda do Paquistão e de Bangladesh, em nenhum outro país da Europa tantos muçulmanos vivem totalmente isolados do resto da sociedade - em cidades como Bradford, Dewsbury e Leicester.

A maior parte dos antigos residentes originais - ingleses da classe operária - mudou-se há muito tempo do distrito de Bury Park, em Luton, que fica 50 quilômetros ao norte de Londres. As ruas do lugar estão repletas de mulheres usando niqabs, o véu islâmico de face inteira que traz apenas uma pequena abertura para os olhos, e de homens com barbas grisalhas.

Há também açougueiros halal (sistema de abate de animais segundo as leis muçulmanas) e dez mesquitas. Um minarete feito de tijolos ingleses vermelhos foi adoravelmente integrado a uma fileira de casas. Os muezins convocam os fiéis às preces por meio de alto-falantes.

Nas ruas, os moradores falam bengali ou urdu. O centro comunitário oferece cursos de naturalização. As mesquitas ministram cursos anti-terrorismo financiados pelo Estado que são elaborados para imunizar os jovens muçulmanos contra a propaganda dos extremistas. Antigamente o bairro costumava ser frequentado por religiosos muçulmanos convidados que pregavam o ódio, e foi daqui que saíram os quatro militantes suicidas para atacar o sistema de transporte de Londres e matar 52 pessoas em 7 de julho de 2005.

Mas muitos muçulmanos de segunda, terceira e quarta geração já se mudaram há muito tempo deste lugar. Eles têm alto nível educacional, possuem cidadania britânica, e trabalham como médicos, advogados e políticos.

O Estado britânico fez mais no sentido de acomodar as necessidades culturais dos seus cidadãos muçulmanos do que qualquer outro país europeu. Policiais femininas muçulmanas têm permissão para cobrir o cabelo com lenços. O lenço faz parte do uniforme delas.

Durante os últimos dois anos, os muçulmanos britânicos têm podido também recorrer a tribunais de arbítrio muçulmanos que são baseados na lei Sharia. As decisões desses tribunais têm peso legal para ambas as partes em um conflito. Se necessário, um funcionário do judiciário britânico faz cumprir a sentença. Esta prática é única na Europa.

Esses tribunais de arbítrios foram criados pelo xeque Faiz-ul-Aqtab Siddiqi. Atualmente os seus tribunais de lei Sharia analisam casos em sete cidades inglesas e nada têm a ver com decepar mãos ou apedrejar pessoas até a morte. Eles só lidam com disputas civis, e somente se ambas as partes concordarem com o processo.

Esses tribunais reuniram-se cerca de 600 vezes nos últimos 12 meses, lidando principalmente com disputas entre parceiros empresariais, problemas de bairros e até mesmo questões de herança. Segundo Siddiqi, eles têm permitido que os muçulmanos britânicos sejam capazes de identificar-se mais fortemente com o Reino Unido.

« Última modificação: 13 de Janeiro de 2010, 23:21:48 por Mabumbo Punjaça »

Offline Fernando Silva

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #23 Online: 14 de Janeiro de 2010, 07:20:04 »
Bom, os europeus acabaram com a identidade indiana,
Os ingleses não interferiram na cultura da Índia, a única coisa que eles fizeram foi proibir viúvas serem jogadas na Pira. De resto, a Índia continua afogando bebês meninas no leite como faziam há séculos.
Os ingleses invadiram a Índia numa época em que era normal e glorioso invadir o país dos outros.
Hoje seria inadmissível, mas não foi hoje, foi há mais de 100 anos.

Carta de um indiano:
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Revista IEEE Spectrum de outubro/2007

Cartas dos leitores

Discordo totalmente de Nirode Mohanty, que afirma que a culpa pelos problemas de Índia é seu passado colonial (agosto 2007).
A Índia se tornou independente em 1947. Acho que 60 anos bastam para o país ter se livrado de seu passado colonial e seguir um caminho independente.
Acusar os ingleses pelas dificuldades da Índia é injusto.
Os problemas do país se devem a 3 causas:
Superpopulação, corrupção disparada, e nepotismo.
O mais básico é o fato de que a Índia tem 3 vezes a população dos EUA num território que é um terço do deles.

A verdade é que os ingleses nos deixaram muitos benefícios, ainda que não necessariamente intencionais.
A posição indiana de maior democracia do mundo se deve em grande parte à infraestrutura deixada pelos colonizadores.
Eles também deixaram uma rede ferroviária cobrindo o país, um sistema de justiça e leis seculares, um sistema de ensino de primeiro mundo, um governo parlamentarista e mais.

Antes do Raj, a Índia era uma federação desunida de reinos perpetuamente em guerra entre si devido a diferenças de religião, língua etc.

Os moguls eram o poder predominante e a Índia provavelmente teria hoje se tornado um país islâmico se os britânicos não tivessem chegado, ainda que à força.

Vittal P. Pyatti

Comentário de Acauan / Religião é Veneno:

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Fale-se o que quiser, e há muito o que se falar, sobre a colonização inglesa da Índia, mas duas das mais eficientes organizações de todos os tempos encontraram seu apogeu naquele lugar e época:

Imperial Civil Service e British Indian Army.

O serviço civil foi o mais notável e bem sucedido modelo de administração pública dos quais já ouvi falar.
Seus funcionários tinham a responsabilidade de prover a populações enormes e miseráveis os serviços sob responsabilidade da coroa britânica. Eram escalados para os mais remotos fins de mundo onde recrutavam, selecionavam e treinavam seus auxiliares entre a população local, analisavam necessidades, estabeleciam prioridades, destinavam recursos e com dedicação quase sacerdotal lograram estabelecer a presença da ordem britânica em cada fração do território da índia, coisa que nunca foi conseguido por nenhum império nos milênios de história daquela civilização.

Como exceção a regra geral, foram ao mesmo tempo os mais poderosos e os menos corruptos dos funcionários públicos, homens que diariamente tomavam decisões que influenciavam a vida de milhões de pessoas, comandavam operações milionários e em geral, no fim da carreira, voltavam para a Inglaterra para uma aposentadoria modesta e sem regalias.

Se o Serviço Civil já era surpreendente, o Exército Indiano era quase um milagre.

A simples idéia de formar tropas armadas compostas por nativos hindus, sikhs e muçulmanos parecia uma loucura cujo melhor resultado que se podia esperar era que os oficiais ingleses tivessem a chance de fugir enquanto os soldados das etnias e religiões rivais se matavam uns aos outros.

Houve que aqueles oficiais construíram um dos mais disciplinados e corajosos exércitos já criados, cujo valor só não foi plenamente reconhecido por conta dos preconceitos de raça vigentes entre os colonizadores.

Com todos os males que se pode apontar na colonização britânica na Índia, o fato é que os ingleses fizeram por lá em algumas décadas mais do que os marajás fizeram em séculos e muito melhor do que qualquer Nehru faria, tivesse o tempo que fosse a disposição.

Offline FZapp

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #24 Online: 14 de Janeiro de 2010, 08:20:27 »
Vamos por partes, Fernando: eu não disse que os ingleses são maus que destruíram tudo na Índia. Aliás, na Índia se aplica aquela piada de Monty Phyton do 'mas o que os romanos fizeram de bom na Judéia', e está chegando o final do filme e ainda estão enumerando :lol:

Estávamos falando de cultura, e culturalmente os ingleses aboliram práticas milenares, impuseram seu idioma, aliás, coisas naturais de um império, é obvio. Mas invadiram, uai. Então é estranho eles se queixarem agora de que sua cultura é invadida, está sendo invadida pelos filhos dos invadidos (sic!), fazer o quê, não tivesse ido incomodar os caras do outro lado do planeta e hoje não seriam do CommonWealth...

A mesma coisa os franceses, que aliás como império saquearam e destruíram mais na África do que qualquer outro país europeu (talvez em termos de depravação só ficando atrás dos belgas), do que vão se queixar agora ? Ainda bem, pelo menos tiveram Zidane e Henry ! :)
--
Si hemos de salvar o no,
de esto naides nos responde;
derecho ande el sol se esconde
tierra adentro hay que tirar;
algun día hemos de llegar...
despues sabremos a dónde.

"Why do you necessarily have to be wrong just because a few million people think you are?" Frank Zappa

 

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