Autor Tópico: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?  (Lida 31305 vezes)

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Offline André Luiz

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #25 Online: 14 de Janeiro de 2010, 08:59:40 »

Que por sua vez os anglos acabaram com a cultura celta dos bretoes, ou quase

Podemos ficar nisso de quem ferrou quem a semana toda

Offline Pandora

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #26 Online: 20 de Janeiro de 2010, 18:20:39 »

Que por sua vez os anglos acabaram com a cultura celta dos bretoes, ou quase

Podemos ficar nisso de quem ferrou quem a semana toda

Podemos ficar aqui eternamente discutindo isso....

O exemplo da Iglaterra me pareceu um bom exemplo de integração e tolerância. Aqui na minha cidade há alguns imigrantes oriundos de países islâmicos, mas a maioria é de chineses e coreanos. Sinceramente, acho que eles moram nas pastelarias porque nunca os vi em outro lugar!

Mas quero fazer uma pergunta: o Brasil abrigou e, se não me engano tem abrigado, muçulmanos aqui. Vocês que, futuramente, isso pode nos gerar algum tipo de problema?

Offline DDV

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #27 Online: 20 de Janeiro de 2010, 18:23:32 »

Que por sua vez os anglos acabaram com a cultura celta dos bretoes, ou quase

Podemos ficar nisso de quem ferrou quem a semana toda

Podemos ficar aqui eternamente discutindo isso....

O exemplo da Iglaterra me pareceu um bom exemplo de integração e tolerância. Aqui na minha cidade há alguns imigrantes oriundos de países islâmicos, mas a maioria é de chineses e coreanos. Sinceramente, acho que eles moram nas pastelarias porque nunca os vi em outro lugar!

Mas quero fazer uma pergunta: o Brasil abrigou e, se não me engano tem abrigado, muçulmanos aqui. Vocês que, futuramente, isso pode nos gerar algum tipo de problema?


Não.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #28 Online: 20 de Janeiro de 2010, 18:33:23 »
Eu não acho que as comnidades muçulmanas mais tradicionais tem grande probabiliade de representar algum problema, mas fico meio com um pé atrás com a ascenção do islamismo nas comunidades mais pobres. Tomara que seja uma vertente bem light e com muito embasamento na parte mais light, meio Malcom X mais tardio, não Malcom X racista ou algo pré-talebanesco.

Offline Pandora

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #29 Online: 20 de Janeiro de 2010, 19:08:32 »
Preocupante também é o crescimento do protestantismo nas comunidades mais pobres do Brasil. Aqui no Rj uma das ciadades mais pobres é Belford Roxo e lá há muitas igrejas, demais e sabe-se lá o que esses "pastores ensinam" as suas ovelhas....

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #30 Online: 21 de Janeiro de 2010, 17:15:22 »
Até acho preocupante a ascenção de qualquer religião, mas o islamismo, com toda a possibilidade de "interpretação" de matar infiéis e etc, misturado a uma ideologia esquerdista de vítima, isso ocorrendo no que parece ser o terreno mais fértil para os crimes violentos no país, me parece uma combinação especialmente preocupante.

Offline _tiago

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #31 Online: 22 de Janeiro de 2010, 08:46:27 »
Até acho preocupante a ascenção de qualquer religião, mas o islamismo, com toda a possibilidade de "interpretação" de matar infiéis e etc, misturado a uma ideologia esquerdista de vítima, isso ocorrendo no que parece ser o terreno mais fértil para os crimes violentos no país, me parece uma combinação especialmente preocupante.

Só as pessoas de esquerda se consideram vítima?

Outra, eu poderia dizer também, Essa retórica de que islamitas gostam de matar infiéis é preocupante pois poderemos matar um monte de gente que achamos que matam infiéis quando na verdade não matam nada!

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #32 Online: 23 de Janeiro de 2010, 13:54:41 »
Movimentos de "direita" com complexo de vítima também são preocupantes, e no Brasil até parecem ser mais expressivos, embora não tenha tido notícia da ideologia de base estar se tornando mais comum sob alguma versão "light" e popularmente aceita. De qualquer forma, a origem de um movimento radical muçulmano não seria de maneira alguma amenizada por esse fato numa espécie de "tu quoque" ingênuo, mas provavelmente seria algo que até catalizaria um agravamento desses movimentos de direita radical. Talvez até ajudasse a um direitismo intolerante virar mainstream.



Eu não quis sugerir que "muçulmanos matam infiéis" generalizadamente, apenas atentei ao aparente fato de que o corão ser consideravelmente enfático nisso, o que deve influenciar em interpretações "socialmente inadequadas". Coincidência ou não, há muito mais grupos terroristas de origem/bandeira muçulmana do que de qualquer outra religião atualmente, sendo até mais comuns que os nacionalistas (desconsiderando o nacionalismo islamista).

Citar
[...]

The U.S. State Department has a list of 45 “Foreign Terrorist Organizations.” Of those, 25 are Islamic-based organizations; 11 are secular nationalist; 7 are Marxist or Maoist; and only two are religious-based but not Muslim: the Jewish extremist Kahane Chai, and the pseudo-Shinto Aum Shinrikyo of Japan. So well over half of the “current list of designated foreign terrorist organizations” have, as their motivating ideology, Islam in one form or another. Sorry, Professor Cole, no Anglo-Saxon organizations were on there (although a few Celtic ones were); neither were there any Christian ones. Perhaps less reliable, but no less damning to the “Islam is peaceful” mantra, is this list of terrorist organizations as designated by Australia, Canada, the European Union, UK, US, India and Russia. Of 126 terror-waging groups listed, here is the breakdown by ideology:
Islamic: 64
Secular nationalist: 36
Marxist/Maoist: 13
“Other”/Anarchist: 9
Christian: 2
Shinto and Jewish: 1 each
So, just over half the world’s terrorist organizations are Muslim in origin and function. No other religious ideology is close—not even, most notably, Christianity (with its 2 billion+ membership, you’d think more would be involved in violence, wouldn’t you?). Since Muslims make up 20% of the world’s population, their involvement in over 50% of the world’s terrrorist groups is telling and troubling—and something the NIS is loathe to admit, thus tainting its claim to “know…the nature of the threats.” [...]

http://hnn.us/blogs/entries/118691.html

Offline FZapp

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #33 Online: 23 de Janeiro de 2010, 18:24:43 »
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Eu não quis sugerir que "muçulmanos matam infiéis" generalizadamente, apenas atentei ao aparente fato de que o corão ser consideravelmente enfático nisso, o que deve influenciar em interpretações "socialmente inadequadas". Coincidência ou não, há muito mais grupos terroristas de origem/bandeira muçulmana do que de qualquer outra religião atualmente, sendo até mais comuns que os nacionalistas (desconsiderando o nacionalismo islamista).

O Corão fala coisas absurdas assim como a Biblia, mas não creio que haja muita gente hoje que asse um cordeiro e o ofereça a Jeová. Há um componente religioso, e também um componente político.
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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #34 Online: 23 de Janeiro de 2010, 18:38:55 »
Vamos por partes, Fernando: eu não disse que os ingleses são maus que destruíram tudo na Índia. Aliás, na Índia se aplica aquela piada de Monty Phyton do 'mas o que os romanos fizeram de bom na Judéia', e está chegando o final do filme e ainda estão enumerando :lol:

Estávamos falando de cultura, e culturalmente os ingleses aboliram práticas milenares, impuseram seu idioma, aliás, coisas naturais de um império, é obvio. Mas invadiram, uai. Então é estranho eles se queixarem agora de que sua cultura é invadida, está sendo invadida pelos filhos dos invadidos (sic!), fazer o quê, não tivesse ido incomodar os caras do outro lado do planeta e hoje não seriam do CommonWealth...

A mesma coisa os franceses, que aliás como império saquearam e destruíram mais na África do que qualquer outro país europeu (talvez em termos de depravação só ficando atrás dos belgas), do que vão se queixar agora ? Ainda bem, pelo menos tiveram Zidane e Henry ! :)

O problema é o negrito. Quando pensamos em uma ação gerada por uma instituição, existe uma quebra nesse senso de "você fez" então está aqui o troco. Mesmo à época da invasão, a maioria dos ingleses não tinha nada a ver com o que ocorria e hoje então, completamente nada a ver. As ações tomadas pela Inglaterra eram as ações tomadas por governantes e empresários de então.

A população não deveria ver isso como algo que é culpa dela até porque não é.

E concordo com a carta que a Indiana colocou. Sem dúvida a Inglaterra deixou coisas extremamente positivas, e ver alguns querendo culpar a Inglaterra pelo estado da India é tão bizonho quanto culpar portugal pelo que ocorre com o Brasil. Por mais que este tenha feito coisas negativas, nós que temos que arcar com a culpa da corrupção, falta de planejamento, etc..
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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #35 Online: 23 de Janeiro de 2010, 21:41:35 »
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Eu não quis sugerir que "muçulmanos matam infiéis" generalizadamente, apenas atentei ao aparente fato de que o corão ser consideravelmente enfático nisso, o que deve influenciar em interpretações "socialmente inadequadas". Coincidência ou não, há muito mais grupos terroristas de origem/bandeira muçulmana do que de qualquer outra religião atualmente, sendo até mais comuns que os nacionalistas (desconsiderando o nacionalismo islamista).

O Corão fala coisas absurdas assim como a Biblia, mas não creio que haja muita gente hoje que asse um cordeiro e o ofereça a Jeová. Há um componente religioso, e também um componente político.

Sim. Jogar tudo só na conta da religião é o jogo de parte da direita cristã.

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #36 Online: 23 de Janeiro de 2010, 23:11:47 »
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O problema é o negrito. Quando pensamos em uma ação gerada por uma instituição, existe uma quebra nesse senso de "você fez" então está aqui o troco. Mesmo à época da invasão, a maioria dos ingleses não tinha nada a ver com o que ocorria e hoje então, completamente nada a ver. As ações tomadas pela Inglaterra eram as ações tomadas por governantes e empresários de então.

Mas eles lêem Historia, certo ? Eles devem imaginar por que há bairros de indianos e paquistaneses em Londres, e não de esquimós :)
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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #37 Online: 23 de Janeiro de 2010, 23:18:21 »
mas creio que não serve o "ok, a culpa é minha". O que quero dizer é que europeus defenderão o que acham correto sem sequer levar em consideração isso, e isso é aceitável. Até porque não é só uma questão de colonização, as pessoas vêm buscando vida melhor, etc..

Eu acredito em tolerância. Mas realmente entendo a reação de alguns quando pais obrigam os filhos ir com o véu à escola, pois o véu possivelmente é a parte visível do Iceberg.

Não tenho opinião formada a respeito.
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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #38 Online: 24 de Janeiro de 2010, 16:28:21 »
SIm, é normal que resistam (como todos nós) a ver nossa cultura misturada a dos outros. Mas logo europeus, que entraram em tudo que é cultura nos últimos 400 anos ? É isso...
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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #39 Online: 24 de Janeiro de 2010, 19:55:05 »
Na verdade, a "cultura" por si só é a menor das preocupações.

Quase todos os elementos culturais, em suas diversas formas, são relativos e intercambiáveis. Porém, existem coisas que não dá para considerar "relativas", pelo contrário, são a base de qualquer intenção de progresso (em todos os aspectos) para a raça humana.

Estas coisas são a democracia, a liberdade individual, ausência de distinções e privilégios baseados em renda, etnia, gênero e crenças, o estado laico, a liberdade de expressão, o método científico...dentre outras.

Quando se discute sobre o potencial perigo do Islã, é apenas isso que se tem em mente. Não se trata, nesse caso, de simples "cultura sendo saudavelmente intercambiada".
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Offline _tiago

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #40 Online: 24 de Janeiro de 2010, 20:00:48 »
Eu não quis sugerir que "muçulmanos matam infiéis" generalizadamente, apenas atentei ao aparente fato de que o corão ser consideravelmente enfático nisso, o que [n]deve[/n] influenciar em interpretações "socialmente inadequadas". Coincidência ou não, há muito mais grupos terroristas de origem/bandeira muçulmana do que de qualquer outra religião atualmente, sendo até mais comuns que os nacionalistas (desconsiderando o nacionalismo islamista).



"Deve" não, Buck, "pode".
Esse texto diz que os muçulmanos de algumas gerações convivem bem por lá, sem essa de matar infiéis.
Preocupante também seria elevar esse preconceito, que muitas vezes seria infundado, foi o que eu quis dizer.

(Off)
Eu desconfio se o terrorismo é necessariamente consequência direta do Islão. Não nego as idéias que o inspiram, mas suponho haver uma outra causa mais relevante. Que você acha?
____________________________

Quanto a primeira parte, que é "tu quoque"?
E onde esquerda e Islão tem relação?

Offline _tiago

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #41 Online: 24 de Janeiro de 2010, 20:06:28 »
Na verdade, a "cultura" por si só é a menor das preocupações.

Quase todos os elementos culturais, em suas diversas formas, são relativos e intercambiáveis. Porém, existem coisas que não dá para considerar "relativas", pelo contrário, são a base de qualquer intenção de progresso (em todos os aspectos) para a raça humana.

Estas coisas são a democracia, a liberdade individual, ausência de distinções e privilégios baseados em renda, etnia, gênero e crenças, o estado laico, a liberdade de expressão, o método científico...dentre outras.

Quando se discute sobre o potencial perigo do Islã, é apenas isso que se tem em mente. Não se trata, nesse caso, de simples "cultura sendo saudavelmente intercambiada".

Eu concordo que seja a melhor, mas seria a única maneira?
Os impérios, as ditaduras, nenhuma poderia propiciar de alguma forma algum progresso?

Offline DDV

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #42 Online: 24 de Janeiro de 2010, 20:25:45 »
Na verdade, a "cultura" por si só é a menor das preocupações.

Quase todos os elementos culturais, em suas diversas formas, são relativos e intercambiáveis. Porém, existem coisas que não dá para considerar "relativas", pelo contrário, são a base de qualquer intenção de progresso (em todos os aspectos) para a raça humana.

Estas coisas são a democracia, a liberdade individual, ausência de distinções e privilégios baseados em renda, etnia, gênero e crenças, o estado laico, a liberdade de expressão, o método científico...dentre outras.

Quando se discute sobre o potencial perigo do Islã, é apenas isso que se tem em mente. Não se trata, nesse caso, de simples "cultura sendo saudavelmente intercambiada".

Eu concordo que seja a melhor, mas seria a única maneira?
Os impérios, as ditaduras, nenhuma poderia propiciar de alguma forma algum progresso?

Estou me referindo à possibilidade (remota, graças a deus) de haver regressão dessas conquistas no Ocidente devido à influência muçulmana. Não estava falando de "alternativas" aos países atualmente afundados em ditaduras e teocracias.

É claro que se alguma ditadura ou teocracia avançar em algum aspecto, é melhor do que nada, enquanto não chegar a democracia e a liberdade.
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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #43 Online: 24 de Janeiro de 2010, 20:56:40 »
SIm, é normal que resistam (como todos nós) a ver nossa cultura misturada a dos outros. Mas logo europeus, que entraram em tudo que é cultura nos últimos 400 anos ? É isso...

J, o que estou dizendo é que eles não devem se preocupar com isso. Não podemos personificar os atos de uma instituição e a partir disso culpar os habitantes que compõem essa instituição, principalmente depois de tanto tempo.

Eu não tenho nada a ver com a guerra do paraguai. Os ingleses de hoje não têm nada a ver com a colonização inglesa, e mesmo naquele tempo, tudo era feito por uma pequena parcela da "população".

Então os ingleses devem escolher o que acham certo fazer, baseado apenas no hoje, sem nenhum sentimento de culpa. Até porque, como já dito, eles levaram bastante progresso à India.
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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #44 Online: 24 de Janeiro de 2010, 23:03:59 »
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J, o que estou dizendo é que eles não devem se preocupar com isso. Não podemos personificar os atos de uma instituição e a partir disso culpar os habitantes que compõem essa instituição, principalmente depois de tanto tempo.


Bom, essa é uma atitude completamente hipócrita. Se são responsáveis diretos ou não já não é relevante, mas como disse, se os habitantes atuais dos bairros em Londres são pakistaneses e não eskimós, algum motivo há. Não que haja culpa, eu não disse isso, mas é uma consequência de ter incorporado esse povo ao império. Nâo queria incorporá-lo ? Não foi lucrativo ? Então... há consequências. Por exemplo seus filhos vão povoar Londres, não adianta depois ficar revoltado.

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Eu não tenho nada a ver com a guerra do paraguai. Os ingleses de hoje não têm nada a ver com a colonização inglesa, e mesmo naquele tempo, tudo era feito por uma pequena parcela da "população".

Claro que tem a ver. Você é filho de quem viveu no país que gerou um massacre. Nem você nem eu temos culpa direta, mas vamos arcar com as conseqüências (tá, a nova gramática não exige, mas não consigo!). Se Brasil tivesse (oficialmente) anexado o Paraguai e houvesse hoje 'paraguayos' nos 'invadindo' com mate e tererê, poderiamos reclamar, mas seria irrelevante, porque estariam no seu direito, seriam tão brsileiros como você, como são aliás os acreanos, por mais cara de bolivianos que tenham!

Ninguém pode se alienar e se isentar assim dizendo que os atuais ingleses não tem nada a ver com o império que seus antepassados criaram, porque se alimentam desse governo, e compartilham suas conseqüências sim. Inclusive legalmente. Podem se queixar à vontade, mas é uma situação que eles criaram. Seria como o paulistano se queixar de que os japoneses são amarelos e chatos :) Uai, um acordo com o Japão abriu as portas a imigrantes que semearam a terra por um preço mais baixo, receberam terras que outros consideravam difíceis. Fazer o quê ? Deu certo e a colônia cresceu ... !

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Então os ingleses devem escolher o que acham certo fazer, baseado apenas no hoje, sem nenhum sentimento de culpa. Até porque, como já dito, eles levaram bastante progresso à India.

Claro, escolherão criar um cidadão de segunda-classe, logo logo, algo no qual são especialistas.

Já se perguntou por que aqui no Brasil não há esse tipo de problemas ? E olha que de sírio libaneses, armênios, judeus, turcos, estamos bastante cheios.

Por outro lado, imagino que você não é ingênuo ao ponto de achar que os ingleses se tomaram o trabalho de fundar uma colônia do outro lado do mundo porque queriam 'levar progresso'. Se não fosse rentável não teriam ido. Nem eles, nem os portugueses, nem os belgas a África, etc... Além do fato de terem levado 'progresso' ou não ser irrelevante no caso.
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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #45 Online: 24 de Janeiro de 2010, 23:06:33 »
Comentário 'en passant': se a minha memória não falha, foi o mesmo Caractato que, depois de ser vencido pelos romanos (imagino que seria ao mando de Claudio no caso), foi levado a ser 'romanizado' junto com a sua família, e ele ainda não entendia por que os romanos se davam esse trabalho de invadir Bretanha, por 'um punhado de choças' :)

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #46 Online: 24 de Janeiro de 2010, 23:51:20 »
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J, o que estou dizendo é que eles não devem se preocupar com isso. Não podemos personificar os atos de uma instituição e a partir disso culpar os habitantes que compõem essa instituição, principalmente depois de tanto tempo.


Bom, essa é uma atitude completamente hipócrita. Se são responsáveis diretos ou não já não é relevante, mas como disse, se os habitantes atuais dos bairros em Londres são pakistaneses e não eskimós, algum motivo há. Não que haja culpa, eu não disse isso, mas é uma consequência de ter incorporado esse povo ao império. Nâo queria incorporá-lo ? Não foi lucrativo ? Então... há consequências. Por exemplo seus filhos vão povoar Londres, não adianta depois ficar revoltado.

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Eu não tenho nada a ver com a guerra do paraguai. Os ingleses de hoje não têm nada a ver com a colonização inglesa, e mesmo naquele tempo, tudo era feito por uma pequena parcela da "população".

Claro que tem a ver. Você é filho de quem viveu no país que gerou um massacre. Nem você nem eu temos culpa direta, mas vamos arcar com as conseqüências (tá, a nova gramática não exige, mas não consigo!). Se Brasil tivesse (oficialmente) anexado o Paraguai e houvesse hoje 'paraguayos' nos 'invadindo' com mate e tererê, poderiamos reclamar, mas seria irrelevante, porque estariam no seu direito, seriam tão brsileiros como você, como são aliás os acreanos, por mais cara de bolivianos que tenham!

Ninguém pode se alienar e se isentar assim dizendo que os atuais ingleses não tem nada a ver com o império que seus antepassados criaram, porque se alimentam desse governo, e compartilham suas conseqüências sim. Inclusive legalmente. Podem se queixar à vontade, mas é uma situação que eles criaram. Seria como o paulistano se queixar de que os japoneses são amarelos e chatos :) Uai, um acordo com o Japão abriu as portas a imigrantes que semearam a terra por um preço mais baixo, receberam terras que outros consideravam difíceis. Fazer o quê ? Deu certo e a colônia cresceu ... !

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Então os ingleses devem escolher o que acham certo fazer, baseado apenas no hoje, sem nenhum sentimento de culpa. Até porque, como já dito, eles levaram bastante progresso à India.

Claro, escolherão criar um cidadão de segunda-classe, logo logo, algo no qual são especialistas.

Já se perguntou por que aqui no Brasil não há esse tipo de problemas ? E olha que de sírio libaneses, armênios, judeus, turcos, estamos bastante cheios.

Por outro lado, imagino que você não é ingênuo ao ponto de achar que os ingleses se tomaram o trabalho de fundar uma colônia do outro lado do mundo porque queriam 'levar progresso'. Se não fosse rentável não teriam ido. Nem eles, nem os portugueses, nem os belgas a África, etc... Além do fato de terem levado 'progresso' ou não ser irrelevante no caso.


Imagino que como de costume você não esteja entendendo nada. Ou então fica claro que você se sente confortavel em dar atributos a entidades, daí seu gosto por falar que "a esquerda isso" a "direita isso", etc..

Atitude hipócrita é achar que se você inglês você estaria pensando "quanto devo ceder para a cultura deles já que há 100 anos alguém de meu país de então invadiu o pais deles".
As coisas não funcionam assim, quer você tenha bode de "imperialistas" ou não.

Note que aqui eu não estou colocando nenhum juizo de valor a respeito de que o colonialismo foi justo ou não, se os londrinos devem aceitar ou não a mescla cultural, muito menos falei essa groselha de guetos que você disse, nem cogitei que a maneira como nós absorvemos as culturas estrangeiras pode ser pior do que as outras (ou melhor), nem que deve ou não ficar revoltados. Tudo isso saiu da sua cabeça.
Eu disse que eles devem tomar a decisão de ir pelo caminho que determinarem. O passado é um imenso tu-quoque.

btw: Em londres existe de tudo... assim como nos EUA em Sao Francisco, por exemplo, existe desde indianos, paquistanes, chines, brasileiro, etc.. e não me consta que os EUA colonizou esses países.


“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #47 Online: 25 de Janeiro de 2010, 09:37:02 »
Os muçulmanos daqui são abrasileirados. Todos que conheço são como qualquer um, não vejo o quê os diferencie de forma gritante.  Talvez aqui não existam conflitos etnicos porque a mistura é gigantesca, não existindo nenhuma maioria. Todo mundo aqui é "invasor", bem dizer, filho de imigrantes.


Mas na minha opinião o mundo caminha mal. Acho legítima a preocupação com o retrocesso da democracia e das liberdades individuais e sociais.  Cada vez mais a China se torna relevante no mundo, e lá por 2050, talvez será a maior economia do planeta. Eles não conhecem coisas como democracia e direitos fundamentais. Claramente representam uma seríssima ameaça ao mundo.

Na Europa, por volta de 2050, vários países, como a França, serão de população com maioria islâmica. Se esse pensamento radical e teocrático dos islâmicos persistir, estes países vão retroceder neste aspecto ou vão mergulhar em guerra civil, resultando em novos Estados Policiais, como os da década de 30.

Os EUA já não serão hegemonicos e terão muitos problemas internos.

A verdade é que a histórica é cíclica e oscila entre períodos de liberdade e de totalitarismos. Mas quando a maioria de nós formos velhos, viveremos num mundo onde predominam regimes autoritários.

Acho péssima a idéia de um país (China) tão poderoso quanto são os EUA hoje, que adote um regime totalitário e segregacionista. Como cultura dominante, vão espalhar seus "valores" pelo planeta, sem dúvida alguma.

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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #48 Online: 25 de Janeiro de 2010, 18:54:06 »
Citar
Imagino que como de costume você não esteja entendendo nada. Ou então fica claro que você se sente confortavel em dar atributos a entidades, daí seu gosto por falar que "a esquerda isso" a "direita isso", etc..


Bom... se vamos misturar as estações com 'direita' e 'esquerda', eu paro por aqui...
--
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Re: Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?
« Resposta #49 Online: 25 de Janeiro de 2010, 22:24:00 »
não vamos... acho que entendeu o que postulei.
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