Juca vc nao percebe que esse nhenhenhe parece religioso?
O Agnóstico você que não é esquerdolóide, poderia me explicar porque o comportamento de massa não é tão prejudicial assim como eu digo né?
primeiro quanto ao consumismo..
você poderia imaginar, como alguns socialistas já o fizeram, que o novo homem deveria chegar em casa, ler Adorno, um pouco de Nietche e dormir feliz. Talvez no mundo que gostaríamos que existisse, a maior parte das pessoas ao menos entenderia o que fazemos diariamente aqui neste clube, discutindo, aprendendo, nos desafiando, etc..
Mas para todos os meus amigos que mostrei o conteúdo das discussões, a reação foi algo como... que esse cara está fazendo aí? Então, realmente as pessoas não estão querendo levar esse tipo de vida com ideais digamos... mais profundo (?)..
espere, há uma armadilha aqui. Nada indica que esse nosso modo de vida seja melhor do que o de pessoas que chegam em casa e ouve o funk do c&$ de cabeça para baixo. Nossos conjuntos de valores não são universais.
As músicas que achamos lixo são gloriosas para outras pessoas, e vice versa. Olhando de uma outra maneira, a pessoa que faz uma música que é admirada por zilhões de pessoas fez exatamente o que se espera da arte, que é atingir as pessoas. E ainda, ele foi muito bem remunerado por isso. Se você quer ser artista e atingir poucas pessoas, ok, procure o seu nicho. Mas você não é melhor do que ninguém porque pouca gente lhe dá bola.
Você está superestimando o poder do marketing. Muitíssimas vezes houve produtos suportados por campanhas fortíssimas que falharam. Muitas vezes, novelas da globo não foram bem, e uma novela do tipo Pantanal em uma emissora incipiente arrebentou a boca do balão. É necessário ter respeito pelo gosto alheio, o seu gosto não é melhor do que o de ninguém.
O jogo está muito mais em entender o que os clientes querem e despertar seu interesse do que influenciar diretamente o consumo. E por isso que digo que seu nhenhenhe é religioso. Ele se baseia na mesma lenga lenga do capitalismo malvado que você recorrentemente prega aqui no fórum Juca, mas isso é uma visão talhada por sua ideologia, e não representa a realidade, é apenas um framework interpretativo equivocado como a maior parte da cultura esquerdaloide.
Se o cara quer consumir, que consuma. Os doentes consumistas são doentes, assim como os avarentes, e esses não representam a maior parte dos consumidores apesar de serem o espantalho preferido da lenga-lenga anti-consumista. O cara trabalhou, quer se dar um presente, para seus filhos, que dê. É um trade off entre o gasto e deixar o dinheiro no banco, e ainda por cima, representa um ciclo virtuoso para a economia (vide o problema do Japão).