Para mim, e o que postulei 1.432 vezes nesse site, a esquerda é derivada do Marxismo e daí minha crítica a esquerda como sendo derivada dessa imbecilidade.
Direita não tem nada ver a não se preocupar com os mais fracos ou não. Direita tem a ver com liberdade econômica e de iniciativa privada, a não criação de regras que violem a liberdade de imprensa (questão que a esquerda historicamente tende a relativizar)... enfim, é o capitalismo em grau existente em diversos países de sucesso. EUA, França, Suíça, Coréia, Japão, etc.. não são de esquerda.
Se é possível determinar a origem da esquerda apenas, e tão somente, através de Karl Marx e, em contrapartida, a direita é considerada como sendo, de certa forma, inerente as sociedades humanas, e você se apega a esse ponto (me desculpe, mas eu REALMENTE não consigo entender de outra forma as suas colocações), fica difícil determinar o que é uma ou outra, pois o que você considera esquerda se aproxima da definição que temos de religião.
Se torna difícil um entendimento pois eu não considero nenhuma das duas (esquerda ou direita) como sendo "natural", ambas são criações da nossa sociedade e a principal diferença, a meu ver, está na importância que cada um dos grupos dá a questão dos direitos individuais ou coletivos e da importância do estado na vida das pessoas, mas de nenhuma forma estou minimizando os efeitos nocivos (um eufemismo para o banho de sangue que houve nos países socialistas) da ideologia na vida dos cidadãos.
Se esquerda tiver a acepção que disse acima, somos todos de esquerda, e a palavra perde o sentido.
A definição que muitos dão ao que é "direita" tem o mesmo problema.
Questões como as abordadas pela TFP são de cunho conservador, não de direita. Por exemplo, Stalin era contra os gays e não era de direita por isso. Não confunda conservador com direita.
A maioria dos conservadores se define como sendo de direita, ou vice-versa. Não creio estar havendo nenhuma confusão da minha parte.
Dodo, você está comparando o grau de idolatria de milhões em Fidel/Che com os gatos pingados de Olavo e Severo, mesmo que esses figuras não sendo ídolos de quase ninguém?
Sim, estou.
Quando você vê em cada reunião do G10, GX em todos os cantos do mundo, milhares de manifestantes contra a globalização, com camisetas do Che, você encontra um correlato em Olavão?
A frase idolatria de esquerda encontra eco no enorme número de pessoas que fazem isso. Não existe correlato para a direita.
Uma coisa que eu notei quando estava a frente do sindicato, mas nunca comentei aqui, é que idelogias são como "roupas velhas", um dia, sem mais nem menos, elas voltam a moda. Começa timidamente, de repente todos estão usando aquelas roupas. Já foi consenso bater na ditadura, hoje, de maneira pífia, começam a se levantar vozes defendendo o regime militar (matou pouca gente.. na Argentina e no Chile fo muito pior.. não tinha corrupção... alguém já viu um general milionário?.. e por aí vai). Situação parecida acontece na Rússia, Stalin está "voltando a moda" (quem cometeu a maioria dos crimes foi o Beria... foi o sucessor de Stalin que inventou as mentiras sobre ele... ele derrotou Hitler, sem sua ajdua a Europa seria um gigantesco estado nazista.. e blá blá blá).
São eventos esporádicos que vem se tornando cada vez mais comuns, mas todos seguem um padrão. Por exemplo, as manifestações da esquerda são tão grandes como eram no passado, onde era quase obrigação dos jovens irem contra o "capitalismo selvagem"? Pelo que tenho visto, não; sem falar que o termo "capitalismo selvagem" praticamente desapareceu. É até possível argumentar que "capitalismo selvagem" foi substituído pelo termo "neoliberalismo", mas a grande verdade é que o "selvagem" tinha uma conotação muito mais forte, o que tornava a todos que o enfrentavam "heróis". Era um mundo romântico, e num mundo romântico é muito fácil criar martires, então os santos se tornam pecadores e os pecadores se tornam santos.
O Olavão conseguiu em alguns anos se tornar relevante (para quem não sabe até o Pedro Bial já o citou numa entrevista e, suprema heresia

, chegou até a entrevistá-lo). Ele irá se tornar um ídolo? Quem sabe... se bem que acho mais provável é que outro acampe suas idéias e as torne mais digeríveis (o Reinaldo Azevedo e Diogo Mainardi chegaram perto, mas são desonestos a ponto de não dar os devidos créditos ao Olavão).
Para concluir este parágrafo: Não é tanto a quantidade que me precoupa, e sim a qualidade. Temos um milhão de vezes mais fanáticos de esquerda do que de direita? Sem sombra de dúvida, mas os fanáticos de direita existem e estão começando a perder o medo de aparecer. Poderemos, quem sabe um dia, vê-los nas ruas. Você pode achar que estou exagerando, mas lembre-se: eu estive no sindicato e sei que as pessoas se comportam como ovelhas quando estão em grupo, mesmo sem se dar conta disso.
Por isso que não acho exagero da minha parte comparar a "importância" de um ídolo também pela força de suas convicções, e não apenas pela quantidade de seguidores, levando em conta que na segunda opção a possibilidade de estrago é incomparavelmente maior do que na primeira, mas as duas estão interligadas.
Não sei se consegui me fazer entender.
ATENÇÂO: ANTES QUE ME ACUSEM DE ESTAR COMPARANDO GEISEL COM STALIN, ILUSTREI OS CASO ACIMA APENAS PARA ME FAZER ENTENDER NO QUE PENSO SOBRE "IDEOLOGIAS".
EDIT: eu to com sono e tenho consulta médica, então se escrevi uma besteira muito grande... já sabem porque.
