O conservadorismo moderno, que teve início com Edmund Burke, não tem essa raiz religiosa.
Burke era membro do partido "Whig" (liberal) na Inglaterra e apoiou a Revolução Americana, para horror de seus compatriotas.
Ele só foi chamado de conservador, e junto com ele todos os seus seguidores, porque censurou os excessos da Revolução Francesa, quando os revolucionários quiseram mudar absolutamente tudo na sociedade francesa, incluindo o calendário, sem qualquer respeito por tudo o que a França havia construído até então.
Burke defendeu que as mudanças devem respeitar as instituições, tradições e passado cultural do país, o contrário do que fizeram os jacobinos que tentaram reescrever a história da França, alterando todas suas referências.
(Alguma semelhança entre jacobinos e ditadores de esquerda?)
O inglês captou o anseio totalitário que acompanhou os jacobinos, por isso, ao mesmo tempo em que apoiou a Revolução Americana, que segundo ele foi uma rebelião legitima contra os impostos cobrados pela Inglaterra, desprezou a revolução dos jacobinos por entender que os mesmos não lutavam contra a tirania, mas em favor da sua forma particular de tirania, uma tirania esclarecida, supostamente iluminista, branda.
Não por acaso foi Robespierre quem escreveu:
"O governo da Revolução é o despotismo da liberdade contra a tirania".