Autor Tópico: Problemas do SUS  (Lida 155232 vezes)

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Offline Cumpadi

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2575 Online: 26 de Janeiro de 2018, 16:47:49 »
Para mim, do alto da minha quase completa leiguice em economia, a saúde nos EUA é a prova maior de que nem tudo pode ser resolvido pelo deus mercado. Ele é poderoso, mas não é onipotente.

Onde estão os milhares de hospitais que vão aproveitar essa brecha de custos altíssimos da saúde americana e oferecer serviços melhores e mais baratos, tomando todos os consumidores dos grandes hospitais? Não é sempre essa a alegação dos libertários para tudo, que o mercado se auto corrige? Não parece estar acontecendo nesse caso...

Não sou estatólatra, pelo contrário, simpatizo muito com um Estado mínimo, mas saúde é uma área onde deixar tudo ao sabor do mercado não funciona, como estamos vendo no maior país capitalista do mundo.
Por pior que seja as leis e os carteis nos EUA, esses hospitais existem sim, mas os criticos da saude americana os ignoram. Na pior das hipoteses talvez um americano tem a opcao de pegar um aviao para outro estado para fazer uma cirurgia eletiva bem mais barata. Alem disso, uma cirurgia nos EUA tem uma qualidade muito maior que uma cirurgia na Argentina, e comparar macas com bananas. Por ultimo, tem muito hospital top de linha nos EUA que atendem pacientes sem levar em conta seguro de saude, se a pessoa tem uma doenca rara, ele vai conseguir atendimento. Isso sem contar com o sistema de caridade por la que e muito forte. Garanto a voces que uma pessoa sem seguro de saude la vai ter muito mais acesso a servicos de saude que uma pessoa sem seguro no Brasil que depende do SUS.
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline JJ

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2576 Online: 26 de Janeiro de 2018, 16:50:37 »
Para mim, do alto da minha quase completa leiguice em economia, a saúde nos EUA é a prova maior de que nem tudo pode ser resolvido pelo deus mercado. Ele é poderoso, mas não é onipotente.

Onde estão os milhares de hospitais que vão aproveitar essa brecha de custos altíssimos da saúde americana e oferecer serviços melhores e mais baratos, tomando todos os consumidores dos grandes hospitais? Não é sempre essa a alegação dos libertários para tudo, que o mercado se auto corrige? Não parece estar acontecendo nesse caso...

Não sou estatólatra, pelo contrário, simpatizo muito com um Estado mínimo, mas saúde é uma área onde deixar tudo ao sabor do mercado não funciona, como estamos vendo no maior país capitalista do mundo.
Por pior que seja as leis e os carteis nos EUA, esses hospitais existem sim, mas os criticos da saude americana os ignoram. Na pior das hipoteses talvez um americano tem a opcao de pegar um aviao para outro estado para fazer uma cirurgia eletiva bem mais barata. Alem disso, uma cirurgia nos EUA tem uma qualidade muito maior que uma cirurgia na Argentina, e comparar macas com bananas.


Você afirma que os médicos argentinos não conseguem fazer uma cirurgia de apendicite de forma adequada ? 



Offline Buckaroo Banzai

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2577 Online: 26 de Janeiro de 2018, 17:52:34 »
Hospitais mais baratos podem até existir nos EUA; há até mutirões, hospitais-barracas de caridade para atender populações rurais pobres.

Mas eles não são ignorados, apenas não dão conta (sendo que o desempenho geral é inferior, a um custo mais elevado), e devem ainda assim estar sujeitos a preços de outras partes do sistema, mesmo que não tenham eles mesmos a prática do "chargemaster".



Para mim, do alto da minha quase completa leiguice em economia, a saúde nos EUA é a prova maior de que nem tudo pode ser resolvido pelo deus mercado. Ele é poderoso, mas não é onipotente.


Me pareceu em alguns posts que há intervenção do Estado influenciando no número de hospitais, regras impostas aos planos de saúde, sem falar no lobby do setor.



É claro que há. Só na Somália talvez não haja algo assim. Não pode qualquer um abrir um consultório médico na garagem.

São legislações diferentes em diferentes países, produzindo diferentes resultados.


Offline -Huxley-

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2578 Online: 26 de Janeiro de 2018, 20:55:29 »
Este flood de citações de livros teóricos tem algum ponto?


Tem. Ele é descrito a seguir. Os elevados preços no setor de saúde americano podem ter chegado aonde chegaram sobretudo por causa de sucessivos deslocamentos na curva de demanda agregada do setor.

Dificilmente comparar os setores de distintos países com os EUA com alguns poucos dados levará a uma "conclusão da fórmula ideal da política pública de saúde", porque tais países tem diferentes curvas de oferta e demanda agregada. Qualquer mercado tem um grande número de razoáveis fatores que contribuem fortemente para diferentes deslocamentos das suas curvas de oferta e de demanda. O artigo do Mises Institute e do Rodrigo Constantino ajudam a explicar alguns desses fatores para diferenças internacionais, mas, sinceramente, eu não sei se seria a maioria deles foram mencionados.

Mas parece claro que negar a influência de deslocamentos da curva de demanda agregada na explicação do preço só gera paradoxos. Segundo você, não, os americanos demandam menos, apesar de gastarem incríveis 17,9% do PIB com saúde. Ou seja, quando há redução nas unidades demandadas dos bens, então não pode haver sobrepreço dos bens causado por excesso de demanda agregada. Se isso é verdade, eu pergunto então porque inflação não se auto-corrige em países em estagflação, por exemplo. Pois o aumento de preços afugentaria demandantes, limitando a quantidade demandada, fazendo a inflação cair automaticamente. Tentou-se explicar esse paradoxo, em parte, assim:

Citar
ocorre de, em alguns casos, você, como negócio/fornecedor poder compensar a perda de demanda aumentando um pouco os preços.
"É "geralmente" algo mais fácil do que tentar aumentar suas vendas (esperando eventualmente de aumentar os lucros) através da redução dos preços, mas é particularmente mais seguro de dar certo se sua demanda é particularmente inelástica, como é a demanda por serviços médicos, ainda que essa inelasticidade não signifique que toda população tenha acesso adequado à saúde.

Mas... Se fosse verdade que seria regular compensar queda de vendas com aumento de preços, veríamos sempre a inflação se acelerando quando o produto caísse muito abaixo do potencial e desacelerando quando a economia estivesse muito aquecida. Olhando a experiência mundial a respeito, a evidência empírica sugere precisamente o oposto.

E, numa indústria que se tornou madura e competitiva, dificilmente a inelasticidade será tão significativa para induzir os efeitos drásticos mencionados no seu quote, pois lucros altos atraem potenciais entrantes, e os novos entrantes possuem bens substitutos próximos que deslocam as curvas de demanda das empresas estabelecidas para baixo/esquerda, além de as tornarem mais horizontais. Será esse o caso do setor de saúde americano? Se sim, caso encerrado sobre alegação do "vilão da inelasticidade". Se não, se o setor de saúde americano é monopolizado (ou muito diferente de uma indústria competitiva), restaria saber porque seu lucro médio não parece de monopolista (artigo de 2009):

Citar
(...)
Over the past year, “the profit margin for health insurance companies was a modest 3.4 percent,” Newman points out, quoting data provided by Morningstar, a company that rates mutual funds. Morningstar would have no reason to low-ball the insurance industry’s profits; its readers are looking for highly profitable sectors of the economy where they can invest.  But the health plan industry is not one of those sectors: insurers ranks 87th out of 215 industries.

“Profit margins basically reflect the percentage of revenue left over after paying salaries, expenses, taxes and lots of other things,” Newman explains. When it comes to insurers, “revenue” equals all of the premiums that they receive. Those premiums are so high—and have been climbing so rapidly, in large part because the amount of money that insurers have been paying out in reimbursements to doctors, hospitals, nursing homes and patients has been rising by roughly 8% a year, each and every year, for the past ten years. Insurers have been doing their best to pass those costs on to you and me, but they haven’t been able to make huge profits. While the cost of care spirals, the number of customers who can afford to buy health insurance has been shrinking—which has meant tough times for insurers.
(...)

Fonte: http://www.healthbeatblog.com/2009/08/who-is-making-the-biggest-profits-from-us-healthcare-you-might-be-surprised/
« Última modificação: 26 de Janeiro de 2018, 20:58:31 por -Huxley- »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2579 Online: 26 de Janeiro de 2018, 21:59:43 »
Este flood de citações de livros teóricos tem algum ponto?


Tem. Ele é descrito a seguir. Os elevados preços no setor de saúde americano podem ter chegado aonde chegaram sobretudo por causa de sucessivos deslocamentos na curva de demanda agregada do setor.

Dificilmente comparar os setores de distintos países com os EUA com alguns poucos dados levará a uma "conclusão da fórmula ideal da política pública de saúde", porque tais países tem diferentes curvas de oferta e demanda agregada.

Que evidência há de que a demanda nos EUA seria maior do que a dos outros países com os quais é comparado?







http://www.commonwealthfund.org/~/media/Files/Publications/Issue%20Brief/2012/May/1595_Squires_explaining_high_hlt_care_spending_intl_brief.pdf





https://www.huffingtonpost.com/2013/10/03/health-care-costs-_n_3998425.html


https://en.wikipedia.org/wiki/Health_care_system_in_Japan


Eu não consigo entender como esses dados não são simplesmente o contrário dessas previsões teóricas.




 
Citar
Mas parece claro que negar a influência de deslocamentos da curva de demanda agregada na explicação do preço só gera paradoxos. Segundo você, não, os americanos demandam menos, apesar de gastarem incríveis 17,9% do PIB com saúde.

Haja visto os dados repetidos acima.

Eu não consigo entender como poderia ser significativa qualquer diferença nesse sentido em comparações com os outros países. Mesmo a pirâmide demográfica não é tão diferente, a ponto de encarecer mais o custo da saúde pela idade avançada:








Vários outros países com resultados melhrores vão ter até condições piores para operar por causa de uma população idosa proporcionalmente maior, com maior expectativa de vida, mas mesmo assim, deixam os EUA para trás.


Citar
Ou seja, quando há redução nas unidades demandadas dos bens, então não pode haver sobrepreço dos bens causado por excesso de demanda agregada. Se isso é verdade, eu pergunto então porque inflação não se auto-corrige em países em estagflação, por exemplo. Pois o aumento de preços afugentaria demandantes, limitando a quantidade demandada, fazendo a inflação cair automaticamente. Tentou-se explicar esse paradoxo, em parte, assim:

Citar
ocorre de, em alguns casos, você, como negócio/fornecedor poder compensar a perda de demanda aumentando um pouco os preços.
"É "geralmente" algo mais fácil do que tentar aumentar suas vendas (esperando eventualmente de aumentar os lucros) através da redução dos preços, mas é particularmente mais seguro de dar certo se sua demanda é particularmente inelástica, como é a demanda por serviços médicos, ainda que essa inelasticidade não signifique que toda população tenha acesso adequado à saúde.

Mas... Se fosse verdade que seria regular compensar queda de vendas com aumento de preços, veríamos sempre a inflação se acelerando quando o produto caísse muito abaixo do potencial e desacelerando quando a economia estivesse muito aquecida. Olhando a experiência mundial a respeito, a evidência empírica sugere precisamente o oposto.

Então, resumidamente se trata mesmo apenas de uma tentativa de contestar a realidade desse caso em particular com base em teoria geral, é isso? Eu não consigo entender.

  • Os EUA não tem uma demanda maior que países em situação melhor, está dentre as menores (talvez até pelo preço)
  • Os preços americanos são imensamente mais caros
  • O desempenho é inferior apesar dos gastos mais elevados com saúde


Houve com o ACA/Obama/Romney/HeritageFundationCare um aumento de pessoas com cobertura, mas mesmo isso não é parte do padrão geral, que é bem anterior. E esses gastos dos segurados deverão ser menores, por terem descontos em vez das "penalidades" dos "chargemasters".





Citar
E, numa indústria que se tornou madura e competitiva, dificilmente a inelasticidade será tão significativa para induzir os efeitos drásticos mencionados no seu quote, pois lucros altos atraem potenciais entrantes, e os novos entrantes possuem bens substitutos próximos que deslocam as curvas de demanda das empresas estabelecidas para baixo/esquerda, além de as tornarem mais horizontais. Será esse o caso do setor de saúde americano? Se sim, caso encerrado sobre alegação do "vilão da inelasticidade". Se não, se o setor de saúde americano é monopolizado (ou muito diferente de uma indústria competitiva), restaria saber porque seu lucro médio não parece de monopolista (artigo de 2009):

Citar
(...)
Over the past year, “the profit margin for health insurance companies was a modest 3.4 percent,” Newman points out, quoting data provided by Morningstar, a company that rates mutual funds. Morningstar would have no reason to low-ball the insurance industry’s profits; its readers are looking for highly profitable sectors of the economy where they can invest.  But the health plan industry is not one of those sectors: insurers ranks 87th out of 215 industries.

“Profit margins basically reflect the percentage of revenue left over after paying salaries, expenses, taxes and lots of other things,” Newman explains. When it comes to insurers, “revenue” equals all of the premiums that they receive. Those premiums are so high—and have been climbing so rapidly, in large part because the amount of money that insurers have been paying out in reimbursements to doctors, hospitals, nursing homes and patients has been rising by roughly 8% a year, each and every year, for the past ten years. Insurers have been doing their best to pass those costs on to you and me, but they haven’t been able to make huge profits. While the cost of care spirals, the number of customers who can afford to buy health insurance has been shrinking—which has meant tough times for insurers.
(...)

Fonte: http://www.healthbeatblog.com/2009/08/who-is-making-the-biggest-profits-from-us-healthcare-you-might-be-surprised/

Isso se refere apenas ao lucro das companhias de seguro de saúde, que é de fato o menor dentre toda a indústria, até talvez pela sua ineficiência intrínseca:




https://www.economist.com/news/science-and-technology/21700373-cancer-drugs-cost-more-america-elsewhere-may-be-just-priced-out

O texto da matéria sugere que a fraqueza das seguradoras seja uma das razões pelos preços elevados:

Citar
...
One reason the cost of American health care is so high is that insurers are so weak. Having hundreds of different carriers, for example, means no one insurer has lots of negotiating power — hence those high prices drug and device makers can charge.
...
https://www.vox.com/2014/9/2/6089693/health-care-facts-whats-wrong-american-insurance

Outro gráfico interessante, do mesmo texto:



















https://renewbariatrics.com/healthcare-rankings/

Offline -Huxley-

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2580 Online: 27 de Janeiro de 2018, 11:42:18 »
Ou seja, Buckaroo continua insistindo que não é possível haver excesso de demanda agregada sobre o produto potencial (PIB setorial ou total) quando menos unidades de bens são consumidas. É como se alguém olhasse para a Argentina inflacionista de poucos anos atrás e dissesse: "Não é estranho que digam que haja excesso de demanda agregada sobre o produto potencial na Argentina? As vendas das unidades dos bens que os argentinos tipicamente consomem só caem. Na verdade, eu acho que o aumento de preços sozinho seria suficiente para causar essa menor demanda de unidades de bens".

Se existem lojistas brasileiros que vendem canetas chinesas com tinta invisível com preço superior ao triplo do que alguém que consumisse através da melhor oferta do Aliexpress, toda vez que eu compro uma única unidade da melhor oferta do Aliexpress, minha demanda de 1 unidade é superior a demanda daquele que compra 3 unidades de canetas dos mencionados lojistas brasileiros. E é possível consumir quantidade maior de qualidade maior e, ainda assim, demandar menos. Na época do auge da ineficácia da Lei da Informática, quem tivesse sucesso em adquirir computadores americanos por contrabando passaria por essa situação paradoxal no Brasil. Não sei porque tanta dificuldade em entender isso.

O que eu acho normal é não entenderem a ineficácia alocativa no setor de saúde americano. Porém, parte da explicação está no "efeito bufê à vontade à preço fixo". E parte está no problema de informação assimétrica causada pelo perigo moral (moral hazard)/seleção adversa, se for verdade a descrição das particularidades do setor de saúde americano que feita no artigo de Juan Ramón Rallo. O último caso explica também as limitações na variação de oferta, o que torna multiplica o problema da ineficácia alocativa e do sobrepreço.
« Última modificação: 27 de Janeiro de 2018, 12:50:10 por -Huxley- »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2581 Online: 27 de Janeiro de 2018, 12:52:24 »
:?: A "demanda" a que se refere é somente o preço? Se algo é mais caro, e se gasta mais, mesmo consumindo menos, então a demanda=gasto é maior?

:?: Se os americanos têm menos visitas, menos internações, que praticamente todos os outros países comparados (mas custos maiores mesmo que os poucos que têm menos visitas e internações), mesmo levando em consideração a proporção de médicos, e ainda assim isso é uma "demanda excessiva", então para que o sistema de saúde americano "melhorasse", a população deveria ter um acesso ainda mais reduzido à saúde, até chegar a uma demanda "compatível"? 

:?: O "excesso de demanda agregada sobre o produto potencial" explica a diferença de desempenho (saúde da população) e custos de saúde entre estados dos EUA?

:?: O "excesso de demanda agregada sobre o produto potencial" explica a diferença de desempenho (saúde da população) e custos de saúde entre os EUA e países com custo menor para desempenho igual ou superior em saúde da população?

:?: Por que o suposto problema do "bufê a vontade com preço fixo" não afeta mais severamente aos outros países, cujas leis os tornam mais expostos a esse risco? Será que as pessoas realmente "consomem" serviços de saúde de maneira análoga? ***




*** Esse vídeo sugere uma resposta: eles inclusive usam o termo de "bufê", mas o caso não é dos pacientes sobre-usarem o sistema, mas os médicos, encaminhando os pacientes a procedimentos desnecessários:

<a href="https://www.youtube.com/v/cbBKoyjFLUY" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/cbBKoyjFLUY</a>

Já tinha esbarrado com afirmações nesse sentido, talvez até citado aqui, mas havia feito essa ligação. Em alguns textos é afirmado que os médicos têm interesse nisso porque ganham mais independentemente da eficiência do tratamento sugerido, diferentemente do que talvez ocorra em outros países, ou mesmo nos EUA, em alguns estados.








Citar
Better U.S. Health Care at Lower Cost
ARNOLD MILSTEIN

HELEN DARLING

....

Inventory of wasted spending

There are five broad categories of waste in health care: providing services that are unlikely to improve health, using inefficient methods to deliver useful services, charging noncompetitive prices for services and products, inducing or incurring excess administrative costs in the health care and health insurance sectors, and missing opportunities to lower net spending via illness and injury prevention. Collectively, these streams of embedded waste represent a double-digit percentage opportunity to reduce per capita health care spending while improving clinical outcomes and patients’ experience of their care. [...]

Among illustrative problems, it is estimated that more than 3 million preventable serious adverse events occur in hospitals annually, with over half attributable to hospital-acquired infections and adverse drug events. Conservatively estimated, avoiding preventable defects in hospital care can produce net annual savings of $16.6 billion.

Medical imaging is ripe for waste reduction. Although extremely beneficial in a growing number of clinical circumstances, imaging too often is used in cases where it’s likely to add no clinical value and to harm patients by radiation exposure [...]

...

Arnold Milstein is medical director of the Pacific Business Group on Health in San Francisco and Chief Physician at Mercer Health & Benefits. Helen Darling is president of the National Business Group on Health in Washington, DC.

http://issues.org/26-2/milstein/


Citar
http://issues.org/26-2/milstein/

...However, the greatest opportunity to improve health system efficiency probably lies in the enactment of federal policies to harmonize the influence that the nation’s health care payers have on the health care decisions of patients and their clinicians. Five facets of harmonization are especially important:

Standardizing measurements of comparative performance
...

Citar
...
In the United States, the amount of money spent on health care by all sources, including government, private employers, and individuals, is approximately $7,500 a year per person. In other advanced industrial nations, such as Germany, the bill is roughly one-third less. Yet scores on health care quality measures in the United States are not generally higher than in other wealthy countries and compare poorly on multiple measures. Nor is higher spending buying greater user satisfaction, as chronically ill U.S. patients, who are in most frequent need of care, are generally less satisfied with their care than are their counterparts in other wealthy countries.

...
http://issues.org/26-2/milstein/


Citar
Getting Better Health Care for Your Buck (Wed, 3 Mar 2010 10:30:06 -0500)
http://feedproxy.google.com/~r/podcasts/soundsofscience/~3/qlpgx4wDiSE/nax102winterissues.mp3

Regardless of how we decide to pay for health care, we now have the tools and knowledge necessary to improve the performance of the U.S. health care system and reduce costs. Kevin Finneran, Editor-in-Chief of Issues in Science and Technology, discusses some of the strategies we could take based on the article Better U.S. Health Care at Lower Cost by Arnold Milstein and Helen Darling in the Winter 2010 issue.

Offline Gauss

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2582 Online: 27 de Janeiro de 2018, 17:11:33 »
[...]
O que eu acho normal é não entenderem a ineficácia alocativa no setor de saúde americano. Porém, parte da explicação está no "efeito bufê à vontade à preço fixo". E parte está no problema de informação assimétrica causada pelo perigo moral (moral hazard)/seleção adversa, se for verdade a descrição das particularidades do setor de saúde americano que feita no artigo de Juan Ramón Rallo. O último caso explica também as limitações na variação de oferta, o que torna multiplica o problema da ineficácia alocativa e do sobrepreço.
É impossível se entender algo quando se usa a emoção, e não a razão, para criar opinião sobre algo.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2583 Online: 27 de Janeiro de 2018, 17:36:31 »
Eu não estou entendendo por simples limitação técnica/intelectual mesmo.

Os dados que eu apontei simplesmente me parecem contrários à noção de que o preço elevado, em comparação aos outros países, se deva a uma demanda excessiva nos EUA.

Pela sugestão de que a demanda seria a causa da diferença, eu esperaria que isso significasse sugerir que os americanos estão sobreutilizando mais dos recursos disponíveis em comparação com outros países, o que não é o observado. E não que eles simplesmente, "inerentemente" sejam mais caros, apesar de menos utilizados, ou seja "demanda excessiva = preço alto = demanda excessiva".

Se preço alto "é" "demanda excessiva", nem vejo sentido perguntar como poderia haver preço alto sem demanda efetiva excessiva, bem como falar em demanda como "causa", em contraste com outras situações onde a mesma quantidade ou maior é demandada, a um preço menor. Fica parecendo uma tautologia inútil, que não explica absolutamente nada.

O que objetivamente interessa é a saúde obtida pela população, e o custo, e não que tecnicamente se pode chamar de "demanda excessiva" mesmo a situação de menos pessoas pagando pelo recurso demandado.










<a href="https://www.youtube.com/v/ylsO0VVy29U&amp;list=PLkfBg8ML-gIngk82SUbTp6Og_KkYfJ6oF" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/ylsO0VVy29U&amp;list=PLkfBg8ML-gIngk82SUbTp6Og_KkYfJ6oF</a>


Citar
http://theincidentaleconomist.com/wordpress/what-makes-the-us-health-care-system-so-expensive-introduction/

This post is cited as a “must read” in the 14 October 2010 edition of Health Wonk Review.

...

Schedule

This series will include one post each weekday over the next two weeks. The link in each item below will become live once the post is up.

  • Introduction — September 20, 2010 (this post)
  • Inpatient Care — September 21, 2010
  • Outpatient Care — September 22, 2010
  • Drugs — September 23, 2010
  • Administration and Insurance — September 24, 2010
  • Investment in Health — September 27, 2010
  • Health Care Workers — September 28, 2010
  • Areas of Underspending — September 29, 2010
  • Red Herrings – September 30, 2010
  • Conclusion — October 1, 2010
  • Responses to Comments
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*You will see that I describe our lack of better outcomes a number of times.  While this series focuses on costs, I think a future series will be dedicated to outcomes.


Offline -Huxley-

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2584 Online: 27 de Janeiro de 2018, 19:35:47 »
:?: A "demanda" a que se refere é somente o preço? Se algo é mais caro, e se gasta mais, mesmo consumindo menos, então a demanda=gasto é maior?

Demanda agregada e gasto agregado são sinônimos; ambos são iguais ao produto (ou PIB setorial) em condição de equilíbrio (OA=DA). A quantidade de unidades de bens não mede a magnitude da demanda agregada.
« Última modificação: 27 de Janeiro de 2018, 20:08:59 por -Huxley- »

Offline -Huxley-

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2585 Online: 27 de Janeiro de 2018, 19:56:38 »

:?: Se os americanos têm menos visitas, menos internações, que praticamente todos os outros países comparados (mas custos maiores mesmo que os poucos que têm menos visitas e internações), mesmo levando em consideração a proporção de médicos, e ainda assim isso é uma "demanda excessiva", então para que o sistema de saúde americano "melhorasse", a população deveria ter um acesso ainda mais reduzido à saúde, até chegar a uma demanda "compatível"? 

Isso é o mesmo que perguntar se os venezuelanos deveriam ter um acesso ainda mais reduzido a bens essenciais para que a economia melhorasse. É claro que não.

A questão é que não há qualquer problema em se ter uma alta taxa de crescimento de demanda agregada. Desde que se tenha uma taxa de crescimento ainda maior da oferta agregada (ou pelo menos igual, no caso de local em que a economia ou setor da economia esteja em situação plenamente satisfatória). E não há qualquer problema em se ter uma demanda agregada elevada, desde que se tenha, no mínimo, uma oferta agregada igualmente elevada.   
« Última modificação: 27 de Janeiro de 2018, 20:00:28 por -Huxley- »

Offline -Huxley-

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2586 Online: 27 de Janeiro de 2018, 19:59:28 »

:?: O "excesso de demanda agregada sobre o produto potencial" explica a diferença de desempenho (saúde da população) e custos de saúde entre estados dos EUA?


Eu não tenho dados suficientes para analisar o caso dos estados americanos, então eu me abstenho de responder a essa pergunta.

Offline -Huxley-

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2587 Online: 27 de Janeiro de 2018, 20:05:46 »
?: O "excesso de demanda agregada sobre o produto potencial" explica a diferença de desempenho (saúde da população) e custos de saúde entre estados dos EUA?

Não explica bem. Pois temos que fazer as inferências das causas da oferta e da demanda para que isso entre aspas não seja uma explicação vaga.


:?: O "excesso de demanda agregada sobre o produto potencial" explica a diferença de desempenho (saúde da população) e custos de saúde entre os EUA e países com custo menor para desempenho igual ou superior em saúde da população?

Idem a resposta anterior.
« Última modificação: 27 de Janeiro de 2018, 20:16:06 por -Huxley- »

Offline Cumpadi

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2588 Online: 27 de Janeiro de 2018, 20:10:24 »
Off topic, buckaroo, Huxley, qual o ganha pao de vocês?
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline -Huxley-

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2589 Online: 27 de Janeiro de 2018, 20:33:40 »

:?: Por que o suposto problema do "bufê a vontade com preço fixo" não afeta mais severamente aos outros países, cujas leis os tornam mais expostos a esse risco? Será que as pessoas realmente "consomem" serviços de saúde de maneira análoga? ***

Cingapura, Holanda e Suíça são alguns dos países que se saem mais bem quanto ao afastamento desse modelo e têm política social de saúde com relação custo-benefício melhor do que a quase totalidade dos países do mundo: https://jepaleopiniao.blogspot.com.br/2017/01/qual-o-melhor-modelo-de-saude-publica.html

Estão no nível da excelência mesmo para os padrões dos países desenvolvidos.
« Última modificação: 28 de Janeiro de 2018, 13:34:29 por -Huxley- »

Offline JJ

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2590 Online: 29 de Janeiro de 2018, 08:38:37 »
:?: A "demanda" a que se refere é somente o preço? Se algo é mais caro, e se gasta mais, mesmo consumindo menos, então a demanda=gasto é maior?

:?: Se os americanos têm menos visitas, menos internações, que praticamente todos os outros países comparados (mas custos maiores mesmo que os poucos que têm menos visitas e internações), mesmo levando em consideração a proporção de médicos, e ainda assim isso é uma "demanda excessiva", então para que o sistema de saúde americano "melhorasse", a população deveria ter um acesso ainda mais reduzido à saúde, até chegar a uma demanda "compatível"?


A quantidade de excluídos dos serviços de saúde é só 46 milhões, para o sistema ficar em equilíbrio tem que excluir mais gente. Talvez se excluir mais uns 40 milhões o sistema fique com uma demanda mais adequada. 


Offline -Huxley-

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2591 Online: 29 de Janeiro de 2018, 10:04:53 »
:?: A "demanda" a que se refere é somente o preço? Se algo é mais caro, e se gasta mais, mesmo consumindo menos, então a demanda=gasto é maior?

:?: Se os americanos têm menos visitas, menos internações, que praticamente todos os outros países comparados (mas custos maiores mesmo que os poucos que têm menos visitas e internações), mesmo levando em consideração a proporção de médicos, e ainda assim isso é uma "demanda excessiva", então para que o sistema de saúde americano "melhorasse", a população deveria ter um acesso ainda mais reduzido à saúde, até chegar a uma demanda "compatível"?


A quantidade de excluídos dos serviços de saúde é só 46 milhões, para o sistema ficar em equilíbrio tem que excluir mais gente. Talvez se excluir mais uns 40 milhões o sistema fique com uma demanda mais adequada. 



É só transportar a analogia da macro para a microeconomia. A Venezuela precisa gerar "exclusão social" porque o consumo dos impostos é ineficaz e a oferta agregada é insuficiente para a demanda agregada? Ou eles simplesmente precisam fazer certas pessoas demandar de forma mais compatível com seus poderes de custos e benefícios (com muitas delas precisando demandar menos) e fazer a oferta agregada crescer num ritmo mais rápido do que o da demanda agregada (retirando os intervencionismos que geram empecilhos)?

Usar ironias para fugir do debate não ajuda em nada no amadurecimento das ideias.
« Última modificação: 30 de Janeiro de 2018, 01:28:03 por -Huxley- »

Offline Muad'Dib

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2592 Online: 02 de Fevereiro de 2018, 10:02:04 »
Olha aqui o verdadeiro problema do SUS:

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/02/alckmin-e-doria-cortam-gastos-em-acoes-de-combate-a-mosquitos.shtml

Corta-se a verba para vigilância em saúde e gasta-se o dobro para tratar o aumento no número de casos de dengue. Políticos não sabem de porra nenhuma, querem economizar (no lugar errado, podiam usar melhor as verbas em outros lugares), veem que os casos de dengue diminuiram e acham que o problema já está resolvido.

A febre amarela agora está sendo transmitida por mosquitos silvestres, mas o risco de transmissão urbana pelo Aedes é real.

Some-se a isso o fato de termos um ministro da Saúde que, quando empossado, demonstrou não ter nem sequer lido a Lei 8080 e ainda deu declarações peculiares a respeito da fosfoetanolamina e podemos ter uma ideia do que ocorre.

Offline Lorentz

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2593 Online: 02 de Fevereiro de 2018, 10:26:30 »
Acho muito simplista dizer que se investiu menos e por isso tivemos problemas. Poderíamos ter os mesmos problemas investindo mais.

Não duvido que nessas agências e programas de governo haja muito desperdício de recursos.

Essa mentalidade que temos de achar que deve-se investir (aka socar dinheiro de impostos) nos problemas para resolvê-los é antiquada. O SUS tem um orçamento imenso, com aumentos constantes, e continua sempre a mesma bosta. O fato da reportagem ter saído na Folha faz eu ter mais ceticismo ainda.
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Offline Muad'Dib

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2594 Online: 02 de Fevereiro de 2018, 10:44:08 »
Se eu tiver que apostar em uma causa para a epidemia de febre amarela eu apostaria no tráfico de animais. A cepa viral que está dizimando primatas no sudeste é originária do extremo norte do país, não tem como ela ter "viajado" via mosquitos ou macacos para o sudeste. Não foi por falta de investimento em vigilância em saúde que estamos vendo casos de febre amarela, mas o ministro da saúde ter declarado no ano passado que a epidemia tinha acabado e não ter ouvido a parte técnica do assunto ajudou o fato da FA nos ter pego de "surpresa".

A falta de investimento em vigilância entomológica hoje pode muito bem causar um aumento de casos de dengue no ano que vem. Esse ano e no ano passado, em São Paulo, não houve muitos casos de dengue. Isso faz com que o povo que determina onde vai ser investido o dinheiro pense que não é necessário manter um foco constante no combate ao vetor, só que esse povo não entende nada e acha que a parte técnica está fazendo frescura quando diz que se tem que manter a guarda levantada.

A bosta do SUS, na mentalidade de quem não conhece, resume-se ao péssimo atendimento nos hospitais, filas enormes e coisas assim. O SUS não é só isso. Um aumento nos casos de dengue ano que vem vai impactar no péssimo atendimento nos hospitais, filas enormes e gastos que poderiam ter sido evitados se tivesse sido feito um combate ao mosquito esse ano e no ano passado.

É uma economia porca. Esse povo não economiza para comprar os favores políticos e tem que cortar onde não devia.

A bosta do SUS, via uma notificação (provavelmente de uma médica da rede particular) de um aparente aumento no número de casos de microcefalia, identificou um virus e seu vetor em tempo hábil para alertar a população e com isso dando chances das mulheres se precaverem de uma gravidez.

A bosta do SUS estava falando da febre amarela já há muito tempo, mas enquanto o problema não cai no colo dos políticos eles não se preocupam. E quando cai eles culpam outros.

Offline Lorentz

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2595 Online: 02 de Fevereiro de 2018, 11:07:09 »

A falta de investimento em vigilância entomológica hoje pode muito bem causar um aumento de casos de dengue no ano que vem. Esse ano e no ano passado, em São Paulo, não houve muitos casos de dengue. Isso faz com que o povo que determina onde vai ser investido o dinheiro pense que não é necessário manter um foco constante no combate ao vetor, só que esse povo não entende nada e acha que a parte técnica está fazendo frescura quando diz que se tem que manter a guarda levantada.


Será que é falta de investimento em vigilância, ou uma má vigilância, independente do investimento?
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Offline Muad'Dib

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2596 Online: 02 de Fevereiro de 2018, 11:09:18 »
O que seria má vigilância para você?

Offline Lorentz

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2597 Online: 02 de Fevereiro de 2018, 11:34:17 »
O que seria má vigilância para você?

Você ter o dinheiro mas uma má execução.
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Offline Muad'Dib

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2598 Online: 02 de Fevereiro de 2018, 11:38:23 »
O que seria má vigilância para você?

Você ter o dinheiro mas uma má execução.

E o que seria uma má execução da vigilância entomológica?

Aplicar o inseticida onde não devia? Aplicar mais do que o necessário?

Offline Muad'Dib

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2599 Online: 02 de Fevereiro de 2018, 11:42:56 »
Só para deixar claro, eu não nego que o Sistema Único de Saúde, nem de perto, consegue dar conta das necessidades da população. Muito pelo contrário, sou muito bem ciente dos problemas grotescos que temos com o atendimento hospitalar da população.

 

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