Autor Tópico: Problemas do SUS  (Lida 155231 vezes)

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Offline -Huxley-

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2550 Online: 25 de Janeiro de 2018, 11:45:34 »
Gente, aumento de preço sozinho é suficiente para reduzir a quantidade demandada. Se isso é verdade, então é verdade que a inflação se auto-corrige. Pois o aumento de preços limitaria a quantidade demandada, fazendo a inflação cair automaticamente. A Venezuela está em festa!
« Última modificação: 25 de Janeiro de 2018, 11:50:20 por -Huxley- »

Offline JJ

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2551 Online: 25 de Janeiro de 2018, 14:35:43 »
Gente, aumento de preço sozinho é suficiente para reduzir a quantidade demandada. Se isso é verdade, então é verdade que a inflação se auto-corrige. Pois o aumento de preços limitaria a quantidade demandada, fazendo a inflação cair automaticamente. A Venezuela está em festa!


Você está afirmando que aumentos de preços quase nunca reduzem a demanda ? 

Aumentos de preços quase nunca reduzem a venda de serviços e produtos ?

Offline -Huxley-

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2552 Online: 25 de Janeiro de 2018, 14:51:45 »
Gente, aumento de preço sozinho é suficiente para reduzir a quantidade demandada. Se isso é verdade, então é verdade que a inflação se auto-corrige. Pois o aumento de preços limitaria a quantidade demandada, fazendo a inflação cair automaticamente. A Venezuela está em festa!


Você está afirmando que aumentos de preços quase nunca reduzem a demanda ? 

Aumentos de preços quase nunca reduzem a venda de serviços e produtos ?


Aumento de preços sozinho reduz a quantidade demandada? Não de forma persistente. Se você e o Buckaroo discordam disso, então tentem explicar porque inflação não se auto-corrige.

« Última modificação: 25 de Janeiro de 2018, 14:57:24 por -Huxley- »

Offline Cumpadi

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2553 Online: 25 de Janeiro de 2018, 14:59:10 »
Gente, aumento de preço sozinho é suficiente para reduzir a quantidade demandada. Se isso é verdade, então é verdade que a inflação se auto-corrige. Pois o aumento de preços limitaria a quantidade demandada, fazendo a inflação cair automaticamente. A Venezuela está em festa!


Você está afirmando que aumentos de preços quase nunca reduzem a demanda ? 

Aumentos de preços quase nunca reduzem a venda de serviços e produtos ?


Aumento de preços reduz a quantidade demandada? Não de forma persistente. Se você e o Buckaroo discordam disso, então tentem explicar porque inflação não se auto-corrige.


Porque a inflacao e um aumento na oferta de dinheiro, o que diminui seu valor, nao ha aumento real da escasses de algum recurso.
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline -Huxley-

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2554 Online: 25 de Janeiro de 2018, 15:19:23 »
Gente, aumento de preço sozinho é suficiente para reduzir a quantidade demandada. Se isso é verdade, então é verdade que a inflação se auto-corrige. Pois o aumento de preços limitaria a quantidade demandada, fazendo a inflação cair automaticamente. A Venezuela está em festa!


Você está afirmando que aumentos de preços quase nunca reduzem a demanda ? 

Aumentos de preços quase nunca reduzem a venda de serviços e produtos ?


Aumento de preços reduz a quantidade demandada? Não de forma persistente. Se você e o Buckaroo discordam disso, então tentem explicar porque inflação não se auto-corrige.


Porque a inflacao e um aumento na oferta de dinheiro, o que diminui seu valor, nao ha aumento real da escasses de algum recurso.

Isso não muda o raciocínio. Pois inflação é excesso de demanda agregada sobre o produto potencial causada por excesso de oferta monetária. O "causada por oferta monetária" não altera o meu raciocínio. Se o aumento no nível geral de preços sozinho reduz a quantidade demandada, então porque a inflação não se auto-corrige? É essa a pergunta que faço a eles.
« Última modificação: 25 de Janeiro de 2018, 15:24:48 por -Huxley- »

Offline JJ

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2555 Online: 25 de Janeiro de 2018, 15:27:45 »



Isso não muda o raciocínio. Pois inflação é excesso de demanda agregada sobre o produto potencial causada por excesso de oferta monetária.



Parece que inflação não é só  "excesso de demanda agregada sobre o produto potencial causada por excesso de oferta monetária"


Vejamos:


Inflação

Inflação é o contínuo, persistente e generalizado aumento de preços. Consideramos quatro tipos principais:


A ) Inflação de demanda: refere-se ao excesso de demanda agregada em relação à produção disponível de bens e serviços na economia. É causada pelo crescimento dos meios de pagamento, que não é acompanhado pelo crescimento da produção. Ocorre apenas quando a economia está próxima do pleno-emprego, ou seja, não pode aumentar substancialmente a oferta de bens e serviços a curto prazo.


B ) Inflação de custos: tem suas causas nas condições de oferta de bens e serviços na economia. O nível da demanda permanece o mesmo, mas os custos de certos fatores importantes aumentam, levando à retração da oferta e provocando um aumento dos preços de mercado.


C ) Inflação inercial: é a aquela em que a inflação presente é uma função da inflação passada. Se deve à inércia inflacionária, que é a resistência que os preços de uma economia oferecem às políticas de estabilização que atacam as causa primárias da inflação. Seu grande vilão é a "indexação", que é o reajuste do valor das parcelas de contratos pela inflação do período passado.


D ) Inflação estrutural: a corrente estruturalista supunha que a inflação em países em vias de desenvolvimento é essencialmente causada por pressões de custos, derivados de questões estruturais como a agrícola e a de comércio internacional.



http://www.economiabr.net/economia/4_inflacao.html




Offline -Huxley-

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2556 Online: 25 de Janeiro de 2018, 15:38:22 »
Não existe "inflação que não é de demanda". Milton Friedman já explicou isso. Choque inflacionário pode acontecer por contração da oferta, mas um aumento persistente do nível geral de preços só sobrevive com contínua expansão monetária.

Offline -Huxley-

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2557 Online: 25 de Janeiro de 2018, 15:38:57 »
Choque inflacionário e processo inflacionário são coisas distintas.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2558 Online: 25 de Janeiro de 2018, 15:47:31 »
Isso está parecendo psicanálise econômica.

Seja lá qual for o fraseamento tecnicamente apropriado, o fato é que os americanos demandam menos do sistema de saúde, significando, fazem menos visitas, têm menos internações. E pagam mais ao todo mesmo assim.

Porque é tudo absurdamente mais caro. E mais caro sem se dever a um aumento de demanda, mesmo que isso fosse o mais intuitivo de se imaginar segundo alguma teoria econômica simplista.


Ou seja, mesmo que não tenha dito que o aumento de preço sozinho reduz a quantidade demandada, aparentemente você acredita que aumento de preço sozinho seria capaz de reduzir a quantidade demandada.

O que se OBSERVA é que os americanos têm preços incomparavelmente mais caros, e fazem MENOR uso do sistema médico.

Seja lá quais forem exatamente as causas.

Os preços, de qualquer forma, afugentam uma parte dos potenciais consumidores, ou assim estes afirmam.

Se isso em economês "realmente significa" que o preço elevado diminui a demanda, eu não sei, é o que eu diria em português. Ou, "as pessoas muitas vezes deixam de se tratar por causa do preço".



Citar
Você está confundindo movimentos ao longo da curva de demanda agregada (setorial) com deslocamento da curva de demanda agregada (setorial), i.e., para qualquer nível de preços a demanda aumenta.

Deixe-me explicar melhor com dois exemplos. Por exemplo, suponha o exemplo 1. O preço médio de uma casa é de 100.000 dólares, quando o mercado está em equilíbrio. Se os vendedores ficassem gananciosos e o preço subissse para 110.000, os fornecedores responderiam construindo mais casas, e os consumidores, comprando menos. O efeito líquido seria puxar os preços para baixo ao seu nível estável, tão certo quanto a força de gravidade. No entanto, agora suponha o exemplo 2. Se a procura aumentasse, por algum motivo estrutural, como o crescimento da população, a curva de procura total na figura abaixo seria deslocada para cima, por isso o preço de equilíbrio seria maior:



Por razões explicadas no artigo do Mises Institute, grosso modo, o que está acontecendo no mercado de saúde americano é o que está descrito na figura acima.

Edição:

O gráfico que pus no último post não era exatamente o que queria por. O ideal para o caso que trato seria um gráfico em que o eixo x tivesse "Quantidade em dólares". A questão é que a demanda agregada pode crescer mesmo em situação de decréscimo da quantidade de unidades de bens demandadas. O Buckaroo aparentemente acha que isso não é possível.

Eu não pretendi sugerir isso. Aliás, tive a impressão de ter exposto justamente o contrário desde o princípio, ao dizer que "o preço é maior".

Qualquer crescimento pela demanda de serviços médicos deve ser insuficiente para explicar a diferença da situação entre EUA e os outros países que obtém melhores resultados do sistema de saúde, a menores custos, apesar de terem até maior demanda, significando uso da população.




Gente, aumento de preço sozinho é suficiente para reduzir a quantidade demandada. Se isso é verdade, então é verdade que a inflação se auto-corrige. Pois o aumento de preços limitaria a quantidade demandada, fazendo a inflação cair automaticamente. A Venezuela está em festa!


Você está afirmando que aumentos de preços quase nunca reduzem a demanda ? 

Aumentos de preços quase nunca reduzem a venda de serviços e produtos ?


Aumento de preços sozinho reduz a quantidade demandada? Não de forma persistente. Se você e o Buckaroo discordam disso, então tentem explicar porque inflação não se auto-corrige.


Eu não sei se isso se enquadra exatamente no que você está tentando teorizar aí, mas simplesmente ocorre de, em alguns casos, você, como negócio/fornecedor poder compensar a perda de demanda aumentando um pouco os preços. É "geralmente" algo mais fácil do que tentar aumentar suas vendas (esperando eventualmente de aumentar os lucros) através da redução dos preços, mas é particularmente mais seguro de dar certo se sua demanda é particularmente inelástica, como é a demanda por serviços médicos, ainda que essa inelasticidade não signifique que toda população tenha acesso adequado à saúde.


Citar
...
If demand is elastic at the band's chosen price level, then the band should cut the price because the percentage drop in price will result in an even larger percentage increase in the quantity sold, thus raising total revenue. However, if demand is inelastic at that original quantity level, then the band should raise the price of tickets because a certain percentage increase in price will result in a smaller percentage decrease in the quantity sold—and total revenue will rise.
...
https://www.khanacademy.org/economics-finance-domain/microeconomics/elasticity-tutorial/price-elasticity-tutorial/a/elasticity-and-pricing-cnx












Algo um pouco próximo a isso é o preço de só pisar num pronto-socorro. Um corte no dedo, um band-aid, pode acabar saindo por mais de 400 dólares.
Otimo, ai para de ir para a emergencia por causa de um band-aid, nao e para isso que ela esta la.

A pessoa NÃO SABE se tudo que precisa é de um band-aid, e, por não imaginar que os preços poderiam ser tão fora da realidade, prefere não arriscar.

Uma vez sabendo dos preços, em algum grau deixam ir ao PS por medo da conta, mesmo em situações em que isso seria aconselhado por qualquer médico responsável.


Citar
Isso cria tanta distorcao, no Brasil, como a demanda pela emergencia e tao alta, ficam os piores e menos experientes atendendo doencas extremamente abrangentes para controlar os custos. Resultado disso: baixa qualidade das emergencias para todos, menos quem pode pagar pelos mais luxuosos hospitais do Brasil.

Isso é resultado de MENOR acesso ao sistema de saúde de modo geral, não de uma oferta "excessiva".

Os outros países desenvolvidos aparentemente não sofrem desse problema, ou, quanto quer que sofram, ainda os permite, tal como observado, obter melhores resultados em saúde da população, mais igual, e por um custo total menor.



Citar
Nos EUA, acho que na maioria dos estados se o cara se preparar com antecedencia vai conseguir os servicos menos complexos por um baixo custo. Como as pessoas se desesperam em saude, saem procurando o primeiro servico que veem pela frente e nao se preparam. Nada de errado em pagar pelo despreparo, assim pelo menos ha um incentivo de procurar servicos mais eficientes.

"Incentivo" esse insuficiente para gerar um resultado de melhor custo/benefício, tal como países realmente desenvolvidos. Na verdade, a situação apenas vem se agravando, e não se amenizando como resultado deste "incentivo".



Citar
Em relacao ao resto do seu post Buckaroo, voce ja viu um hotel de luxo? Existe algum limite em relacao ao que podem cobrar por uma agua mineral? Nao. Sai caro? Muito. E dai, ninguem precisa desses hoteis. O mais agravantes dessas pessoas e que saem reclamando do que pagam e que o US tem uma renda altissima, ate mesmo em comparacao com o resto do mundo desenvolvido. Na hora de gastar com besteiras nao tao nem ai, esses infelizes nao justificam a estatizacao da saude.

É moralmente questionável a equiparação entre hotéis e hospitais, os últimos explorando o desespero (o que você considera aceitável). Também moral e talvez até factualmente questionável seja a sugestão de que os mais pobres estão tendo apenas o que merecem por "gastar em besteiras".

Mesmo os americanos simplesmente não são todos tão "bem de vida", a ponto desse luxo ser realmente trivial, sofrendo mais problemas de saúde do que países realmente desenvolvidos.

Estes países em sua maioria (talvez na totalidade) não têm saúde "estatizada", apenas diferentes leis sob as quais os serviços e indústrias ligadas a saúde têm que operar. Como resultado, os sistemas são inquestionavelmente mais eficientes, produzindo maior desempenho, a um custo menor.


Offline JJ

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2559 Online: 25 de Janeiro de 2018, 15:52:55 »


O texto anterior (do NYT) só que em português:


EUA: Procedimentos custam caro em hospitais norte-americanos


Em algumas unidades, as salas de emergência são verdadeiros centros de lucro. Uma simples diária pode custar até cinco vezes mais caro em determinadas unidades

Da redação

São Francisco – procedimentos que poderiam ser baratos em um pronto socorro de um hospital, como um pequeno curativo, pode custar até US$ 2,229.11, em unidades, como no Califórnia Pacific Medical Center, em São Francisco, Califórnia. Mas, no sistema de saúde norte-americano, nada é mais difícil de se explicar do que o preço do tratamento hospitalar. As despesas hospitalares representam cerca de um terço dos 2,7 trilhões anuais dedicados ao setor de saúde nos EUA. As informações são do New York Times.

A maior para um segmento individual, segundo estatísticas do governo, além de ser o que mais contribui para a inflação médica, de acordo com um novo estudo publicado pelo The Journal of American Medical Association.

A diária para um paciente internado em um hospital americano custa, em média, mais de US$ 4.000 – cinco vezes mais do que em muitos outros países desenvolvidos –, de acordo com a International Federation of Health Plans (Federação Internacional de Planos de Saúde), uma rede global de indústrias de seguros de saúde.

Os hospitais mais caros cobram cerca de US$ 12.500 pela diária. Em muitos deles, incluindo o Califórnia Pacific Medical Center, as salas de emergência são verdadeiros centros de lucro. Por isso que um procedimento médico simples e antigo, como tratar uma ferida através de pontos, por exemplo, pode sair tão caro.

No Lenox Hill Hospital, em Nova York, Daniel Diaz, 29, um executivo que trabalha na área de relações públicas, pagou US$ 3,355.96 por um curativo de cinco pontos no dedo, após se cortar enquanto descascava uma abacate.

Em um hospital em Jacksonville, na Flórida, Arch Roberts Jr., de 56 anos, um ex-funcionário do governo, precisou desembolsar mais de US $ 2.000 por um curativo de três pontos, depois de ser mordido por um cão.

No Hospital Mercy, em Port Huron, Michigan, Chelsea Manning, uma estudante de 22 anos gastou algo em torno de US$ 3.000 por um curativo de seis pontos, após um tropeço. As seguradoras e os pacientes chegam a negociar preços mais baixos.

Mas, a razão principal para os altos custos hospitalares nos Estados Unidos, segundo os especialistas do setor, é fiscal, e não médica. Os hospitais são os negociantes mais poderosos em um sistema de saúde com pouca – ou quase nenhuma – regulação de preços no mercado privado.

O aumento no custo de medicamentos, equipamentos médicos e outros serviços desempenham um papel importante nas contas de um hospital. Tão importante que a fusão entre dois grandes nomes do setor hospitalar norte-americano resultou e uma da maiores redes de hospitais do país, com atuação em todo o território nacional e que impõe altos preços aos seguradoras e empregadores.

O Sutter Health, principal empresa de saúde da Califórnia e o hospital California Pacific Medical Center operam mais de duas dezenas de unidades comunitárias no norte da Califórnia, e quase todos atendem à classe média ou alta.

Após a fusão, o California Pacific Medical Center – que é considerado o maior hospital privado sem fins lucrativos do Estado –, passou a ter um maior lucro líquido. A unidade é uma das 20 mais caras do país, de acordo com uma análise de dados realizado pelo governo federal e divulgado pelo New York Times.

Segundo Glenn Melnick, professor de economia da saúde na Universidade do Sul da Califórnia, o Sutter Health pode ser considerado um pioneiro porque descobriu como acumular poder de mercado para aumentar os preços e diminuir a competição. “Os hospitais estabelecem preços para maximizar as receitas, e aumentam os preços sempre que podem”, disse.

Em outros países, o preço de uma diária em um hospital muitas vezes inclui serviços básicos. Nos EUA é o contrário. A lista de preços de cada hospital normalmente não inclui detalhes considerados menores – como uma aspirina, um saco de fluido, ou a visita de um fisioterapeuta. Geralmente, tudo isso é gratuito e essas listas são um segredo, mas na Califórnia exige uma lei que determina que elas sejam arquivados e divulgadas.

As 400 páginas do relatório do Califórnia Pacific Medical Center deste ano contém alguns detalhes curiosos: como um exame de raios-X das artérias e do coração que custa cerca de US$ 32,901; o procedimento de remoção de uma vesícula biliar (com honorários médicos não incluído) que custa US$ 25,646.88; ou um parto natural simples, que sai por US$ 5.510.

Warren Browner, diretor executivo da Califórnia Pacific Medical Center, acredita que há boas razões por trás disso, como o fato dos profissionais serem altamente qualificados, e disponíveis durante 24 horas, além da necessidade de estarem atualizados constantemente.

“O tratamento hospitalar é extremamente caro para toda a comunidade”, disse ele, observando que as unidades também precisavam ter um médicos de plantão. “Nós levamos cada centavo da receita que ganhamos e a utilizamos para construir novas e melhores instalações para todos na cidade”, completa.

Para alguns especialistas, muitas vezes a saúde está em acordo com as receitas, mas mesmo assim há gastos desnecessários, mesmo com a maioria dos hospitais sendo sem fins lucrativos.

“Os hospitais são abastecidos por uma indústria que está sempre em expansão”, disse James Robinson, economista e professor da política de saúde na Universidade da Califórnia, em Berkeley. “Há uma quantidade infinita de material para comprar, como amenidades, máquinas, novas asas, salários mais altos, e mais enfermeiros”.

Há pouca lógica para explicar as altas contas do setor. “Os preços são arbitrários, não estão ligados aos custos subjacentes ou aos preços de mercado”, disse o professor e economista Glenn Melnick. “Não há restrições de mercado", completa. Os preços para qualquer item ou serviço são definidos por cada hospital e variam constantemente.

A codeína, por exemplo, que custa US$ 20 no California Pacific, é custa aproximadamente US$ 1 no hospital da Universidade da Califórnia, o San Francisco Medical Center. Por outro lado, no Centro Médico da Universidade da Califórnia, UCLA, em São Francisco, pode custar até US$ 1.600 para um procedimento de amniocentese.

*Leia a matéria completa do New York Times (em inglês).


http://www.diagnosticoweb.com.br/noticias/gestao/eua-procedimentos-custam-caro-em-hospitais-norte-americanos.html


https://mobile.nytimes.com/2013/12/03/health/as-hospital-costs-soar-single-stitch-tops-500.html?partner=rss&emc=rss&smid=tw-nytimes




Offline JJ

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2560 Online: 25 de Janeiro de 2018, 15:56:50 »



Interessante que é comum que liberais critiquem o preços mais caros de coisas aqui no Brasil (como automóveis), em comparação com preços nos Estados Unidos, mas  com relação à estes  preços absurdos de serviços  de saúde, o que eu estou vendo aqui são liberais lenientes e tentando justificar os preços absurdos.


Dois pesos duas medidas.  No Brasil preço alto é  um absurdo. Nos Estados Unidos é aceitável, é normal.



Offline JJ

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2561 Online: 25 de Janeiro de 2018, 16:22:48 »
Você sabe quanto custa um atendimento médico no exterior? Os preços são tão altos quanto no Brasil. Viaje sempre com Seguro e evite gastos imprevistos


A saúde tem sido um dos serviços mais caros do mundo, enquanto isso é o item básico e mais importante para a o bem estar e a sobrevivência de todos nós. Sempre que sofremos com algum problema em nosso corpo precisamos resolver sem pensar no quanto isso vai custar. É importante saber que no Brasil ou no exterior tratar um problema de saúde pode custar muito caro.


Doença não escolhe hora e nem lugar. A apendicite, por exemplo, é uma doença comum e que atinge 7% da população, entre crianças e adultos. Os sintomas aparecem de repente e é uma das principais emergências médicas do mundo.


Na Argentina o preço para realizar uma cirurgia de apêndice é U$ 1.000. Nos Estados Unidos a mesma cirurgia custa U$ 35.000. A média de preços na Europa é de € 8.000.


Em alguns tipos de viagens a exposição a riscos de fraturas é maior. Quando percorremos longas caminhadas ou pedalamos por um percurso maior podemos distender algum músculo e precisar de um atendimento médico.


Quebrar o joelho é outra coisa que não tem hora para acontecer. Basta correr um pouco mais rápido, tropeçar em uma pedra ou simplesmente cair da bicicleta. Essa brincadeirinha pode pesar muito no bolso. Nos Estados Unidos, uma fratura de joelho pode custar U$ 30.000 e na Europa de € 10.000 a  € 12.000.


Joao Henrique Moldenhauer, mochileiro que trocou a vida comum na cidade grande para percorrer o mundo, sentiu na pele a experiência de uma fratura no pulso. Enquanto pedalava no Chile, próximo a Garganta Do Diabo, encontrou um obstáculo a sua frente e foi obrigado a fazer uma manobra brusca com a bicicleta e acabou caindo.


“Na hora em que caí já senti uma dor muito forte no meu braço, fiquei sem forças, precisei parar um pouco e me recompor. Quando cheguei na cidade em que estava hospedado liguei para o seguro e em menos de 20 minutos eu já tinha atendimento médico agendado. Fui direto para a clínica indicada pela Mondial, onde engessaram o meu braço. Minha preocupação era cuidar da minha saúde sem interromper minha viagem. Realmente não foi necessário. Consegui continuar no meu roteiro mesmo com o gesso e consegui atendimento em outro destino para removê-lo. Tudo isso sem nenhum custo adicional. Fiquei surpreso com o atendimento, desde o primeiro contato com a central de atendimento até o pós atendimento. A rede credenciada é muito boa!”, conta aliviado João Henrique, que hoje mantém o Blog Mundo Vira Lata, onde dividi experiências de suas viagens.


“Realmente não dá para viajar sem seguro. Sempre indico a Mondial para meus amigos, pois sei que o atendimento será bom.”, acrescenta João.


Passando mal – Experiências gastronômicas também podem causar desconfortos intestinais, o que nos leva a solicitar ajuda médica. Nos Estados Unidos uma diária hospitalar varia de U$ 800 a U$ 25.000. Na Europa a média é de € 600 a € 2.000.



Alergias, doenças sazonais e surtos podem acontecer em qualquer destino e você ser pego de surpresa. Algumas doenças exigem exame de sangue para encontrar o diagnóstico correto. Mas um simples exame de sangue pode custar de U$ 80,00 a U$ 200,00 nos Estados Unidos; e de € 20 a € 30 na Europa.


Gestantes – Para as turistas grávidas, vale saber que um parto nos Estados Unidos pode variar de U$ 60.000 a U$ 1.000.000, de acordo com o risco. Na Europa o valor parte de € 5.000. Na Argentina pode variar de R$2.500 a R$ 4.000.


Note que os preços apresentados são em dólares ou euros. Isso significa que se convertidos para reais ficam ainda mais caros para nós brasileiros.


Além dos valores com o atendimento médico há também os gastos com medicamentos, imprescindíveis para o tratamento da maioria dos casos.  Nessas horas é bom poder contar com auxílio farmácia no exterior e atendimento 24h em português, itens que fazem toda a diferença quando estamos fora do nosso país.


Para não se preocupar com os imprevistos, a melhor opção é contratar um Seguro Viagem. Assim, tudo fica mais protegido e tranquilo. Caso exista necessidade de atendimento, a última coisa que você vai pensar é no custo. Afinal, a saúde está sempre em primeiro lugar e para a viagem render boas histórias e lembranças é preciso aproveitá-la ao máximo e não perder nenhuma novidade ou experiência que diferentes destinos do mundo nos oferecem.


Aproveite os descontos especiais no Seguro Viagem para leitores do Para Onde For.


E você, já sofreu algum imprevisto com a saúde durante uma viagem? O que aconteceu? Conta pra gente. 😉


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Juliana Fernanda


Juliana Fernanda dos Santos Ferreira, jornalista pós-graduada em Comunicação Corporativa. Adoro novidades com conteúdo. Passear em família é a melhor programação, afinal todo lugar tem algo a se aproveitar e em boa companhia tudo fica ainda melhor.



https://paraondefor.com.br/o-preco-da-saude-no-exterior/



« Última modificação: 25 de Janeiro de 2018, 16:25:29 por JJ »

Offline Gauss

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2562 Online: 25 de Janeiro de 2018, 19:01:15 »



Interessante que é comum que liberais critiquem o preços mais caros de coisas aqui no Brasil (como automóveis), em comparação com preços nos Estados Unidos, mas  com relação à estes  preços absurdos de serviços  de saúde, o que eu estou vendo aqui são liberais lenientes e tentando justificar os preços absurdos.


Dois pesos duas medidas.  No Brasil preço alto é  um absurdo. Nos Estados Unidos é aceitável, é normal.



O custo alto da saúde nos EUA é causado por impostos como ocorre por aqui com quase todos os produtos e serviços?
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2563 Online: 25 de Janeiro de 2018, 19:15:13 »
Então o problema de taxas elevadas por ineficiência só existe quando isso se dá através do estado, sendo nominalmente "impostos", não "preços"?

Offline Gauss

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2564 Online: 25 de Janeiro de 2018, 19:34:51 »
Então o problema de taxas elevadas por ineficiência só existe quando isso se dá através do estado, sendo nominalmente "impostos", não "preços"?
Um serviço médico nos EUA têm a mesma carga tributária que um Volkswagen no Brasil?
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2565 Online: 25 de Janeiro de 2018, 20:14:09 »
Então o problema de taxas elevadas por ineficiência só existe quando isso se dá através do estado, sendo nominalmente "impostos", não "preços"?
Um serviço médico nos EUA têm a mesma carga tributária que um Volkswagen no Brasil?

[...]

Citar
http://www.nytimes.com/2013/12/03/health/as-hospital-costs-soar-single-stitch-tops-500.html?pagewanted=all

As Hospital Prices Soar, a Stitch Tops $500

...

In a medical system notorious for opaque finances and inflated bills, nothing is more convoluted than hospital pricing, economists say. Hospital charges represent about a third of the $2.7 trillion annual United States health care bill, the biggest single segment, according to government statistics, and are the largest driver of medical inflation, a new study in The Journal of the American Medical Association found.

A day spent as an inpatient at an American hospital costs on average more than $4,000, five times the charge in many other developed countries, according to the International Federation of Health Plans, a global network of health insurance industries. The most expensive hospitals charge more than $12,500 a day. And at many of them, including California Pacific Medical Center, emergency rooms are profit centers. That is why one of the simplest and oldest medical procedures — closing a wound with a needle and thread — typically leads to bills of at least $1,500 and often much more.
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The main reason for high hospital costs in the United States, economists say, is fiscal, not medical: Hospitals are the most powerful players in a health care system that has little or no price regulation in the private market.
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mergers and consolidation have resulted in a couple of hospital chains — like Partners in Boston, or Banner in Phoenix — dominating many parts of the country, allowing them to command high prices from insurers and employers.
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“Sutter is a leader — a pioneer — in figuring out how to amass market power to raise prices and decrease competition,” said Glenn Melnick, a professor of health economics at the University of Southern California. “How do hospitals set prices? They set prices to maximize revenue, and they raise prices as much as they can — all the research supports that.”


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“Chargemaster prices are basically arbitrary, not connected to underlying costs or market prices,” said Professor Melnick, the economist. Hospitals “can set them at any level they want. There are no market constraints.”
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The uninsured are particularly vulnerable to high prices since they have no one to argue on their behalf. When Arch Roberts Jr. got his bill of more than $2,000 for stitches, he explained that he was uninsured and his business had failed during the housing crisis, so he could not afford the fee. The hospital offered him a “charity care discount” — a price that was still out of range. “I don’t have $800 to pay them any more than I have $2,000” for three stitches, he said, noting that the hospital has been “relentless” in its collection efforts.
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From such variations, economists conclude that “costs” are highly discretionary, noting that hospitals in other developed countries often provide high-quality care, with better outcomes in comparatively no-frills environments. Said Dr. Robinson, the Berkeley health economist: “If you pay hospitals more, they spend it. If you pay them less, they adjust. The only way to pay less for health care — is to pay less for health care.
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E a coisa não acaba aí nesses preços arbitrariamente elevados. Em inglês tem o termo "drive-by shooting", se refere a uma forma de ataques de gangues, quando um carro passa com alguns dos passageiros atirando contra vítimas na calçada ou numa quadra. "Drive-by doctoring" é uma adaptação desse termo para contas surpresa de médicos de fora da cobertura do plano de saúde, que a pessoa nem necessariamente contratou pessoalmente.

https://www.nytimes.com/2014/09/21/us/drive-by-doctoring-surprise-medical-bills.html
http://www.slate.com/articles/business/the_bills/2016/08/_balance_billing_and_drive_by_doctors_are_contributing_to_growing_out_of.html

Algo um pouco próximo a isso é o preço de só pisar num pronto-socorro. Um corte no dedo, um band-aid, pode acabar saindo por mais de 400 dólares.


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Offline JJ

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2566 Online: 25 de Janeiro de 2018, 21:47:50 »
Então o problema de taxas elevadas por ineficiência só existe quando isso se dá através do estado, sendo nominalmente "impostos", não "preços"?
Um serviço médico nos EUA têm a mesma carga tributária que um Volkswagen no Brasil?


Só que neste caso a questão torna-se muito pior, porque no caso do Brasil podemos culpar o Estado, e no caso deles o culpado é o próprio mercado. Então onde está a tão propalada eficiência de mercado ? Eles estão fazendo mais por menos ?  Ou estão fazendo algo que chega a ser 35 x mais caro (como na comparação com a Argentina ) ?

Por acaso isso é fazer mais por menos ?



Offline Gauss

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2567 Online: 25 de Janeiro de 2018, 21:50:15 »
Então o problema de taxas elevadas por ineficiência só existe quando isso se dá através do estado, sendo nominalmente "impostos", não "preços"?
Um serviço médico nos EUA têm a mesma carga tributária que um Volkswagen no Brasil?


Só que neste caso a questão torna-se muito pior, porque no caso do Brasil podemos culpar o Estado, e no caso deles o culpado é o próprio mercado. Então onde está a tão propalada eficiência de mercado ? Eles estão fazendo mais por menos ?  Ou estão fazendo algo que chega a ser 35 x mais caro (como na comparação com a Argentina ) ?

Por acaso isso é fazer mais por menos ?
Honestamente, teria que analisar mais a fundo. Por exemplo, não sei se há um cartel entre as industrias farmacêuticas americanas (o que é bem possível), ou se há um controle de preços que joga para baixo o preço na Argentina, o que seria tão prejudicial quanto um Cartel.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline JJ

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2568 Online: 25 de Janeiro de 2018, 21:55:42 »
Honestamente, teria que analisar mais a fundo. Por exemplo, não sei se há um cartel entre as industrias farmacêuticas americanas (o que é bem possível), ou se há um controle de preços que joga para baixo o preço na Argentina, o que seria tão prejudicial quanto um Cartel.


Pelo textos postados o problemas estariam nos hospitais (e clínicas ?),  ou seja nos serviços médicos, e não nos preços da indústrias farmacêuticas.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2569 Online: 25 de Janeiro de 2018, 22:51:08 »
Honestamente, teria que analisar mais a fundo. Por exemplo, não sei se há um cartel entre as industrias farmacêuticas americanas (o que é bem possível), ou se há um controle de preços que joga para baixo o preço na Argentina, o que seria tão prejudicial quanto um Cartel.


Pelo textos postados o problemas estariam nos hospitais (e clínicas ?),  ou seja nos serviços médicos, e não nos preços da indústrias farmacêuticas.

Isso também é maior, embora não tanto quanto outras partes da composição do preço:


http://www.overseashealth.com/2012/11/health-costs-how-the-u-s-compares-with-other-countries/





https://www.pbs.org/newshour/health/americans-spend-much-pharmaceuticals

Bando de vagabundos inúteis que fica comprando cachaça em vez de remédio. É bom mesmo que morram; se não são produtivos a ponto de oferecerem algo de valor para a sociedade, suficiente para trocar por suas necessidades básicas, então bye-bye. Capitalismo, baby.

Offline -Huxley-

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2570 Online: 26 de Janeiro de 2018, 00:02:44 »

Eu não sei se isso se enquadra exatamente no que você está tentando teorizar aí, mas simplesmente ocorre de, em alguns casos, você, como negócio/fornecedor poder compensar a perda de demanda aumentando um pouco os preços. É "geralmente" algo mais fácil do que tentar aumentar suas vendas (esperando eventualmente de aumentar os lucros) através da redução dos preços, mas é particularmente mais seguro de dar certo se sua demanda é particularmente inelástica, como é a demanda por serviços médicos, ainda que essa inelasticidade não signifique que toda população tenha acesso adequado à saúde.

Citar
...
If demand is elastic at the band's chosen price level, then the band should cut the price because the percentage drop in price will result in an even larger percentage increase in the quantity sold, thus raising total revenue. However, if demand is inelastic at that original quantity level, then the band should raise the price of tickets because a certain percentage increase in price will result in a smaller percentage decrease in the quantity sold—and total revenue will rise.
...
https://www.khanacademy.org/economics-finance-domain/microeconomics/elasticity-tutorial/price-elasticity-tutorial/a/elasticity-and-pricing-cnx













Citação de: Hal R. Varian no livro Microeconomia: uma abordagem moderna, tradução da 8ª edição
Suponhamos que você esteja encarregado de atribuir preço a algum produto que esteja produzindo e que você tenha uma boa estimativa da curva de demanda desse produto. Suponhamos, por fim, que o objetivo seja estabelecer um preço que maximize os lucros: receita menos custos. Por isso, você não gostaria de fixar um preço em que a elasticidade da demanda seja menor do que 1, isto é, você jamais desejará fixar o preço onde demanda seja inelástica.

Por quê? Imagine o que aconteceria se você aumentasse o preço. Sua receita aumentaria - posto que a demanda seja inelástica - enquanto a quantidade vendida diminuiria. Mas, se a quantidade diminuísse, os custos de produção deveriam também diminuir ou, pelo menos, não deveriam aumentar. Assim, seu lucro total teria de crescer, o que mostra que uma operação numa parte inelástica da curva de demanda não pode render lucros máximos.
« Última modificação: 26 de Janeiro de 2018, 00:15:23 por -Huxley- »

Offline -Huxley-

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2571 Online: 26 de Janeiro de 2018, 01:24:04 »


Corrigindo.... Das frases em negrito, só a última frase está correta. A penúltima está errada, pois é justamente o inverso. Deve-se substituir o "reduzindo" por "aumentando".
« Última modificação: 26 de Janeiro de 2018, 01:26:06 por -Huxley- »


Offline Fabrício

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2573 Online: 26 de Janeiro de 2018, 13:13:21 »
Para mim, do alto da minha quase completa leiguice em economia, a saúde nos EUA é a prova maior de que nem tudo pode ser resolvido pelo deus mercado. Ele é poderoso, mas não é onipotente.

Onde estão os milhares de hospitais que vão aproveitar essa brecha de custos altíssimos da saúde americana e oferecer serviços melhores e mais baratos, tomando todos os consumidores dos grandes hospitais? Não é sempre essa a alegação dos libertários para tudo, que o mercado se auto corrige? Não parece estar acontecendo nesse caso...

Não sou estatólatra, pelo contrário, simpatizo muito com um Estado mínimo, mas saúde é uma área onde deixar tudo ao sabor do mercado não funciona, como estamos vendo no maior país capitalista do mundo.
"Deus prefere os ateus"

Offline Lorentz

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2574 Online: 26 de Janeiro de 2018, 16:36:22 »
Para mim, do alto da minha quase completa leiguice em economia, a saúde nos EUA é a prova maior de que nem tudo pode ser resolvido pelo deus mercado. Ele é poderoso, mas não é onipotente.


Me pareceu em alguns posts que há intervenção do Estado influenciando no número de hospitais, regras impostas aos planos de saúde, sem falar no lobby do setor.

"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

 

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