Autor Tópico: Problemas do SUS  (Lida 155229 vezes)

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Offline Muad'Dib

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2500 Online: 22 de Janeiro de 2018, 13:03:22 »
Tirando o lado de "pesquisa" e homeopatia, é capaz que a saúde cubana seja uma das mais eficientes com os recursos limitados que têm. Você vê a situação de praticamente toda população ter só sanduíche de mortadela para comer, um cenário quase que o de um gueto judeu no regime nazista mas em escala geral/nacional, é até surpreendente que não tenham todos morrido, se bem que a população está em declínio mesmo, embora este talvez possa ser algo não tão tenebroso.

https://www.usatoday.com/story/news/nation/2017/12/24/florida-doctors-remove-10-pound-tumor-boys-face/979875001/

Por isso que temos que copiar a saúde de Cuba, lá todas as doenças são tratadas no início, não há medicina com custos exorbitantes nem desgraças. Nos EUA capitalistas as pessoas têm que pagar consulta e seu remédio da pressão! Aí não tem quem consiga Ser saudavel né?

Quem têm bastante dinheiro, ok. Mas os EUA tem a pior situação de saúde dentre os países desenvolvidos, e pagando o mais caro financeiramente por isso também (a ponto de indivíduos terem que declarar falência). Se procurar, encontra relatos de pessoas se recusando a serem levadas por ambulância ao terem sido atropeladas por não terem como pagar. Gente que fazia turismo no Reino Unido, sendo atendido por um problema cardíaco, e caindo aos prantos por achar que estaria devendo uma fortuna, quando saiu "de graça".

Existem esforços tentando dar maior acesso à saúde entre os pobres, como esses mutirões nos Apalaches:





https://www.theguardian.com/news/2016/nov/23/enormous-pop-up-clinic-trying-bridge-americas-health-divide

Não sei se eu confiaria muito nos índices cubanos.

Bem vindo de volta. De novo. Espero que fique dessa vez.


Offline Cumpadi

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2502 Online: 22 de Janeiro de 2018, 13:26:37 »
Nunca viu a tal simpatia porque nunca perguntou.
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Offline Muad'Dib

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2503 Online: 22 de Janeiro de 2018, 13:37:56 »
Não tem simpatia pelo modelo cubano, Parcus. Tem-se simpatia por um modelo de ação que, por acaso, é (sei-lá) a única coisa que a saúde cubana sabe e consegue fazer. Eu nem sei descrever muito bem o funcionamento do modelo cubano. A "simpatia" que se tem aqui por esse modelo de ação (que prioriza a prevenção) TEM uma razão lógica e racional de ser. Pergunte para um epidemiologista ou para alguem mais renomado no FIOCRUZ se eles querem modificar o foco.

Você não pode, de forma alguma fazer comparações entre um sistema de saúde de um país de dimensões continentais, com diversos perfis epidemiológicos completamente diferentes (as vezes até mesmo dentro das cidades) e que tem como uma de suas diretrizes, justamente, a descentralização com o sistema de saúde de uma ilha que vive o delírio comunista e que tudo é centrallizado.

Não há simpatia pelo modelo cubano.

Offline _Juca_

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2504 Online: 22 de Janeiro de 2018, 15:12:23 »
Qual o problema do modelo cubano, só porque é cubano, ou porque não funciona?

https://brasil.elpais.com/brasil/2017/01/12/internacional/1484236280_559243.html
« Última modificação: 22 de Janeiro de 2018, 15:14:33 por _Juca_ »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2505 Online: 22 de Janeiro de 2018, 16:53:14 »
<a href="https://www.youtube.com/v/n-mUZRP-fpo" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/n-mUZRP-fpo</a>
<a href="https://www.youtube.com/v/9pqv5ABQP5U" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/9pqv5ABQP5U</a>



A "simpatia" que se tem aqui por esse modelo de ação (que prioriza a prevenção) TEM uma razão lógica e racional de ser. Pergunte para um epidemiologista ou para alguem mais renomado no FIOCRUZ se eles querem modificar o foco.

<a href="https://www.youtube.com/v/Wokp7-cmxD4" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/Wokp7-cmxD4</a>

Offline -Huxley-

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2506 Online: 22 de Janeiro de 2018, 22:07:17 »
A medicina cubana - um modelo?

Na semana passada, a CNN exibiu uma reportagem que mais parecia uma propaganda do Partido Comunista falando como Cuba poderia servir de 'modelo para a reforma do sistema de saúde dos EUA'.

A reportagem da CNN incluía cenas do filme Sicko, de Michael Moore, ao mesmo tempo em que o repórter, falando in loco de um hospital de Havana, emanava entusiasmo sobre as "impressionantes estatísticas" do sistema de saúde cubano.  "A mortalidade infantil em Cuba", dizia o efusivo repórter, "é a menor do hemisfério, junto à do Canadá!".

"Incrível!", provavelmente suspirou o tipo de pessoa que assiste a CNN hoje em dia.  A prova perfeita do "Sim, nós podemos!".  Não é de se estranhar que Colin Powell tenha dito que "Castro fez algumas coisas boas para seu povo!".  Não é de se estranhar também que Michael Moore seja objeto de desdém daqueles detestáveis cubanos radicados em Miami! Antes de Fidel Castro, apenas estes seres desprezíveis podiam bancar seus próprios médicos, ao passo que a massa de famélicos cubanos definhava na doença e na pobreza!

E, de fato, de acordo com os números da ONU, a atual taxa de mortalidade infantil de Cuba coloca o país na 44ª posição no ranking, bem ao lado do Canadá.

Mas o que a CNN deixou de lado é que, de acordo com essas mesmas estatísticas da ONU, em 1958 (o ano anterior à gloriosa revolução) Cuba figurava na 13ª posição, mundialmente.  Isso significa que a Cuba pré-Fidel, robustamente capitalista, tinha a 13ª menor taxa de mortalidade infantil do mundo.  Isso colocava o país não apenas no topo da América Latina, mas também acima de grande parte da Europa Ocidental, à frente da França, Bélgica, Alemanha Ocidental, Israel, Japão, Áustria, Itália, Espanha e Portugal.  Hoje, todos esses países deixam a Cuba comunista comendo poeira, com taxas de mortalidade infantil muito menores.

E mesmo despencando da 13ª posição (quando capitalista) para a 44ª (agora comunista), a "impressionante" mortalidade infantil cubana é mantida artificialmente baixa pelas trapaças estatísticas do Partido Comunista e por uma taxa de aborto verdadeiramente pavorosa: 0,71 abortos para cada feto nascido vivo.  Essa é, de longe, a taxa mais alta do hemisfério.  Em Cuba, qualquer gestação que sequer insinue alguma complicação é "terminada".

Também digno de nota, de acordo com a Associação dos Médicos e Cirurgiões Americanos, a taxa de mortalidade das crianças cubanas com idade entre um e quatro anos é 34% maior do que a dos EUA (11,8 versus 8,8 por 1.000).  Mas esses números — por uma questão de critério — não figuram nas notórias "taxas de mortalidade infantil" da ONU e da Organização Mundial de Saúde.  Portanto, não há pressão sobre os médicos cubanos para que eles falsifiquem esses números — por enquanto.

Em abril de 2001, o Dr. Juan Felipe García, de Jacksonville, Flórida, entrevistou vários médicos que haviam desertado recentemente de Cuba.  Baseado no que ouviu, ele declarou o seguinte: "Os números oficiais da mortalidade infantil de Cuba são uma farsa.  Os pediatras cubanos constantemente falsificam os números a pedido do regime.  Se um bebê morre durante seu primeiro ano de vida, os médicos declaram que ele era mais velho.  Caso contrário, tal lapso pode custar-lhe severas punições, além do seu emprego."

O que é ainda mais interessante (e trágico): a taxa de mortalidade materna em Cuba é quase quatro vezes maior que a dos EUA (33 versus 8,4 por 100.000).  Não deixa de ser algo bem peculiar o fato de que tantas mães morram durante o parto, assim como tantas crianças de um a quatro anos, e, ao mesmo tempo, os bebês com menos de um ano (período durante o qual eles são classificados como bebês pelas estatísticas da ONU) sejam perfeitamente saudáveis!

Tal contradição poderia impelir algumas pessoas a questionar os números oficiais da mortalidade infantil cubana.  Porém, se fizessem isso, tais pessoas jamais iriam conseguir um escritório em Havana para suas agências de notícias, e muito menos um visto para filmar um documentário.

99% dos cubanos não têm a mínima experiência com hospitais como aqueles que Michael Moore mostrou em Sicko e os quais o repórter da CNN visitou emocionado.  A maioria dos cubanos vê esses hospitais da mesma maneira que adolescentes veem a Playboy e os maridos veem o catálogo da Victoria's Secret: "Ah, se eu pudesse..."

A propaganda castrista contida em Sicko enfureceu de tal forma as pessoas que foram amaldiçoadas pelo destino a viver nas terras feudais de Fidel, que elas resolveram arriscar suas vidas: utilizando câmeras ocultas, elas foram filmar as condições dos genuínos hospitais cubanos, na esperança de que pudessem alertar o mundo que o filme de Moore era uma trapaça a serviço da propaganda do regime stalinista.

Sob um enorme risco, duas horas de cenas chocantes — e quase sempre revoltantes — foram coletadas por minúsculas câmeras, contrabandeadas para fora de Cuba e entregues ao exilado cubano George Utset, que administra o soberbo e revelador website The Real Cuba (você realmente deve clicar ali e ver todas as fotos, clicando em cada uma delas para ampliar).  O homem que assumiu a maior parte dos riscos durante a filmagem e que fez a exportação clandestina foi o dissidente cubano — e também médico — Darsi Ferrer, que também se dispôs a falar durante as filmagens, narrando grande parte das revelações do vídeo.  O Dr. Ferrer trabalha diariamente nesses hospitais genuinamente cubanos, onde sempre testemunha a verdade.  E o que é mais importante: ele não foi intimidado a revelar essa verdade para o resto do mundo — ele fez tudo espontaneamente.

Originalmente, a rede americana ABC planejou mostrar as repugnantes cenas em sua totalidade durante o programa de John Stossel, 20/20.  Acontece que, no dia 12 de setembro de 2007, o 20/20 mostrou apenas um minúsculo segmento sobre o "real" sistema de saúde cubano, que durou escassos 5 minutos e com praticamente nenhuma das cenas que foram contrabandeadas.  O que aconteceu?

Bem, o regime fidelista ficou sabendo desses vídeos e imediatamente entrou em contato com o escritório da ABC em Havana, enfatizando que a "licença operacional" da ABC no país poderia sofrer "escrutínios intensos" caso eles levassem as imagens ao ar.

A ABC (e, sim, também Stossel, uma pessoa que em outras ocasiões sempre admiramos) se acovardou.

Entra em cena a Fox News e o apresentador Sean Hannity.  Esse humilde servo entrou em contato com os produtores de Hannity para falar a respeito dos vídeos, e eles imediatamente se prontificaram a examinar o material.  Depois de algumas horas o programa foi ao ar. Você pode ver aqui.  E aqui.  Os telespectadores da Fox puderam ver pacientes nus cobertos por moscas enquanto deitados em "leitos hospitalares" que consistiam de colchões sem qualquer forro.  Puderam ver também prédios e instalações que seriam condenados por qualquer agência sanitária servindo como "hospitais".  Eles viram e ouviram o Dr. Darsi Ferrer — junto com outros cubanos entrevistados — descrever a impossibilidade de conseguir algo tão básico como aspirinas.

"Ganância" era o que Michael Moore estava combatendo em Sicko, correto?  "Ganância" é o que Obama quer abolir, certo?

Bem, o vídeo mostra burocratas do regime castrista dizendo aos cubanos que aspirinas e outros remédios só poderiam ser disponibilizados se eles pagassem em dólares americanos — e não em pesos cubanos, os quais eles desesperançosamente portavam.



Mais imagens:

Fonte: https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=350

P.S.: (Decidi não por as imagens fortes)

Offline Luiz F.

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2507 Online: 22 de Janeiro de 2018, 22:20:13 »
É realmente estranho e no mínimo ingenuidade se levar em consideração números de qualquer país ditatorial pra se fazer qualquer análise sobre o país em questão.
"Você realmente não entende algo se não consegue explicá-lo para sua avó."
Albert Einstein

Offline Gauss

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2508 Online: 22 de Janeiro de 2018, 22:24:48 »
É realmente estranho e no mínimo ingenuidade se levar em consideração números de qualquer país ditatorial pra se fazer qualquer análise sobre o país em questão.
É para 'lacrar' contra os republicanos, então tá tranquilo.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline _Juca_

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2509 Online: 22 de Janeiro de 2018, 22:25:27 »
É pra levar a sério alguém que diz que a CNN parece fazer propaganda comunista? Do mesmo nipe de pessoas que dizem o mesmo da Rede Globo. Parece que o problema realmente é o modelo ser de Cuba, e não se ele é bom ou ruim.

Offline Muad'Dib

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2510 Online: 22 de Janeiro de 2018, 22:30:16 »
Na certa a situação em Cuba está em algum ponto entre o que o Michael Moore e esse artigo do Mises relataram.


Offline Gauss

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2511 Online: 22 de Janeiro de 2018, 22:37:30 »
Na certa a situação em Cuba está em algum ponto entre o que o Michael Moore e esse artigo do Mises relataram.

Ou não.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline _Juca_

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2512 Online: 22 de Janeiro de 2018, 22:43:03 »
Na certa a situação em Cuba está em algum ponto entre o que o Michael Moore e esse artigo do Mises relataram.

Ou não.

O seu problema ao tentar detectar uma falácia no argumento dele, é que não prestou atenção que ele não fez nenhuma afirmação, deixando a questão em aberto.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2513 Online: 22 de Janeiro de 2018, 23:06:02 »
É pra levar a sério alguém que diz que a CNN parece fazer propaganda comunista?



Citar
Do mesmo nipe de pessoas que dizem o mesmo da Rede Globo.



Citar
Parece que o problema realmente é o modelo ser de Cuba, e não se ele é bom ou ruim.

De fato isso acarreta em uma dificuldade mais extraordinária de estudá-lo, já que a tradição de propaganda enganosa é muito forte, dando razão ao ceticismo quanto às afirmações mais espetaculares.

Ao mesmo tempo, não é de maneira alguma absurdo supor que, qualquer que seja exatamente o estado da saúde dos cubanos, o quanto quer que forem saudáveis, em muito se deva a políticas preventivas, e a essa grande concentração de médicos per capita em todos os cantos. Ainda que alguns sejam taxistas.

O resultado disso pode ser bem mais modesto do que é propagandeado, já que as limitações são muitas, mas é muito exótico supor que fosse ser fundamentalmente algo ruim em comparação a políticas mais "remediativas".

Offline Cumpadi

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2514 Online: 23 de Janeiro de 2018, 07:52:27 »
Muita coisa, mas enfim. Não vou perder meu tempo tentando repetir o que já foi dito acima. Digo apenas que em medicina se mente muito; quando existe uma meta a se atingir mente-se em dobro. Não tenho nada de confiança nas estatísticas de Cuba.

Agora comparando EUA com Europa, o que se vê é que tentam achar a causa dessa mortalidade infantil elevada nos EUA e não encontram. Não tem a ver com o sistema de saúde, mas sim com as características da população. O americano trabalha mais, faz coisas perigosas, se alimenta mal. Não existe sistema de saúde que resolva isso. Objetivamente falando, quando pobre ou rico precisa de saúde nos EUA, ela está mais prontamente disponível, não importa o quão rara ou cruel seja a doença. Se depois tem de declarar falência, isso pouco importa, o problema de saúde foi resolvido, e saúde é muito mais precioso que orgulho. Serviços de saúde custam caro e, apesar de que poderiam ser muito mais baratos, são muito mais robustos nos EUA que na Europa. existem muitas manipulações que elevam muito o preço nos EUA, mas existem também formas de se contornar boa parte desses gastos se você se importar ( ou seja, há esperança de um futuro melhor, diferentemente do Brasil).
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Offline Geotecton

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2515 Online: 23 de Janeiro de 2018, 07:53:33 »
Na certa a situação em Cuba está em algum ponto entre o que o Michael Moore e esse artigo do Mises relataram.

Ou não.

O seu problema ao tentar detectar uma falácia no argumento dele, é que não prestou atenção que ele não fez nenhuma afirmação, deixando a questão em aberto.

Para mim, ele fez uma afirmação, qual seja, a de que o sistema de saúde cubano está pior do que o descrito por Moore e melhor do que o descrito pelo instituto.
Foto USGS

Offline Muad'Dib

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2516 Online: 23 de Janeiro de 2018, 08:23:59 »
Eu pretendia fazer mais uma afirmação sobre o Moore e sobre o site Mises do que sobre a saúde em Cuba.


Offline Buckaroo Banzai

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2517 Online: 23 de Janeiro de 2018, 13:19:47 »
Agora comparando EUA com Europa, o que se vê é que tentam achar a causa dessa mortalidade infantil elevada nos EUA e não encontram.

Não é só a infantil. O Texas tem a maior mortalidade materna entre os países de primeiro mundo.

Citar
Não tem a ver com o sistema de saúde, mas sim com as características da população. O americano trabalha mais, faz coisas perigosas, se alimenta mal. Não existe sistema de saúde que resolva isso. Objetivamente falando, quando pobre ou rico precisa de saúde nos EUA, ela está mais prontamente disponível, não importa o quão rara ou cruel seja a doença. Se depois tem de declarar falência, isso pouco importa, o problema de saúde foi resolvido, e saúde é muito mais precioso que orgulho.

Falar é fácil. O que acontece na realidade é que as pessoas evitam tratamentos necessários, e fazem turismo médico no Canadá e até no México. Isso resulta numa população menos saudável, e conseqüentemente com produtividade e qualidade de vida reduzidas.

https://psmag.com/economics/medical-tourism-is-booming-in-mexico
https://www.health-tourism.com/medical-tourism-mexico/

Outros países desenvolvidos deverão ter números de saúde melhores mesmo se descontados os setores mais problemáticos dos EUA, como trabalhos mais insalubres. Porque qualquer um pode ir se tratar sem medo, podendo inclusive prevenir mais condições de saúde em vez de deixá-las agravando pelo medo da conta, até ser tarde demais.

"Prontamente disponível" se dá ao custo disso. Os recursos estão mais ociosos porque as pessoas não estão tendo a atenção médica que idealmente teriam. Então aqueles com melhor segurança financeira dispõem mais facilmente deles, mesmo para procedimentos não-prioritários.

Citar
Serviços de saúde custam caro e, apesar de que poderiam ser muito mais baratos, são muito mais robustos nos EUA que na Europa.

O que, o quanto quer que isso seja mesmo o caso, na prática não faz diferença positiva em escala suficiente para afetar positivamente a qualidade de vida da população.

Offline Cumpadi

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2518 Online: 23 de Janeiro de 2018, 17:45:45 »
Postos de saúde não resolvem problemas culturais, muito menos genéticos ( provavelmente parte do problema). Enfie um posto de saúde em tudo quanto é lugar nos EUA e nada ira mudar. Uma consulta com um clínico nos EUA não é caro e o valor não inibe ninguém de ir ao médico. Inibe sim uns idiotas de procurarem o PS por qualquer idiotice como fazem no Brasil. Turismo dos EUA para o Canada é só para comprar medicações mais baratas, não serviços de saúde. Muito pelo contrário, milhares de canadense vão aos EUAs para resolverem seus problemas para os quais o sistema de saúde canadense da um fodase. Assim fica fácil para os cidadãos desses países, quando tem algo mais urgente é só pegar um avião para os EUA, quem ganha o crédito não será o sistema de saúde dos EUA.
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Offline -Huxley-

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2519 Online: 23 de Janeiro de 2018, 18:08:08 »
Como realmente funciona o sistema de saúde americano

Sempre que há um debate sobre sistemas de saúde e sobre como seria a medicina em um ambiente de genuíno livre mercado, rapidamente alguém menciona os EUA como sendo o exemplo mais óbvio deste arranjo.
O problema é que a comparação é obtusa.

É verdade que os EUA não possuem um sistema público de saúde de estilo europeu (seja ele o modelo Beveridge da Inglaterra ou da Espanha, no qual o estado se encarrega de prover serviços de saúde em troca do pagamento de impostos, seja ele o modelo Bismarck da Alemanha e da Áustria, no qual o estado obriga os cidadãos a comprarem um seguro privado obrigatório e altamente regulado), mas isso não implica que o sistema americano esteja livre da atuação estatal.  Muito pelo contrário, como será visto.

Em primeiro lugar, vale ressaltar que os resultados observados no sistema de saúde americano são um tanto deploráveis: o gasto total com a saúde nos EUA chega a 17% do PIB — quase o dobro do que gasta a maioria dos países europeus —, mas isso não fez com que seus resultados fossem espetacularmente superiores.  Sim, o sistema de saúde americano está na vanguarda da implantação de novas tecnologias, bem como no uso da medicina preventiva, mas esses elementos diferenciais não parecem justificar o gigantesco custo excessivo.  Por esse prisma, o debate sobre a superioridade da saúde pública europeia em relação à americana pareceria definitivamente encerrado: uma qualidade análoga pela metade do preço.

Porém, as coisas não são tão simples quanto os números sugerem.  O sistema de saúde americano — como explico em detalhes extensos em meu livro Una revolución liberal para España — está longe de ser o representante de um arranjo de livre concorrência.

Para começar, pelo lado da oferta, a concorrência entre médicos praticamente não existe.  O mercado de médicos é artificialmente cartelizado.  Para ser médico, você tem de ser aceito pelo conselho profissional da categoria, o qual tem interesse em manter baixo o número de médicos, pois isso eleva artificialmente seus salários.  Adicionalmente, um médico tem de adquirir diversos tipos de licenças, sem as quais ninguém pode exercer a medicina.  A criação de hospitais também sofre o mesmo tipo de regulamentação, o que dificulta o surgimento de hospitais baratos que poderiam concorrer com os já estabelecidos.  Já as seguradoras de saúde são, em sua grande maioria, proibidas pelo governo de concorrer entre si além das fronteiras estaduais.  Várias seguradoras não podem ofertar seus serviços em mais de um estado do país.

Mas a coisa piora.

Pelo lado da demanda, 90% dos gastos em saúde ocorrem por meio de canais que não são o paciente: mais especificamente, ocorrem pelas seguradoras e pelo estado.  Para se ter uma ideia desse despautério, na Espanha, o gasto público com saúde totaliza 6,9% do PIB.  Na União Europeia, 8,2%.  Nos EUA, como dito, o gasto total é 17%.  Dado que 90% desses 17% são gastos que não são desembolsados pelo paciente, temos que 15,3% dos gastos em saúde nos EUA são terceirizados.  Ou seja, nem mesmo a Espanha apresenta um grau tão elevado de socialização da demanda como os EUA.

Mais especificamente, de cada 100 dólares gastos na saúde americana, 45 dólares são desembolsados pelas seguradoras, outros 45 dólares pelos programas estatais Medicare (programa de responsabilidade da Previdência Social americana que reembolsa hospitais e médicos por tratamentos fornecidos a indivíduos acima de 65 anos de idade) e Medicaid (programa financiado conjuntamente por estados e pelo governo federal, que reembolsa hospitais e médicos que fornecem tratamento a pessoas que não podem financiar suas próprias despesas médicas), e apenas 10 dólares são desembolsados pelo próprio paciente.

Dito de outro modo, de cada 100 dólares gastos na saúde, o paciente — que é quem está realmente recebendo os serviços — arca com um custo de apenas 10 dólares.  Quem paga os 90 restantes?  O resto de seus compatriotas — seja por meio do Fisco, seja por meio de suas apólices de seguros, que compreensivelmente ficam a anualmente mais caras.

Nos EUA, portanto, não há uma correspondência entre custos e benefícios.  E dado que as seguradoras são obrigadas pelo governo a cobrir até mesmo consultas de rotina, os preços das apólices seguem em disparada.  Se você fizer algo tão simples e corriqueiro quanto um exame de sangue — que é coberto pelos planos de saúde e pelos programas Medicare e Medicaid —, é comum o hospital cobrar um preço astronômico do governo ou da seguradora, a qual, por causa disso, irá aumentar os preços das apólices.

Nesse arranjo, o incentivo para aumentar os gastos é o mesmo que ocorreria se milhões de pessoas fossem a um mesmo restaurante, pedissem individualmente os pratos que quisessem e, no final, dividissem igualmente entre todos a fatura total.

E, com efeito, o estudo mais completo já realizado até o presente momento sobre os custos excessivos da saúde americana não deixa espaço para dúvidas: a explosão dos custos se deve essencialmente a um crescimento descontrolado da demanda (direcionada sobretudo à medicina preventiva), a qual é capaz de suportar preços crescentes devido ao fato de que ninguém — governo, seguradoras e pacientes, como explicado acima — tem o incentivo de reduzir seus gastos.  Por mais que a oferta aumente, a demanda cresce a uma velocidade superior, o que multiplica os preços.

Vale ressaltar que, naquelas áreas do sistema de saúde americano em que não há esta socialização dos gastos — porque os programas estatais ou os seguros não cobrem —, não se observa nenhum crescimento anormal dos custos.  Este é o caso, por exemplo, dos serviços de odontologia ou das cirurgias oculares a laser, cujos custos caem ano após ano.

Na Europa, onde a saúde pública é "gratuita" para o usuário (embora seja cara para os pagadores de impostos), não ocorrem consequências similares a essas dos EUA simplesmente porque os políticos e burocratas que comandam o setor racionam os serviços que os cidadãos podem receber (os famosos cortes de gastos para a saúde, sobre os quais muito se fala atualmente, sempre foram uma prática estrutural do sistema; apenas se tornaram mais visíveis agora por causa da crise).  No Velho Continente, os donos da saúde dos cidadãos europeus não são eles próprios, mas sim os políticos e burocratas que organizam o sistema segundo seus gostos, necessidades e interesses.  Daí a frequente ocorrência de fenômenos como listas de espera, adoção tardia de novas tecnologias, tratamentos e medicamentos não cobertos, aglomeração de pacientes etc.

Dito de outra forma: os incentivos perversos para a demanda que levam a uma hipertrofia dos gastos em saúde nos EUA também existem na Europa, só que, na Europa, os políticos controlam severamente a oferta e impedem que os gastos disparem.  É como se, ao chegarmos a um restaurante, o dono do estabelecimento limitasse a quantidade e a qualidade daquilo que cada comensal pode pedir: por mais que pudéssemos e quiséssemos pedir mais e melhores pratos, não poderíamos.

Mas, afinal, que foi o motivo que levou a tamanha socialização da demanda por serviços de saúde nos EUA?  A criação dos programas estatais Medicare e Medicaid, em 1966, contribuíram substancialmente para as distorções.  Mas o principal incentivo foi criado em 1954: as empresas passaram a poder descontar no imposto de renda e na contribuição para a Previdência Social todos os gastos associados à aquisição de um plano de saúde para seus empregados.  Ou seja, caso as empresas pagassem planos de saúde para seus empregados, elas ganhariam descontos tanto no IRPJ quanto na contribuição para a Previdência Social.

Isso gerou uma consequência não-prevista.  Os incentivos para que todo o gasto em saúde fosse canalizado para os seguros adquiridos por empresas para seus empregados se tornaram enormes.  Isso, por conseguinte, elevou substancialmente a demanda por planos de saúde, os quais foram obrigados pelo governo a cobrir uma enorme variedade de serviços, inclusive aqueles associados à medicina preventiva.  Os custos das apólices obviamente dispararam.

Apenas imagine quanto custaria o seguro do seu carro caso o governo obrigasse as seguradoras a cobrir serviços como troca de óleo e reabastecimento.  Nos EUA, é exatamente isso o que ocorre para os planos de saúde.  E tudo começou porque as empresas, muito corretamente, queriam reduzir seus gastos com tributos diretos, um confisco estatal que nem sequer deveria existir.  Um perfeito exemplo de como uma intervenção estatal (impostos sobre a renda) gerou uma grande distorção (redução dos lucros das empresas) que, por sua vez, levou à criação de uma medida aparentemente mitigadora (incentivos fiscais para planos de saúde).  No final, todo sistema de saúde ficou desarranjado.

Essa socialização de 90% dos gastos em saúde nos EUA — toda ela induzida pelo intervencionismo estatal — é a principal responsável pela hipertrofia dos preços.  Os EUA não são de maneira alguma um exemplo de livre mercado no sistema de saúde.  Em um arranjo de livre mercado e livre concorrência, os gastos para consultas de rotina são financiados pela própria poupança do paciente, e somente aqueles eventos de natureza extraordinária e catastrófica são cobertos por planos de saúde.

O que o sistema americano ilustra perfeitamente são os efeitos potencialmente devastadores do estatismo, inclusive quando em doses aparentemente inócuas.

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Leituras complementares:

Como Mises explicaria a realidade do SUS?

Como o SUS está destruindo a saúde dos brasileiros

Verdades inconvenientes sobre o sistema de saúde sueco

A saúde é um bem, e não um direito

O que a medicina soviética nos ensina

Quatro medidas para melhorar o sistema de saúde

Fonte: https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1851

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2520 Online: 23 de Janeiro de 2018, 22:15:53 »
Postos de saúde não resolvem problemas culturais,

Programas de saúde preventiva devem sim ajudar.


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muito menos genéticos ( provavelmente parte do problema).

Muito provavelmente quaisquer eventuais diferenças genéticas eventualmente significativas entre os países seriam melhor administradas com saúde mais acessível.


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Enfie um posto de saúde em tudo quanto é lugar nos EUA e nada ira mudar. Uma consulta com um clínico nos EUA não é caro e o valor não inibe ninguém de ir ao médico.

É claro que inibe.

https://thinkprogress.org/30-percent-of-americans-skip-out-on-medical-care-because-its-too-expensive-177f073f91aa/

http://www.marketwired.com/press-release/ipsos-amino-poll-63-americans-think-large-medical-bill-that-they-cant-afford-is-worse-2204179.htm

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One in five (19%) report that not going to the doctor is their main strategy to avoid paying high medical bills.
More than half of people without insurance (56%) avoid the doctor altogether.


A coisa chega ao ponto de inibir as pessoas de chamarem socorro por emergências reais, ou as impele a rejeitar quando alguém chama por elas, por não terem como pagar. (Em uma região do Canadá, isso ocorre algumas vezes só pelo preço da ambulância em si). Também acontece de aceitarem tratamento emergencial sob identidade falsa.

http://www.jems.com/articles/2008/10/getting-emergency-care-under-f.html





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Inibe sim uns idiotas de procurarem o PS por qualquer idiotice como fazem no Brasil.

Não inibe, incentiva. As pessoas sem seguro terão menos "cuidados primários" regulares, compensando com mais visitas à emergência, ou tendo estas como realmente mais necessárias em algum grau por falta de tratamento regular. O pronto-socorro, apesar de mais caro, também tenderá de qualquer forma a oferecer melhores condições de pagamento.





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Turismo dos EUA para o Canada é só para comprar medicações mais baratas, não serviços de saúde. Muito pelo contrário, milhares de canadense vão aos EUAs para resolverem seus problemas para os quais o sistema de saúde canadense da um fodase. Assim fica fácil para os cidadãos desses países, quando tem algo mais urgente é só pegar um avião para os EUA, quem ganha o crédito não será o sistema de saúde dos EUA.

Não, é o "contrário original" disso. São poucos os canadenses que vão para os EUA, e normalmente não por emergências. "Emergências" devem ser ainda uma espécie de "terceirização" do sistema de saúde canadense quando alguma especialidade só estiver disponível fora. O restante são tratamentos não-emergenciais que o sistema de saúde naturalmente coloca mais para trás para priorizar o que é mais importante.

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https://www.aarp.org/politics-society/government-elections/info-03-2012/myths-canada-health-care.html
Myth #1: Canadians are flocking to the United States to get medical care.
...
Finally, the study’s authors examined data from the 18,000 Canadians who participated in the National Population Health Survey. In the previous year, 90 of those 18,000 Canadians had received care in the United States; only 20 of them, however, reported going to the United States expressively for the purpose of obtaining care.
...

Citar
https://thinkprogress.org/palin-admits-to-travelling-to-canada-for-health-care-32db8d2a3107/
...
Palin’s experience also highlights the fact that American medical-tourism to Canada is common, despite conservatives’ claims that Canada’s health care system drives Canadians into the states. “Every year, thousands of Americans undergo surgery in other countries” where they can receive the same care “at half the price.” “In 2007, an estimated 750,000 Americans traveled abroad for medical care; this number is anticipated to increase to six million by 2010″ — far outpacing the number of Canadians coming into the United States for medical treatment. It’s good to know that Palin was once one of them.
...

Acho que é ilegal comprar medicamentos no Canadá e levar para os EUA. A maior parte do turismo médico no Canadá deve ser como o do México, atendimento médico propriamente dito.

Offline -Huxley-

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2521 Online: 23 de Janeiro de 2018, 22:28:13 »
A maioria dos bens de saúde são bens de mercado, o que significa que eles são rivais e excluíveis. Todavia, serviços epidemiológicos não entram nessa categoria. Essa é uma razão pela qual não concordo com tudo com o que o Mises Institute diz sobre saúde.

Offline -Huxley-

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2522 Online: 23 de Janeiro de 2018, 22:33:03 »
Uma coisa que parece certa nos EUA é que algumas intervenções estatais desorientam o sistema de sinais emitidos pelos preços. Ineficiência alocativa causada por sobreconsumo estimulado artificialmente é algo que acontece quando você lida com um bem de mercado puro como se fosse um bem público. Uma coisa é você minimizar a escassez de forma responsável, outra coisa é você desorganizar o sistema de preços.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2523 Online: 23 de Janeiro de 2018, 22:36:17 »
Esses vídeos apresentam afirmações conflitantes algumas das feitas no texto miseseiro do texto citado por -Huxley-, como um excesso de demanda em comparação com outros países. Na verdade, os americanos demandam menos, apesar de precisarem mais. (Nada surpreendente dado o preço).

<a href="https://www.youtube.com/v/qSjGouBmo0M" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/qSjGouBmo0M</a>

<a href="https://www.youtube.com/v/CeDOQpfaUc8" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/CeDOQpfaUc8</a>



Uma coisa que parece certa nos EUA é que algumas intervenções estatais desorientam o sistema de sinais emitidos pelos preços. Ineficiência alocativa causada por sobreconsumo estimulado artificialmente é algo que acontece quando você lida com um bem de mercado puro como se fosse um bem público. Uma coisa é você minimizar a escassez de forma responsável, outra coisa é você desorganizar o sistema de preços.

Exatamente isso é algo talvez falso, segundo o Vlogbrother.

A "eficiência do mercado" com seus "sinais" e etc argumentavelmente não é algo que funciona adequadamente para gerar uma alocação ótima "espontânea" dos recursos para a saúde "pública", de maneira análoga a que é argumentável não ser também o caso para a saúde "ambiental", se prevenir de coisas como degradação da camada de ozônio, aquecimento global, e diversas outras coisas em que haja legislação para tentar prever coisas como rios se incendiarem.

Poderia se especular que talvez tudo fosse mais eficiente ainda se tudo fosse mais livre-mercado ainda, todo o meio-ambiente ser propriedade privada, as pessoas poderem vender órgãos, sangue, escravos, qualquer um poder se dizer médico, etc, etc, mas vamos nos aproximando da "ficção científica social", já que é altamente especulativo e bate de frente contra a observação empírica.

Offline -Huxley-

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Re:Problemas do SUS
« Resposta #2524 Online: 23 de Janeiro de 2018, 22:42:20 »
Se os americanos demandam relativamente menos, o gasto de 17% do PIB com saúde é o quê? :desconfiado:

 

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