Os 84% têm plano de saúde próprios. Uma outra fração tem acesso ao Medicare, sobrando uma minoria sem nenhum tipo de assistência.
Você ainda não entendeu. Vamos, então, aos números frios:
- cerca de 56% da população americana dispõe de alguma forma de seguro saúde ou paga per si o custo de saúde.
- o sistema de saúde oficial, em todos os seus programas (Medicare, Medicaid, Schips, Tricare, Veterans e outros atende 28% da população.
- o sub-total de pessoas cobertas por alguma forma de saúde, nos EUA é, portanto, 56% + 28% = 84% da população
- restam 16% da população (45 milhões de pessoas) que não estão cobertas por nenhuma forma de assistência á saúde.
Alguns republicanos diziam que isso era culpa dos ilegais, mas isto é uma enorme besteira. Os dados acima são do Census Bureau e os ilegais não são considerados nas estatísticas (até porque, se respondessem ao censo seriam deportados). A maior parte das pessoas não cobertas pelo seguro saúde são de pessoas que trabalham em pequenas empresas que não podem pagar pelo sistema ou de pessoas que não são tão pobres para serem atendidas pelo Medicaid, mas que não dispõem de verdinhas para pagar um insurance.
O sistema de saúde americano é o mais caro do mundo e gera um efeito, no mínimo, interessante:
More money per person is spent on health care in the USA than in any other nation in the world, and a greater percentage of total income in the nation is spent on health care in the USA than in any United Nations member state except for East Timor. Although not all people are insured, the USA has the third highest public healthcare expenditure per capita, because of the high cost of medical care in the country. A 2001 study in five states found that medical debt contributed to 46.2% of all personal bankruptcies and in 2007, 62.1% of filers for bankruptcies claimed high medical expenses. Since then, health costs and the numbers of uninsured and underinsured have increased.
http://en.wikipedia.org/wiki/Health_care_in_the_United_States A propósito, eu tabém sou a favor de um sistema de saúde público universalizado. Meu único ponto aqui é dizer que os EUA parecem não precisar TANTO disso. Eles lá não enxergam isso como um problemão urgente necessitando urgentemente de reformas profundas.
Eu tenho uma informação diferente: a questão do custeio da saúde é um ponto de discussão desde o governo do Bush pai. Os americanos não são idiotas e sabem que a negligência atual com a saúde irá custar muito mais caro, nos próximos 15 ou 20 anos. Além disso, basta uma crise mais forte, com aumento do desemprego, para o sistema implodir muito rapidamente (ao contrário de alguns, por aqui, o governo americano não permitiria que houvesse uma quebra no sistema e, rapidamente, assumiria os custos. O problema maior deles é como segurar esses custos em um patamar razoável e encontrar formas de funding para o mesmo).
No Brasil, os segurados em planos de saúde são uma minoria, o que faz a necessidade de um sistema público universalizado aqui algo óbvio e urgente.
No Brasil, as empresas reguladas pela ANS cobrem cerca de 40 milhões de vidas. A privatização aqui não deu certo porque, apesar do berreiro dos militares na década de 1970, poucas empresas resolveram bancar os custos.