Não gosto de big brother, acho que o programa não acrescenta nada à minha vida. Também penso o mesmo em relação às novelas - via de regra, fico boiando quando alguém faz uma piada a respeito de um bordão ou personagem. No entanto, essa é a minha opinião pessoal. Conheço dezenas de pessoas que são literalmente viciadas em bbb e que só falam disso durante os meses em que o programa passa. Posso criticar o quanto quiser, posso falar mal dos participantes e do Pedro Bial com sua mania de endeusar os confinados. Tenho o direito de fazer isso e afirmar que aquele tipo de programa não me acrescenta nada.
No entanto, falo por mim. Milhares de pessoas assistem e gostam, é um direito deles. Penso que é perder tempo, mas cada um tem seu conceito do que é 'ocupar proveitosamente o seu tempo'. Não adianta querer proibir esse tipo de programa ou censurar: o povo gosta e é isso que ele pede. O povo gosta de novela, o povo gosta dos bordões da novela, o povo adora a moda que a novela lança. E isso é a cultura do povo brasileiro. Se o bbb é entretenimento? Sim, é. Mas o bbb também é cultura do povo, faz parte dos seus hábitos, do seu gosto. Eu posso odiar e achar um lixo, mas não posso negar que o programa faz parte do cotidiano do povo.
E de resto, felizmente não vejo tv aberta. E outra: se é disso que o povo gosta e as emissoras precisam de dinheiro pra sobreviver, é isso que elas farão. E uma pergunta: caso algum de nós (árduos críticos da tv aberta) hipoteticamente fosse um dono de emissora, que tipo de programação passaríamos? Aquilo que dá audiência (lixo), e que, consequemente, dá dinheiro ou recorreria aos documentários e mesas redondas filosóficas que amargam índices ínfimos de audiência? Até onde sei, o fim do empresário da comunicação é ganhar dinheiro - como qualquer cidadão que eu conheço...