Comecei a analisar o BBB. Parece que é chique criticar o programa, como se fosse lixo cultural, etc. As pessoas devem se sentir bem fazendo estas críticas, aliás, as mesmas feitas ao Show de calouros do Sílvio Santos, Ao programa dos Trapalhões quando eram engraçados e aos testes de DNA do Ratinho. Faz a pessoa se sentir maior, engrandalhecido no ego por ser superior a estas coisas fúteis de classe C e D.
Mas entreterimento é ilusão. As pessoas confundem ilusão com falsidade, mas são duas coisas completamente diferentes. Ilusão é a criação de uma
possibilidade, de uma realidade alternativa. como as pinturas com perspectiva ou os cinemas, que criam a aparência de 3D em 2D.
O BBB é assim, cria a ilusão nas pessoas de que todos podem ter fama. Esta possibilidade faz com que milhões de pessoas possam se identificar com aqueles personagens na telinha, se enxergando na mesma situação, vivendo a mesma cena de uma casa luxuosa onde o bem e o mal está na escolha de quem assiste.
É um programa genial, faz sucesso, gera discussão, atende ao nosso lado biológico de saber da vida alheia, sem nenhum dos inconvenientes de ser descoberto. E, aliás, nossa opinião conta na decisão deste futuro, no destino.
É uma vida real muito mais divertida que a realidade.
Não, não assisto, porque não me agrada as novelas em geral. Mas não critico quem vê. É passatempo, é ilusão.
Se querem que o povo veja programas de qualidade, bom-gosto e educativos, parem de tentar catequizar e fazer as pessoas se sentirem culpadas. A igreja já faz isso a séculos, deixemos a TV tem ser divertida, apenas.