Autor Tópico: Sobre mim, minha filosofia, ideologia e ceticismos  (Lida 28679 vezes)

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Offline Enio

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Sobre mim, minha filosofia, ideologia e ceticismos
« Online: 26 de Abril de 2010, 21:41:26 »
Oi, sou novo aqui no fórum e antes de fazer meu registro, tenho dado uma lida por aqui já faz algum tempo. Tem uns temas interessantes sobre religião, ateísmo, ceticismo... e de certa forma são assuntos que mexem muito comigo.

Realmente sou cético em relação a determinadas coisas... mas não a tudo. Pois sou mais do tipo mente aberta. Não aquela mente aberta que sai aceitando tudo sem ao menos haver um raciocínio em cima de um tema. Mas do tipo que especula, tenta abrir novos paradigmas, novas visões. Tenho o meu lado cético, mas não é por isso que sou ateu. Aliás, acho que ser ateu não é um pré-requisito para se ser cético. Mas também não sou necessariamente religioso. Não tenho comigo aquele comportamento religioso, aquela mentalidade religiosa, por exemplo, do judaico-cristão.

Sim, eu aceito a existência de uma causa primária de todas as coisas e sim, aceito a existência da vida após a morte do corpo físico.

Na verdade, comecei como católico (mais por tradição mesmo), depois fiquei agnóstico por começar a achar o Catolicismo como um todo meio fantasioso, frente à minha necessidade de, de alguma forma, tentar ligar a realidade material com a espiritual. E então fiquei um meio ateu e um meio religioso. Pra ser sincero, eu nunca fui muito religioso. Na verdade eu sou mais filosófico e científico do que religioso de fato.

Depois de alguns anos, tomei conhecimento do Espiritismo e, de fato, por exemplo, quando ainda católico, já aceitava a reencarnação, ao invés da ressurreição que já me era fantasiosa (se Jesus tivesse voltado mesmo à carne, pra mim, estaria perambulando como um zumbi em decomposição)  :histeria:. Pra mim, se Jesus (o qual chamo de Yeshua, seu nome verdadeiro) voltou à Terra, então teria aparecido como espírito usando o ectoplasma de certos apóstolos à volta, na minha opinião.

Sim, eu vejo a reencarnação como uma possibilidade, ao invés da ressurreição na carne.

Além disso, tanto quando ainda católico quanto agnóstico eu já tinha algumas coisas a ver com o Espiritismo, por exemplo, ficava tentando imaginar do que era feito o espírito, o que era realmente Deus, o qual chamo de Fonte Primordial (já que é o que deu origem a tudo mesmo...). Considerava a possibilidade de comunicação (mediunidade), entre outras coisas.

Fiquei espírita por algum tempo, mas depois também comecei a ter uma visão diferente da espiritualidade como um todo, e agora me vejo mais como uma mistura de espírita com deísta. Digo, que agora eu mesmo tenho minhas próprias convicções a respeito do além túmulo. Não sou do tipo de espírita que sai repetindo tudo exatamente como está escrito nos livros de Kardec, como um papagaio que se acha racional mas só sabe repetir o que os outros falam, mas sim como alguém que soube até mesmo criticar sua própria religião, a ponto de querer reformá-la.

Por exemplo, no caso do Espiritismo, queria que não houvesse mais religiosidade nele, que fique sendo só filosofia e medianímica. Porém uma filosofia que seja suficiente para abastecer as necessidades, sabe... emocionais das pessoas. Uma filosofia que não é só filosofia, mas que carregue consigo uma moral que possa guiar as pessoas que tenham simpatia com tal filosofia. E não ser mais religião propriamente dita. Digo, que seria mais como uma filosofia espiritualista (o conteúdo espírita) com uma moral comum pra todos. Uma moral que nos traga harmonia, mas sem pra isso estar necessariamente presa a uma religião. Mas sim uma moral filosófica, e não religiosa. Reforma Espírita já!

Não tiraria necessariamente Jesus e nem os ensinamentos, mas a forma seria diferente de se encarar ambos. Que o evangelho seria só visto como um código moral, mas não como uma revelação divina. Jesus não mais seria visto como um deus ou santo, mas sim como um filósofo humanista que, por conta de seu grau de elevação espiritual, trouxe à humanidade valores que estavam a frente de seu tempo. Ficaria mais como um Gandhi ou Martin Luther King da vida mesmo. Ou até mesmo como Sócrates! Mas não mais como um deus, uma divindade.

Dizendo isso, poderia até mesmo dizer que sou meio como que um Lutero do Espiritismo... que está prestes a criar uma divergência deste, ainda mais racional, puramente filosófica e que explicaria a espiritualidade de uma forma ainda mais material. Chamaria, por enquanto, essa divergência de Racionalismo Espirítico. E estou até mesmo organizando uma obra minha, com este nome... mas não há previsão alguma se será mesmo ou não publicada. E pretendo discutir aqui alguns dos conceitos que pus nesta minha obra.


Pra mim, a Bíblia e nem o Alcorão e nenhum outro livro "sagrado" é a palavra de algum deus. Mas só relatos de terceiros com uma conduta moral. E duvidosa, se ler ao pé da letra.

Procuro não me basear na bíblia, ficar me prendendo à ela. Só a uso para alguma referência ou outra, mas não como base de minhas convicções.

Assim como a bíblia, também procuro deixar o sentimentalismo de lado, pois privilegio a razão e intuição investigadora.

Não acredito na salvação pela fé.

Não parei no tempo como os espíritas que se prendem aos livros de Kardec.

Não acredito em milagres causados por uma divindade, pois pra mim a Fonte não intervém diretamente em nada por bel prazer. Ela apenas geraria matéria a partir de um processo interno nela desconhecido e infelizmente ainda incompreensível a nós, à nossa vã filosofia. Porém acho que é mais como uma estrela que emite energia e átomos para o espaço.

Não acredito que Yeshua foi um deus. Ao invés disso, uma mônada já muito evoluída, com uma estrutura bastante complexa em sua matriz.

Por falar em Yechua, queria que, ao menos no Espiritismo, os espíritas mudassem o nome de Jesus para Yeshua, que é seu nome verdadeiro. E digo isso já que o espírita se julga tão racional. Se é pra ser racional, então ao menos resgatar os nomes verdadeiros dos personagens bíblicos.

A verdade está acima de todas as religiões e filosofias mundanas. As filosofias ou religiões são só uma tentativa de nos aproximar desta verdade.

Também sou cético quanto a rituais e dogmas. Sou contra eles. É contra minha ideologia.

Sou contra tradicionalismos, que embotam nossas mentes. Viva a liberdade de pensamento! Viva a mudança de paradigmas!

Se é pra acreditar numa providência divina, então, pra mim, essa providência não é capricho de um ser pensante que faz o que quer, julga o que quer, mas sim e, simplesmente, a lei de causa e efeito, o movimento... lei essa simples na qual para todo efeito há causa, lei essa que seria fundamental em todos os universos existentes... ou não haveria movimento... e muito menos vida!

Sou cético quanto ao fato de tudo ser causado por conta de uma personalidade, uma vontade superior.

Pra mim, não é a Fonte em si que dita regras, pois é um processo natural. Ao invés disso, são as mônadas que se inspiram nesse processo natural e então, com base nas leis naturais, criam leis para com isso manterem toda uma harmonização entre elas (uma sociedade organizada).

Quanto ao amor pregado no Cristianismo, diria que esse amor nada mais é do que um estado de profunda harmonia consigo mesmo e em relação ao próximo. Não que você vá necessariamente gostar do próximo, mas sim compreendê-lo, respeitá-lo. Poderia dizer que é uma forma de nos mantermos em sintonia não com um deus que fica sorrindo pra gente, mas sim em relação a tal Fonte, digo, que esse estado mental nos beneficia em geral. Ajuda a melhorar nossa estrutura mental, emocional, beneficiando assim a nossa própria mônada... e nosso corpo também.

Não tenho fé em político.

Não aceito o criacionismo da bíblia, mas aceito a evolução. Tanto das espécies quanto da mônada.

Se é pra ter fé, então ao menos deve-se ter base em algo coerente, em algo que tenha alguma explicação coerente... e não em qualquer coisa. Não ter fé por tradição ou por pressão social, mas só ter se estiver disposto a ter mesmo isso. Não ter fé por questão emocional, mas racional.

Essa tal fé pra mim chamaria de sintonia mental. Sintonia com algo do qual você tem uma profunda certeza... isso é que é ter fé. Ou seja, ter essa sintonia mental não é só pra religioso. Até mesmo um ateu cientista pode ter fé em sua pesquisa, em sua teoria, na qual procura defender para manter sua reputação... E então teria, neste caso, fé na minha filosofia. Mas digo que ela pode mudar com o tempo, mas tem sempre os mesmos parâmetros, encaixar a espiritualidade com a realidade material, que é a base desta minha filosofia.


Eu não vejo o que as pessoas geralmente chamam de Deus como um deus. Na verdade vejo mais como um processo natural que deu origem a tudo, processo natural esse sem forma, consciência, emoção ou vontade alguma. Um processo natural inconsciente, que não sente ou pensa... Digo, que considero que, se, no caso, o espírito veio da Fonte, então ao invés de ser um filho de Deus, eu vejo como só um mero produto de um processo natural aparentemente inesgotável, inconsciente e atemporal (fora do espaço-tempo de nosso universo), que dá tanto origem a espíritos quanto a universos, sejam de matéria grosseira como o nosso ou de uma matéria que pra nós seria mais como uma espécie de energia, digo, feita de partículas mais leves do que as que formam nosso universo. Universos paralelos.

De fato já vi num documentário da BBC sobre explicações de universos paralelos envolvendo bolhas e matrizes que se chocam formando novos universos. Poderia até ser uma parte desta Fonte Primordial, que está fora de nosso espaço-tempo. Portanto, essa teoria do multiverso me ajudou mesmo em minha idéia.

Pra mim, o espírito (que chamo de mônada) seria como uma parte mísera incompleta desta tal Fonte. Que, ao menos pra mim, que a evolução da mônada nada mais é do que ela tornar sua matriz mais complexa. A evolução dos seres físicos ocorre pela adaptação do mais forte, do que é mais compatível com o ambiente e suas mudanças, além de outros fatores. Já a da mônada seria mais ou menos como uma criança que necessita aprender cada vez mais, até chegar a um ponto onde já não é mais necessário, ao menos, reencarnar. A um ponto em que sua estrutura já está completa o suficiente para se tornar auto-suficiente.


Minhas convicções também se baseiam na ciência. Leva em consideração a existência da espiritualidade, mas sem anular os fenômenos descritos pela ciência. Faço toda uma ligação entre o que nos seria espiritual com material. Por exemplo, levo em consideração, em minha convicção, a existência de universos paralelos, descritos por físicos e até mesmo de dimensões que não nos são visíveis. Até mesmo faço uma relação entre a Fonte e o gás nobre...

Digo, que o gás nobre ele é estável, é perfeito por não precisar se ligar a nenhum outro elemento. É livre. Não precisa receber e nem doar elétrons. E qual a relação que faço disso com a Fonte Primordial? Que, se ela é perfeita, não poderia ser nem boa e nem má. Não poderia ter emoções. Teria que ser emocionalmente neutra, indiferente!

Pois se é bom, você precisa se doar para os outros. Se é mau, necessita ter tudo pra você, é-se egoísta. Mas se você necessita de algo, está imperfeito! Portanto, pra ser perfeito, teria que ser neutro, não necessitar de absolutamente nada. Se a Fonte é perfeita, então pra mim, teria que ser neutra ou simplesmente não valorizar emoções. Porém acho ser insensível, por eu ver como um processo inconsciente, assim como a própria natureza, o próprio universo. Teria que estar num estado de nirvana.

Ou seja, sou cético quanto à existência de um deus que fica nos observando e dominando tudo a seu bel prazer como um tirano e que ainda por cima teria alguma personalidade ou aparência qualquer. Que tal se, ao invés disso, fosse um processo natural, que funciona assim como nosso universo? Essa idéia de um deus ser onipresente é, pra mim, não ele como um indivíduo estar em vários lugares ao mesmo tempo...

Mas sim como ele sendo um recipiente, no qual tudo o que surgiu disto está dentro desta Fonte Primordial. Se você está numa sala, dentro dela, ela lhe será onipresente, não é verdade? Da mesma forma que você estiver dentro de qualquer compartimento fechado, ele lhe será onipresente, estará a sua volta. Pois bem, esta Fonte seria justamente este compartimento fechado, e que dentro dela estão todos os infinitos universos que possamos ou não conceber. Cada universo numa dimensão ou faixa vibratória diferente. Se não fosse por isso, todos os universos se chocariam e nada existiria... não existiria a tal matriz energética descrita por certos físicos... Não haveriam realidades alternativas... e nem mesmo os ditos planos espirituais... nem nosso universo.

Que pra mim nada mais são do que universos de uma matéria mais leve. É difícil descrever como é esta matéria, mas é mais ou menos esta noção.  Os planos espirituais, dos quais chamo de Universos Sutis, seriam universos mais ou menos semelhantes ao nosso, cada um com suas leis físicas próprias e talvez parecidas. Os universos com matéria de uma densidade mais semelhante à nossa seriam mais semelhantes ao nosso universo, já os universos de matéria de uma menor densidade e mais energética seriam mais diferentes, abstratos ao nosso conceito. Quanto mais energético e menos denso um universo como um todo, mais ele estaria próximo, de certa forma, à Fonte, apesar de tudo estar dentro dela.

Mas esse mais perto não é perto em espaço ou tempo, mas perto em essência vibratória, energética. E quanto mais a mônada se torna complexa, mas ela estaria apropriada a viver em tais universos que para nós seriam muito mais complexos que o nosso, mais energéticos.

Com isso em mente, poderia dizer que os tais planos espirituais mais elevados seriam mais quentes que os mais grosseiros. De uma forma metafórica, diria que o céu é quente, e o inferno muito mais frio, por ser menos energético que os universos de matéria mais energética, menos densa. Logo, Deus seria insuportavelmente quente, infinitamente energético, enquanto que o inferno seria muito mais frio, porém mais quente que o nosso universo, por ser menos denso e mais energético.

Mas... geralmente nos relatos de mônadas, elas dizem que não há temperatura nos universos sutis, e que se sentem então é só uma lembrança de quando ainda estavam presas ao corpo físico. Logo, esse meu conceito de temperatura nos universos sutis é só uma metáfora para me referir ao quanto tais universos são mais ou menos energéticos que o nosso. Se realmente há temperatura como no nosso, não posso afirmar. Pois não há como eu mostrar isso, só estou filosofando em cima dos relatos e do meu entendimento.

Portanto não estaria tão parado no tempo quanto muitos espíritas por aí... pois de vez em quando acompanho novas teorias sobre a realidade.


As minhas convicções e aceitações em relação à espiritualidade não é fé cega e nem tem causa emocional, fica mais como que uma curiosidade minha, um impulso que há em mim em tentar unir os dois lados, o espiritual com o material, mas de forma que ao menos haja uma coerência. Digo, que tudo o que disse aqui tem base tanto nos relatos de mônadas quanto com a própria ciência, de forma que consegui unir as duas... ou ao menos estou tentando.

De certa forma poderia até mesmo me ver como um Pietro Ubaldi da vida, só que desta vez que se atreveu a ver Deus de uma forma diferente, mais naturalista do que tipicamente religiosa. Ao menos é assim que vejo e pretendo continuar vendo. O meu deus não é um Jeová da vida, mas um processo inconsciente, natural.

Diria que a visão naturalista é quando se explica a espiritualidade de uma forma mais natural, baseada nas leis materiais e então com isso criar um modelo que permita alguma ligação da realidade dita espiritual com a nossa, material. Já a forma religiosa teria como base uma explicação, digamos, mais como com base na bíblia ou coisa assim. A minha forma de explicar, ao menos, poderia ter uma coerência científica em cima desta minha convicção, ao invés de se usar uma explicação mais mística. Pois eu me baseio na ciência. Porém também me baseio no Espiritismo, justamente por ser a filosofia espiritualista que mais me parece coerente. Simples assim. Melhor que o Catolicismo...

De fato, a bíblia não me permitiu fazer ligação alguma da realidade material com a espiritual, só me fez ter fantasias em mente, ao tentar criar este modelo que estou desenvolvendo agora. Ao menos, através do Espiritismo, tive um sucesso muito maior. E ainda através da minha intuição, da minha síntese entre o aspecto material e espiritual que me ajudou nisso, fora diversas inspirações que tive ao longo da vida e que me ajudaram nisso, em todo este processo que pode dar origem a uma nova filosofia.

Mas não é por eu ser espírita que irei dar muita importância ao aspecto religioso. Pois sou mesmo mais voltado ao filosófico, medianímico.

Se eu fosse Kardec, teria explicado desta forma.


Quanto ao cérebro, diria que a mônada, uma vez ligada (viva) num corpo, a mente dela fica dependente do cérebro. Ou seja, a mônada é totalmente influenciada pelo corpo do qual está ligada. E as experiências que estão registradas no cérebro físico passariam, lentamente, à sede da mônada, à mente dela, por processos energéticos que ligam a mônada com os processos biológicos energéticos. Se, por exemplo, uma função do cérebro estiver danificada, isso pode até mesmo ter algum efeito na mônada, mas não tirar dela, por exemplo, sua capacidade de ver. É só o corpo que não vê, mas a mônada, desligada do corpo, veria.

Se a mônada, após sua desencarnação não vê, por exemplo, então é porque o "corpo" dela, sua matriz está sofrendo o efeito que vivenciou no corpo físico, além disso depender também do estado mental da mônada e de seu grau evolutivo. Quanto mais energética é a mônada, maior seu grau evolutivo, logo também sofrerá menos por conta das impressões do corpo do qual vivenciou. E isso tem base em relatos espíritas.


Posso ter meu ceticismo, mas não é por ter ceticismos que irei me tornar ateu. Pra ser ateu, isso vai depender tanto acho que da personalidade quanto de vários outros fatores como experiência de vida e entendimento em relação ao que está além de nossa matéria. Mas a minha intuição é mais forte, pois me baseio nela também, de forma que consigo encaixar tudo numa coisa só... tipicamente como Pietro Ubaldi... só que de uma forma talvez um pouco mais radical, atrevida mesmo.

A minha intuição, ao menos voltada a tais convicções minhas, não tem base emocional, mas sim em forma de investigação, curiosidade, desconfiança. Pois são estes três aspectos que tornariam a minha intuição de certa forma mais racional que emocional.

Valorizo a razão acima da emoção. E isso é uma parte importante das minhas convicções.


Antes de terminar, gostaria de dizer a todos que sou tão cético com relação aos políticos quanto à existência de Papai Noel ou fadas. Digo, que não tenho fé alguma em político. Pois mesmo que seja honesto, uma vez no poder, é pressionado a fazer parte de todo um jogo de interesses comuns entre a elite, de forma que se torna inútil votar. Pois tudo seria farinha do mesmo saco, no fim das contas.

Tem alguns poucos que valem mais a pena... mas mesmo assim, ainda pretendo me rebelar contra o voto obrigatório votando nulo, assim como para me rebelar contra todo o pleito eleitoral. Sim, também tenho meu lado rebelde.

E é essa rebeldia que me fez passar a ver a Fonte não mais como um indivíduo tirano consciente e emotivo, mas somente como um processo natural e inconsciente. Em tentar explicar a espiritualidade por um ponto de vista mais material do que tipicamente místico por meio de comparações entre descrições espirituais e fenômenos materiais.


Depois pretendo postar aqui a minha forma de explicar a própria Fonte Primordial pela teoria do caos. E talvez ainda mais tarde falar sobre minhas experiências com relação às premonições que tive ao longo da vida e que de fato se concretizaram. Digo, que com base em tais experiências, e ainda pelo que li no meio espírita, acabei também criando uma convicção em cima disso... Que cada indivíduo estaria preso como que dentro de um filme, filme esse já pronto, planejado, mas que com o passar da passagem deste filme ele vai sofrendo certas mudanças. Não o tipo de situação em que o indivíduo irá vivenciar, pois são inevitáveis, já planejadas durante a montagem do filme. Mas sim a gravidade das situações das quais o indivíduo irá vivenciar, dependendo de suas atitudes no presente. Tipos de premonições...

Também depois pretendo falar a minha forma de ver o ateísmo e dogmatismo, a forma como encaro ambos. Como encaro capitalismo, comunismo... entre diversos outros assuntos que tenho em mente. O meu ceticismo em relação ao comunismo...

E talvez até mesmo sobre o paradigma a respeito de loucura e entre outros paradigmas que acho que devem ser mudados.

Mas basicamente o meu ceticismo está mais ligado à certas discordâncias em relação às religiões em geral. Se eu tivesse mente mais fechada, teria acabado eliminando a realidade espiritual de minhas convicções... mas isso não ocorreu e continuará assim. Portanto acho que postei no fórum certo, já que vou falar mais sobre espiritualidade neste tópico.


Tenho certeza de que, de início, posso estar parecendo um louco postando um monte de bobagens, mas por enquanto é assim que vejo as coisas. Pode parecer até mesmo viagem ou grego pra muitos, mas isso que disse até agora é só uma pequena parte do que refleti por muito tempo. É melhor ao menos tentar explicar algo que ligue os dois lados do que simplesmente explicar os dois lados separadamente. Ou melhor do que descartar um lado justamente por não saber fazer tal ligação...

Esta minha filosofia teria como um ideal tentar fazer com que não haja mais diferença entre aceitar ou não a existência de um deus. Em tornar isso algo natural, ao invés de religioso. Que a Fonte nada mais seria um processo natural que deu origem a tudo o que conhecemos, sem que seja um indivíduo que por uma vontade fez surgir o universo... ou outros.

Pois eu simplesmente não aceito que os universos ou mônadas existam por conta de uma vontade divina. Tem que haver um processo natural, se isso tudo for mesmo verdade! A espiritualidade toda tem que ser um processo que se possa explicar de uma forma mais natural, mecânica.

Tornar a espiritualidade algo diferente de religião. Algo que possa, por meio de uma filosofia, ser parte da natureza ao invés de mito religioso.

Aguardo comentários e discussões!  :wink:

Obs: Me desculpem por postar muita coisa... mas é que realmente tenho muita coisa a falar!  :vergonha:
« Última modificação: 26 de Abril de 2010, 21:43:42 por Enio »

Offline Geotecton

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Re: Sobre mim, minha filosofia, ideologia e ceticismos
« Resposta #1 Online: 26 de Abril de 2010, 21:45:51 »
Vou levar uma vida e mais uma "reencarnação" para ler tudo isto. Mas eu chegarei lá. :biglol:
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Offline Moro

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Re: Sobre mim, minha filosofia, ideologia e ceticismos
« Resposta #2 Online: 26 de Abril de 2010, 21:50:29 »
pelo que entendi, é um ateu cético agnóstico meio espírita que acredita em deus mas chama-o de fonte primordial.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline Geotecton

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Re: Sobre mim, minha filosofia, ideologia e ceticismos
« Resposta #3 Online: 26 de Abril de 2010, 21:57:21 »
Caro Enio

Estamos diante de uma mistura conceitual excepcional pois se entendi direito você é ex-católico; ex-agnóstico; hoje espírita, deísta e teosófico, e que ainda se autointitula de cético, racionalista, filosófico e científico.

Alguns destes conceitos não somente divergem como também se excluem mutuamente, como por exemplo ciência e espiritismo.

Antevejo conflitos internos, caso você abraçe plenamente uma visão de mundo, como por exemplo, a cosmovisão da ciência.
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Offline Gaúcho

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Re: Sobre mim, minha filosofia, ideologia e ceticismos
« Resposta #4 Online: 26 de Abril de 2010, 22:16:16 »
pelo que entendi, é um ateu cético agnóstico meio espírita que acredita em deus mas chama-o de fonte primordial.

 :stunned:
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Offline FZapp

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Re: Sobre mim, minha filosofia, ideologia e ceticismos
« Resposta #5 Online: 26 de Abril de 2010, 22:30:13 »
Enio , as principais perguntas que lhe faço seriam :

- por que teriamos que ser seres espirituais ? E como isso se associaria com o corpo físico ?
- se você tem uma idéia tão clara quanto a física, não acha que não faz sentido todo esse propósito biológico para sustentar um fantasma na máquina ? Não parece um subterfúgio para manter uma crença numa pré-pré-pré-criação ?
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Offline Enio

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Re: Sobre mim, minha filosofia, ideologia e ceticismos
« Resposta #6 Online: 27 de Abril de 2010, 12:22:33 »
É assim, sou ex-católico, ex-agnóstico, deísta, espírita, de certa forma filosófico ou teosófico também. Só que o que eu preciso deixar claro é que esta minha filosofia é uma tentativa minha de conseguir fazer algum encaixe das leis da matéria com uma realidade que as pessoas chamam de espiritual. Digo, de tratar a espiritualidade não como um artifício religioso, mas sim como algo que possa fazer parte de natureza, de alguma forma... Algo que possa ser explicado por uma teoria mais mecanicista. Ainda não haveria cálculos matemáticos, mas ao menos teria como base as leis materiais.

Não poderia ser ateu, já que considero a existência de uma realidade considerada por muitos como espiritual.

É assim, já fui totalmente espírita, mas depois deixei o comportamento religioso de lado e passei a ver a espiritualidade de uma forma que chamo de mais natural, sem aquele misticismo e religiosidade toda. O que tenho em mente é mais toda uma mudança de paradigma, de se ver a espiritualidade com um ponto de vista algo mais material, mecânico. Uma tentativa minha.

E como de fato sou cético com certas coisas em relação ao Espiritismo e outras religiões em geral, acabei mais como um divergente, mas sem perder a aceitação de uma realidade que vá além do que chamamos de corpo físico. Pois eu não vejo a mônada como uma coisa mágica, mas considero como uma matéria que não percebemos, assim como a de um universo paralelo.

De uma forma que, como já disse, tentaria fazer uma ligação da nossa realidade material com e considerada espiritual, que pra mim é também material. Só nos é espiritual porque não a captamos. A matéria, o átomo, não absorve esta matéria, logo não a sentimos, com excessão daqueles que conseguem captá-la. Digo, médiums mesmo. Bem... há também a transcomunicação. Bem, ao menos eu considero tais possibilidades, ao invés de refutar por ainda não compreender totalmente a mônada.

É como que se o médium pudesse captar informações de mundos paralelos ao nosso, é isso. É essa a noção que tenho em mente.

Não vejo mediunidade como farsa ou esquizofrenia. Isso aí, pra mim, é de certa forma uma generalização que as pessoas fazem em torno disso. De fato eu aceito a existência da mônada e de uma causa primária por intuição, intuição essa que não é desejo de forma alguma, mas uma desconfiança minha, ainda mais baseada justamente em diversos casos de mediunidade. Fica mais como que uma noção que sempre tive por toda a minha vida, e não auto-sugestão. O mesmo com relação a certas premonições que tive, das quais falarei depois.

Pra mim sair refutando tudo por falta de compreensão é apenas uma tentativa de se querer manter uma linha de pensamento. Com relação à espiritualidade, uma linha ateísta mesmo para se combater o dogma religioso... ou só por implicância mesmo. O problema é que muitas pessoas vêem a mônada como uma fantasia (justamente por não ver isso) mais por conta dos dogmas religiosos. E então, por causa das religiões, certas pessoas deixaram de aceitar a mônada. Por causa da forma como as religiões explicam isso.

O que eu quero seria mostrar uma nova forma de se ver a realidade espiritual, não como um subterfúgio religioso, de uma crença, mas sim em algo baseado nos vários casos de manifestações espirituais, dos quais me baseio. Não acho que todos sejam farsa ou produto de uma doença mental. E então, em cima dos relatos de mônadas e das manifestações, tentar explicar tudo isso usando como base as leis materiais, ao invés de sair repetindo como um papagaio exatamente tudo o que Kardec ou as religiões dizem.

Usar a minha própria forma de explicar a mônada.


De fato já tive mesmo conflitos entre ciência e espiritualidade. E então resolvi o problema conseguindo unir as duas, sem ter que deletar uma delas. Ou seja, fiquei com as duas. E tenho certeza que fui inteligente nisso. É fácil refutar a mônada por não conseguirmos encaixá-la nas equações físicas. O desafio é conseguir unir as duas partes, e esse é o meu desafio particular, pra sair do conflito sem ter que destruir uma parte por falta de compreensão. É tambem uma forma que encontrei em desenvolver meu raciocínio.

Acho que esqueci de dizer que, de acordo com relatos de certas mônadas, o plano onde vivem é matéria, e isso me chamou atenção. Essa matéria, dizem, ela pode imitar a nossa. Se pode imitar, poderia dizer que então seria algo semelhante, mas não a ponto de podermos vê-la. É como que se estivesse noutra dimensão, assim como um universo paralelo, de acordo com certos físicos.

O que quero dizer é que considero os universos sutis como parte da malha de universos paralelos, que pra nós, talvez, estejam todos no mesmo lugar, mas de uma forma que não se chocariam, daí o conceito de faixa vibratória. Cada universo vibraria de forma diferente, de forma que um seria invisível ao outro, de acordo com um documentário. Bem, as mônadas (melhor dizendo, desencarnados) dizem algo semelhante. Digo, que o universo onde estão, de acordo com eles, seriam de uma espécie de matéria mais sutil, mas ainda assim matéria, só que ela em si tendo propriedades diferentes.

É complicado explicar como seria essa matéria, como já disse, mas é mais ou menos essa noção que tenho em mente, por enquanto. Digo, que eu encontrei uma relação entre o que diz a teoria de universos paralelos com relatos de mônadas. E isso pra mim faz sentido. Digo, que pra mim a espiritualidade, ao menos na minha visão, tem alguma ligação com nosso universo. Ou melhor dizendo, que de alguma forma universos paralelos se interligam, de acordo com alguns físicos por meio de equações matemáticas...

Poderia até mesmo dizer que a ciência tem suas crenças. No caso dos universos paralelos, é uma crença baseada em equações matemáticas. Mas quem pode me garantir que tais universos existam? Seriam produto de uma fantasia matemática? Ou seja, até mesmo a matemática, às vezes, pode ser duvidosa. Pode nos levar à dúvida, portanto não é capaz de esclarecer tudo pra nós.

E também com relação a outras teorias como a das cordas. Enfim, ciência não é só razão e matemática, mas também intuição e criatividade. De fato, a criatividade está começando a ser vista como algo importante na ciência. Ou seja, neste caso, se a ciência tem teorias que são mudadas, então seriam também fantasiosas, de certa forma.

O mesmo caso com minha filosofia. Com o tempo as minhas convicções acabam mudando, e então essa ligação entre a espiritualidade e matéria, que pra mim ambas são a mesma coisa, fica cada vez mais forte, à medida que meu raciocínio vai ficando mais elaborado.

Até mesmo a psiquiatria com seu conceito de esquizofrenia. Os conceitos mudam com o tempo, e pode ser que um dia haja uma mudança nisso. Bem, a psiquiatria já está começando a considerar a mediunidade. Não ela toda que aceita, mas há certos psiquiatras que já estão começando a aceitar a existência de mediunidade genuína. E agora há uma doença que é causada por descontrole desta mediunidade, ao invés de ser esquizofrenia. É parecida, mas não é a mesma coisa. Aliás, acho que o psiquiatra é de certa forma arrogante por chamar certos indivíduos de loucos, tais como Chico Xavier. Eu não fico adorando ele, mas acho que ele apenas foi importante para a divulgação do Espiritismo. Não o vejo como um santo, como fazem muitos espíritas brasileiros. Apenas como alguém que tinha uma forte mediunidade e que teve importância mundial.

Talvez do seu ponto de vista considere como espiritual, talvez por conta de conceitos tradicionais. Mas onde as pessoas vêem espiritual, eu já vejo como matéria. Digo, que a mônada, que nos parece espiritual, nada mais é do que uma matéria diferente da nossa, de composição diferente, mas que, por algum motivo, poderia imitar a nossa. Talvez com relação a reações químicas, talvez? Mas trata-se de uma matéria da qual ainda não podemos detectar ou mensurar, infelizmente. Então, acaba ficando mesmo só na especulação. É que nem discutir vida em outros mundos. A gente tem certeza de que existe, pela imensidão do universo, mas nós não tivemos contato ainda. A mesma coisa seria com relação à essa matéria mais sutil. Há certas pessoas que carregam consigo esta certeza, apenas isso ainda não pode ser mensurado.

Ser cético, racionalista e filósofo pra mim não é ser ateu necessariamente. Na verdade eu não sou cético em tudo, mas em certas coisas. Sou muito seletivo. Porém devo dizer uma coisa. Sou ateu com relação a um deus humanizado que pensa, sente e condena. Mas não sou em relação a uma causa primária natural inconsciente ou em relação ao que você vê como espíritos. Portanto não sou do tipo que deve ser generalizado. Tenho minhas particularidades. Sou cético com relação a algumas coisas, outras nem tanto.

Por exemplo, sou cético com relação à presença de ET's aqui na Terra, mas não com relação há existência de vida extraterrestre.

O mesmo fica com a espiritualidade. Sou cético quanto ao deus das religiões, que pra mim é inaceitável, mas não com a existência de uma causa primária como sendo um processo natural. E nem mesmo com relação à mônada, só por causa das religiões.

Pra mim, o termo científico no Espiritismo deveria ser mudado para, como disse, medianímico, que é o estudo da mediunidade e animismo. E tenho isso em mente, já que são só estudos, e não experiências em laboratório.

Eu apenas consideraria, na minha filosofia ou convicção, uma parte científica, já que uso as forças da matéria para tentar explicar a mônada, e a Fonte, e não como sendo um conto de fadas. Que pra mim ambas são materiais, mas não iguais à nossa matéria.


Quanto à questão de porque temos que ser espirituais, diria que é porque apenas considero a chance de haver uma realidade que foge aos nossos sentidos ou instrumentos que só captam a nossa matéria. E isso por conta de eu ter uma mente mais aberta com relação à mônada, e depois que fiquei sabendo sobre os tais universos invisíveis a nós...

Poderia dizer que é por causa desta teoria do multiverso que me permitiu fazer toda essa ligação, este raciocínio meu. Foi o ponto de partida.

Há um caso em transcomunicação em que uma mônada diz ao transcomunicador: "aceite ou não, existe reencarnação e universos paralelos". E como há físicos defendendo esta teoria do multiverso... Pois há certas coisas na ciência que acabam se correlacionando com os relatos. E essa correlação é uma parte vital na minha filosofia.

Isso quer dizer então que eu tenho motivos para aceitar a espiritualidade. Mas não necessariamente da forma como as religiões pregam. Digo, que sou cético quanto a acreditar nos deuses religiosos mas não numa causa natural.


Depois irei por mais coisas sobre minha convicção.
« Última modificação: 27 de Abril de 2010, 12:30:12 por Enio »

Offline Mr. Mustard

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Re: Sobre mim, minha filosofia, ideologia e ceticismos
« Resposta #7 Online: 27 de Abril de 2010, 13:13:54 »
Muita coisa...

Offline Bolsonaro neles

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Re: Sobre mim, minha filosofia, ideologia e ceticismos
« Resposta #8 Online: 27 de Abril de 2010, 13:32:30 »
Ênio, vc escreve bem. Aliás, muito bem. Comecei a ler, mas depois cansei por ser um texto muito grande. Não dá.

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Re: Sobre mim, minha filosofia, ideologia e ceticismos
« Resposta #9 Online: 27 de Abril de 2010, 13:33:54 »
Ênio, vc escreve bem. Aliás, muito bem. Comecei a ler, mas depois cansei por ser um texto muito grande. Não dá.

Então ele não escreve muito bem... :hihi:

Offline Bolsonaro neles

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Re: Sobre mim, minha filosofia, ideologia e ceticismos
« Resposta #10 Online: 27 de Abril de 2010, 13:39:26 »
Qualitativamente sim, quantitativamente não. É prolixo.

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Re: Sobre mim, minha filosofia, ideologia e ceticismos
« Resposta #11 Online: 27 de Abril de 2010, 13:44:03 »
Qualitativamente sim, quantitativamente não. É prolixo.

Continua não escrevendo muito bem...  :P

Offline Enio

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Re: Sobre mim, minha filosofia, ideologia e ceticismos
« Resposta #12 Online: 27 de Abril de 2010, 14:29:45 »
Olha gente, eu sou assim mesmo... tenho essa mania de escrever muito. Sinto muito, mas é porque realmente há muita coisa em mim que preciso por pra fora. Tenho muito conteúdo em mente. E então resolvi criar um tópico que fale justamente isso que tenho em mente. Mas pretendo não falar muito nos outros tópicos. Não precisam ler tudo de uma só vez. Se for cansativo, leiam em partes.

Pelo que escrevo, poderia até mesmo ser capaz de criar um livro...  :hihi:

Digo, talvez eu possa ser um bom escritor. Pelo que entendo, um bom escritor ele pode ser bom por escrever muito, mas isso também vai depender do conteúdo do livro. Se o conteúdo for bem interessante e se tiver muita coisa escrita, acho que vale a pena. Seria mais ou menos como escrever um livro de Harry Potter ou algo assim... desde que seja um tipo de conteúdo que te impulsione a ler ele todo... te faça querer lê-lo até o fim.  8-)

Também há outra coisa que gostaria de deixar claro... não pretendo forçar ninguém aqui e em nenhum lugar a ver as coisas da forma como vejo. Só estou defendendo tanto meu ceticismo em relação a certos assuntos quanto a minha filosofia. E acho este fórum um bom lugar pra se discutir isso. Digo, que é uma oportunidade minha para aprender melhor a defender meus conceitos, pela discussão. De forma civilizada. E quem sabe até mesmo para eu poder raciocinar melhor em cima dos meus conceitos, com base nos argumentos de outros foristas?

Digo, que não estou falando em impor verdades, mas sim em falar sobre possibilidades.

Offline Enio

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Re: Sobre mim, minha filosofia, ideologia e ceticismos
« Resposta #13 Online: 27 de Abril de 2010, 14:34:51 »
Se eu escrevo demais, então ainda devo melhorar isso. Devo aprender a resumir melhor minhas idéias. Porém acho que ainda é melhor escrever muito e com boa qualidade do que escrever muito com péssima qualidade, não é?

Offline Enio

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Re: Sobre mim, minha filosofia, ideologia e ceticismos
« Resposta #14 Online: 27 de Abril de 2010, 14:40:37 »
Mais uma coisa que acabei de me lembrar... eu me vejo meio que num estado de equilíbrio entre ser ateu e espiritualizado. Ateu por discordar da existência de um deus pregado pelas religiões, de um deus humanizado. E espiritualizado por aceitar a existência de uma causa primária e da mônada, mas que teria como causa uma causa natural, e não uma vontade divina.

Offline Mr. Mustard

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Re: Sobre mim, minha filosofia, ideologia e ceticismos
« Resposta #15 Online: 27 de Abril de 2010, 14:43:00 »
Depois de ler 29.146 (*) caracteres (até este último post do Enio), eu só tenho a dizer: Tudo bem Enio, vai dar tudo certo. :ok:

(*) Sim, é verdade, copiei e colei no word e deu este número (sem considerar os espaços), podem ver.

Offline Mr. Mustard

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Re: Sobre mim, minha filosofia, ideologia e ceticismos
« Resposta #16 Online: 27 de Abril de 2010, 14:45:44 »
Enio,

[Mode Wikipédia ON]
Você sabia que copiando e colando os posts sem formatação do Enio no WinWord deram 11 páginas até o momento?
[Mode Wikipédia OFF]

Camarada, na boa, dá uma manerada beleza? :ok:

Offline Enio

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Re: Sobre mim, minha filosofia, ideologia e ceticismos
« Resposta #17 Online: 27 de Abril de 2010, 15:29:08 »
Vou fazer o possível para tentar resumir minhas convicções!  :wink:

Offline Pandora

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Re: Sobre mim, minha filosofia, ideologia e ceticismos
« Resposta #18 Online: 27 de Abril de 2010, 18:14:43 »
Cara, seja mais sucinto! Comecei a ler seu texto, gostei e até reconheci vários de meus antigos pensamentos antes de me tornar atéia! Mas na boa não tenho tempo de ler tudo isso!

Offline FZapp

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Re: Sobre mim, minha filosofia, ideologia e ceticismos
« Resposta #19 Online: 27 de Abril de 2010, 18:37:24 »
Cara, seja mais sucinto! Comecei a ler seu texto, gostei e até reconheci vários de meus antigos pensamentos antes de me tornar atéia! Mas na boa não tenho tempo de ler tudo isso!

Mmm... mas de quem é o problema ?
--
Si hemos de salvar o no,
de esto naides nos responde;
derecho ande el sol se esconde
tierra adentro hay que tirar;
algun día hemos de llegar...
despues sabremos a dónde.

"Why do you necessarily have to be wrong just because a few million people think you are?" Frank Zappa

Offline _tiago

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Re: Sobre mim, minha filosofia, ideologia e ceticismos
« Resposta #20 Online: 27 de Abril de 2010, 19:24:24 »
Que grosseria Zapp!  :o :lol:

Offline Enio

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Re: Sobre mim, minha filosofia, ideologia e ceticismos
« Resposta #21 Online: 27 de Abril de 2010, 20:47:22 »
Como já disse, não precisa ler tudo de uma só vez. Deixa outra parte para ler depois. Normalmente meus posts costumam ser maiores quando ponho parte de minhas convicções. Mas da próxima tentarei ser mais direto. É que eu costumo explicar por detalhes, e então acaba mesmo ficando grande.

Mas... vamos procurar não falar sobre o tamanho do texto (eu mesmo vou cuidar disso). Aliás, não foi pra isso que vim aqui.

Vou fazer o seguinte. Se por acaso ficar grande, então divido o texto em dois posts... assim talvez não fique tão cansativo, se por acaso tiver muita coisa a dizer mesmo. Mas vou procurar ser mais direto.

Eu acho que para um cético se tornar ateu de verdade, acho que isso depende de cada um. Vai depender das convicções de cada um, experiência de vida, dentre outros fatores.

Offline _tiago

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Re: Sobre mim, minha filosofia, ideologia e ceticismos
« Resposta #22 Online: 27 de Abril de 2010, 20:58:56 »
Escreva o quanto quiser e leia quem quer, oras!

Offline Enio

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Re: Sobre mim, minha filosofia, ideologia e ceticismos
« Resposta #23 Online: 27 de Abril de 2010, 22:16:54 »
Ah, mais uma coisa antes de eu falar mais sobre uma outra convicção minha... não sou a favor do ateísmo, mas também sou contra o dogmatismo religioso que embota nossas mentes. Se se trata de pensar em cima da espiritualidade, deve-se indagar, intuir, raciocinar... e não aceitar cegamente os dogmas de religião. Pois aceitar cegamente dogmas é lavagem cerebral. E pra mim não deve se aceitar passivamente dogmas no espiritualismo em geral.

O futuro está aberto à ciência e espiritualidade. Religião e política é coisa do passado.

Offline Enio

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Re: Sobre mim, minha filosofia, ideologia e ceticismos
« Resposta #24 Online: 28 de Abril de 2010, 00:41:52 »
O Cristianismo em geral diz: Somos filhos de Deus. Somos criados por Sua vontade. Deus criou os céus, a terra e o homem.

Mas eu digo: Somos meros produtos de um processo natural inconsciente fora do nosso espaço-tempo e que se mantém estável por causa desconhecida. Somos meros produtos de um processo interno de uma causa primária, e não por uma vontade divina ou capricho. Os céus, a terra e o homem são só uma consequência derivada de uma matéria ainda mais simples, sendo que esta surgiu por uma causa natural. Causa natural essa que, provavelmente, também produziu o que entendemos como espíritos ou planos espirituais como parte de toda uma natureza unificada. Porém tudo por uma causa natural, e não por uma vontade primordial.

Não somos especiais, apenas meros restos de uma causa primária... inclusive Yeshua! Exatamente assim como somos pó de estrelas!
« Última modificação: 28 de Abril de 2010, 06:41:50 por Enio »

 

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