Bom, em relação ao que fiquei devendo ao
Geo a frase foi "revela mais um hábito de quem critica o nosso volume de impostos que é nivelar por alto: digo, cita-se todos os impostos da planilha tributaria mas são muito poucos mesmo dentre os legalizados e honestos que são obrigados a pagar todos os impostos da planilha tributária.".
Eu não disse que para ser honesto tem que pagar todos os impostos, disse exatamente o mesmo que você disse: nem os mais honestos pagam todos os impostos porque a quase nenhuma empresa é aplicado todo tipo de imposto sobre toda a forma de negociação. Mas quando se critica o volume da carga tributária geralmente esta diferenciação que você fez não é levada em conta, basta ler por exemplo o post do Spitfire (que eu nem queria comentar). Quanto ao segundo ponto, concordo, é absurdo. E quanto ao primeiro na verdade é o mesmo do terceiro: é um dos casos especiais, um dos casos especiais que não são levados em conta quando se diz por exemplo que para os pequenos empresários é difícil conviver com impostos da ordem de 40% (quando a gente sabe qua não são nem perto desta ordem os impostos sobre pequenas empresas).
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Agnóstico, não entendi "o Donatello deve estar revoltado"
. E quando chegar de viagem você terá mais tempo de formular sua mensagem, parece que foi de celular.
Só uma ressalva: há duas discussões aqui: uma sobre o impacto do nosso volume de impostos nos nossos preços, sobre a tendência de se creditar prioritariamente (exclusivamente, na maior parte do tempo) ao nosso volume de tributos a culpa pelos nosso custo de vida absurdo em relação a outras economias sobretudo no que diz respeito a itens industrializados (mas não só a eles).
Outra é sobre a necessidade/justificativa para se cobrar impostos tão altos em relação a outras economias e sobre se no Brasil eles são tão mal aplicados ou se a coisa não é tão feia assim.
Fiz questão de separar estas discussões usando ==//. Um debate não interfere no outro: o fato dos impostos serem mal administrados pelo Estado (ou não serem) não interfere no fato de os impostos serem supervalorizados na composição dos preços (ou não serem).
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Dodo e Buckaroo, sim: as duas vertentes podem conviver (e eu acho que convivem) mas o problema é a supervalorização de uma em relação a outra (como o Fabrício, menos prolixo que eu, resumiu). Você tem posts inteiros (eu linkei um) de foristas revoltados com a carga tributária altíssima que faz com que iMacs e iPods e PS3s custem 3 ou 4 ou 5 vezes mais do que aqui.
E você pode percerber numa breve pesquisada pelos tópicos que discutem o assunto por aqui ou nos box de comentários do noticiário de grandes mídias pra perceber que perguntas como "e a baixa remuneração? não puxa a corda pro outro lado?"; "e a facilidade de sonegar? não deveria puxar a corda um pouquinho para o outro lado?" "e os outros países? também não têm impostos sobre consumo (ainda que menores, em alguns casos)?"; "e nos que tem impostos ainda maiores? por que os produtos são mesmo assim ainda em geral muito mais baratos?" "será que o mero fato de determinados itens ainda serem de luxo por aqui enquanto já popularizados em outros mercados não explica em maior parcela a causa de se pedir fortunas por eles?"
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É André, desta eu não sabia. Dei uma lida e parece que é isso mesmo, desde 06/09 que os PS3 vendidos no Brasil são fabricados aqui mesmo, portanto não incidem impostos sobre importação. E mesmo assim ainda custam 2 vezes mais que na Noruega e 3 vezes mais que nos EUA. Haja imposto e haja remuneração para justificar esta pequena diferença.