Autor Tópico: Compro por 15% a mais que o vizinho e vendo por 800% a mais que ele. Lucro bem?  (Lida 13863 vezes)

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Offline jeugenio

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Re: Compro por 15% a mais que o vizinho e vendo por 800% a mais que ele. Lucro bem?
« Resposta #75 Online: 22 de Novembro de 2010, 11:14:34 »

Que se f&$am os bostas dos empresários  :diabo:

Somente são bons em produzir tecnologia e extorquir a sociedade com a ajuda do melhor parceiro, o estado. O indivíduo é quem perece nessa exaltação a economia e a política.

Se fosse lucro por lucro, então o narcotráfico e o tráfico de armas, duas grandes áreas da economia internacional, seriam os melhores modelos gerenciais. Usam meios mais eficientes de obter a colaboração do estado (corrupção) e ainda desprezam a vida dos indivíduos, estando o lucro acima de tudo.


E os deuses empresários ainda são considerados seres muito bonzinhos em oferecer empregos a cambada de incompetentes e ignorantes da população  ::)

Sério mesmo que você acha isso, Adriano? Quer dizer então que para você empresário é aquele típico estereótipo do gordo de charuto na boca, explorando os trabalhadores na fábrica?

Você sabia que o Manuel, dono da padaria da esquina, também é empresário? Que o seu Francisco, dono do mercadinho do bairro também é empresário? E a dona Neuza, dona do salão de beleza? Também é empresária. Tipos assim, aliás, tem aos milhares no Brasil.

Todos eles tem mais é que se f#der? São todos exploradores do pobres, das classes operárias? O que você está me dizendo é que são todos sonegadores de impostos safados, corruptores de honestos fiscais?

Em que mundo você vive?

Offline Pregador

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Re: Compro por 15% a mais que o vizinho e vendo por 800% a mais que ele. Lucro bem?
« Resposta #76 Online: 22 de Novembro de 2010, 11:29:47 »
Como não pode meter o pau? A vontade, pelos motivos razoáveis não tem problema algum.

Se um país fosse um sistema fechado concordaria contigo, mas empresas nacionais podem perder competitividade devido ao custo brasil.

Sou a favor de um estado atuante, mas o estado brasileiro atrapalha muito mais que ajuda.
Essa é a versão dominante daqui. Por isso que encontro neste espaço os maiores especialista de política que conheço  :lol:

Mas para mim político bom é político real. Ficar fantasiando como um país ideal deve ser e sequer dar voz a opiniões contrárias é, de longe, uma postura relacional muito mais corrupta, para usar um termo propriamente político.

Ninguém afirmou que as empresas são imunes às críticas e muito menos que elas são "perfeitas".

Mas não há como negar que são elas que geram a maior parte da riqueza de um país moderno, embora alguns pensem que o responsável por isto seja o "sacrossanto" Estado. Ledo engano.

Então é uma medida prudente ouvir o que os empresários tem para dizer.
Que se f&$am os bostas dos empresários  :diabo:

Somente são bons em produzir tecnologia e extorquir a sociedade com a ajuda do melhor parceiro, o estado. O indivíduo é quem perece nessa exaltação a economia e a política.

Se fosse lucro por lucro, então o narcotráfico e o tráfico de armas, duas grandes áreas da economia internacional, seriam os melhores modelos gerenciais. Usam meios mais eficientes de obter a colaboração do estado (corrupção) e ainda desprezam a vida dos indivíduos, estando o lucro acima de tudo.


E os deuses empresários ainda são considerados seres muito bonzinhos em oferecer empregos a cambada de incompetentes e ignorantes da população  ::)

Não tinha reparado na sua postagem, já que nunca leio o que você escreve. Não se esqueça que eu sou empresário e como outros aqui também, pois já se declaramos assim neste tópico.

Não vou chamá-lo de bosta para não descer no seu nível, mas seus argumentos dizem por si mesmo, em tudo quanto é assunto.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline SnowRaptor

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Re: Compro por 15% a mais que o vizinho e vendo por 800% a mais que ele. Lucro bem?
« Resposta #77 Online: 22 de Novembro de 2010, 11:42:58 »
Que se f&$am os bostas dos empresários  :diabo:

Adriano, sossega, cara.

Vou lhe dar um cartão por essa ofensa generalizada para você ter uma ideia do nível de coisa que está escrevendo e repensar sua atitude

E quem responder no mesmo nível toma outro.
Elton Carvalho

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Offline biscoito1r

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Re: Compro por 15% a mais que o vizinho e vendo por 800% a mais que ele. Lucro bem?
« Resposta #78 Online: 22 de Novembro de 2010, 11:46:38 »
e eu achando ruim o aumento do imposto de vendas de 5% para 6.25% :-/
Be ashamed to die until you have won some victory for humanity

Offline SnowRaptor

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Re: Compro por 15% a mais que o vizinho e vendo por 800% a mais que ele. Lucro bem?
« Resposta #79 Online: 22 de Novembro de 2010, 11:48:59 »
e eu achando ruim o aumento do imposto de vendas de 5% para 6.25% :-/

O sistema de imposto de vendas estadual/federal aplicado nos EUA e no Canada é muito interessante, pois a taxação é feita somente uma vez e só do consumidor final. Uma vez que todo cidadão é consumidor final as taxas ficam mais igualmente distribuídas.
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Re: Compro por 15% a mais que o vizinho e vendo por 800% a mais que ele. Lucro bem?
« Resposta #80 Online: 22 de Novembro de 2010, 13:45:50 »
e eu achando ruim o aumento do imposto de vendas de 5% para 6.25% :-/

O sistema de imposto de vendas estadual/federal aplicado nos EUA e no Canada é muito interessante, pois a taxação é feita somente uma vez e só do consumidor final. Uma vez que todo cidadão é consumidor final as taxas ficam mais igualmente distribuídas.

Tem um projeto para acabar com o ICMS e instalar o IVA, que seria federal. Mas mesmo assim ainda teria o sistema de crédito e débito da cadeia produtiva.
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Offline Adriano

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Re: Compro por 15% a mais que o vizinho e vendo por 800% a mais que ele. Lucro bem?
« Resposta #81 Online: 22 de Novembro de 2010, 19:57:28 »
Não tinha reparado na sua postagem, já que nunca leio o que você escreve. Não se esqueça que eu sou empresário e como outros aqui também, pois já se declaramos assim neste tópico.

Não vou chamá-lo de bosta para não descer no seu nível, mas seus argumentos dizem por si mesmo, em tudo quanto é assunto.
Me desculpe pela má impressão. Estava pensando nos grandes capitalistas e não nos microempresários.
Foi mais uma crítica com relação a essa generalização em dizer que tudo é ruim, principalmente na política que me parece ser o escopo do tópico. Se pode criticar a política então também "pode" criticar os empresários que são o motor do desenvolvimento econômico. Mas o meu ponto é que não desenvolvem a economia sozinhos, dependem da "empresa" estatal.
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Offline Moro

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Re: Compro por 15% a mais que o vizinho e vendo por 800% a mais que ele. Lucro bem?
« Resposta #82 Online: 23 de Novembro de 2010, 14:00:52 »
Nao dependem da estatal. Quem da dinheiro para as estatais são os contribuintes.

O governo tem seu papel mas certamente não é quem faz a economia girar.
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Offline Adriano

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Re: Compro por 15% a mais que o vizinho e vendo por 800% a mais que ele. Lucro bem?
« Resposta #83 Online: 23 de Novembro de 2010, 20:33:44 »
Basta ver que em questões de economia internacional os países desenvolvidos são os que melhores defendem as suas economias domésticas, muitas vezes injustamente, devido a sua força política extremamente atuante. Outro ponto importante, para a produção tecnológica, é a forte legislação que defende os direitos autorais. A China é um bom exemplo de estado, que na guerra econômica, tenta burlar na prática essa legislação.

E sem entrar na questão da economia criminosa, em que estão as maiores "empresas" multinacionais e que não respeitam sequer o estado. A estrutura globalizada destes mercados é muito eficiente e possivelmente uma das principais causas que influenciam a corrupção mundial, mesmo que algumas nações sejam mais afetadas que outras. Neste caso sim, sou obrigado a concordar, que a economia, tanto legal quanto ilegal, é muito mais forte que a política.

Mas eu não descarto considerar tais predadores econômicos como agentes políticos de grande impacto. Temos os graves problemas de segurança pública que ficam no topo da agenda política, sejam problemas inflacionados ou não.
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Offline Moro

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Re: Compro por 15% a mais que o vizinho e vendo por 800% a mais que ele. Lucro bem?
« Resposta #84 Online: 23 de Novembro de 2010, 22:20:03 »
Pqp... E da-lhe discutir sobre predadores corporativos.passo.
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Offline Adriano

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Re: Compro por 15% a mais que o vizinho e vendo por 800% a mais que ele. Lucro bem?
« Resposta #85 Online: 23 de Novembro de 2010, 23:51:25 »
É só trocar a metáfora evolutiva e usar a nomenclatura adequada que é crime organizado. É somente o estado que tem o monopólio da força e que pode defender a sociedade. Apesar de ser grande o investimento em segurança privada da sociedade. O problema é realmente grave e tem seu aspecto econômico fortemente atrelado ao consumo no mercado negro.
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Offline jeugenio

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Re: Compro por 15% a mais que o vizinho e vendo por 800% a mais que ele. Lucro bem?
« Resposta #86 Online: 24 de Novembro de 2010, 11:48:42 »
Xi, Adriano, você está seguindo uma teoria da conspiração. "O mundo é assim por causa dos grandes capitalistas, etc, etc." Pare de tentar achar um culpado para todos os problemas. Aceite que a vida é assim mesmo, caótica. Não há ninguém puxando as cordas da marionete. Parece aqueles papos sobre a maçonaria, os iluminati...

Offline Adriano

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Re: Compro por 15% a mais que o vizinho e vendo por 800% a mais que ele. Lucro bem?
« Resposta #87 Online: 24 de Novembro de 2010, 19:37:11 »
Claro que não. Eu acredito numa estabilidade política não somente nacional como mundial. A diferença é que considero esta situação como a mais importante do que a simples questão econômica. Aponto para o aspecto negativo do mercado negro para mostrar a importância do empreendedorismo estatal que evoluiu com a organização da espécie humana em sociedades e na sua defesa.

Teoria conspiracionista para mim é ficar simplesmente reclamando de que a carga tributária do estado é a causa de todos os males econômicos. Por isso a minha comparação com a economia do crime, que simplesmente não paga ao estado por suas atividades é um tanto forte. E por definição crime organizado é aquele que busca o poder e o lucro através da transgressão das leis. Realidade nua e crua.
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Offline Donatello

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Re: Compro por 15% a mais que o vizinho e vendo por 800% a mais que ele. Lucro bem?
« Resposta #88 Online: 24 de Novembro de 2010, 20:18:36 »
Quanto ao ponto inicial do tópico? Alguém ainda defende que as características tributárias e salariais brasileiras são os fatores excelentes para explicar as diferenças de preços entre os produtos mais variados no mercado nacional e no mercado externo?

Também: a hipótese pouco erudita de que um mercado consumidor menos forte, com uma massa muito grande de trabalhadores que não podem consumir muito além do básico (ou em grande parcela nem isto) é realmente tão estranha assim? Ou será que pode dar mais auxílio à tarefa de explicar o porquê de nosso PS3 custar o dobro do mesmo aparelho na Dinamarca (que tem impostos mais altos, seja qual for o tipo de taxação), de nossos pacotes de TV por assinatura custarem o dobro de pacotes similares ou mais completos na Argentina (que tem impostos similares e salários muito mais altos) e de nossos planos de telefone móvel serem os maiores de toda a América Latina do que menções a diferenças tributárias que não sobrevivem a uma rápida demonstração dos fatos?

E: em se tendo vencido (aparentemente) a etapa dos "nossos tributos são muito altos e nossos salários idem" e em se assumindo ou não que em um mercado mais amplo (digo, em que haja um maior percentual de indivíduos que tenham capacidade de comprar itens excedentes, supérfluos e luxuosos) se torne possível assumir margens menores de lucro e ainda assim obter um resultado líquido maior, quais outras explicações os empresários e executivos do CC poderiam usar como alternativa à que vinha sendo utilizada até agora?

« Última modificação: 24 de Novembro de 2010, 21:07:47 por Donatello van Dijck »

Offline Moro

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Re: Compro por 15% a mais que o vizinho e vendo por 800% a mais que ele. Lucro bem?
« Resposta #89 Online: 24 de Novembro de 2010, 22:37:44 »
To com um amigo aqui voltando a questão de escolas publicas nos EUA. Alem das escolas de primeiro e segundo grau publicas ainda existem os state colleges que são as faculdades publicas. Nao são tão boas mas são em grande número.

O medicare deles é melhor que o nosso sus.
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Offline Donatello

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Re: Compro por 15% a mais que o vizinho e vendo por 800% a mais que ele. Lucro bem?
« Resposta #90 Online: 24 de Novembro de 2010, 22:46:57 »
Pergunta para ele se nos State Colleges não se paga tuitiones?

« Última modificação: 24 de Novembro de 2010, 23:10:39 por Donatello van Dijck »

Offline Cumpadi

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Re: Compro por 15% a mais que o vizinho e vendo por 800% a mais que ele. Lucro bem?
« Resposta #91 Online: 24 de Novembro de 2010, 23:03:39 »
Quem acha que o Brasil tem universidades de boa qualidade só pode estar delirando. Deixo os números falar por qualquer argumento sobre isso... usp em ducentéssima e la vai pedra.
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline Donatello

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Re: Compro por 15% a mais que o vizinho e vendo por 800% a mais que ele. Lucro bem?
« Resposta #92 Online: 24 de Novembro de 2010, 23:31:11 »
Quem acha que o Brasil tem universidades de boa qualidade só pode estar delirando. Deixo os números falar por qualquer argumento sobre isso... usp em ducentéssima e la vai pedra.
What?

Bom, eu não disse em momento algum que alguma universidade brasileira seja comparável a Cambridge ou Ohio porque nós não somos nada perto de Reino Unido ou EUA em absolutamente nada. A USP é a melhor Universidade da América Latina seja qual for a avaliadora (entre públicas e privadas incluindo aí FGVs, PUCs ou UCCs) o que para a gente é sim grande coisa. Estar entre as duocentésimas universidades do mundo não seria ruim, mas a USP figura entre as 150 melhores (em qualquer lista, 100 melhores dependendo da instituição avaliadora).

Em relação ao Medicare, fui postar uma resposta rápida e ficou sem sentido então apaguei.

Pelo que lí na Wikipedia há um imposto específico que o contribuinte tem que pagar para participar do programa. O programa não oferece atendimento gratuito, oferece atendimento mais barato. Idem para os remédios. O seguro oferece internação por 20 dias para apenas para um seletíssimo grupo de contribuintes que inclui basicamente idosos com mais de 65 anos e portadores de doenças nefrológicas em estágio terminal (o preço destes 20 dias iniciais é uma taxa única de 1300 dolares, pelo resto do tempo o cidadão tem que pagar cerca de 130 dolares por dia e só pode ficar mais 130 dias (depois disso paga o valor de mercado). Um percentual do valor de consultas e exames é pago diretamente pelo contribuinte e outra é bancada pelo seguro.

Não é universal, não é gratuito (assemelha-se aos nossos planos de saúde com co-participação). Não traz nenhuma novidade à discussão. Como tudo nos Estados Unidos (o único país desenvolvido que realmente consegue aliar impostos menores que os nossos a serviços melhores) é melhor no que se propõe, mas se propõe a menos, muito menos.
« Última modificação: 25 de Novembro de 2010, 00:00:27 por Donatello van Dijck »

Offline Adriano

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Re: Compro por 15% a mais que o vizinho e vendo por 800% a mais que ele. Lucro bem?
« Resposta #93 Online: 24 de Novembro de 2010, 23:38:18 »
Gosto desta explicação de um possível equívoco para a análise da demanda por educação:
Citar
The dominant model of the demand for education is based on human capital theory. The central idea is that undertaking education is investment in the acquisition of skills and knowledge which will increase earnings, or provide longterm benefits such as an appreciation of literature (sometimes referred to as cultural capital).[1] Studies from 1958 attempted to calculate the returns from additional schooling. Later results attempted to allow for different returns across persons or by level of education.[2]

Statistics have shown that countries with high enrollment/graduation rates have grown faster than countries without. The United States has been the world leader in educational advances, beginning with the high school movement (1910–1950). When looking at correlations in the data, education seems to generate economic growth, however, it could be that we have this causality relationship backwards. We need to consider this possibility. For example, if education is seen as a luxury good, it may be that richer households are seeking out educational attainment as a symbol of status, rather than the relationship of education leading to wealth.

Educational advance is not the only variable for economic growth, though, as it only explains about 14% of the average annual increase in labor productivity over the period 1915-2005. From lack of a more significant correlation between formal educational achievement and productivity growth, some economists see reason to believe that in today’s world many skills and capabilities come by way of learning outside of tradition education, or outside of schooling altogether.[3]

An alternative model of the demand for education, commonly referred to as screening is based on the economic theory of signalling. The central idea is that the successful completion of education is a signal of ability.
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Offline Felius

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Re: Compro por 15% a mais que o vizinho e vendo por 800% a mais que ele. Lucro bem?
« Resposta #94 Online: 25 de Novembro de 2010, 00:15:10 »
Quem acha que o Brasil tem universidades de boa qualidade só pode estar delirando. Deixo os números falar por qualquer argumento sobre isso... usp em ducentéssima e la vai pedra.
What?

Bom, eu não disse em momento algum que alguma universidade brasileira seja comparável a Cambridge ou Ohio porque nós não somos nada perto de Reino Unido ou EUA em absolutamente nada. A USP é a melhor Universidade da América Latina seja qual for a avaliadora (entre públicas e privadas incluindo aí FGVs, PUCs ou UCCs) o que para a gente é sim grande coisa. Estar entre as duocentésimas universidades do mundo não seria ruim, mas a USP figura entre as 150 melhores (em qualquer lista, 100 melhores dependendo da instituição avaliadora).

Só chamando atenção que a FGV não se classifica como universidade por não ter o número de cursos mínimos para tal, então não é comparada com a USP (pelo menos a FGV-Rio, FGV São Paulo não sei exatamente quantos cursos ela oferece)
"The patient refused an autopsy."

Offline Moro

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Re: Compro por 15% a mais que o vizinho e vendo por 800% a mais que ele. Lucro bem?
« Resposta #95 Online: 25 de Novembro de 2010, 00:25:19 »
Não entendi o tuitiones, e me parece que se contentar em pagar um imposto imenso para ter uma faculdade entre as 150 melhores e escolas básicas de merda é algo meio fora de contexto.

O Medicare é uma das iniciativas, me parece que feito para idosos. Não cobre full mas faz o que promete.  Se você teve o desprazer de assistir ao fantástico esse domingo teve uma sessão mostrando os pacientes que morreram porque não conseguiram o remédio que o programa diz que dá de graça.

Não existe nenhum benefício em julgar um sistema pelo que ele diz que faz e não pelo que ele realmente faz.

Agora sobre o lucro, antes de debater nuances (tipo entender todos os impostos que realmente compõem o custo e como já foi dito IVA não é ICMS), qual sua hipótese para nossos preços serem tão altos?

Tipo, o empresário médio tem uma margem baixa, os produtos têm um preço caro. As grandes corporações malvadonas tem uma margem muito menor do que a maior parte das pessoas daqui imaginavam.
AInda não entendi sua hipótese.

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Offline Cumpadi

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Re: Compro por 15% a mais que o vizinho e vendo por 800% a mais que ele. Lucro bem?
« Resposta #96 Online: 25 de Novembro de 2010, 01:37:34 »
E verdade, dependendo da instituição muda, porém achei mais acurada a classificação em que a usp fica em 25 e alguma coisa. Na boa, para um pais com a população do Brasil e com nossa economia não acho isso nem um pouco bom.
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Offline Geotecton

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Re: Compro por 15% a mais que o vizinho e vendo por 800% a mais que ele. Lucro bem?
« Resposta #97 Online: 25 de Novembro de 2010, 02:14:06 »
Quanto ao ponto inicial do tópico? Alguém ainda defende que as características tributárias e salariais brasileiras são os fatores excelentes para explicar as diferenças de preços entre os produtos mais variados no mercado nacional e no mercado externo?

Sem dúvida. A minha empresa é um caso típico.


Também: a hipótese pouco erudita de que um mercado consumidor menos forte, com uma massa muito grande de trabalhadores que não podem consumir muito além do básico (ou em grande parcela nem isto) é realmente tão estranha assim?

Não é uma tese erudita. É mais um fator para elevar o custo, pois quanto menor for o mercado em termos de poder aquisitivo, maior será o custo unitário, em tese.

No entanto eu não conheço nenhum caso onde existam salários com valores elevados e que tenham sido alcançados por lei. Se fosse assim tão simples, todos os governos do mundo fariam isto.


Ou será que pode dar mais auxílio à tarefa de explicar o porquê de nosso PS3 custar o dobro do mesmo aparelho na Dinamarca (que tem impostos mais altos, seja qual for o tipo de taxação), de nossos pacotes de TV por assinatura custarem o dobro de pacotes similares ou mais completos na Argentina (que tem impostos similares e salários muito mais altos) e de nossos planos de telefone móvel serem os maiores de toda a América Latina do que menções a diferenças tributárias que não sobrevivem a uma rápida demonstração dos fatos?

Voce comparou os percentis de impostos, taxas, contribuições e encargos brasileiros com os de outros países Donatello?

Vamos, por exemplo, analisar os números do Brasil com os da Alemanha e do Japão, para os a) impostos que incidem sobre pessoas jurídicas, b) impostos que incidem sobre pessoas físicas, c) encargos trabalhistas e previdenciáros (que são, em sua maioria, de responsabilidade das pessoas jurídicas) e d) impostos sobre consumo. Os números são os seguintes, em percentis:

Brasil: a) 34,00; b) 0,00 a 27,50; c) 31,00; d) 17,00 a 25,00.

Alemanha: a) 29,80; b) 0,00 a 45,00; c) 15,00 a 26,00; d) 7,00 a 19,00.

Japão: a) 40,69; b) 5,00 a 50,00; c) 0,00; d) 5,00.


a) Aparentemente o Brasil se situa entre a Alemanha e o Japão. Mas isto é só aparentemente, porque tais impostos, no Brasil, incidem sobre o faturamento e não sobre o lucro, o que geralmente representa uma enorme diferença.

b) O Brasil está muito abaixo dos outros dois. Mas só vou fazer um comentário porque não é o tema do tópico em tela. A base de cobrança do IRPF é muito estreita, de tal modo que alguns pagam muito imposto; muitos pagam um pouco e a maioria não paga nada.

c) O Brasil está acima dos outros dois. Para as empresas que usam "trabalho intensivo" isto representa um custo muito elevado, como é o caso da minha empresa.

d) Novamente o Brasil está acima dos outros. E afirmo que o percentil brasileiro está defasado, pois, por exemplo, na energia elétrica é cobrado 29,00% de ICMS.

 
E: em se tendo vencido (aparentemente) a etapa dos "nossos tributos são muito altos e nossos salários idem" e em se assumindo ou não que em um mercado mais amplo (digo, em que haja um maior percentual de indivíduos que tenham capacidade de comprar itens excedentes, supérfluos e luxuosos) se torne possível assumir margens menores de lucro e ainda assim obter um resultado líquido maior, quais outras explicações os empresários e executivos do CC poderiam usar como alternativa à que vinha sendo utilizada até agora?

Eu mantenho a minha conclusão de que o conjunto de impostos, contribuições, encargos e taxas é de alto impacto no preço final dos produtos e dos serviços. E, o que é tão ruim quanto, além de eu pagar bastante em impostos, eu ainda tenho que arcar com as despesas com os serviços privados de educação, saúde, segurança e previdência.


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Offline Donatello

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Re: Compro por 15% a mais que o vizinho e vendo por 800% a mais que ele. Lucro bem?
« Resposta #98 Online: 25 de Novembro de 2010, 09:40:24 »
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Vamos, por exemplo, analisar os números do Brasil com os da Alemanha e do Japão, para os a) impostos que incidem sobre pessoas jurídicas, b) impostos que incidem sobre pessoas físicas, c) encargos trabalhistas e previdenciáros (que são, em sua maioria, de responsabilidade das pessoas jurídicas) e d) impostos sobre consumo. Os números são os seguintes, em percentis:

Brasil: a) 34,00; b) 0,00 a 27,50; c) 31,00; d) 17,00 a 25,00.

Alemanha: a) 29,80; b) 0,00 a 45,00; c) 15,00 a 26,00; d) 7,00 a 19,00.

Japão: a) 40,69; b) 5,00 a 50,00; c) 0,00; d) 5,00.


a) Aparentemente o Brasil se situa entre a Alemanha e o Japão. Mas isto é só aparentemente, porque tais impostos, no Brasil, incidem sobre o faturamento e não sobre o lucro, o que geralmente representa uma enorme diferença.

Outro ponto em que eu equivocadamente (por conta do meu já enfatizado menor conhecimento sobre tributação) concordei inicialmente com você (isto é: a medida que o debate se desenrola e eu sinto necessidade de checar as informações ou refletir melhor sobre elas a história menos me faz sentido) não é verdade que a tributação brasileira incida sobre o faturamento: o IRPJ incide sobre o lucro (como em todos os países que você citou), o IRPF incide sobre os ganhos (como no mundo todo), o ICMS/IPI/ISS incide sobre o preço final (como em todo lugar do mundo) e os impostos sobre salário incidem sobre o salário (como em qualquer lugar em que se recolha impostos sobre salário). O que incide sobre o faturamento é o Simples, mas o Simples, como você já disse, é um caso especial, tal que o seu recolhimento ainda sai mais barato que os impostos ordinários, mesmo sendo sobre o faturamento.

Então esta história de "a diferença é que incidem sobre o faturamento" está longe de ser verdade.

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Não é uma tese erudita.
Eu disse que não era, eu não estava sendo irônico, é uma explicação simples demais, mas cabe melhor do que a que vem sendo discutida.

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b) Mas só vou fazer um comentário porque não é o tema do tópico em tela. A base de cobrança do IRPF é muito estreita, de tal modo que alguns pagam muito imposto; muitos pagam um pouco e a maioria não paga nada.
Sim, a base de IRPF é muito estreita e poucos pagam mas dizer que poucos pagam muito tendo sido apresentados os dados é bricadeira. Nossa alíquota máxima de IRPF é 24,5 (isso é o que Silvio Santos paga de IRPF), na já mencionada Suécia (eu sei que é caso extremo, que tem as taxas de impostos mais altas do mundo, mas pro que está sendo debatido serve) a alíquota mínima é de 29%  (isso é o que o balconista do McDonalds paga na Suécia). Nossas taxas deste tipo de imposto são significativamente menores do que as de países heterogêneos como Polônia, Irã, Grécia, Islândia, Camarões, Espanha, Hungria, México, Burundi, Indonésia, Coréia do Sul e quase todos os outros, então a frase para ser verdadeira teria que ser "no Brasil uma multidão não paga IRPF e poucos pagam muito pouco, mesmo os que pagam mais".


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c) O Brasil está acima dos outros dois. Para as empresas que usam "trabalho intensivo" isto representa um custo muito elevado, como é o caso da minha empresa.
Creio que neste ponto você estivesse se referindo a impostos sobre salário, nesta caso sim, o Brasil tem um dos maiores percentuais (alguns países parece que nem os cobram) mas há de se lembrar que impostos sobre salários incidem, como o nome diz, sobre os salários, e estes são dos mais baixos do mundo por aqui. Na verdade impostos sobre salários deveriam ser somados ao próprio salário para efeito de comparação (a gente poderia chamar de Custo Empregado) e neste caso o Brasil está muito em baixo na lista.

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d) Novamente o Brasil está acima dos outros. E afirmo que o percentil brasileiro está defasado, pois, por exemplo, na energia elétrica é cobrado 29,00% de ICMS.
Nos demais países também há alíquotas diferenciadas para determinados produtos. O que a lista informa são as alíquotas básicas, aquelas aplicadas a maioria dos produtos, não os casos excepcionais como energia, tabaco e alcool. De qualquer forma mencionar que a alíquota do ICMS é de 29% (este é o valor do Paraná, no Rio é no máximo 25% para energia elétrica) esquecendo que ela é variável em função do consumo e que pode ser muito menor que isso (para a maioria da população e das pequenas e médias empresas é) não é muito colaborativo.

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Sem dúvida. A minha empresa é um caso típico.
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Eu mantenho a minha conclusão de que o conjunto de impostos, contribuições, encargos e taxas é de alto impacto no preço final dos produtos e dos serviços. E, o que é tão ruim quanto, além de eu pagar bastante em impostos, eu ainda tenho que arcar com as despesas com os serviços privados de educação, saúde, segurança e previdência.
A sua afirmação continua não se sustentando ante as necessárias comparações para que se possa fazê-la. Os fatos ainda mostram que países com maior carga de impostos, em alguns casos maiores em todos os tipos de tributação, com salários muito mais altos conseguem oferecer produtos e serviços de quase todo o tipo a custo menor. Isto é inegociável porque não é opinião, são dados.

Dizer que a culpa dos preços altos é de impostos altos e salários necessitaria de uma comparação que confirmasse que os impostos brasileiros são maiores que os impostos da maioria dos países onde os preços não são tão altos e que a diferença (quando realmente fosse observada) fosse proporcional à diferença tributária observada. Qualquer alegação que fuja disso é semelhante a alegação de um crente que diz que foi curado de câncer porque orou ignorando todos os elementos que são necessários para se definir relação de causa e efeito (inclusive o número percentual de pessoas que não oraram e foram curadas e das que oraram mais não foram curadas).

E em momento algum eu disse que impostos não exerçam qualquer influência sobre os preço
, é óbvio que exercem: se você me perguntar a explicação para que um PS3  custe um pouco mais na Dinamarca (464 dolares, o de 360GB no GameStop) que nos EUA (350 dolares, o de 320GB no WalMart) eu vou dizer impostos e salários mais altos porque realmente existe uma diferença tributária e salarial entre estes dois países que justifique a diferença. Mas se você me insistir em me dizer que impostos e salários altos justificam que o PS3 custe no Brasil (753 dolares, o de 250GB nas Americanas.com) quase o dobro do que custam na Dinamarca e mais que o dobro do que custam nos EUA eu vou insistir em dizer que tem alguma coisa que não está encaixando.
« Última modificação: 25 de Novembro de 2010, 10:35:55 por Donatello van Dijck »

Offline Barata Tenno

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Re: Compro por 15% a mais que o vizinho e vendo por 800% a mais que ele. Lucro bem?
« Resposta #99 Online: 25 de Novembro de 2010, 11:45:40 »
O do PS3 da pra entender. Nos Eua, Europa e Japão, apesar dos impostos e blablabla, a quantidade vendida é bem grande, gerando lucro apesar do preço mais baixo, ja no Bradil, paa ter o mesmo lucro o preço tem que ser maior, ja que a quantidade vendida de aparelhos e softwares é bem menor.
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