Outro dia tinha visto na Band parte de uma reportagem sobre drogas e drogados, e, embora não lembre de terem mencionado extasy, tinha gente que usava cocaína (nunca vi, declararem assim, tão normalmente, sem nem ficarem como vultos e vozes distorcidas), que me parecia estar bem dentro do perfil de quem usa extasy.
A minha noção (ou falta dela) dos perfis dos consumidores é mais ou menos a seguinte:
extasy: quase exclusivamente playboyzinhos, desses que de vez em quando inventam outras coisas para as raves, como remédios para distúrbio de déficit de atenção, coquetel de bebida "energética" com viagra e sei lá o que mais
cocaína: muitos desses playboyzinhos, mas também usada por bandidos, para dar mais coragem em assaltos e etc
maconha: também mais ou menos no perfil do extasy, mas mais popular/"de pobre", ou, em outras palavras, vai tendo uma fatia maior conforme vai se diminuindo a renda/riqueza
crack: os mais pobres mesmo, até mendigos talvez, talvez até tendo acabado com o mercado da cola de sapateiro, mas não sei.
Assim, não me pareceria tão improvável que ao menos cocaína, extasy e maconha pudessem perder o monopólio dos piores traficantes, talvez até a maior parte do mercado em alguns casos. Ao menos se for viável essa linha direta entre os fornecedores/produtores e os "traficantes de elite", sem as bocas como intermediários.