Com estádio definido para a Copa, Corinthians tenta conseguir verba para receber abertura Autoridades afirmaram que Estado de São Paulo receberá abertura, mas clube não define como pagará estádio para 60 mil pessoas. Projeto atual é para 48 mil lugares Enquanto o governador de São Paulo fala em abertura da Copa do Mundo de 2014 no Estado, o Corinthians ainda trabalha com projeto para estádio com 48 mil lugares, em Itaquera. A exigência da Fifa, entretanto, é para que a arena que receberá o primeiro jogo do Mundial de 2014 tenha, pelo menos, capacidade para 60 mil pessoas. O presidente do clube disse que irá se reunir com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e com a Odebrecht, empreiteira que vai construir o estádio, para tentar viabilizar o aumento na capacidade.
Anunciado na última sexta-feira como estádio de São Paulo na Copa do Mundo, o atual projeto do Corinthians tem orçamento previsto de R$ 300 milhões a R$ 350 milhões. Segundo o presidente do clube, o investimento será feito pela Odebrecht, que terá direito a vender o nome da arena para uma empresa.
No projeto corintiano, a capacidade do estádio é de 48 mil espectadores, mas o governador de São Paulo disse que ele irá receber a abertura do Mundial. Alberto Goldman acredita que o número de cadeiras será ampliado.
Andrés Sanchez também defende a ideia de aumento na capacidade. Porém, nem o presidente corintiano, nem as autoridades presentes no evento de apresentação oficial do projeto em Itaquera, nesta segunda-feira, informaram como será bancada a ampliação. O aumento de lugares representa um reajuste de R$ 170 milhões no projeto.
“Caso não haja a possibilidade para esse aumento, o estádio do Corinthians será a sede de São Paulo e a abertura vai ser em outro lugar”, afirmou o prefeito Gilberto Kassab. Mesmo assim, ele não acredita que isso deva acontecer.
Ao contrário do que disse em entrevista recente, Andrés Sanchez apresentou a proposta ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira, ao governador e ao prefeito há cerca de 45 dias, logo que o Morumbi foi excluído definitivamente do processo. O presidente negou novamente nesta segunda que tenha conversado com Teixeira sobre o assunto durante a Copa da África do Sul, quando chefiou a delegação brasileira.
"Não há dedo do governo federal, estadual ou municipal. Trabalho nesse projeto há um ano e meio e o único dirigente que sabia era o Marco Polo Del Nero (presidente da Federação Paulista de Futebol). Só há um mês e meio que o apresentei ao Teixeira e aos políticos", disse Sanchez.
A construtora Odebrecht vai bancar a obra (com financiamento do BNDES) e em troca terá o naming rights para vender. A estimativa corintiana é que a empresa recupere o investimento entres dez e 15 anos vendendo o nome do estádio por R$ 30 milhões/ano.
"Para realizar a abertura vamos sentar e conversar para fazer numa nova engenharia financeira que chegue aos R$ 170 milhões a mais", disse Sanchez. A preferência do Corinthians é que sejam colocados assentos temporários, a chamada arquibancada móvel.
A Fifa rejeita essa ideia e teria que ser convencida a mudar seu caderno de encargos. No estudo feito pela diretoria corintiana em conjunto com a Odebrecht ficou comprovado que um estádio para 48 mil pessoas se paga e ainda gera lucro (Sanchez estima R$ 100 milhões ao ano). Mais do que isso é um risco que o clube agora terá que correr para ter a abertura do Mundial.
http://esporte.ig.com.br/futebol/2010/08/30/com+estadio+definido+para+a+copa+corinthians+tenta+conseguir+verba+para+receber+abertura++9577287.html