Tópico: Copa 2014

[Geotecton]

Polêmicas à parte, esse estádio do Corinthians é muito lindo... Eu não gosto é dessa história de a abertura ter que ser necessariamente em São Paulo e a final no Rio sem se avaliar o mérito dos outros projetos.

Poder político e econômico é o que conta!

[uiliníli]

Poder político e econômico é o que conta!

Pois é, isso aqui é Brasil e tem coisas que nunca mudam...

[Geotecton]

Poder político e econômico é o que conta!

Pois é, isso aqui é Brasil e tem coisas que nunca mudam...

Mudar até que mudam.

Mas leva tempo. Muito tempo.

[_Juca_]

Poder político e econômico é o que conta!

Pois é, isso aqui é Brasil e tem coisas que nunca mudam...

E qual lugar do mundo onde poder político e econômico não conta?

[uiliníli]

Mas tem lugares em que o mérito ainda conta alguma coisa. Até ontem ninguém sabia qual seria o estádio de São Paulo, até hoje o projeto paulista não foi nem apresentado direito, mas todo mundo já sabe que São Paulo será a sede, embora haja outras candidatas mais adiantadas.

[_Juca_]

Mas tem lugares em que o mérito ainda conta alguma coisa. Até ontem ninguém sabia qual seria o estádio de São Paulo, até hoje o projeto paulista não foi nem apresentado direito, mas todo mundo já sabe que São Paulo será a sede, embora haja outras candidatas mais adiantadas.

Todo mundo sabe que São Paulo será sede pelo poder econômico da cidade, o que é um grande mérito também. O que não sabemos é se a abertura será aqui, que por esse mérito também pode ser. Apenas Brasília por ser capital, e o próprio Rio, tem o mérito ( ou poder político) da abertura.

[uiliníli]

Opa, me confundi, quis dizer abertura, e não sede, mas você entendeu... Só acho que a abertura deve ir para o melhor projeto, seja qual for. Se São Paulo, mesmo com seu poder econômico, não conseguir apresentar o melhor projeto, então seria vergonhoso que recebesse o jogo inicial da Copa.

[_Juca_]

Opa, me confundi, quis dizer abertura, e não sede, mas você entendeu... Só acho que a abertura deve ir para o melhor projeto, seja qual for. Se São Paulo, mesmo com seu poder econômico, não conseguir apresentar o melhor projeto, então seria vergonhoso que recebesse o jogo inicial da Copa.

Nisso concordo.

[Geotecton]

Poder político e econômico é o que conta!

Pois é, isso aqui é Brasil e tem coisas que nunca mudam...

E qual lugar do mundo onde poder político e econômico não conta?

Nada como um "esquerdista" se pronunciando como um "direitista"!

[Partiti]

São Paulo será sede e abertura da copa por causa da estrutura hoteleira. É o único lugar do pais que tem capacidade para acomodar eventos esportivos de grande porte como a copa do mundo (O Rio chega perto, para fazer justiça), tanto que sedia regularmente a Formula 1 com bastante folga. E para hotel não tem dinheiro do BNDES que salve.

A briga era mais para fazer desfeita para o São Paulo, e como o Palmeiras também não é tão amiguinho da CBF, lógico que ia ser para o Corinthians.

E quem acha que financiamento do BNDES não é dinheiro público? O BNDES é o maior concentrador de riquezas do Brasil hoje...

[_Juca_]

E quem acha que financiamento do BNDES não é dinheiro público? O BNDES é o maior concentrador de riquezas do Brasil hoje...

Você pode entender que, pelo fato do dinheiro do banco ser público, automaticamente haverá dinheiro público, o que é uma meia verdade.
O BNDES é um banco de fomento público, que empresta para o capital privado. Eu arrisco a dizer que a  maioria dos grandes (pequenos e médios também) projetos de capital privado e público hoje no Brasil passam obrigatoriamente pelos financiamentos do BNDES, Caixa e BB, mesmo porque não existe um grande banco de fomento privado atuando no Brasil hoje. Não existe outra grande fonte de recursos, a não ser a estrangeira. Então todos os grandes empreendimentos da Copa e Olimpíadas vão passar pelos bancos públicos, mas a maior parcela da dívida será adquirida pelo capital privado. Assim, não faz sentido dizer que, como no caso do estádio do Corinthians, haverá dinheiro público no projeto. Haverá financiamento pelo banco público, mas a dívida, volto a dizer, é do capital privado. O Banco é o credor, a construtora, no caso, é quem assume a dívida e a execução do projeto, portanto não haverá investimento público à fundo perdido, como no caso da construção de uma praça, por exemplo.

[Partiti]

O dinheiro público que o BNDES fomenta vem da taxa de juros subsidiada. Como a taxa de juros que ele empresta está abaixo da referência de mercado, o spread é negativo, ou seja, o governo paga 8% para os seus devedores e empresta a 5%. Não teria problema, se os empréstimos fossem sempre de longo prazo e com viés de fomentar o pequeno é médio negócio. Não é isso que acontece:

http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2010/08/10/bndes-emprestimos-concentrados-em-poucas-empresas-314983.asp

Além disso o tesouro vem cobrindo o gap do spread do BNDES. É sim uma forma indireta de financiamento público.

[_Juca_]

O dinheiro público que o BNDES fomenta vem da taxa de juros subsidiada. Como a taxa de juros que ele empresta está abaixo da referência de mercado, o spread é negativo, ou seja, o governo paga 8% para os seus devedores e empresta a 5%.

Sim os juros são abaixo do mercado, mas o dinheiro público vem, num primeiro momento, ao aporte  financeiro do banco, depois disso, o dinheiro passa a ser do banco, que empresta e recebe de volta com juros tantas vezes quanto possível, gerando lucro e aumentando o caixa, independente do caixa do governo, a não ser quando é exigido um novo aporte, como no caso da última crise.

Não teria problema, se os empréstimos fossem sempre de longo prazo e com viés de fomentar o pequeno é médio negócio. Não é isso que acontece:

http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2010/08/10/bndes-emprestimos-concentrados-em-poucas-empresas-314983.asp

Além disso o tesouro vem cobrindo o gap do spread do BNDES. É sim uma forma indireta de financiamento público.

O próprio BNDES desmentiu o caso que saiu primeiro na Folha:

BNDES
A Folha errou ao publicar a manchete "BNDES repassa 57% dos recursos a 12 empresas" (Primeira Página, 8/8). O mesmo teor da reportagem também foi reproduzido no editorial "Hora da verdade" (ontem). O texto fez um recorte parcial dos dados disponibilizados pela instituição em seu portal, sem considerar em seu cálculo as operações indiretas automáticas, responsáveis por parte considerável das contratações e desembolsos do banco, especialmente para micro, pequenas e médias empresas.
Considerando estas operações de menor porte, que representam 23,5% dos desembolsos do Banco entre janeiro de 2008 e junho de 2010, o peso dos 12 maiores clientes no conjunto das operações do BNDES atinge 30,1%. Além disso, a tendência recente não é de concentração, mas de uma maior abrangência e democratização do crédito do BNDES.

Nota do BNDES

[uiliníli]

Fifa não quer prorrogação na Copa de 2014

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, quer que os dirigentes do comitê executivo da entidade considerem a ideia de abolir a prorrogação na Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil, para encorajar as seleções a serem mais ofensivas, depois de ver um Mundial, na África do Sul, no qual a maioria dos times primeiro se preocupou em se defender.

Blatter disse nesta quinta-feira que pretende impedir que as seleções sejam muito defensivas em jogos que muitas vezes acabam empatados depois de 90 minutos pelo fato de as equipes evitarem de tomar um gol "a todo custo".

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[Gaúcho]

Claro, isso é o mais importante. Tecnologia, para evitar que os erros ridículos da última Copa se repitam, é totalmente secundário.

[uiliníli]

Enquanto isso, o Qatar apresenta à FIFA o estádio que pretende construir para sediar a abertura e a final da Copa de 2022:







A FIFA decide no dia 02 de dezembro entre Inglaterra, Espanha-Portugal, Bélgica-Holanda, Rússia, Austrália, Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos, que países sediarão as copas de 2018 e 2022.

Meus palpites:

2018: A Copa certamente ficará na Europa. Após um intervalo de duas edições do mundial fora do Velho Continente, a FIFA não deve esperar mais. Eu descartaria as candidaturas conjuntas, já que o próprio Sepp Blatter já falou algumas vezes que não pretende repetir a experiência de copas do mundo divididas entre dois países, se houverem alternativas e, bom, alternativas não faltam. As duas favoritas portanto são Inglaterra e Rússia. Se eu tivesse que apostar em uma, ficaria com a última.

2022: Essa é mais imprevisível. Apesar de os EUA terem sediado uma Copa recentemente, o soccer ainda não emplacou por lá e esse é um mercado muitíssimo atraente para a FIFA. É um candidato forte. Por outro lado, a FIFA tem uma filosofia de expandir a Copa do Mundo para novas fronteiras e nesse caso o Oriente Médio, que nunca recebeu uma Copa, é uma opção atraente. Acho que Austrália corre por fora e descarto Coreia e Japão, que já sediaram em 2002 a única Copa da Ásia, pois, ao contrário dos EUA, o futebol já emplacou nesses países e a FIFA não tem nada a ganhar premiando um dos dois de novo. Se tivesse que apostar, eu ficaria com o Qatar, mas arriscaria menos dinheiro com ele do que com a Rússia em 2018.

[Barata Tenno]

Uma copa no oriente medio tem que levar em conta o risco altissimo de atentados terroristas.

[uiliníli]

Uma copa no oriente medio tem que levar em conta o risco altissimo de atentados terroristas.

Não sei se o risco é muito maior do que se fosse na Europa, por exemplo. Com a quantidade de bases militares que os EUA tem na região, talvez fosse até mais seguro do que na Rússia...

[Geotecton]

Uma copa no oriente medio tem que levar em conta o risco altissimo de atentados terroristas.

Não sei se o risco é muito maior do que se fosse na Europa, por exemplo. Com a quantidade de bases militares que os EUA tem na região, talvez fosse até mais seguro do que na Rússia...

Bases militares são ótimas para desestimular ataques convencionais.

Mas ataques terroristas não...

[uiliníli]

Até que você tem razão...

[calvino]

Enquanto isso, o Qatar apresenta à FIFA o estádio que pretende construir para sediar a abertura e a final da Copa de 2022:

O fielzão é muito mais bonito

[_Juca_]

Uma copa no oriente medio tem que levar em conta o risco altissimo de atentados terroristas.

Não seria o contrário?

[uiliníli]

Uma copa no oriente medio tem que levar em conta o risco altissimo de atentados terroristas.

Não seria o contrário?

Grupos terroristas poderiam cometer atentados contra uma delegação estrangeira, por exemplo.

[Unknown]

[...]e descarto Coreia e Japão, que já sediaram em 2002 a única Copa da Ásia, pois, ao contrário dos EUA, o futebol já emplacou nesses países e a FIFA não tem nada a ganhar premiando um dos dois de novo.

A candidatura da Coreia é meio fraca mas o da Japão é bem mais forte. Mas de qualquer maneira não acredito que nenhuma emplaque por outra razão: a China vem dando sinais de que pretende se candidatar a sede da copa de 2026, e a FIFA considera a China como uma das últimas fronteiras do futebol e também tem muito interesse em sediar uma Copa por lá. Só que ela não pretende sediar duas copas consecutivamente no mesmo continente, então 2022 para mim está mais para Austrália ou EUA. O Catar para mim corre por fora.

E em 2018 é Inglaterra ou Rússia. Espanha-Portugal correm por fora.

[uiliníli]

10/10/2010 - 08h30
Para ter final da Copa em seu estádio, Rio engole novo desenho para o Maracanã e disparada nos custos

RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL AO RIO



Nenhuma restrição orçamentária, nenhuma flexibilidade no modelo das instalações, quase nenhuma liberdade arquitetônica no desenho. Foram essas as condições da Fifa e do COL (Comitê Organizador Local) para manter o Maracanã como palco da final da Copa-2014.

Sem a aprovação do novo projeto do estádio, imposto por eles, a decisão não ocorreria no estádio, segundo disse à Folha o presidente da Emop (Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro), Ícaro Moreno Júnior, responsável pela reforma. Resultado: a obra custará R$ 705 milhões. Isso representa um aumento de 64% em relação à previsão inicial porque há demolição da maioria dos assentos atuais.

A pressão da Fifa foi intensificada em 2009, quando o orçamento era de R$ 430 milhões. E alcançou o auge em abril e maio deste ano, quando foi imposto o plano atual. Pelo projeto aprovado, as partes laterais das arquibancadas superiores e todo o setor inferior serão demolidos.

O objetivo é melhorar a visão que o espectadores tem do campo e acabar com pontos cegos. O torcedor era prejudicado pela baixa inclinação das cadeiras inferiores. A exigência da Fifa de placas publicitárias mais perto do campo (5 m) e maiores (1 m) agravou mais o quadro. Os novos setores, inferiores e superiores, ficarão mais próximos do gramado.

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