Sim, eu penso que nem tudo o que as pessoas acreditam é mesmo verdade. Por exemplo, a idéia do universo ter sido criado em 6 dias e o criacionismo em geral... e a ressurreição na carne. Mas penso que devem sim existir coisas que as pessoas acreditam e que existam de verdade. O problema é que o método científico apenas está focado ao que é obervável ou medido num determinado momento.
Ou seja, qualquer coisa que vá além da matéria costuma ser refutada pela ciência tipicamente materialista, pois ela não assimila o transcendental. O método analítico, por não tolerar qualquer coisa que vá além de seu resultado, não poderia aceitar a espiritualidade, pois a ciência só se foca na matéria visível, no que é tangível a nós no momento. E é isso que acaba levando muitos a serem materialistas, fora por motivos afetivos ou por terem percebido que sua religião negava evidências científicas.
A não ser se, por algum método, ela for verificada (uma realidade além de nossa existência material). Mas penso que muitos materialistas temeriam isso, e começariam a quererem impor suas visões materialistas, para manterem seus modos de vida, e para manterem todo um sistema social. Não estou querendo dizer que terão que ter uma religião, mas, uma vez provada, por exemplo, a vida após a morte no meio acadêmico considerado sério (ainda que não seja provada a existência de um deus), muitos acabariam tendo que mudar suas convicções, e isso é algo que muita gente teme, pois o ser humano costuma ter medo de mudanças deste tipo, quando se trata de convicções sobre a vida.
Também penso que, se a espiritualidade for provada, muitos vão temer que as religiões venham a dominar o conhecimento humano, ao invés do materialista ou científico. Mas na verdade não acho que as religiões tenham toda a verdade consigo. A religião nada mais é do que uma tentativa de compreender o transcendental. Mas por falta de um contato direto, como a ciência para a matéria, então fica aquela visão mísica, mas defendo que esta deva ser melhorada, e se encaixar melhor nos modelos científicos (não estou querendo dizer cientologia, mas um novo conceito a cerca da natureza transcendental). E não teria como a religião nos dominar, se a espiritualidade for comprovada, até porque há muitas delas, e não uma só como cânone da verdade. Acho que o conceito de verdade deveria estar entre misticismo e científico, entre materialismo e espiritualismo. As religiões vão sempre disputar entre si, mas elas não são cânones da verdade... e nem o método analítico.
Eu acredito sim que existam, por exemplo, universos paralelos, só que estes teriam suas leis físicas próprias, muito ou pouco diferentes das de nosso universo. Eu tenho um lado meu que tolera a transcedência, mas não exatamente da mesma forma como as religiões costumam interpretar, quer dizer, tolero a transcendência da matéria visível, mas não tolero a religiosidade em geral. E muito menos uma autoridade que usa as crenças de uma população para se manter no poder.
Penso que a espiritualidade não mais é do que outras realidades materiais, só que com um padrão de leis diferentes da nossa. Eu acredito sim em vida transcendente por conta de certos relatos de coisas que não poderiam ocorrer em tese, como alguém estar inconsciente durante cirurgia e saber o que ocorre numa sala próxima, entre outros do tipo (ainda que seja uma minoria). Dizer que isso é produto do cérebro já não me convence mais (não acho que um cérebro inconsciente seria capaz de adivinhar coisas que acontecem ao redor).
O espírito seria como o nosso corpo, só que em outro padrão de funcionalidade, e não só puro pensamento, como muitos pensam (esta é uma visão mística que costumo combater, assim como a de deus como uma entidade pensante e manipuladora). Uma espécie de ligação energética entre dois corpos de dimensões paralelas (o material sutil e rígido). Os universos paralelos não estariam totalmente separados entre si, algo os manteria ligados numa espécie de malha comum entre eles.
Os ditos mundos espirituais (cada bolha sutil teria seus próprios universos entrelaçados entre si) estariam organizados de forma concêntrica entre si estas bolhas sutis que se entrelaçam (como que uma dimensão dentro da outra, até chegar a um limite... esta dimensão limite seria o tal deus, mas não como uma entidade, mas como a origem primária destas dimensões). Cada universo de uma dimensão ou mundo espiritual teria um padrão diferente de leis físicas, de funcionalidade padrão. É assim que vejo a espiritualidade atualmente.