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Franz Reichelt foi um alfaiate e inventor austríaco, famoso por ter sua morte acidental registrada em filme, em 1912.Conhecido como "o alfaiate voador", Franz criou um traje para teoricamente voar ou flutuar levemente até o solo. Na época, os paraquedas ainda eram antiquados e inseguros, não sendo praticáveis para o uso na aviação.Em julho de 1910, Reichelt começou a desenvolver o traje especial e apresentou o seu protótipo a um aeroclube francês, mas eles se recusaram a testá-lo, alegando que o mesmo não era resistente. Também o aconselharam a desistir do projeto.Franz, então, decidiu testá-lo por conta própria. Inicialmente, obteve bons resultados atirando manequins vestidos com o estranho traje, do quinto andar do prédio onde morava. Mas os resultados ainda eram insatisfatórios. Ele queria os 10 mil francos oferecidos pelo L’Aero-Club de France como prêmio pelo melhor projeto de paraquedas apresentado. Refez cálculos e desenhos e apontou como problema a baixa altura das plataformas de testes. Decidiu então testar sua invenção na então estrutura mais alta do mundo: a Torre Eiffel.No ano seguinte, depois de meses de insistência, Franz conseguiu autorização do prefeito da polícia de Paris para testar o seu traje, utilizando manequins.As 7 horas da manhã do domingo de 4 de fevereiro de 1912, Franz Reichelt chegou de carro, acompanhado por dois amigos e os rumores espalhados dias antes foram confirmados: Franz iria ele mesmo vestir o traje e saltar. Apesar da tentativa de amigos e testemunhas em dissuadi-lo, Franz decidiu prosseguir com o teste. Indiferente ao frio de 0°C e do forte vento, centenas de pessoas se acotovelam aos pés da torre para assistirem ao salto. Duas câmeras de filmagem, algo raro na época, também estavam a postos para registrar a façanha do alfaiate.Precisamente às 08h22min, Franz saltou do primeiro pavimento da torre, situado a 60 metros de altura, de frente para o rio Sena. Após 5 segundos ele atingiu o solo, pois o traje falhou. O impacto foi tão forte que abriu um buraco no chão de 15 cm de profundidade.Franz foi encontrado com o braço e a perna direita esmagados, o crânio e a coluna vertebral quebrados e os olhos dilatados de terror. Foi levado até o hospital Necker para a autópsia, que constatou que a causa mortis do alfaiate foi um ataque cardíaco durante a queda, morrendo antes mesmo de tocar no solo.
Chacrinha chorando nos braços de Roberto Carlos no seu programa O Cassino do Chacrinha, em 1982.Nesse ano, Chacrinha voltava para a Rede Globo após mais de 10 anos afastado. Ele saiu em dezembro de 1972 alegando que o contrato dele na época (que durava até dezembro de 1973) não obedecia uma cláusula que prometia que o programa dele não sofreria alteração no horário (domingo às 20h00). Em 1978 transferiu-se para a TV Bandeirantes e, em 1982, retornou à Globo, onde ocorreu a fusão de seus dois programas num só: o Cassino do Chacrinha, que fez grande sucesso nas tardes de sábado. Nesse mesmo ano, fez as pazes com o Boni e respondeu à altura a reação da concorrência com 65 pontos de audiência todo sábado às 16h00.Chacrinha convidou então Roberto Carlos, a quem muito ajudou no inicio de carreira, visto que muitas vezes ele foi recusado em várias gravadoras antes de gravar os primeiros discos. Chacrinha chamou-o varias vezes para participar dos seus programas, quando Roberto ainda nem era conhecido.
As últimas fotos de Robert Landsberg, em 1980Poucos conhecem a incrível história desse fotógrafo americano que decidiu registrar o Mount St. Helens em erupção. Nas semanas que antecederam a erupção, Landsburg visitou a área inúmeras vezes, a fim de documentar fotograficamente o formato do vulcão mudando. Na manhã de 18 de maio, ele estava a poucos quilômetros do cume quando a montanha explodiu. Pego de surpresa, Landsburg percebeu que não iria sobreviver à nuvem de cinzas que se aproximava rapidamente, mas mesmo assim decidiu continuar tirando fotos enquanto podia. O profissional conseguiu ainda rebobinar o filme, guardar a câmera na mochila e cobri-la com seu próprio corpo, a fim de protegê-la. O corpo de Landsberg foi encontrado enterrado nas cinzas 17 dias mais tarde. A película foi revelada e proporcionou aos geólogos uma documentação valiosa da erupção histórica.
A Equipe ChallengerA imagem, datada de 15 de novembro de 1985, nos mostra a equipe da nave espacial Challenger - nave essa que explodiu nos ares 73 segundos após seu lançamento, na manhã do dia 28 de janeiro de 1986.A explosão, causada por uma falha em um anel de vedação de um dos propulsores, aparentemente não destruiu a cápsula de transporte da equipe que, segundo a NASA, veio a óbito com a queda da nave no Oceano Atlântico.Dos sete tripulantes, apenas seis eram astronautas. A sétima integrante era Sharon Christa McAuliffe, professora de História Americana escolhida pela NASA, e a primeira civil a participar de uma missão espacial.Ao fundo (esq. p/ dir.): Ellison S. Onizuka, Sharon Christa McAuliffe, Greg Jarvis e Judy ResnikÀ frente (esq. p/ dir.): Michael J. Smith, Dick Scobee e Ron McNair.Vídeo do lançamento e explosão da Challenger, em 1986: http://www.youtube.com/watch?v=EssKzOj-kME
Charles Manson e sua seguidora Susan Atkins, membro da Família Manson, em 1970.Após uma longa trajetória de prisões, abusos e crimes, Manson aos 32 anos, podendo finalmente ser libertado, recusou sair da cadeia. Tinha passado mais da metade da sua vida em instituições penais e disse que não saberia viver lá fora. Porém, foi obrigado a sair da prisão. Na rua, teve contato com hippies e começou a arregimentar seguidores. Muitos eram meninas bem jovens e emocionalmente perturbadas. Além disso, Manson usava de drogas como o LSD para influenciá-las. Nascia aí a “Família Manson”. Na primavera de 1968 colocou todos os seus seguidores dentro de um ônibus e começou a viajar pela Califórnia. Pouco tempo depois conheceu o velho George Spahn, dono de um rancho nos arredores de Los Angeles, que concordou em deixar o grupo morar na fazenda em troca de alguns favores sexuais das meninas – George foi mais tarde assassinado por membros da Família. Os moradores do lugar sobreviviam de uma mistura entre roubos e caridade, sendo que recolhiam diariamente as sobras de supermercados e restaurantes.Todos os seguidores do culto acreditavam que Charles Manson era a mais nova reencarnação de Jesus Cristo. Já ele acreditava que os Beatles lhe mandavam mensagens através de suas músicas. Coincidentemente, no auge de suas loucas profecias, os Beatles lançaram o disco The White Album, que incluía a faixa “Helter Skelter”, nome que foi utilizado por Manson para batizar sua insana teoria. Sua filosofia de fim do mundo baseava-se no começo de uma guerra racial, onde os negros espontaneamente começariam a matar os brancos – por conta de todos os anos nos quais foram escravizados – vencendo a guerra pois são superiores em força física, mas sendo incapazes de manter-se no poder devido à sua inferioridade nata.As invasões domiciliares feitas pelo grupo em 1969 tiraram a vida de 9 pessoas e do bebê de Sharon, esposa do cineasta Roman Polanscki. Na parede, escreveram “PIG” (porco), com o sangue das vítimas. Segundo um dos criminosos, Charles havia ordenado: “Matem estas pessoas da maneira mais cruel possível!”. Os crimes foram planejados por Manson com o objetivo de dar ignição à esta imaginária “guerra racial”. A Família planejava matar outras pessoas famosas. Acreditavam que assim chamariam atenção mais rapidamente.Somente em outubro investigadores chegaram ao Rancho Spahn. Lá morava toda a Família Manson, que chegou a ter até 50 pessoas. Mas os agentes estavam atrás deles por outros motivos. Uma das pessoas a ser presa nesta batida policial foi Susan Atkins. Em novembro ela falou à colega de cela que tinha participado da morte de Sharon Tate. Susan tinha um comportamento incomum na cadeia: cantava, dançava, ria sozinha. Dizia que seu amante, Manson, era Jesus Cristo. Em novembro, um promotor pegou o caso. Ele queria incriminar Charles Manson, mas pelas informações que tinha, Manson efetivamente não tinha matado ninguém, não com suas próprias mãos. Charles defendeu a si mesmo na audiência preliminar. Era bem articulado. Segundo o promotor, ele “parecia considerar todos os aspectos escondidos de uma questão” e “suas expressões faciais eram como as de um camaleão”. Manson dirigia-se à Família, à corte, à platéia. Via uma mulher bonita e sorria ou piscava para ela. Elas pareciam ficar mais lisonjeadas que ofendidas. “Ele tinha uma estranha energia…”, comentou o promotor. O julgamento começou oficialmente em junho de 1970. Manson apareceu no tribunal pela primeira vez com uma pequena cruz de sangue no meio da testa e passou a utilizar seu mais poderoso instrumento de defesa: seu poder sobre a Família. Sua estratégia diária era de chocar a imprensa, para que o foco fossem suas lunáticas declarações, e não as acusações contra ele.A fala da acusação durou 22 semanas. Durante a defesa, Manson teve conflitos com seu próprio advogado, que acabou “desaparecendo”. Havia sido assassinado e depois um membro da Família confessou o crime. Em janeiro de 71, finalmente, o júri iria tomar suas decisões. Quando da deliberação da pena, Manson e suas garotas apareceram de cabeças raspadas. Todos os quatro receberam pena de morte. Esse foi o maior, o mais caro e o mais midiático julgamento nos EUA até então.Contudo, ainda em 1972 a pena de morte foi abolida no estado da Califórnia. As penas foram transformadas em prisão perpétua, com possibilidade de condicional. Na época, Charles virou uma espécie de celebridade, objeto de filmes, livros, músicas e até ópera. Segundo o promotor do caso, “hoje, quase todo grupo minoritário e rejeitado da América, dos satanistas aos neonazistas, encampou Manson e os venenos de sua virulenta filosofia. Ele se tornou o ícone espiritual deles.”.Manson, durante o julgamento, foi referido pela promotoria como “o ser mais maligno e satânico que já caminhou na face da Terra”. Hoje, com mais de 70 anos, ainda é o prisioneiro que mais recebe cartas nos EUA. Neste período preso, já recebeu algumas punições dentro da prisão, inclusive por tramar o assassinato de um presidente dos EUA, tentado por uma de suas garotas. Seu “x” na testa foi transformado em uma suástica nazista. Sua condicional foi negada inúmeras vezes. Nem sempre ele comparece à audiência – uma vez, mandou apenas um cartão do jogo Banco Imobiliário: aquele que diz “Saída livre da prisão”.
A atriz Leila Diniz, grávida, fotografada de biquíni, uma ousadia no Brasil de 1971.De professora infantil a símbolo sexual e feminista, a atriz fluminense teve uma breve, mas meteórica vida. Formou-se em magistério e foi professora do maternal e jardim de infância no subúrbio carioca. Já naquela curta experiência ficou marcada a sua inadaptação aos costumes: chegou a abolir a mesa de professora para ficar entre os alunos. Era bastante querida, mas seu comportamento causou desagrado. Cansada de brigar com os pais e a diretora da escola, Leila se demitiu e nunca mais voltou a lecionar.Estreou no teatro e logo depois passou a trabalhar na TV Globo, atuando em telenovelas. Em pouco tempo tempo, Leila Diniz tornou-se uma das atrizes mais populares do Brasil. Mas seu comportamento liberal dividia opiniões. Leila era autêntica, controversa, desbocada e desprendida. Mesmo com o alto nível de popularidade que gozava, dizia que não sabia ganhar dinheiro, gostava mesmo era de trabalhar com quem a divertia, não importando quem fosse ou o quanto ela ganharia por aquele trabalho. Leila quebrou tabus de uma época em que a repressão dominava o Brasil, escandalizou ao exibir a sua gravidez de biquini na praia, e chocou o país inteiro ao proferir a frase: "Transo de manhã, de tarde e de noite." Considerada uma mulher à frente de seu tempo, ousada e que detestava convenções, foi invejada e criticada pela sociedade conservadora das décadas de 1960 e 1970.Leila falava de sua vida pessoal sem nenhum tipo de constrangimento. Concedeu diversas entrevistas marcantes à imprensa, mas a que causou um grande furor no país foi a que deu ao jornal O Pasquim em 1969, na edição de novembro. O tabloide era um símbolo da oposição ao Regime Militar no Brasil. Considerado subversivo pela polícia política, o exemplar com maior número de vendagens foi justamente o que trazia a entrevista de Leila. Na sabatina de sete páginas, Leila falou abertamente sobre tudo - carreira, cinema, teatro, sexo, amor e afins. As declarações de Leila - totalmente desinibida - chocaram a sociedade de um jeito nunca antes visto, e causaram um dos maiores rebuliços da história da imprensa no Brasil. Nessa entrevista, ela, a cada trecho, falava palavrões que eram substituídos por asteriscos, e ainda disse: "Você pode muito bem amar uma pessoa e ir para cama com outra. Já aconteceu comigo." E foi também depois dessa publicação que foi instaurada a censura prévia à imprensa, mais conhecida como Decreto Leila Diniz. Sendo assim, Leila se tornou uma das vítimas da repressão da Ditadura Militar. Mesmo que ela jamais tivesse qualquer engajamento político, seu comportamento independente, liberal, que levantava uma bandeira ao amor livre e à liberdade feminina, representava uma ameaça à moral e aos bons costumes, à seriedade e robustez do regime - regime este feito por homens, que viram naquela mulher um grande incômodo. Leila ia diretamente contra a ideologia do regime. Passou a ser vista como uma anarquista social, uma mulher promíscua, que não tinha vergonha ou pudor em debater publicamente os assuntos relacionados a sua sexualidade. Viviam-se os anos 60, época da revolução comportamental e da liberação sexual: nada mais natural do que ter Leila Diniz como ícone do movimento, mas tal era inadmissível num país que vivia nas trevas de uma ditadura. Mas Leila estava muito alheia daquilo tudo, só queria amar e ser livre. "No fundo, eu sou uma mulher meiga, adoro amar, não quero brigar nunca, e queria mesmo é fazer amor sem parar."Alegando razões morais, a TV Globo do Rio de Janeiro não renovou o contrato de atriz. De acordo com Janete Clair, não haveria papel de prostituta nas próximas telenovelas da emissora.Em 1970, no auge da polêmica, Leila foi chamada para compor o juri do Programa Flávio Cavalcanti. Flávio foi um dos apresentadores mais controversos da televisão brasileira, famoso pelas polêmicas em que se metia com outros artistas. Acusada de proteger militantes da esquerda, Leila foi perseguida pela polícia política, que foi até os estúdios da TV Tupi no Rio de Janeiro, bairro da Urca, para prendê-la. Flávio Cavalcanti, então, escondeu-a em sua de campo em Petrópolis. Depois desse episódio, a censura resolveu tirar o programa do ar.Meses depois, Leila reabilitou o teatro de revista, com sucesso, na revista musical Tem Banana na Banda. Repercutindo o sucesso, recebeu o título de Rainha das Vedetes. Porém, Leila morreu tragicamente em um acidente aéreo, no dia 14 de junho de 1972, aos 27 anos, no auge da fama, quando voltava de uma viagem à Austrália, onde divulgara o filme “Mãos Vazias” no Festival Internacional de Adelaide. Um cunhado advogado se dirigiu a Nova Délhi, na Índia, local do desastre, para tratar dos restos mortais da atriz. Acabou encontrando um diário que continha diversas anotações e uma última frase, que provavelmente estava se referindo ao acidente: "Está acontecendo alguma coisa muito es...."Leila Diniz, defensora do amor livre e do prazer sexual, será sempre lembrada como símbolo da revolução feminina, que rompeu conceitos e tabus por meio de suas idéias e atitudes. Apesar de quatro décadas depois, Leila continua viva no imaginário cultural brasileiro. “Toda mulher é meio Leila Diniz”, cantou Rita Lee em “Todas As Mulheres do Mundo”. Com quatorze filmes, doze telenovelas e diversas peças teatrais em seu currículo, foi mesmo através de suas atitudes e declarações que Leila Diniz deixou seu maior legado, afirmando o papel sexual, social e independente da mulher brasileira em uma sociedade machista e sob as rédeas curtas de uma implacável ditadura militar. A receita para tamanha liberdade e simbolismo está resumida em uma das mais famosas declarações: “Viver, intensamente, é você chorar, rir, sofrer, participar das coisas, achar a verdade nas coisas que faz. Encontrar em cada gesto da vida o sentido exato para que acredite nele e o sinta intensamente.”
Vestibular nas arquibancadas do Mineirão, com mais de 25 mil candidatos nas arquibancadas, sob a vigilância de soldados do Exército.O regime militar, por não confiar na capacidade das instituições de ensino superior para promover os testes, determinava sua realização centralizada, em espaço físico sob total controle de seus agentes. De 1970 a 1977, durante a ditadura militar, o vestibular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi realizado no estádio Mineirão, em Belo Horizonte. Dentro e fora do estádio, o vestibular único, instituído por lei federal no fim dos anos 1960, na reforma universitária, se tornava um espetáculo de mídia. O esquema era rigoroso e não faltavam policiais militares, soldados do Exército e até cães ferozes na entrada do estádio, Havia a fiscalização de soldados com binóculos, em cabines, monitorando os estudantes, embora houvesse muito espaço entre os alunos para não haver cola. Alem de muitos fiscais, de pé o tempo todo, circulando entre os estudantes.E, alem de todo desconforto, havia o sol. Mesmo que o aluno estivesse na sombra, em alguns momentos ficava com ele bem no rosto. Fotos do arquivo do Estado de Minas mostram alguns estudantes transformando caixa de papelão em chapéu a fim de se proteger da forte claridade.
O boneco Robert.Em 1896, a escrava de um rico comerciante deu ao filho do seu dono um boneco de palha que, segundo consta, havia passado por um ritual de magia negra. O garoto Eugene batizou o boneco de Robert e, durante a sua infância, toda vez que algo ruim acontecia e a culpa recaía sobre Eugene, ele dizia que Robert havia feito isso.Estranhos eventos começaram a ser relatados. Taças e talheres eram atiradas na sala de jantar, servos escondidos durante seus turnos da noite enquanto ouviam barulhos de roupas sendo rasgadas e papeis que eram amassados e jogados no chão em aposentos esquecidos da casa. Brinquedos queridos de Eugene começaram a aparecer multilados quando no profundo da noite se ouvia uma fina risada. O boneco se tornou companhia inseparável de Gene. Seu pai costumava ouví-lo constantemente falando com o boneco. Isso seria normal, se os pais não ouvissem Gene respondendo a si mesmo com uma voz completamente diferente da sua. Seus pais diziam ouvir risos do boneco e podiam jurar ver o vulto de Robert correndo pela casa.Vizinhos diziam ver Robert aparecer nas janelas, quando a família estava fora. Gene começou a ter pesadelos e acordar gritando. Quando seus pais entravam no quarto encontravam-no com móveis virados, e o menino encolhido com medo e o boneco nos pés da cama sentado. "Foi o Robert!", Gene murmurava.O boneco foi colocado no sótão e ficou lá por anos.Quando os pais de Gene morreram ele redescobriu Robert no sótão. A esposa de Gene sentia-se desconfortável, até que um dia cansou-se do olhar incômodo do boneco e o devolveu ao sótão. Gene ficou chateado e exigiu que Robert tivesse um quarto só para ele, de onde pudesse ver a rua pela janela. Pouco depois a sanidade de Gene começou a diminuir.Os cidadãos de Key West relatavam ver Robert na janela rindo. Crianças evitavam passar perto da casa com medo do olhar maligno do boneco. Visitantes diziam ouvir passos no sótão e estranhas risadas, ate que após um tempo as visitas cessaram na casa de Gene.Conforme Eugene envelhecia, foi ficando extremamente abusivo com Anne, sendo descoberto depois que ela chegou a ser trancada diversas vezes no cubículo debaixo da escadaria várias vezes ao dia. Após a morte e enterro de Eugene, Anne foi para casa de sua família em Boston e colocou sua casa para alugar. Robert foi redescoberto no sótão pela filha de 10 anos dos novos proprietários da casa. Pouco tempo depois a menina começou a se queixar que Robert a torturava e infernizava sua vida. Mesmo após 30 anos ela continua a afirmar que "A boneca estava viva e queria matá-la".Robert, ainda vestido em sua roupa branca de marinheiro está hoje em exibição no Key West Martello Museum. Funcionários do museu continuam a relatar estranhos fenômenos atribuídos a Robert: pessoas com marca-passos que param de funcionar na sua frente, assim como máquinas fotográficas (as autoridades do Museu gastaram 6 rolos de filme e muitas pilhas e só conseguiram uma meia dúzia de fotos para divulgação). Curadores do Museu reportaram terem visto Robert mudar de posição durante a noite, mesmo estando atrás de uma jaula de vidro. Pessoas que vão ver Robert também contam pasmas terem visto suas expressões faciais mudarem diante de seus olhos.
CitarO boneco Robert.
O boneco Robert.
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