Autor Tópico: Filosofia do Enio  (Lida 16462 vezes)

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Offline Enio

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Filosofia do Enio
« Online: 02 de Novembro de 2010, 11:15:05 »
Olha, eu considero a existência de universos para além destes e de um acausa primária, limite e que sempre teria existido (atemporal), que deu origem a universos em diferentes dimensões e organismos astrais (espírito). Mas ainda assim, pela forma como explico o surgimento do universo, ou de outros, isso ainda não seria criacionismo.

Pois no criacionismo um indivíduo teria criado as coisas a partir de sua própria vontade. Porém para mim é o contrário disso, tudo existe não por uma vontade ou decisão, mas é efeito de um mecanismo ou dimensão limite que apenas produz por produzir, de forma automática e inconsciente. Isso ainda estaria mais longe do fiximo, do qual repudio (o universo sempre existiu como tal). A minha cosmogênese é muito diferente da bíblia e não parece religiosa.

Todos os universos nascem e morrem. Tá, um universo teoricamente poderia se criar a partir de outro, mas o que foi que deu origem a todo esse sistema do multiverso? Para mim aí está este mecanismo primário. Lembre-se, não foi um indivíduo que fez isso, apenas um mecanismo que sempre existiu, por existir. No fim das contas, se esta causa primária sempre existiu, é atemporal, então qual seria o problema de dizer que isso existe por acaso, e a partir daí o resto também?

Este mecanismo que defendo não planejaria, apenas produziria conforme suas próprias leis e manteria uma ordem universal, ainda que de uma forma extremamente sutil e automatizada, sem fazer decisões. Isso significa que, ainda que o espírito exista, então este existe por existir, por ser mero produto de um processo, produto este que com o tempo se desenvolve, assim como uma criança que nasce de uma mãe. Apesar de que esta criança nunca vai chegar ao nível de grandeza desta dimensão primária, deste mecanismo, por mais que se desenvolva, porque o mecanismo deste produto (espírito) é diferente do da causa primária, que chamo de Fonte.

Chamaria esta minha cosmogênese de algo diferente. Por enquanto chamo de Criolucionismo. Crio = uma causa primária produz diversos universos e organismos astrais de forma inconsciente e totalmente automatizada, como se fosse uma máquina ou algum mecanismo, e que sempre produziu, além de envolver-se num ciclo fechado de elemento material e elemento astral. Lucionismo = os universos se desenvolvem, as espécies se adaptam ao ambiente, aumentam sua complexidade com os milhões de anos e o espírito evolui (o qual chamo de mônada). Tudo se transforma com o tempo, nada é definitivo (fora da Fonte). É uma forma que achei de considerar a espiritualidade, sem com isso negar conceitos científicos.

Como vêem, não é aquele criacionismo em que o universo foi criado em 6 dias, em que uma voz disse faça-se luz e não houve um jardim do éden, mas sim uma floresta na qual o homem evoluiu nela. Não é aquele criacionismo em que o universo é novo e em que tudo já fo criado pronto por uma vontade mesquinha. Tudo é um processo lento e contínuo. É assim que vejo a natureza, assim como a espiritualidade.

Além disso, eu sou contra a "ciência" criacionista, em que se tenta encaixar o universo nos conceitos bíblicos, e ainda por cima ao pé da letra!

O objeto da minha cosmogênse não é se preocupar em ser científica ou religiosa, mas sim é mais uma filosofia que tenta quanto possível encaixar conceitos espiritualistas com científicos. Pois é filosofia.
« Última modificação: 02 de Novembro de 2010, 12:10:47 por Enio »

Offline Enio

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Re: Filosofia do Enio
« Resposta #1 Online: 02 de Novembro de 2010, 12:05:10 »
Esqueci de dizer que levo em consideração, em minha filosofia, que nada surge do nada absoluto e que o elemento material e astral não se cria ou se destrói, só se transforma, baseado no preceito de que matéria e energia não se cria ou se destrói, só se transforma. Ou seja, qualquer teoria que diga que algo se criou do nada absoluto será sempre absurda para mim. Até porque para mim isso não tem sentido algum. Essa nada então seria alguma coisa. Stephen Hawkings diz que o universo se criou do nada. Que todos os universos se criam, assim como bolhas que surgem quando a água está borbolhando. Mas aí é que está a questão, de onde vem estas bolhas? Da água. E o que seria esta água? Ela poderia ser a Fonte ou ainda algum mecanismo que se baseia nela.
« Última modificação: 02 de Novembro de 2010, 12:09:21 por Enio »

Offline gilberto

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Re: Filosofia do Enio
« Resposta #2 Online: 02 de Novembro de 2010, 22:14:20 »
Olá Enio,
primeiro quero que saiba que de minha parte vc pode escrever o que vc quiser aqui no CC. Eu não consigo ler mais de duas linhas suas, mas respeito e até admiro a sua perseverança.
Agora, vc deve saber que praticamente ninguém aqui concorda com nada que vc escreve. E o pessoal aqui meio que te riduculariza explicitamente (respeitosamente é claro).

Então, pq vc escreve as suas idéias em um lugar que não tem a menor chance de ter algum retorno? Isso é curioso.
« Última modificação: 02 de Novembro de 2010, 22:20:50 por gilberto »

Offline Luiz F.

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Re: Filosofia do Enio
« Resposta #3 Online: 02 de Novembro de 2010, 22:24:40 »
Olá Enio,
primeiro quero que saiba que de minha parte vc pode escrever o que vc quiser aqui no CC. Eu não consigo ler mais de duas linhas suas, mas respeito e até admiro a sua perseverança.
Agora, vc deve saber que praticamente ninguém aqui concorda com nada que vc escreve. E o pessoal aqui meio que te riduculariza explicitamente (respeitosamente é claro).

Então, pq vc escreve as suas idéias em um lugar que não tem a menor chance de ter algum retorno? Isso é curioso.

Eu acho que ele é meio masoquista :biglol:
"Você realmente não entende algo se não consegue explicá-lo para sua avó."
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Offline gilberto

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Re: Filosofia do Enio
« Resposta #4 Online: 02 de Novembro de 2010, 22:34:26 »
Eu acho que ele é meio masoquista :biglol:
Vc é mau hein ... hehe

mas eu imagino que possa ser uma das hipóteses abaixo:
* ele tem a esperança de convencer alguém, assim como os religiosos tem a esperança de converter
* ele tentou falar isso em um local de místicos, esotéricos, crentes, etc, e a conversa foi para uma loucura fora do controle, e aqui dá para maneirar um pouco
* ele vê algum, ou mais, mérito em falar com céticos, ateus, cientificistas, etc
* ele é realmente masoquista ... hehe

sei lá que motivos mais ele pode ter ... mas gostaria de saber

Offline Derfel

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Re: Filosofia do Enio
« Resposta #5 Online: 02 de Novembro de 2010, 22:37:39 »
Talvez queira apenas exteriorizar seus pensamentos em forma escrita, sem a necessidade que alguém leia, ainda que haja a esperança que isso ocorra.

Offline gilberto

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Re: Filosofia do Enio
« Resposta #6 Online: 02 de Novembro de 2010, 22:43:44 »
Talvez queira apenas exteriorizar seus pensamentos em forma escrita, sem a necessidade que alguém leia, ainda que haja a esperança que isso ocorra.
É ... tb ... mas pq em um fórum cético pouco receptivo as idéias dele? Ele sabe que ninguém aqui vai concordar mais de 1%do que ele escreve. E o pessoal ainda detona e tira um sarro dele ... hehe ...
Se fosse só escrever e exteriorizar os seus pensamentos, pq não em um fórum esotérico, onde muita gente iria pelo menos dar atenção aos pensamentos dele?

Offline Adriano

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Re: Filosofia do Enio
« Resposta #7 Online: 02 de Novembro de 2010, 22:54:47 »
mas eu imagino que possa ser uma das hipóteses abaixo:
* ele tem a esperança de convencer alguém, assim como os religiosos tem a esperança de converter
* ele tentou falar isso em um local de místicos, esotéricos, crentes, etc, e a conversa foi para uma loucura fora do controle, e aqui dá para maneirar um pouco
* ele vê algum, ou mais, mérito em falar com céticos, ateus, cientificistas, etc
Também aposto nestas hipóteses. Aliás, considero que o atrativo desta comunidade seja justamente a valorização da ciência, que mesmo os criacionistas buscam agregar a seus delírios cosmológicos/biológicos, entre outras tentativas suas de abordar a realidade. Tenho a experiência de ter sido abduzido por memes viróticos mesmo frequentando esta comunidade, num passado não muito distante  :'(
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Offline uiliníli

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Re: Filosofia do Enio
« Resposta #8 Online: 02 de Novembro de 2010, 23:32:37 »
Olá Enio,
primeiro quero que saiba que de minha parte vc pode escrever o que vc quiser aqui no CC. Eu não consigo ler mais de duas linhas suas, mas respeito e até admiro a sua perseverança.
Agora, vc deve saber que praticamente ninguém aqui concorda com nada que vc escreve. E o pessoal aqui meio que te riduculariza explicitamente (respeitosamente é claro).

Então, pq vc escreve as suas idéias em um lugar que não tem a menor chance de ter algum retorno? Isso é curioso.

Por mais que eu me esforce, eu também não consigo ler mais que duas linhas dos posts do Enio. Cada sentença exige uma suspensão voluntária da incredulidade tão grande, um salto de fé tão grande, que minha cabeça entra em curto, eu não estou mais acostumado a engolir passivamente uma informação sem pensar "ei, tem algo errado aí!" e cada frase dele tem pelo menos uns dois pontos de "ei, tem algo errado aí!" Queima algum fusível na minha cabeça e não posso continuar. É uma overdose de petições de princípio e raciocínios ad hoc, não é para estômagos fracos.

Offline Contini

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Re: Filosofia do Enio
« Resposta #9 Online: 03 de Novembro de 2010, 10:27:15 »
Arrisco aqui minha hipótese, acho que o Enio precisa ser "portador" de todo esse "conhecimento" pseudo-científico para suprir aquela necessidade de todos nós de se sentir especial.
Arrisco mesmo que ele deve pensar que tem um "nível" de conhecimento maior que todos deste forum, que não estão "preparados" para perceber a "verdade" como ele... Mais ou menos como se passa com muitos crentes espíritas, cristãos e etc..
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Offline Mr. Mustard

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Re: Filosofia do Enio
« Resposta #10 Online: 03 de Novembro de 2010, 11:23:33 »
Eu tenho filhos na escola e confesso que me sinto muito aliviado por pessoas como o Enio não ameaçarem a racionalidade escolar/acadêmica, nem os programas educacionais.

O mesmo eu digo ao Criacionismo.

Ambos são irrefutáveis.

Offline Contini

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Re: Filosofia do Enio
« Resposta #11 Online: 03 de Novembro de 2010, 11:38:45 »
Eu tenho filhos na escola e confesso que me sinto muito aliviado por pessoas como o Enio não ameaçarem a racionalidade escolar/acadêmica, nem os programas educacionais.

O mesmo eu digo ao Criacionismo.

Ambos são irrefutáveis.
Entendo e concordo.

Mas eu mesmo, quando mais novo, tinha uma tendencia para o pensamento mágico-"científico"! Aos poucos fui aprendendo um pouco mais sobre ciencias, métodos, falácias, etc e fui abandonando esse tipo de bullshit.

Essa postura "crente" do Enio pode ser só uma fase!
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Offline Mr. Mustard

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Re: Filosofia do Enio
« Resposta #12 Online: 03 de Novembro de 2010, 11:47:14 »
Essa postura "crente" do Enio pode ser só uma fase!

Espero que seja mesmo, pois os argumentos (se é que podemos chamar de argumentos) dele são tão apaixonados que o óbvio ululante diz que estão todos errados.

Offline Enio

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Re: Filosofia do Enio
« Resposta #13 Online: 03 de Novembro de 2010, 13:16:30 »
Citar
* ele tem a esperança de convencer alguém, assim como os religiosos tem a esperança de converter
* ele tentou falar isso em um local de místicos, esotéricos, crentes, etc, e a conversa foi para uma loucura fora do controle, e aqui dá para maneirar um pouco
* ele vê algum, ou mais, mérito em falar com céticos, ateus, cientificistas, etc
* ele é realmente masoquista ... hehe

Bem, uma coisa quero deixar claro pra vcs... eu não me cadastrei neste fórum para criar seguidores. Ponto. Não é isso o que busco aqui. Na verdade eu nem pretendo fazer isso. Se por acaso alguém se interessar pela minha filosofia, que siga por conta própria por afinidade de pensamento. Não pretendo criar cultos. Portanto a primeira alternativa já está eliminada.

A última também está eliminada, porque eu não estou aqui para me ferir.

Quanto às outras duas, pode até ser, além de eu buscar conhecimento aqui e de aqui de vez em quando surgir algum assunto que me interesse, é mais por isso mesmo que estou aqui. Na verdade, em relação ao ateísmo, aprendi que não se deve colocar suas confianças e esperanças numa "entidade" que você nem sabe se está mesmo te observando ou não. Não usar a espiritualidade como uma bengala ou apelação, pois isso gera fanatismo, quando a afetividade depende disso. Se por acaso a oração tem algum efeito, este seria psicológico. E se isso envolve Deus, então seria por um processo totalmente automático, assim como as sinapses neurais por exemplo. Nada de milagres.

Ainda que eu não refute a possibilidade de uma causa primária (não poderia ser uma consciência ou indivíduo, já deixo claro, mas um mecanismo natural primário porque a natureza se basearia em algo para além do nosso espaço, e não do nada absoluto porque este não existe), ainda assim é minha prioridade fazer mais do que rezar. Rezar mesmo só quando estou muito estressado, mas no fundo sei que na verdade é só meio que um calmante. Porém priorizo a ação. Não fico perdendo tempo rezando. Quem vive para rezar não progride.

Eu só não sou ateu e mantenho minha posição apenas porque acho que este universo observável não é o limite da natureza. Pelo que pesquisei, parece que os físicos estão evidenciando cada vez mais a existência de universos paralelos. Mas o que seriam estes universos? Seriam outros como o nosso? Haveria hiperespaço? Haveria alguma dimensão mais ampla que o hiperespaço? E haveria uma dimensão limite, da qual tudo na existência se baseia nela?

Eu vou conforme tais evidências. Eu já passei por diversas fases em meus conceitos, mas provavelmente o ateísmo não será a linha final, dado a minha grandiosa curiosidade em relação aos fenômenos que desafiam a visão científica da realidade. E não, eu não ataco a ciência. Os conceitos científicos são úteis para a construção da minha visão de realidade. Eu comparo fluido cósmico universal e elemento espiritual com matéria e energia, apesar não serem da forma como os cientistas conhecem, e com isso estabeleci uma ligação racional com a natureza que conhecemos (pela ciência).  ::)

Porém não me limito só com conceitos científicos ou espiritualistas. Eu os encaixo. E até faço relação de moral com ciência. Já fiz em minha filosofia. Na verdade pretendo terminar com este dualismo científico e espiritualista. Dualismo não serve como visão de realidade e gera conflito. E então fiquei monista. É este o objetivo primário... e não criar fiéis. Pois não quero fazer de minha filosofia uma nova religião. Sem essa!!! :nojo:


Mais uma coisa importante que percebi e que me ajudou a ter um entendimento maior da vida. A afetividade (padrão de emoções), determina nossa visão de realidade. Todos temos emoções e afetividade, e ninguém está imune dela com relação à forma como encaramos a vida. Portanto por mais ateu e cético que seja, este será influenciado pela forma como se sente no mundo, e parte de sua visão de realidade terá base nisso, não somente pela ciência. E percebi que, às vezes, a frustração ou decepção nos permite ver certas coisas da forma como elas são, quando a felicidade não nos permite isso.

A afetividade é como um sexto sentido. As religiões estão intimamente ligadas com isso, por isso que existe tanto sentimentalismo religioso. O que acontece é que eu sou contra você fazer esta associação entre crença, raciocínio e afetividade. E penso que a prioridade cognitiva a ser seguida é, na ordem: intuição, razão e afetividade como ferramentas para a visão de realidade. Se você põe a afetividade como principal ferramenta filosófica, só se estará se limitando ao que você sente, e não será capaz de sentir o que os outros sentem. Não será capaz de ver a realidade do próximo, se você põe a afetividade acima de tudo. Quanto mais importância dá à afetividade, maior o efeito dela em si mesmo, benéfico ou não.

E mais uma coisa. Quanto mais a afetividade está ligada a uma crença, mais isso gera fanatismo e ignorância. Por causa disso, em minha visão de realidade, pretendo me manter indiferente do que sinto, apesar de isso ser um desafio e tanto! Isso é ser friamente racional, você mesmo colocar suas emoções num plano de importância menor. Mas isso também não significa refutar o "sobrenatural", pois a inclusão deste na visão de realidade nem sempre está ligado às nossas necessidades afetivas. Pode apenas ser uma linha de raciocínio não reducionista, não sentimento, como no meu caso.

A minha filosofia tem base num pensamento pessimista e frustrante em relação ao mundo material e espiritual. Mas se não fosse por isso, se fosse do tipo otimista, ainda estaria talvez totalmente fiel à codificação kardequiana. Mas o meu sentimento negativo em relação ao mundo moldou a minha visão de realidade um pouco. Em relação à Deus, por exemplo, diria que este não fará nada por mim, não me observa e não me protegerá. Que sou só resultado de um mecanismo primário que produz inconscientemente (existo por acaso, como tudo). Nenhum deus me deu uma missão existencial, e a minha missão é apenas obter conhecimento e amadurecer. Nós mesmos é quem planejamos, julgamos, premiamos ou condenamos.

Já o otimista dirá o contrário, que Deus o protegerá, deu uma missão existancial a este e que o premiará. Mas dizendo isso o otimista está caindo em sua própria armadilha, dependendo de um ser exterior para solucionar seus problemas diários e emocionais (como lidar com o medo). Além de estar caindo em arrogância por dizer que tem uma missão divina. Este pensamento do otimista prejudica sua humildade. E além de estar colocando suas esperanças em algo que pode não necessariamente receber.

Nós temos uma missão aqui na Terra, aperfeiçoamento e sobrevivência. E não um plano definido por um deus.

Offline Mr. Mustard

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Re: Filosofia do Enio
« Resposta #14 Online: 03 de Novembro de 2010, 13:32:24 »
Debate amistoso com forista Enio:

[Forista]
Enio, a Evolução é um fato, pois há evidências suficientes para sustentá-la!

[Enio]
Bem, eu e minha filosofia sabemos, mas você não está levando em conta a energia quântica paradoxal resultante do elemento invisível do qual as partículas poderiam ter sua força alimentada na condição de predestinação espiritual visto que a éter astral ainda não foi identificado já que ainda não dispomos de uma nova pespectiva de visão de mundo... Mais 78 linhas do mesmo argumento... Todos iniciados com a palavra "Bem, eu e minha filosofia sabemos..."

[Forista]
Enio, não há evidências de espíritos!

[Enio]
Bem, eu e minha filosofia sabemos, mas você não pode afirmar que não há evidência quando há evidências no plano filosófico da minha filosofia já que eu também não concordo nas condições de controle sugeridas pelo método científico. O que proponho aqui é uma revolução absoluta na forma de pensar... Mais 117 linhas do mesmo argumento... Todos iniciados com a palavra "Bem, eu e minha filosofia sabemos..."

[Forista]
Enio, o método científico é a melhor ferramenta para medir, testar e observar fenomenos naturais!

[Enio]
Bem, eu e minha filosofia sabemos, mas você não entende que minha proposta é tão revolucionária que deixaremos de nos alimentar, excretar e aprenderemos a voar sem asas, já que minha proposta espiritual permite violarmos a gravidade, já que ela é apenas um ponto de vista científico equivocado no mundos dos espíritos que ainda não reencarnaram... Mais 254 linhas do mesmo argumento... Todos iniciados com a palavra "Bem, eu e minha filosofia sabemos..."

[Forista]
Enio, por favor, poste alguma evidência do que afirma, estamos num fórum Cético!

[Enio Ad Infinitum]
Bem, eu e minha filosofia sabemos... Mais 786 linhas do mesmo argumento... Todos iniciados com a palavra "Bem, eu e minha filosofia sabemos..."

Offline Contini

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Re: Filosofia do Enio
« Resposta #15 Online: 03 de Novembro de 2010, 13:35:32 »
Resumindo é isso mesmo... Seria proselitismo ou trollagem involuntaria?
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Offline Mr. Mustard

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Re: Filosofia do Enio
« Resposta #16 Online: 03 de Novembro de 2010, 13:41:30 »
Resumindo é isso mesmo... Seria proselitismo ou trollagem involuntaria?

Pois é, o Enio consegue se esquivar do proselitismo e da trollagem intencional simultaneamente :hehe:
No fim, ele não debate com ninguém e ainda desgasta o teclado (e neurônios) em demasia...

Offline Contini

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Re: Filosofia do Enio
« Resposta #17 Online: 03 de Novembro de 2010, 13:48:02 »
Ele devia bater um papo com o Lusitano.... Renderia assunto aos dois para umas duas gerações!  :biglol:
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Offline Mr. Mustard

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Re: Filosofia do Enio
« Resposta #18 Online: 03 de Novembro de 2010, 14:00:41 »
Ele devia bater um papo com o Lusitano.... Renderia assunto aos dois para umas duas gerações!  :biglol:

De fato! :biglol:

Mas antes, seria necessário saber se o fórum tem um storage de dados para tanto texto que poderia vir por aí... :hehe:

Offline uiliníli

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Re: Filosofia do Enio
« Resposta #19 Online: 03 de Novembro de 2010, 14:35:28 »
Eu só não sou ateu e mantenho minha posição apenas porque acho que este universo observável não é o limite da natureza. Pelo que pesquisei, parece que os físicos estão evidenciando cada vez mais a existência de universos paralelos. Mas o que seriam estes universos? Seriam outros como o nosso? Haveria hiperespaço? Haveria alguma dimensão mais ampla que o hiperespaço? E haveria uma dimensão limite, da qual tudo na existência se baseia nela?

Eu vou conforme tais evidências. Eu já passei por diversas fases em meus conceitos, mas provavelmente o ateísmo não será a linha final, dado a minha grandiosa curiosidade em relação aos fenômenos que desafiam a visão científica da realidade. E não, eu não ataco a ciência. Os conceitos científicos são úteis para a construção da minha visão de realidade. Eu comparo fluido cósmico universal e elemento espiritual com matéria e energia, apesar não serem da forma como os cientistas conhecem, e com isso estabeleci uma ligação racional com a natureza que conhecemos (pela ciência).  ::)

Seriam espíritos? Nossas almas iríamos para lá quando morremos? Seriam os deuses astronautas? Seria o mundo da Terra-Média que a filosofia Tolkieniana descobriu? Como não sabemos do que se trata, pode ser tudo o que eu achar mais bonito e colorido para incluir na minha "filosofia espiritual". (bazinga) Você diz que segue as evidências mas isso não é verdade, pois não evidência nenhuma de suas especulações sobre espíritos e abobrinhas correlatas. Você se baseia na ignorância, descobre uma brechinha de ignorância que a ciência ainda não explica e a preenche de fantasia.

Enio: o que a gente não sabe a gente não sabe. Ignorância não é evidência. E que história é essa de "fluido cósmico universal"? Você sabe pelo menos o que é um fluido? Sabe mesmo? Eu gostaria de saber o que você acha que é um fluido. Uma dica: "energia", "espírito", "ectoplasma" e qualquer coisa que comece com "e" não é fluido. E cósmico é sinônimo de universal.  E "elemento espiritual" é algo que você tirou da sua cachola. O que é um "elemento espiritual" e mais importante, que evidências você tem de que existe isso?

Citar
Porém não me limito só com conceitos científicos ou espiritualistas. Eu os encaixo.

Isso não é uma virtude da sua "filosofia". Muito pelo contrário. A ciência é um método para separar o joio do trigo em alegações sobre a natureza. O que você está fazendo é pegar o trigo e misturar com o joio de novo.

Citar
Mais uma coisa importante que percebi e que me ajudou a ter um entendimento maior da vida. A afetividade (padrão de emoções), determina nossa visão de realidade. Todos temos emoções e afetividade, e ninguém está imune dela com relação à forma como encaramos a vida. Portanto por mais ateu e cético que seja, este será influenciado pela forma como se sente no mundo, e parte de sua visão de realidade terá base nisso, não somente pela ciência. E percebi que, às vezes, a frustração ou decepção nos permite ver certas coisas da forma como elas são, quando a felicidade não nos permite isso.

É por isso que a ciência se baseia em evidências, números, gráficos, tabelas, diagramas, etc. Para filtrar a pessoalidade e tratar os fatos com objetividade.

Citar
A afetividade é como um sexto sentido.

Como assim? O ser humano tem mais de dez sentidos. Visão, audição, tato, olfato, paladar, equilíbrio, aceleração, temperatura, propriocepção, dor, etc. Você precisa ser mais específico sobre qual deles corresponde ao sexto sentido. Ou você está falando de outro? E nesse caso, esclareça, você sabe o que diabos é um sentido? Ou é mais uma das palavras que você usa sem saber do que se trata e assim usa com o sentido que você quiser?

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As religiões estão intimamente ligadas com isso, por isso que existe tanto sentimentalismo religioso. O que acontece é que eu sou contra você fazer esta associação entre crença, raciocínio e afetividade. E penso que a prioridade cognitiva a ser seguida é, na ordem: intuição, razão e afetividade como ferramentas para a visão de realidade.

Como você mediu isso? Ou você tirou da sua cachola? E por que eu deveria concordar com o que você pensa?

Offline Enio

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Re: Filosofia do Enio
« Resposta #20 Online: 03 de Novembro de 2010, 18:35:12 »
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É tão revolucionária que deixaremos de nos alimentar, excretar e aprenderemos a voar sem asas, já que minha proposta espiritual permite violarmos a gravidade, já que ela é apenas um ponto de vista científico equivocado no mundos dos espíritos que ainda não reencarnaram
Tá de brincadeira, né? Diria que a gravidade está presente em tudo. A não ser se existirem universos sem gravidade. Mas daí também não haveria formação dos mundos. Ou seja, a gravidade, para permitir vida, é necessária. E o que você disse aí não tem a ver com o que penso. Em meu conceito espiritual, a espiritualidade não é uma continuação deste universo e de nossas mentes. E nosso universo seria uma parte desta espiritualidade.

E não é "eu e minha filosofia sabemos", mas sim "eu e minha filosofia indagamos". Ninguém tem 100% de certeza como é a realidade! Eu não sou uma fonte de verdade e não pretendo ser, mas sim uma de indagações.

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Seriam os deuses astronautas?
Quem sabe? Ninguém tem certeza absoluta disso. Já pensou um dia colonizarmos outros planetas, daí colocarmos humanóides que nos sirvam como servos, abandonarmos este planeta, esses servos desenvolverem sua civilização e então indagarem se houveram astronautas do espaço muitos milênios depois? Quanto ao fluido cósmico universal e elementos espiritual, procure isso nas obras espíritas.

O fluido cósmico universal é assim porque, de acordo com os espíritas, toda a matéria do universo se baseia nisso. Toda a matéria existente está mergulhada nesta substância que em tese forma todas as partículas que conhecemos. Poderia dizer que este "fluido" estaria ocupando todo o espaço. E como estamos mergulhados nisso que está por toda a parte, assim é chamado.

Este "fluido" não é espírito, energia e ectoplasma. O ectoplasma é um material formado a partir de um fluido que o médium possui. Cósmico porque está referido a todo o universo, ou seja, o universo está mergulhado nisso, como já disse. Já o elemento espiritual ele em tese é o que faz o espírito. O fluido cósmico universal forma o corpo que o espírito reveste, tanto material quanto astral (sutil). O ectoplasma já foi examinado e se verificou nele células humanas, entre outras substâncias. Portanto é um material orgânico. Porém delicado e de aspecto incomum.

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Isso não é uma virtude da sua "filosofia". Muito pelo contrário. A ciência é um método para separar o joio do trigo em alegações sobre a natureza. O que você está fazendo é pegar o trigo e misturar com o joio de novo.
Quero é ver quando a ciência descobrir a alma!

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É por isso que a ciência se baseia em evidências, números, gráficos, tabelas, diagramas, etc. Para filtrar a pessoalidade e tratar os fatos com objetividade. Como você mediu isso? Ou você tirou da sua cachola? E por que eu deveria concordar com o que você pensa?
Eu não medi, apenas intuí. Lembre-se, eu não estou fazendo uma pesquisa científica, mas sim uma indagação filosófica, o que é diferente de uma pesquisa científica ou método analítico. A filosofia está mais voltada à intuição. E é aí que exploro melhor. Medir é você fazer uma medição concreta, com cálculos, gráficos e tudo o que tem direito para algo tangível. Já intuir é fazer isso, só que de uma forma mais abstrata, conceitual, teórica e por associação. Muitas vezes se usa imagens mentais, ao invés de cálculos.

Você não é obrigado a aceitar a minha filosofia. Como disse, aceita quem tiver aptidão por ela. É por isso que na minha obra eu coloquei na capa que esta filosofia não é adequada a pessoas céticas ou profundamente religiosas, pelo tipo de conteúdo e por ter temas polêmicos.

Offline Contini

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Re: Filosofia do Enio
« Resposta #21 Online: 03 de Novembro de 2010, 18:50:14 »
Esquece, uiliníli...

Sabe aquela história de jogar xadrez com um pombo? Pois é!

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Offline uiliníli

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Re: Filosofia do Enio
« Resposta #22 Online: 03 de Novembro de 2010, 19:34:27 »
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É tão revolucionária que deixaremos de nos alimentar, excretar e aprenderemos a voar sem asas, já que minha proposta espiritual permite violarmos a gravidade, já que ela é apenas um ponto de vista científico equivocado no mundos dos espíritos que ainda não reencarnaram
Tá de brincadeira, né? Diria que a gravidade está presente em tudo. A não ser se existirem universos sem gravidade. Mas daí também não haveria formação dos mundos. Ou seja, a gravidade, para permitir vida, é necessária. E o que você disse aí não tem a ver com o que penso. Em meu conceito espiritual, a espiritualidade não é uma continuação deste universo e de nossas mentes. E nosso universo seria uma parte desta espiritualidade.

Não sei se você percebeu, mas ele estava fazendo uma piada. Uma coisa que parece evidente neste fórum é que (1) ou os céticos têm um senso de humor muito sutil ou (2) os espíritas não têm nenhum senso de humor.

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E não é "eu e minha filosofia sabemos", mas sim "eu e minha filosofia indagamos". Ninguém tem 100% de certeza como é a realidade! Eu não sou uma fonte de verdade e não pretendo ser, mas sim uma de indagações.

Não parece, pela grande quantidade de alegações especiais que a sua "filosofia" contém.

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Seriam os deuses astronautas?
Quem sabe? Ninguém tem certeza absoluta disso. Já pensou um dia colonizarmos outros planetas, daí colocarmos humanóides que nos sirvam como servos, abandonarmos este planeta, esses servos desenvolverem sua civilização e então indagarem se houveram astronautas do espaço muitos milênios depois? Quanto ao fluido cósmico universal e elementos espiritual, procure isso nas obras espíritas.

Ok, Enio, vamos analisar as obras espíritas:
Citação de: [url=http://www.espirito.org.br/portal/artigos/unidual/fcu.html]Espirito.org.br[/url]
O FCU ou Fluido Cósmico Universal foi o nome dado pelos Espíritos ao fluido elementar imponderável que serve como intermediário entre o Espírito e a matéria1, que permite a adesão das partículas de matéria e apresenta inúmeras combinações que são observadas como campo eletromagnético e como fluido vital2, sendo ainda o princípio da matéria pesada3.

As referências 1, 2 e 3 dirigem todas para o Livro dos Espíritos.

As primeiras respostas em que esse tal "fluido cósmico universal" aparece são as seguinte:

Citação de: [url=http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/le/le-1-02.html#1.1]Livro dos Espiritos[/url]
27 Haveria, assim, dois elementos gerais do universo: a matéria e o Espírito?

– Sim, e acima de tudo Deus, o Criador, o Pai de todas as coisas. Deus, Espírito e matéria são o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas ao elemento material é preciso acrescentar o fluido universal, que faz o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita, muito grosseira para que o Espírito possa ter uma ação sobre ela. Ainda que sob certo ponto de vista se possa incluí-lo no elemento material, ele se distingue por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse matéria, não haveria razão para que o Espírito não o fosse também. Ele está colocado entre o Espírito e a matéria; é fluido, como a matéria é matéria; suscetível, por suas inumeráveis combinações com ela e sob a ação do Espírito, de poder produzir uma infinita variedade de coisas das quais conheceis apenas uma pequena parte.Esse fluido universal, primitivo, ou elementar, sendo o agente que o Espírito utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de dispersão e nunca adquiriria as propriedades que a força da gravidade lhe dá.

27 a Seria esse fluido o que designamos sob o nome de eletricidade?

– Dissemos que ele é suscetível de inumeráveis combinações; o que chamais fluido elétrico, fluido magnético, são modificações do fluido universal, que é, propriamente falando, uma matéria mais perfeita, mais sutil e que se pode considerar como independente.

Bom, as primeiras coisas que ficam evidentes é que o próprio Kardec e o espírito que respondia ele não sabem o que é um fluido. Confundem o conceito de fluido, isto é, o subconjunto de todos os estados da matéria que sofrem deformação mecânica quando na presença de tensões de cisalhamento; com o conceito de campo, isto é, uma grandeza física cujo valor, seja ele escalar, vetorial ou tensorial, é função do espaço/tempo. Assim sendo, como qualquer pessoa com um mínimo de conhecimento sabe, eletricidade e magnetismo não têm nada a ver com fluidos, eles são campos. Kardec parece ser vítima da crença (errada) que existia na época, de que a luz precisava de um meio material para se propagar, o "éter luminífero", que como se sabe hoje, não existe. O espírito que deu consultoria para ele, aparentemente, também não sabia.

Bom, mas não importa, o que sabemos é que esse tal "fluido cósmico universal" é qualquer coisa "sutil" (na linguagem sacana de Kardec) o bastante para não ser identificável por nenhum instrumento. Muito conveniente para ele, mas para mim soa como uma expressão sem nenhum significado, pois esse fluido, definitivamente não é um fluido. Só sabemos que ele é cósmico e universal, o que também não significa nada, ou melhor as duas coisas significam a mesma coisa, mas não dão nenhuma informação melhor que a de ele estar contido no universo (dãããã!!!) Tá, mas onde estão as evidências, tem um pouquinho de fluido cósmico universal guardado em algum béquer no porão de algum centro espírita? Talvez ao lado do erlenmeyer com solução de pó-de-pirlimpimpim 0,1 molar?


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O fluido cósmico universal é assim porque, de acordo com os espíritas, toda a matéria do universo se baseia nisso.

De acordo com os espíritas... hmmm... não tem uma fonte mais confiável?

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Toda a matéria existente está mergulhada nesta substância que em tese forma todas as partículas que conhecemos. Poderia dizer que este "fluido" estaria ocupando todo o espaço. E como estamos mergulhados nisso que está por toda a parte, assim é chamado.

Uau! Engraçado, sabe que esse fluido cósmico universal me lembra muito uma coisa? Ela se chama "espaço vazio". UAAAAUUUUU!!!!

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Este "fluido" não é espírito, energia e ectoplasma. O ectoplasma é um material formado a partir de um fluido que o médium possui.

É um material? Então tem amostra? Esse tem em algum béquer do laboratório de espiritismo, não tem? Não tem? :shock: Decepcionante :(

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Cósmico porque está referido a todo o universo, ou seja, o universo está mergulhado nisso, como já disse. Já o elemento espiritual ele em tese é o que faz o espírito. O fluido cósmico universal forma o corpo que o espírito reveste, tanto material quanto astral (sutil). O ectoplasma já foi examinado e se verificou nele células humanas, entre outras substâncias. Portanto é um material orgânico. Porém delicado e de aspecto incomum.

Sério? É orgânico? Que legal! Qual é a fórmula dele? E a função bioquímica? É aminoácido? Ácido graxo? Hidrófobo ou hidrófilo? Qual a massa molecular? Esse pelo menos tem que ter num bequerzinho do laboratório de espiritismo, você mesmo falou que ele já foi encontrado!

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Isso não é uma virtude da sua "filosofia". Muito pelo contrário. A ciência é um método para separar o joio do trigo em alegações sobre a natureza. O que você está fazendo é pegar o trigo e misturar com o joio de novo.
Quero é ver quando a ciência descobrir a alma!

 :susto: Mas isso vai ser antes ou depois de descobrir as fadas?

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É por isso que a ciência se baseia em evidências, números, gráficos, tabelas, diagramas, etc. Para filtrar a pessoalidade e tratar os fatos com objetividade. Como você mediu isso? Ou você tirou da sua cachola? E por que eu deveria concordar com o que você pensa?
Eu não medi, apenas intuí. Lembre-se, eu não estou fazendo uma pesquisa científica, mas sim uma indagação filosófica, o que é diferente de uma pesquisa científica ou método analítico. A filosofia está mais voltada à intuição. E é aí que exploro melhor. Medir é você fazer uma medição concreta, com cálculos, gráficos e tudo o que tem direito para algo tangível. Já intuir é fazer isso, só que de uma forma mais abstrata, conceitual, teórica e por associação. Muitas vezes se usa imagens mentais, ao invés de cálculos.

Você tem certeza de que você sabe o que é e como funciona a filosofia, não tem? Porque ela não tem nada a ver com o que você está falando. Isso que você chama de filosofia, eu chamo por outro nome: cogumelo.

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Você não é obrigado a aceitar a minha filosofia. Como disse, aceita quem tiver aptidão por ela. É por isso que na minha obra eu coloquei na capa que esta filosofia não é adequada a pessoas céticas ou profundamente religiosas, pelo tipo de conteúdo e por ter temas polêmicos.

Excelente disclaimer. "Esta obra não adequada a pessoas céticas". Dessa amneira você garante que só lerão a sua obra pessoas crédulas e acríticas, capazes de acreditar em absolutamente qualquer coisa. Excelente.

Offline Enio

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Re: Filosofia do Enio
« Resposta #23 Online: 03 de Novembro de 2010, 22:10:15 »
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Ou os céticos têm um senso de humor muito sutil ou (2) os espíritas não têm nenhum senso de humor.
Na verdade o problema não são os céticos ou espíritas (na verdade me considero mais como um divergente, não um espírita integral), mas sim que tenho dificuldade de perceber o senso de humor ou certos tipos. É porque eu levo as coisas mais a sério mesmo. Isso tem relação com a minha personalidade, e não filosofia espiritualista.

O objetivo de minha filosofia é indagar e encaixar conceitos aparentemente opostos, e não criar respostas.

Este fluido era chamado de fluido por se tratava do entendimento da época. Uma coisa que se deve ter em mente é que os desencarnados falam com os encarnados em cima dos conceitos de uma época, caso contrário ficaria incompreensível. Não há laboratórios espíritas de verdade. Pois eles não estão focados em ciência (com excessão de alguns), mas sim no desenvolvimento moral. Principalmente aqui no Brasil cujo povo é mais religioso comparado a outros países não latinos.

E daí que este éter luminoso não existe? Os espíritas se baseiam nas ditas revelações por mediunidade. E, em relação a assuntos espirituais, o espiritismo, é, a meu ver, a melhor fonte. Tem muita coisa no meio espírita que me faz mais sentido que as outras religiões, apesar de não concordar exatamente com tudo, por exemplo, com a típica visão dualista dos religiosos, que está também presente no espiritismo.

Será que é possível se detectar uma partícula ou onda ou qualquer coisa que forme todas as partículas consideradas atualmente como elementares? Creio ser possível. É claro que quando esta partícula ou energia for descoberta, não vai aparecer nenhum espírito ali, até porque espírito não é partícula, mas sim um "organismo" formado por ela, assim como os átomos formam nossos corpos. Quer dizer, não vai estar vendo o espírito, mas somente a partícula que em tese forma todo tipo de partícula existente neste universo, e no além talvez. Como disse esse cósmico e universal está se referindo que está por toda a parte. O vazio absoluto não existe, todo o universo está preenchido por energia e substâncias.


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Tá, mas onde estão as evidências, tem um pouquinho de fluido cósmico universal guardado em algum béquer no porão de algum centro espírita? Talvez ao lado do erlenmeyer com solução de pó-de-pirlimpimpim 0,1 molar?
Como disse, não há como haver esta substância num recipiente porque, como já disse, o universo em si seria baseado nisso. É meio como que tentar preencher um recipiente com fótons ou pura energia. Ao menos atualmente, não dá. É como tentar preencher um recipiente com uma "partícula" muito diminuta e medir isso. Quer dizer, que para se pesquisar esta substância ou partícula, a física seria mais apropriada que química, visto que se trata de partícula que teoricamente forma as outras existentes, e não, por exemplo, um ácido ou uma base que possa ser colocado em balança.


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Uau! Engraçado, sabe que esse fluido cósmico universal me lembra muito uma coisa? Ela se chama "espaço vazio". UAAAAUUUUU!!!!
Na verdade esse vazio seria alguma coisa. Não existe vazio absoluto, ou melhor dizendo, o nada. Quanto ao nada, pode haver nada relacionado a algo conhecido, mas o nada absoluto é inexistente.


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É um material? Então tem amostra? Esse tem em algum béquer do laboratório de espiritismo, não tem? Não tem?  Decepcionante
Eu não sei se este material foi pesquisado num laboratório espírita (ou melhor, centro espírita, ou quem sabe um laboratório comum?). O que eu conheço é centro espírita, e não laboratório espírita. Bem, se foi visto a composição, então se utilizou algum equpiamento para isso. Porque insiste tanto no béquer? Porque não, por exemplo, numa lâmina? Não seria mais apropriado para se ver tecidos? Foi o que fizeram.


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Sério? É orgânico? Que legal! Qual é a fórmula dele? E a função bioquímica? É aminoácido? Ácido graxo? Hidrófobo ou hidrófilo? Qual a massa molecular? Esse pelo menos tem que ter num bequerzinho do laboratório de espiritismo, você mesmo falou que ele já foi encontrado!
Tudo o que encontrei sobre isso foi uma substância feita de células e outros líquidos corporais, sem mais detalhes técnicos. Seria também interessante saber de mais detalhes. Ou seja, neste caso, o espírito se reveste de um material orgânico, de substâncias que formam nosso organismo, mas que no conjunto forma um material claro e extremamente flexível, leve, com consistência parecida a uma gaze.

As fadas, pelo que teorizo, nada mais são espíritos que vagam pela natureza, ou espíritos que apenas tem uma preferência em se mostrarem com tal forma, ao invés da forma de um ser humano normal. Mas também pode ser só mesmo conto de fada. Mas a minha pergunta é de onde veio a inspiração para a criação de contos de fadas. Aí é que a pergunta pega. Ou seja, se fadas sorem descobertas, então ao mesmo tempo espíritos também serão, pois teoricamente são espíritos.


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Excelente disclaimer. "Esta obra não adequada a pessoas céticas". Dessa amneira você garante que só lerão a sua obra pessoas crédulas e acríticas, capazes de acreditar em absolutamente qualquer coisa. Excelente.
Mas eu também disse que não é adequada a pessoas profundamente religiosas (por exemplo, as que negam conceitos científicos para manterem sua fé). Os mais religiosos (sensíveis) não estão preparados para terem contato com minha obra, pois ela mete pau em muitos assuntos. É resultado de toda uma revolta minha.

Esta obra não é, portanto, adequada aos dois extremos. É mais adequada para os tolerantes entre estes extremos, a credulidade cega e o ceticismo. A minha obra incentiva a crítica, apesar de não seguir uma linha completamente cética. Eu mesmo, por exemplo, questiono sobre o dualismo presente nas religiões, a respeito da supervalorização do sentimento, falo também sobre política e até mesmo sobre extraterrestres! Faço comparações e perguntas em cima disso, por exemplo. E sou a favor de uma tecnocracia anarquista, pois vi que todas as outras formas de governo não são boas e são ruins no campo biopsicossocial. A tecnocracia é a mais eficiente, pelo que pesquisei.

Obs: Sou agnóstico com relação à presença de ETS na Terra atualmente.


E se o que eu criei não é filosofia, então o que é filosofia pra você? Filosofia cética? Filosofia envolve visão de realidade, e é justamente isso o que proponho, uma nova visão de realidade, sem extremos e dualismos. E essa visão de realidade pode estar voltada seja a uma crença ou descrença. Vai dizer, por exemplo, que Platão não foi filósofo (ele apelava para o sobrenatural)? Muitos filósofos também consideravam a existência de um deus. Portanto não diga que isto que fiz não é filosofia só porque para vocês tem pensamento mágico.


Mais uma coisa, com relação à citação de Kardec... os meus conceitos se diferem um pouco do espiritismo em relação à Deus. Por exemplo, Deus não me fez por querer e nem deu um plano específico a mim. O meu objetivo natural é apenas o aperfeiçoamento e sobrevivência. Deus não está nem aí para ninguém pois em si é um mecanismo insensível e inconsciente.

O que podemos definir como uma "justiça" universal é a lei de causa e efeito, que se baseia neste suposto mecanismo que defino como a dimensão limite, de onde tudo se baseia. Por exemplo, porque muitos que cometem um ato criminoso ficam com aquele peso na consciência? No caso do psicopata, já que ele é incapaz de sentir culpa, isso não ocorre (mas em compensação este não tem noção de afetividade, tende ao isolamento e não tem inteligência ética). E não é Deus que julga, nós é que julgamos e condenamos conforme nosso nível de entendimento sobre as coisas.
« Última modificação: 03 de Novembro de 2010, 22:15:10 por Enio »

Offline uiliníli

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Re: Filosofia do Enio
« Resposta #24 Online: 04 de Novembro de 2010, 00:23:33 »
Este fluido era chamado de fluido por se tratava do entendimento da época. Uma coisa que se deve ter em mente é que os desencarnados falam com os encarnados em cima dos conceitos de uma época, caso contrário ficaria incompreensível. Não há laboratórios espíritas de verdade. Pois eles não estão focados em ciência (com excessão de alguns), mas sim no desenvolvimento moral. Principalmente aqui no Brasil cujo povo é mais religioso comparado a outros países não latinos.

Você está errado, Enio, o conceito de fluido da época era o mesmo de hoje. A mecânica dos fluidos já estava bem desenvolvida no século XVII, Kardec escreveu seus livros no meio do século XIX. O conceito de campo elétrico também é contemporâneo de Kardec. Ele só era ignorante com relação a esses temas, e por isso escreveu bobagem.

E se o espiritismo não está interessado em física, apenas moral, porque ele inventa tantos conceitos que a princípio são do campo da física, como "fluido cósmico universal", "ectplasma", "perispírito", etc?

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E daí que este éter luminoso não existe? Os espíritas se baseiam nas ditas revelações por mediunidade. E, em relação a assuntos espirituais, o espiritismo, é, a meu ver, a melhor fonte. Tem muita coisa no meio espírita que me faz mais sentido que as outras religiões, apesar de não concordar exatamente com tudo, por exemplo, com a típica visão dualista dos religiosos, que está também presente no espiritismo.

Daí que as previsões do espiritismo sobre a realidade são todas furadas. Desde esse conceito de esse fóssil de éter luminífero encontrado no tal "fluido cósmico universal" até suas tolices astronômicas, como a existência de vida, inclusive animal e vegetal, em Júpiter. Não se esperaria tantas informações erradas vindas de espíritos supostamente superiores e com mais conhecimentos científicos. Esses espíritos tampouco fizeram qualquer contribuição para as ciências. Por exemplo, porque Fermat não revelou a solução para seu teorema, cuja demonstração ficou perdida por mais de 400 anos? Nenhum espírito de matemático se dispõe a resolver P=NP?

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Será que é possível se detectar uma partícula ou onda ou qualquer coisa que forme todas as partículas consideradas atualmente como elementares? Creio ser possível. É claro que quando esta partícula ou energia for descoberta, não vai aparecer nenhum espírito ali, até porque espírito não é partícula, mas sim um "organismo" formado por ela, assim como os átomos formam nossos corpos. Quer dizer, não vai estar vendo o espírito, mas somente a partícula que em tese forma todo tipo de partícula existente neste universo, e no além talvez. Como disse esse cósmico e universal está se referindo que está por toda a parte. O vazio absoluto não existe, todo o universo está preenchido por energia e substâncias.

Quem sabe o LHC não encontra fantasmas, não é mesmo?


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Tá, mas onde estão as evidências, tem um pouquinho de fluido cósmico universal guardado em algum béquer no porão de algum centro espírita? Talvez ao lado do erlenmeyer com solução de pó-de-pirlimpimpim 0,1 molar?
Como disse, não há como haver esta substância num recipiente porque, como já disse, o universo em si seria baseado nisso. É meio como que tentar preencher um recipiente com fótons ou pura energia. Ao menos atualmente, não dá. É como tentar preencher um recipiente com uma "partícula" muito diminuta e medir isso. Quer dizer, que para se pesquisar esta substância ou partícula, a física seria mais apropriada que química, visto que se trata de partícula que teoricamente forma as outras existentes, e não, por exemplo, um ácido ou uma base que possa ser colocado em balança.

Ou seja, é um fluido invisível, indetectável, imensurável... um fluido que para todos os efeitos práticos não existe.

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Na verdade esse vazio seria alguma coisa. Não existe vazio absoluto, ou melhor dizendo, o nada. Quanto ao nada, pode haver nada relacionado a algo conhecido, mas o nada absoluto é inexistente.

Isso é evidente. O espaço "vazio" na pior das hipóteses contém espaço. O causo é que o espaço permeia tudo, assim como o seu tal fluido cósmico. Por que não chamamos isso logo de espaço e paramos de inventar substâncias fictícias?

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Eu não sei se este material foi pesquisado num laboratório espírita (ou melhor, centro espírita, ou quem sabe um laboratório comum?). O que eu conheço é centro espírita, e não laboratório espírita. Bem, se foi visto a composição, então se utilizou algum equpiamento para isso. Porque insiste tanto no béquer? Porque não, por exemplo, numa lâmina? Não seria mais apropriado para se ver tecidos? Foi o que fizeram.

Pode ser num béquer, numa lâmina, em qualquer lugar. Desde que haja evidência. Uma descoberta assim certamente mereceria o prêmio Nobel.

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Tudo o que encontrei sobre isso foi uma substância feita de células e outros líquidos corporais, sem mais detalhes técnicos. Seria também interessante saber de mais detalhes. Ou seja, neste caso, o espírito se reveste de um material orgânico, de substâncias que formam nosso organismo, mas que no conjunto forma um material claro e extremamente flexível, leve, com consistência parecida a uma gaze.

Mas se são células ordinárias em nada diferente de células animais, o que há de especial nisso?

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As fadas, pelo que teorizo, nada mais são espíritos que vagam pela natureza, ou espíritos que apenas tem uma preferência em se mostrarem com tal forma, ao invés da forma de um ser humano normal. Mas também pode ser só mesmo conto de fada. Mas a minha pergunta é de onde veio a inspiração para a criação de contos de fadas. Aí é que a pergunta pega. Ou seja, se fadas sorem descobertas, então ao mesmo tempo espíritos também serão, pois teoricamente são espíritos.

Ah, tá, então está explicado. As fadas serão descobertas ao mesmo tempo que as almas.

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Mas eu também disse que não é adequada a pessoas profundamente religiosas (por exemplo, as que negam conceitos científicos para manterem sua fé). Os mais religiosos (sensíveis) não estão preparados para terem contato com minha obra, pois ela mete pau em muitos assuntos. É resultado de toda uma revolta minha.

Entendi.

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Esta obra não é, portanto, adequada aos dois extremos. É mais adequada para os tolerantes entre estes extremos, a credulidade cega e o ceticismo. A minha obra incentiva a crítica, apesar de não seguir uma linha completamente cética. Eu mesmo, por exemplo, questiono sobre o dualismo presente nas religiões, a respeito da supervalorização do sentimento, falo também sobre política e até mesmo sobre extraterrestres! Faço comparações e perguntas em cima disso, por exemplo. E sou a favor de uma tecnocracia anarquista, pois vi que todas as outras formas de governo não são boas e são ruins no campo biopsicossocial. A tecnocracia é a mais eficiente, pelo que pesquisei.

Essa obra é adequada para as pessoas que vão concordar com ela. Tautológico.

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E se o que eu criei não é filosofia, então o que é filosofia pra você? Filosofia cética? Filosofia envolve visão de realidade, e é justamente isso o que proponho, uma nova visão de realidade, sem extremos e dualismos. E essa visão de realidade pode estar voltada seja a uma crença ou descrença. Vai dizer, por exemplo, que Platão não foi filósofo (ele apelava para o sobrenatural)? Muitos filósofos também consideravam a existência de um deus. Portanto não diga que isto que fiz não é filosofia só porque para vocês tem pensamento mágico.

Filosofia é antes de tudo uma análise racional acerca de teorias do conhecimento, da existência, da moral, da mente e da lingaugem. E é justamente em sua racionalidade que ela se distingue do misticismo. Suas teorias carecem de racionalidade, são sofistas, e não filosóficas; elas têm uma quantidade excessiva de premissas duvidosas que merecem questionamento.

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Mais uma coisa, com relação à citação de Kardec... os meus conceitos se diferem um pouco do espiritismo em relação à Deus. Por exemplo, Deus não me fez por querer e nem deu um plano específico a mim. O meu objetivo natural é apenas o aperfeiçoamento e sobrevivência. Deus não está nem aí para ninguém pois em si é um mecanismo insensível e inconsciente.

Seu Deus parece muito com o que chamo de Natureza.

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O que podemos definir como uma "justiça" universal é a lei de causa e efeito, que se baseia neste suposto mecanismo que defino como a dimensão limite, de onde tudo se baseia. Por exemplo, porque muitos que cometem um ato criminoso ficam com aquele peso na consciência? No caso do psicopata, já que ele é incapaz de sentir culpa, isso não ocorre (mas em compensação este não tem noção de afetividade, tende ao isolamento e não tem inteligência ética). E não é Deus que julga, nós é que julgamos e condenamos conforme nosso nível de entendimento sobre as coisas.

Não há evidências de que isso que você chama de "leis da natureza" não sejam simplesmente uma característica exclusiva do ser humano.

 

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