Quanto ao relato de Mozart estar agora morando em uma casa em Júpiter... Tá, não foi provado que pode haver vida em gigantes gasosos, porém Carl Sagan sugestionou que Júpiter pode ter material orgânico em sua atmosfera e a vida se formar nas camadas mais no interior da atmosfera, sob uma pressão mais elevada, e onde haveriam a presença de voláteis que poderiam se liquefazer dentro de estruturas moleculares e celulares. Mas para haver vida complexa num gigante gasoso, os organismos teriam que ter um corpo que os permitisse ficar flutuando na atmosfera, como um balão.
Como a maior parte do ar é hidrogênio, então ter hidrogênio aquecido dentro do corpo permitiria estes organismos flutuarem até uma certa altitude (conforme a temperatura do hidrogênio dentro do corpo). Quanto ao conceito casa em Júpiter, não seria uma casa como uma terrestre, mas ao estilo dos habitantes de lá, quer dizer, provavelmente esta "casa" seria uma espécie de colônia que, assim como os organismos, ficaria flutuando no ar por ter gás aquecido em seu interior.
No caso de Vênus, é mais complexo pois: Ou as sondas registraram errado a temperatura de Vênus, ou então haveria vida complexa em Vênus... num universo paralelo (neste caso estaria recorrendo à teoria do multiverso). Ou seja, poderia haver um Vênus que tivesse vida como a Terra, e talvez também vida nesta Terra alternativa, ou esta ser gelada, ou até como Vênus. Mas isso também ainda não foi provado.
Portanto tanto a vida em Júpiter quanto em Vênus num universo paralelo fica no campo da especulação.
Quanto à minha "fé" nos fenômenos espíritas... bem, antes eu me baseava somente nestes fenômenos, mas agora me refinei mais e agora o que mais me faz considerar a possibilidade de seja a vida após a morte ou tais fenômenos (não os feitos por charlatões) ocorrerem está mais no campo filosófico. Mas esta filosofia que eu mesmo estou sintetizando tem alguns elementos diferentes da espírita, como o monismo, ao invés do dualismo, por exemplo, em se tratar Deus não como entidade ou consciência, mas um mecanismo primário baseado numa "substância" primária e na consciência não como causa, mas efeito de um mecanismo transcendente.
Não vou ficar aqui tentando provar tais fenômenos, já que o meu foco agora é mais filosófico do que empírico de fato. Aliás, não é da filosofia que nascem os conceitos que as diversas ciências usam? Portanto penso que se é para falar de conceitos e do sobrenatural, deve-se primeiro recorrer à filosofia, e só depois ao empirismo, que provavelmente também veio da filosofia.
E como espiritualidade é uma coisa que, para a nossa percepção nos parece abstrata e imaterial, então o ideal é partir para filosofia. De que adianta ficar falando, em empirismo, de coisas que transcendem aquilo que nos é tangível? É por isso que tudo só acaba terminando só em refutação e ridicularização. Para mim, falar em espírito é mais para filosofia do que para ciência de fato. Poderia até mencionar conceitos científicos na filosofia, mas me focar mais no pensamento filosófico do que empírico.