Não é "dose". É fato.
Ele preparou o caminho para o capitalismo de natureza industrial que viria no final século XVII, fazendo uma ligação com o proto-capitalismo financeiro que floresceu nas cidades-estado da atual Itália a partir do final do século XIII.
O mercantilismo é anterior ao capitalismo e marca um período de transição entre dois sistemas, ele nasce durante o feudalismo e agrava a crise desse sistema. Isso prepara o terreno e abre as portas para o surgimento do capitalismo, mas dai colocar as duas coisas como sendo a mesma é um pulo muito grande.
Mesmo sendo uma forma de democracia, ele está sujeito aos mesmos defeitos de outras organizações sociais e econômicas e que inclui o predomínio dos mais fortes.
Pra isso inventaram as leis, o que inclui leis antitrust.
O papel do governo em minarquias de livre mercado é também o de garantidor da democracia, impedindo que agentes do mercado queiram trapacear o funcionamento da democracia de mercado.
Estou para perguntar há muito tempo: Cite um exemplo bem sucedido de autoregulamentação capitalista sem a presença do Estado ou com este privatizado.
Não estamos discutindo anarquia aqui, mas a intervenção do estado no funcionamento natural do mercado.
Medidas como impedir que eu te obrigue a comprar algo, ou tentar impedir você de comprar, ou vender, etc... são todas reguladas e monitoradas pelo estado.
O estado só não pode intervir em assunto privado. Não pode por exemplo decretar preços, não pode impedir a compra ou a venda, nem favorecer a compra e a venda por meios como subsídios.
O registro histórico em especial o desenvolvimento dos EUA mostram que quanto maiores são as intervenções do estado pior as coisas ficam, quanto menos o estado se intromete, melhor. Foi a liberdade proporcionada pelo livre mercado o fator chave no desenvolvimento das nações de primeiro mundo e no desenvolvimento da democracia, e, a intervenção do estado o inicio da merda que fez o calendário retroceder a praticas antigas de protecionismo que estrangulam a criação de riqueza e cerceiam a liberdade.
O cidadão livre usa do seu poder como consumidor, que é muito maior que seu podem enquanto eleitor, para eleger entre as diferentes soluções apresentadas pelos empreendedores. (democracia eletiva)
Voce realmente não entendeu. O ato de consumir é uma faceta da cidadania e não ela própria. Por sua lógica, as pessoas dotadas de deficiência mental grave não são cidadãos, pois não podem decidir o que consumir.
Assim como o ato de eleger é só uma faceta e um deficiente mental não pode decidir em quem votar.
Cidadãos capazes fazem escolhas soberanas o tempo todo, as escolhas feitas em um mercado são parte dessa cidadania.
O mercado trabalha com trocas e com divisão de trabalho, o ato de comprar é em parte o ato de trabalhar junto na solução de uma necessidade humana que permite múltiplas soluções.
Voce está brincando, não é mesmo?
Eu já lhe dei um exemplo (petróleo) de como tal procedimento é inviável em uma sociedade tecnológica como a nossa.
Como já disse, o tamanho das dificuldades e os custos, não são um problema tão grande quanto a ausência de liberdade.
A demanda por combustível, gera a necessidade de uma solução. Em um livre mercado você é livre para arrumar a sua solução e oferta-la.
As dificuldades aqui são irrelevantes e não se corrigem com o cerceamento da liberdade.
O petróleo é um caso clássico disso, onde os governos são justamente os agentes que criam mais problemas.
A OPEP é o resultado disso.
Entenda outra coisa.
Existe o capitalismo como foi concebido, o capitalismo de livre mercado.
Existe também o capitalismo de intervenção estatal.
Em tese eu concordo.
Mas o Estado é uma realidade. Eu proponho uma reforma profunda dele. Voce propõe a liquidação dele por meio da sua absorção pelo setor privado empreendedor.
Sim, eu enquanto anarquista-capitalista proponho a privatização do estado.
Só que não é isso que esta em discussão aqui.
A discussão se limita ao livre mercado com um governo existindo.
Vocês defendem que o governo intervenha no funcionamento natural do mercado, algo que não funciona.
Eu defendo que o governo se atenha a seu papel de mantenedor da democracia e deixe o livre mercado fluir seu rumo natural.
Se você entender o capitalismo não só como a existência de propriedade privada, mas um conjunto de princípios como a livre troca, livre contrato e livre concorrência, Só é possível o capitalismo de livre mercado, sendo a intervenção estatal uma afronta ao capitalismo.
Utopia.
Não é utopia, já foi colocado em pratica e funcionou muito bem antes de iniciarem o intervencionismo que foi coroado com o surgimento e aplicação do keynesianismo.
Foram motivos políticos e não científicos que levaram a mudança de atitude.
Não existe equilíbrio ou perfeição em nenhum sistema natural, o que voce deveria saber, já que tanto invoca um "naturalismo cientificista" à sua teoria econômica. Então, mesmo que seu modelo fosse implantado, as assimetrias logo iriam aparecer causando distúrbios na "livre concorrência".
A livre concorrência significa somente que ninguém pode me proibir de vender. Direito garantido pelo governo.
Não abuse anarcapitalista.
O capitalismo, na sua fase Mercantilista e associada às grandes navegações, ceifou mais de 40 milhões de vidas em um período que a população mundial não ultrapassava 550 milhões de pessoas.
Quase todos os conflitos ocorridos desde então tiveram como pano de fundo a disputa pela hegemonia entre Estados Nacionais, frequentemente sob os auspícios dos grandes capitalistas agrícolas, industriais e financeiros. Quantos pereceram nestas contendas? E quem realmente se beneficiou?
Ignorando meus princípios e aceitando o Mercantilismo como forma de capitalismo.
Isso não é livre mercado e só reforça o ponto de que a intervenção do governo na economia só cria problemas.
O intervencionismo do governo faz ressurgir praticas dos tempos do Mercantilismo mesmo, Keynes defendia abertamente algumas dessas praticas.
Todas praticas contrarias ao capitalismo de livre mercado.
Uau!
Então a poluição é de responsabilidade e culpa somente do Estado?
As empresas nunca tiveram a intenção de poluir, e só o fizeram porque foram coagidas pelo Estado?
Que interpretação pitoresca!
Eu não conheço um só exemplo, desde o alvorecer do capitalismo industrial, de alguma empresa que tenha protagonizado voluntariamente um ato de preservação do meio-ambiente antes da aprovação das legislações ambientais pelo Estado, sob pressão de porções mais esclarecidas da sociedade.
Voce conhece algum exemplo? E se não conhecer, voce consegue me explicar o porque?
Eu acho que já sei qual será a explicação.
Existem dois pontos distintos aqui eu vou comenta-los em separado.
O erro se concentra em apontar um problema real, em seguida apontar erroneamente uma causa para esse problema e por fim apontar como solução algo que só agrava o problema.
O primeiro ponto aqui é. Não é a liberdade econômica a causa do problema.
Sendo assim, o cerceamento da liberdade econômica não vai sanar o problema.
Por fim, o cerceamento da liberdade não fica impune, ele gera efeitos negativos, que terminam por se somar ao problema não sanado.
Então você pergunta se empresas poluem e a resposta é sim.
Empreendimentos controlados por homens ignorantes e que a principio não sabiam dos efeitos maléficos da emissão de gases.
Esses empreendimentos não precisam ser privados, podem ser públicos.
Governos são empreendimentos controlados por homens tão ignorantes quanto os empreendimentos privados e que poluem e favorecem a poluição da mesma forma.
A intervenção do governo vem pra favorecer justamente empresas poluidoras contra a entrada de novas empresas no mercado.
O segundo ponto é que não é preciso interferir em assunto privado pra cuidar do meio ambiente.
Leis ambientais falam sobre bem publico.
Você não precisa ter o poder de decretar regras dentro da minha casa, para me proibir de jogar lixo na rua.
A rua e o ar são bens públicos, o governo esta apto a legislar sobre eles, através de leis que não entrem em conflito com o direito privado.
Por exemplo, se fabricar carvão vegetal emite gases estufa, você pode me proibir de despejar esses gases no ar, mas não me proibir de fabricar carvão vegetal caso eu arrume um meio de não despejar gases.
Alternativamente, você pode taxar a emissão de gases, mas não a fabricação de carvão.