Autor Tópico: Direitos individuais e legislação  (Lida 11453 vezes)

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Offline anarcapitalista

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Direitos individuais e legislação
« Resposta #50 Online: 07 de Dezembro de 2010, 22:35:50 »
Mabumbo, não é nada tão complicado. Simplesmente quem emprega não pode tirar dinheiro da cartola, não estão nadando em dinheiro enquanto poderiam empregar muito mais gente e com melhores salários com essa diferença. Então, se digamos, não há salário mínimo, uma pessoa pode empregar três pessoas por 300 reais ao mês, cada. Se determinam que o salário mínimo é 400, e a verba que ele tinha para os três empregados era 900 reais, agora ele terá que demitir um deles. Se puder aumentar para 1200 reais sua verba para os salários, pelo mesmo aumento das verbas, poderia estar contratando mais um empregado se ainda pudesse fazê-lo por 300 reais mensais.

Fazendo uma extrapolação, quando o salário mínimo for de R$ 0,00 haverá pleno emprego das forças produtivas. Quando os empregados pagarem aos patrões pelo privilégio de trabalhar, então, a economia atingirá o nirvana. Não, né? O empregador não pode tirar dinheiro da cartola para aumentar indefinidamente os salários, mas o empregado também não pode tirar dinheiro da meia furada para sobreviver até o fim do mês. É preciso encontrar um equilíbrio aqui.

Você está tentando argumentar contra um fato estabelecido de largo conhecimento cientifico.

Não é questão de "querer" encontrar equilíbrio.

Reclamar disso é reclamar que no polígono da seca não chove e culpar os fazendeiros locais por manter a população na seca.

A lei da oferta e da demanda é quem determina o valor do salario, não sou eu, não é você, não é o governo, não é o sindicato, não é o funcionário, nem o patrão malvado.

Se você tentar decretar um salario maior para "equilibrar" as coisas, o único resultado que vai conseguir é o desemprego. Isso porque está além do seu poder, do meu, do patrão e do governo, determinar isso.
Quem determina isso é a LEI da oferta e da demanda, leia que está além do nosso controle e contra a qual NADA podemos fazer.

Podemos no máximo entende-la, aceita-la e tomar nossas decisões de carreira com base nesse entendimento, buscando melhor qualificação, mudando nosso ramo de atividade, etc...

O problema é a insistência em atribuir as pessoas a culpa pela chuva forte.
« Última modificação: 07 de Dezembro de 2010, 22:38:36 por anarcapitalista »

Offline anarcapitalista

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« Resposta #51 Online: 07 de Dezembro de 2010, 22:41:57 »
Bom, vou bater o cartão, que já, já, começa The Walking Dead. Tá bom de economia por hoje.
Não... zumbis não!!!
Prefiro seriados de vampiros... mas não esses novos para aborrecentes.

Offline uiliníli

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« Resposta #52 Online: 07 de Dezembro de 2010, 23:06:39 »
Não... zumbis não!!!
Prefiro seriados de vampiros... mas não esses novos para aborrecentes.

Discordar de mim na área político-econômica tudo bem, mas preferir vampiros a zumbis? Você acaba de ganhar um inimigo, cara :x

:biglol:

Offline Adriano

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« Resposta #53 Online: 07 de Dezembro de 2010, 23:09:00 »
Quem decide isto?
Eu? Você? o governante? o funcionário? Um pedaço de papel com uma lei estúpida criada por outro estúpido?

E se o funcionário quiser trabalhar em um ambiente assim, afinal, no frigir dos ovos, o quê diferenciaria-o de um mineiro, por exemplo?
Exatamente, quem deve ser livre para pesar os prós e os contras, sou eu.

Não é o governo quem deve me tomar a liberdade de decisão e decidir por mim.
Mas é o governo quem define as propriedades dos indivíduos. É o governo quem possibilida a liberdade do indivíduo de ter propriedades. Fazer apologia a propriedade e não se dar conta disto é o grande equívoco. O anarquismo surgiu inicialmente contra a idéia de propriedade capitalista. Depois que se desvirtuou.

Nanão... o direito de ter propriedade é direito natural meu... e eu, visando defender meus direitos, instituo um governo que irá regimentar até onde meu direito irá e até onde ele terá que agir para garantir meus direitos também.

O governo existe para preservar os direitos individuais e não o contrário... onde o indivíduo só existe para garantir a existência do estado.

Há um erro fundamental ai...
Esta é a teoria e é muito linda realmente. Mas, desconsiderando a lei estatal, a criminalidade é extremamente natural também. É a lei do mais forte. Porém a organização estatal é o poder mais forte e por isso, por auto-decreto, tem o monopólio da força. Não é a toa que chamam de poder paralelo o crime organizado. São outras regras éticas e organizacionais. A analogia de predadores econômicos é muito bem vinda para caracterizar esta realidade associativa que não respeita esse "direito natural" nem mesmo do poderoso estado.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Spitfire

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« Resposta #54 Online: 07 de Dezembro de 2010, 23:15:12 »
Situação 2!

Eu, empreendedor, analiso e localizo um nixo de mercado inexplorado (vou oferecer um serviço inovador que atenda a uma minoria desassistida), quero abrir uma lancheria que atenda, prioritariamente, fumantes... para isto, pensando também em uma fatia desprestigiada, da população brasileira, excluídos, resolvo contratar doentes terminais de câncer de pulmão, para serem meus garçons...

Posso ou não posso? Por que?

Ah... vão até regular as cores das cuecas que terei que usar durante a semana, daqui a pouco...

Offline Adriano

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« Resposta #55 Online: 07 de Dezembro de 2010, 23:20:09 »
A questão é a seguinte, se o grande ladrão mor, o estado, rouba todo um país, qual o motivo dele impedir os indivíduos fazerem o mesmo? Por que não liberar tudo então? Por que o papai estado tem que proteger a propriedade alheia para somente ele ser o grande mafioso?
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Offline Spitfire

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« Resposta #56 Online: 07 de Dezembro de 2010, 23:47:24 »
Eu não quero roubar de ninguém, quero prestar um serviço relevante a um segmento relevante, usarei para isto uma mão de obra que esta excluída do mercado de trabalho. Quero ter meu lucro, quero meus clientes felizes e satisfeitos com meu serviço e quero empregar pessoas que estão marginalizadas... quero pagar meus impostos a rigor, sem medo de sofrer qualquer espécie de auditoria.

Posso ou não?

Offline Adriano

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« Resposta #57 Online: 07 de Dezembro de 2010, 23:57:52 »
Quem define os direitos ainda é o sagrado estado. E eu não culpo o estado por não me deixar livre, pelo contrário, vejo muitos benefícios nas leis, que são os tijolos de sua estrutura.

Mas quem quiser manter o estado como bode espiatório da sociedade que mantenha, para mim, estado e sociedade, é praticamente uma coisa só  :biglol:
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Offline uiliníli

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« Resposta #58 Online: 08 de Dezembro de 2010, 00:18:34 »
anarco-capitalista

Já que estamos girando em falso em torno dos mesmos assuntos e a discussão já está extensa, para economizar trabalho, vamos resumir e reduzir a pauta da discussão? A não ser que você queira tratar de outro tema que eu tenha omitido, vou me concentrar nestes aqui:
1) Salários são determinados pela lei da oferta e da procura, e não pelo patronato e o salário mínimo aumenta o desemprego.
2) Os sindicatos aumentam o desemprego representam mais custo do que benefício para o trabalhador.

Num sistema econômico ideal você estaria perfeitamente certo. O problema da sua argumentação está todo em considerar que o mercado de trabalho é um mercado perfeitamente competitivo ideal, ou seja, um mercado no qual nenhum dos participantes tenha poder para definir os preços de um produto conforme a sua vontade. Um exemplo bem conhecido dessa situação são os monopólios e carteis. Você mesmo citou várias vezes que os sindicatos eram cartéis de força de trabalho que inflava artificialmente o custo da mão de obra e lesava o bom funcionamento do mercado. O problema é que a situação oposta também é um mercado imperfeitamente competetivo, no caso um monopsônio, ou seja, um mercado com muitos vendedores e somente um comprador ou um truste de compradores. Assim como o cartel pode aumentar arbitrariamente o preço de um produto, o monopsônio pode baixá-lo arbitrariamente para valores menores do que teriam num mercado competitivo. É a história que estou repetindo sobre a diferença de poder entre as partes, o salário mínimo e os sindicatos são dois remédios contra a formação de monopsônios.

Outra coisa é que os salários mínimos injetam mais dinheiro na economia, e dinheiro que será gasto, já que como é sabido desde Keynes, trabalhadores de baixa renda poupam menos. Assim eles podem gastar nos pequenos negócios dos trabalhadores pouco qualificados que numa mensagem anterior você disse que poderiam a qualquer momento deixar de ser empregados de capitalistas maus e abrir seus próprios negócios, como se a vida fosse simples assim.

Offline Geotecton

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« Resposta #59 Online: 08 de Dezembro de 2010, 00:21:32 »
Por isso gostei da idéia, além de tudo, é um fato científico!
Claro, o fato dos preços, estarem amarrados e oferta e a demanda é um entendimento cientifico há muito tempo estabelecido, por isso não chamam de "teoria" da oferta e da demanda, mas de "lei".
É uma verdade cientifica muito bem estabelecida.

Teoria, em ciência, é mais amplo e importante que uma lei.

 
A tentativa de decretar preços nos mercado, seja preço minimo de salários ou de produtos, como os governos também decretam, cria desemprego e tira das pessoas o acesso a produtos e serviços que, sem o decreto de preço minimo, elas teriam acesso.

No outro extremo, sem qualquer tipo de regulação, haveria um massivo controle apenas por quem detem maior capital.


Quando governos e sindicatos decretam preços minimos, isso inevitavelmente cria um impacto na oferta e na demanda, proibindo algumas pessoas de ofertar e tirando de outras a capacidade de comprar, reduzindo assim a demanda.

Até certo ponto sim. Mas onde não há um mínimo de poder aquisitivo não há como estabelecer uma demanda satisfatória de bens e serviços.
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Offline Spitfire

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« Resposta #60 Online: 08 de Dezembro de 2010, 00:24:58 »
Vou mais além... entendo que a atividade profissional exercida pelos meus funcionários podem a vir causar um comprometimento maior de sua condição de saúde... para isto estaria disposto a pagar insalubridade e periculosidade, proporcionando condições salariais e de aposentadoria melhores que qualquer outro trabalhador comum. Quero somente funcionários satisfeitos.

Ainda não posso?



Offline Geotecton

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« Resposta #61 Online: 08 de Dezembro de 2010, 00:35:01 »
anarco-capitalista

Já que estamos girando em falso em torno dos mesmos assuntos e a discussão já está extensa, para economizar trabalho, vamos resumir e reduzir a pauta da discussão? A não ser que você queira tratar de outro tema que eu tenha omitido, vou me concentrar nestes aqui:
1) Salários são determinados pela lei da oferta e da procura, e não pelo patronato e o salário mínimo aumenta o desemprego.
2) Os sindicatos aumentam o desemprego representam mais custo do que benefício para o trabalhador.

Num sistema econômico ideal você estaria perfeitamente certo. O problema da sua argumentação está todo em considerar que o mercado de trabalho é um mercado perfeitamente competitivo ideal, ou seja, um mercado no qual nenhum dos participantes tenha poder para definir os preços de um produto conforme a sua vontade.

O problema de um liberal em economia é semelhante ao de um comunista: Utopia.
 

Um exemplo bem conhecido dessa situação são os monopólios e carteis. Você mesmo citou várias vezes que os sindicatos eram cartéis de força de trabalho que inflava artificialmente o custo da mão de obra e lesava o bom funcionamento do mercado.

E somente a autoregulação não funciona, sendo necessário, pois, um agente externo com poder regulatório e coercetivo.


O problema é que a situação oposta também é um mercado imperfeitamente competetivo, no caso um monopsônio, ou seja, um mercado com muitos vendedores e somente um comprador ou um truste de compradores. Assim como o cartel pode aumentar arbitrariamente o preço de um produto, o monopsônio pode baixá-lo arbitrariamente para valores menores do que teriam num mercado competitivo.

Prática de dumping, por exemplo, é uma situação típica de assimetria de mercado.


É a história que estou repetindo sobre a diferença de poder entre as partes, o salário mínimo e os sindicatos são dois remédios contra a formação de monopsônios.

Aqui eu discordo em parte. O salário mínimo pode ter efeito salutar, mas há um limite de crescimento para ele, pois do contrário haverá a geração de inflação por demanda.

Os sindicatos, nos moldes do Brasil, são um cancro pois apenas servem para locupletar a sua classe dirigente.


Outra coisa é que os salários mínimos injetam mais dinheiro na economia, e dinheiro que será gasto, já que como é sabido desde Keynes, trabalhadores de baixa renda poupam menos.

Até um certo limite, como apontou o Buck.


Assim eles podem gastar nos pequenos negócios dos trabalhadores pouco qualificados que numa mensagem anterior você disse que poderiam a qualquer momento deixar de ser empregados de capitalistas maus e abrir seus próprios negócios, como se a vida fosse simples assim.

Em sociedades menores e mais simples, cujos membros possuam elevado espírito de organização e respeito pelo indivíduo, é possível que funcione o sistema proposto pelo anarco-capitalista. Já em sociedades como a nossa...
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Offline Felius

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« Resposta #62 Online: 08 de Dezembro de 2010, 01:56:56 »

O problema de um liberal em economia é semelhante ao de um comunista: Utopia.
 
Geo, por favor, não confundir anarco-capitalismo com liberalismo. Um liberal não necessariamente esta defendendo a abolição do estado, nem que o estado não esteja presente em nenhuma área sequer. Anarco-Capitalismo é um extremo absurdo dum pensamento liberal, não a regra.
"The patient refused an autopsy."

Offline anarcapitalista

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« Resposta #63 Online: 08 de Dezembro de 2010, 04:33:35 »
Teoria, em ciência, é mais amplo e importante que uma lei.
A diferença básica entre uma coisa e outra é que uma teoria é uma explicação baseada em fatos, enquanto uma lei é mais uma descrição fruto de observação sobre algo constante.
Leis são mais auto-evidentes que teorias, são muito constantes ou repetitivas e facilmente observáveis.
A tentativa de decretar preços nos mercado, seja preço minimo de salários ou de produtos, como os governos também decretam, cria desemprego e tira das pessoas o acesso a produtos e serviços que, sem o decreto de preço minimo, elas teriam acesso.

No outro extremo, sem qualquer tipo de regulação, haveria um massivo controle apenas por quem detem maior capital.
Errado, não existe controle de preços por nenhum lado.
Quem determina os preços é a lei da oferta e da demanda.

Tentar decretar preços, seja por parte de carteis trabalhistas ou empresariais é um completo non-sense.
A diferença é que um cartel empresarial não pode impor seu decreto pela lei estatal, enquanto o cartel trabalhista faz isso. O que impede qualquer um de furar o monopólio.

Outra, o decreto de cartéis empresariais, não se equilibra com o decreto de cartéis trabalhistas.
Isso é algo fora de controle e o decreto de carteis sindicais tem como único efeito a criação de desemprego.

A sua ótica do equilíbrio do governo contra as forçar malévolas do livre-mercado, é simplesmente falsa, já que nenhum lado tem como controlar nada.
Como já dito, isso é uma questão de oferta e demanda e qualquer tentativa de decreto, por qualquer parte, só cria distorções, sendo o poder do estado maior para criar essas distorções do que o do mercado.

Por fim ninguém falou justificar carteis do outro lado.

A idéia de que precisamos de carteis trabalhistas para contrabalançar carteis empresariais é falsa.
Não precisamos de carteis e ponto final, nenhum deles se justifica.
Quando governos e sindicatos decretam preços minimos, isso inevitavelmente cria um impacto na oferta e na demanda, proibindo algumas pessoas de ofertar e tirando de outras a capacidade de comprar, reduzindo assim a demanda.

Até certo ponto sim. Mas onde não há um mínimo de poder aquisitivo não há como estabelecer uma demanda satisfatória de bens e serviços.
E como decretar salario minimo muda qualquer coisa?

Offline anarcapitalista

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« Resposta #64 Online: 08 de Dezembro de 2010, 04:41:14 »
O problema de um liberal em economia é semelhante ao de um comunista: Utopia.

Geotcton, não viaje. Primeiro que, diferente do socialismo, o liberalismo não é uma ideologia.

Segundo que o socialismo não passa de teoria da conspiração já refutada pelos cientistas há décadas e provado falso pela história.
Baboseira baseada em geral nas idéias de um idiota chamado Marx que fazia escarnio da ciência a chamando de ciência burguesa, e que negava o conhecimento cientifico com o argumento de que todo raciocínio é tendencioso a priori, negando a capacidade de livre pensar e auto-refutando assim seu próprio conjunto de idéias.

Já o liberalismo se pauta no conhecimento cientifico e no entendimento de três fatos óbvios:

1 - Não existe democracia sem livre-mercado.
2 -  A Democracia é mais eficiente que ditaduras.
3 - Não existe ciência econômica real que defenda a intervenção estatal na economia, o que faz do keynesianismo moderno pseudo-ciencia.

Só falam contra o livre-mercado crentes políticos não pautados no conhecimento cientifico.

O livre-mercado é fundação basica da democracia tanto quanto a liberdade de expressão e tentar argumentar contra o livre mercado não é menos tolo que tentar argumentar contra a liberdade de expressão.

Tentar se posicionar contra o livre mercado ou contra a liberdade de expressão é um posicionamento que não tem como sustentar. É impossível fazer uma defesa minimamente razoável disso e todos que tentam falham no mesmo ponto. Apontam problemas, como se fossem fruto da liberdade, em seguida apontam a supressão da liberdade como solução para esses problemas... Mas no nosso mundo é fácil evidenciar que a supressão na liberdade no fim não resolve nenhum dos problemas apontados, demonstrando que a solução é completamente falsa e ainda cria problemas novos.

Essa constatação torna o posicionamento insustentável.
« Última modificação: 08 de Dezembro de 2010, 05:14:33 por anarcapitalista »

Offline Geotecton

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« Resposta #65 Online: 08 de Dezembro de 2010, 11:45:25 »
Eu sabia que tinha "pisado em um formigueiro" a partir do momento que dei respostas curtas e simplificadas (simplórias?) para um assunto que é bem mais complexo. :)



O problema de um liberal em economia é semelhante ao de um comunista: Utopia.
 
Geo, por favor, não confundir anarco-capitalismo com liberalismo. Um liberal não necessariamente esta defendendo a abolição do estado, nem que o estado não esteja presente em nenhuma área sequer. Anarco-Capitalismo é um extremo absurdo dum pensamento liberal, não a regra.

Certo Felius.

Eu, de fato, quis dizer que um anarco-capitalista é um liberal econômico extremista, e neste caso a palavra "extremista" não tem sentido pejorativo mas representa, antes de tudo, um ideal utópico.

E, no meu entender, o liberalismo enquanto pensamento social e econômico, é a forma mais eficiente (ou menos deficiente) de organização em uma sociedade democrática plural como a nossa.


Teoria, em ciência, é mais amplo e importante que uma lei.
A diferença básica entre uma coisa e outra é que uma teoria é uma explicação baseada em fatos, enquanto uma lei é mais uma descrição fruto de observação sobre algo constante.

Leis são mais auto-evidentes que teorias, são muito constantes ou repetitivas e facilmente observáveis.

Ambas baseiam-se em fatos. A principal diferença é a abrangência da(s) explicação(ões) do(s) fenômeno(s) observado(s).


A tentativa de decretar preços nos mercado, seja preço minimo de salários ou de produtos, como os governos também decretam, cria desemprego e tira das pessoas o acesso a produtos e serviços que, sem o decreto de preço minimo, elas teriam acesso.
No outro extremo, sem qualquer tipo de regulação, haveria um massivo controle apenas por quem detem maior capital.
Errado, não existe controle de preços por nenhum lado.

Quem determina os preços é a lei da oferta e da demanda.

Errado pela sua generalização.

Há muitos exemplos que demonstram que frequentemente isto não funciona. A crise do petróleo em 1973; a florescente indústria de informática no Brasil no início dos anos 80 e uma parte significativa dos produtos das mega-indústrias farmacêuticas são casos conspícuos.


Tentar decretar preços, seja por parte de carteis trabalhistas ou empresariais é um completo non-sense.

A diferença é que um cartel empresarial não pode impor seu decreto pela lei estatal, enquanto o cartel trabalhista faz isso. O que impede qualquer um de furar o monopólio.

Voce realmente acha que um cartel empresarial não se impõe pela proteção do Estado?

A telefonia no Brasil passou de um monopólio estatal para um cartel privado, ainda que este seja menos danoso e mais eficiente que aquele. O plano original de privatização das teles propugnava que as empresas cobrariam somente pelos serviços efetivamente prestados, eliminando a famigerada "assinatura básica". Isto não aconteceu. Porque?


Outra, o decreto de cartéis empresariais, não se equilibra com o decreto de cartéis trabalhistas.

Isso é algo fora de controle e o decreto de carteis sindicais tem como único efeito a criação de desemprego.

Os efeitos econômicos nocivos dos sindicatos e das regulamentações trabalhistas excessivas são amplamente conhecidos. Mas os sindicatos existem somente porque os macrocapitalistas no alvorecer deste sistema (final do século XVIII a meados do século XX) impuseram condições de trabalho aos seus subordinados e à sociedade que eram desumanas, para dizer o mínimo.


A sua ótica do equilíbrio do governo contra as forçar malévolas do livre-mercado, é simplesmente falsa, já que nenhum lado tem como controlar nada.
Como já dito, isso é uma questão de oferta e demanda e qualquer tentativa de decreto, por qualquer parte, só cria distorções, sendo o poder do estado maior para criar essas distorções do que o do mercado.

A expressão "forças malévolas do livre-mercado" é por sua conta, pois eu não afirmei isto.

Voce confunde, não sei se de maneira proposital ou não, Estado com governo. O Estado nada mais é (ou deveria ser) que a vontade da sociedade manifestada por uma entidade jurídica. É verdade que um governo pode usar o Estado para impor o seu viés ideológico, mas este problema também existe em um Estado integralmente privatizado.

Por fim, voce parece acreditar piamente no princípio de "oferta e procura" e na privatização total do Estado, mas almejar um 'Ótimo de Pareto' pode produzir resultados desagradáveis e até mesmo catastróficos. As crises de 1929, das "dot.com" de 2000 e do "hedge" imobiliário em 2008 são bons exemplos.


Por fim ninguém falou justificar carteis do outro lado.

A idéia de que precisamos de carteis trabalhistas para contrabalançar carteis empresariais é falsa.

Não precisamos de carteis e ponto final, nenhum deles se justifica.

Concordo que qualquer tipo de cartel é nocivo. Mas, dada a natureza do ser humano, a tendência é que eles se formem, de tal modo que é necessário algum mecanismo que impeça este processo. Voce afirma que isto pode ser resolvido por autoregulamentação de mercado e eu afirmo que isto é, no mínimo, duvidoso.


Quando governos e sindicatos decretam preços minimos, isso inevitavelmente cria um impacto na oferta e na demanda, proibindo algumas pessoas de ofertar e tirando de outras a capacidade de comprar, reduzindo assim a demanda.

Até certo ponto sim. Mas onde não há um mínimo de poder aquisitivo não há como estabelecer uma demanda satisfatória de bens e serviços.
E como decretar salario minimo muda qualquer coisa?

Muda na medida que um provento básico faz com que as pessoas possam consumir serviços e produtos auxiliando a Economia. Eu somente acho que o valor do salário mínimo não deve exceder um limite, que pode ser estimado pelas modernas modelagens econométricas, ainda que existam autores que consideram muito limitadas estas metodologias (HENDRY, 1996).
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Offline Unknown

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« Resposta #66 Online: 08 de Dezembro de 2010, 14:35:25 »
E dai? A liberdade dos convidados são restritas as regras do dono do estabelecimento. Aos convidados resta a escolha entre aceitar as regras ou ir embora.

Eu sou livre para não te vender tudo por R$5.00  e você é livre para não comprar por mais de R$5.00

Quem decide o preço é o dono do local, ele só não pode OBRIGAR ninguém a comprar, já o convidado tem apenas duas escolhas, pagar o preço pedido ou ir embora.
A questão é: eu já consumi e não autorizo você a cobrar mais que R$5,00 por tudo. E aí, como fica o "sua liberdade não pressupõe fazer coisas contra a vontade e autorização de outros indivíduos convidados a seu estabelecimento"?

Não presta "serviços ao publico" de modo generalizado, oferta serviços e produtos a públicos específicos.
Se quer atender um público específico, chame todos na sua casa e os atenda lá. Para quê abrir um estabelecimento comercial? Me parece contra todas as leis da lógica abir um estabelecimento comercial (o que pressupõe que a pessoa queira ganhar dinheiro) e ao mesmo tempo recusar potenciais clientes simplesmente porque não foi com a cara deles.

Citar
Citar
Ponha uma placa na porta, ou deixe disposto um folheto explicativo na entrada ou com funcionários.
E se eu não quiser fazer isso?
Você vai estar indo contra a liberdade do dono do estabelecimento e pode ser expulso do recinto.
Não entendeu minha pergunta. O que eu quero saber é: se eu sou o dono do estabelecimento e não quiser colocar nenhum folheto com regras na porta?

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline SnowRaptor

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« Resposta #67 Online: 08 de Dezembro de 2010, 14:42:56 »
Quantos SE...
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
críticos e experimentação entram em jogo, é que a ciência diverge da
arte.”

-- François Jacob, 1997

Offline anarcapitalista

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« Resposta #68 Online: 08 de Dezembro de 2010, 19:38:51 »
E dai? A liberdade dos convidados são restritas as regras do dono do estabelecimento. Aos convidados resta a escolha entre aceitar as regras ou ir embora.

Eu sou livre para não te vender tudo por R$5.00  e você é livre para não comprar por mais de R$5.00

Quem decide o preço é o dono do local, ele só não pode OBRIGAR ninguém a comprar, já o convidado tem apenas duas escolhas, pagar o preço pedido ou ir embora.
A questão é: eu já consumi e não autorizo você a cobrar mais que R$5,00 por tudo. E aí, como fica o "sua liberdade não pressupõe fazer coisas contra a vontade e autorização de outros indivíduos convidados a seu estabelecimento"?
Filho, não viaje.
Quem cria as regras do estabelecimento é o dono, ele só não pode ir contra a sua liberdade de não aceitar as regras e ir embora.
Ele cria as regras mas não pode te matar ou envenenar, nem fazer coisas contra a sua autorização.

Isso não significa que você precise autorizar uma cobrança superior a R$5.00.
Ele é livre para cobrar mais, só não pode ter obrigar a aceitar isso, sendo necessário te deixar livre para recusar o valor e ir embora.

No momento em que você já comeu é porque já aceitou o valor sendo então obrigado a pagar.
Não presta "serviços ao publico" de modo generalizado, oferta serviços e produtos a públicos específicos.
Se quer atender um público específico, chame todos na sua casa e os atenda lá. Para quê abrir um estabelecimento comercial? Me parece contra todas as leis da lógica abir um estabelecimento comercial (o que pressupõe que a pessoa queira ganhar dinheiro) e ao mesmo tempo recusar potenciais clientes simplesmente porque não foi com a cara deles.
O estabelecimento comercial é a casa de alguém que a usa como meio de trabalho ao invés de moradia.
O publico que vai frequentar o estabelecimento é decidido pelo dono e existem varias formas de deixar de fora as pessoas que não quero atender.

O preço é uma delas.
Se não quero trabalhar com pobre, cobro um valor alto.

Nos EUA em muitas casas seguranças ficam em porta de boates selecionando pessoas para entrar segundo seu estilo e aparência.
Isso garante a um publico especifico uma clientela especifica.

O BeautifulPeople é uma rede social estilo o orkut só pra gente bonita.
Os feios são proibidos de entrar:http://www.beautifulpeople.com/index/pt

Existem nichos de mercado que fazem melhor lucro ao selecionar os frequentadores, permitindo a entrada de uns e barrando a de outros.
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Ponha uma placa na porta, ou deixe disposto um folheto explicativo na entrada ou com funcionários.
E se eu não quiser fazer isso?
Você vai estar indo contra a liberdade do dono do estabelecimento e pode ser expulso do recinto.
Não entendeu minha pergunta. O que eu quero saber é: se eu sou o dono do estabelecimento e não quiser colocar nenhum folheto com regras na porta?
Você não colocar oras bolas...

Offline anarcapitalista

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« Resposta #69 Online: 08 de Dezembro de 2010, 19:52:51 »
Eu, de fato, quis dizer que um anarco-capitalista é um liberal econômico extremista, e neste caso a palavra "extremista" não tem sentido pejorativo mas representa, antes de tudo, um ideal utópico.
O anarco-capitalismo não é extremista ou utópico.
Chamar o liberalismo de utópico e compara-lo ao socialismo, faz tanto sentido quanto chamar o ateismo de uma religião tão idiota quanto o cristianismo.

As utopias são em geral sistemas ideológicos que colocam um governo planejando a sociedade com perfeição. Resolvendo todos os seus problemas. O socialismo é um exemplo disso.

O anarco-capitalismo e a minarquia de livre-mercado são os dois pontos de vista que respeitam o conhecimento científico moderno e não propõe realmente planejamento ou solução de problemas.
Ambos os pontos de vistam se baseiam simplesmente no entendimento de que a intervenção do governo em problemas que ele busca utopicamente solucionar, terminam simplesmente por agravar esses mesmo problemas.

Ambos então colocam o principio da liberdade democrática como fundamental para não criar problemas novos.
No entanto os minarquistas acreditam que um mini-governo é necessário para manter a existência da democracia, já os anarco-capitalistas discordam dessa necessidade.

Os dois pontos de vista são racionais e válidos, e vem sendo discutidos pelos cientistas, não são extremistas ou utópicos e ambos tem prós e contras.
A minarquia tem contra ela o fato de ter falhado em manter a democracia, e ao anarco-capitalismo falta demonstração pratica.

O extremismo existe somente nos posicionamentos anti-cientificos que são justamente aqueles contrários a democracia de livre-mercado.
« Última modificação: 08 de Dezembro de 2010, 21:19:23 por anarcapitalista »

Offline SnowRaptor

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« Resposta #70 Online: 08 de Dezembro de 2010, 19:55:45 »
O estabelecimento comercial é a casa de alguém que a usa como meio de trabalho ao invés de moradia.
O publico que vai frequentar o estabelecimento é decidido pelo dono e existem varias formas de deixar de fora as pessoas que não quero atender.

O preço é uma delas.
Se não quero trabalhar com pobre, cobro um valor alto.

Mostre onde a lei brasileira permite outros métodos de seleção de clientes.
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
críticos e experimentação entram em jogo, é que a ciência diverge da
arte.”

-- François Jacob, 1997

Offline anarcapitalista

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« Resposta #71 Online: 08 de Dezembro de 2010, 21:17:36 »
O estabelecimento comercial é a casa de alguém que a usa como meio de trabalho ao invés de moradia.
O publico que vai frequentar o estabelecimento é decidido pelo dono e existem varias formas de deixar de fora as pessoas que não quero atender.

O preço é uma delas.
Se não quero trabalhar com pobre, cobro um valor alto.

Mostre onde a lei brasileira permite outros métodos de seleção de clientes.
Não permite, já que a lei brasileira é completamente anti-democrática assim como esse projeto de lei discutido no tópico.

Offline SnowRaptor

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« Resposta #72 Online: 08 de Dezembro de 2010, 21:21:48 »
Existe uma diferença grande entre democracia e liberalismo.
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Offline anarcapitalista

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« Resposta #73 Online: 08 de Dezembro de 2010, 21:57:01 »
Existe uma diferença grande entre democracia e liberalismo.
A única coisa que existe é o mito de que o voto faz a democracia.

Não existe democracia sem livre mercado, tanto quanto não existe democracia sem liberdade de expressão.

A liberdade econômica é pilar fundamental da democracia sem o qual ela não pode ser mantida.
Sem ela só nos resta a tirania do capitalismo selvagem e das outras formas de coletivismo, como o socialismo, o nazismo, o fascismo...

Offline SnowRaptor

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« Resposta #74 Online: 08 de Dezembro de 2010, 22:01:40 »
A liberdade econômica é pilar fundamental da democracia sem o qual ela não pode ser mantida.
Sem ela só nos resta a tirania do capitalismo selvagem [...]

Até onde eu saiba, o tal capitalismo selvagem é alimentado pela liberdade econômica.
Elton Carvalho

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imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
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