Japão concluirá 1ª fase de controle de Fukushima em 6 dias, diz Naoto KanO primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, assegurou nesta quarta-feira que a primeira fase para controlar a usina nuclear de Fukushima será concluída em seis dias, embora para desmantelar todo o sistema seja necessário 'de 10 a 20 anos'.
Kan fez tais declarações em entrevista coletiva na qual confirmou que os trabalhos para controlar a usina caminham 'segundo o previsto' e que para o próximo dia 19 se espera ter estabilizado a refrigeração dos reatores danificados pelo tsunami do dia 11 de março.
Com isso, será concluída a primeira fase do 'mapa de caminho' de Tokyo Electric Power (TEPCO), operadora de Fukushima, que tinha se comprometido a controlar a crise nuclear até janeiro do próximo ano.
Kan, no entanto, insistiu no 'risco' da fissão atômica e assegurou que seu objetivo é 'reduzir a dependência' do Japão da energia nuclear, que antes de 11 de março constituía cerca de 30% do total que o país gerava.
Por causa da catástrofe, 35 dos 54 reatores nucleares do Japão estão paralisados.
'Vamos tentar construir uma sociedade que não dependa da energia nuclear', disse Kan, que admitiu, no entanto que tanto a indústria como a população necessitam do abastecimento elétrico suficiente e é 'responsabilidade' do Executivo providenciá-lo, por isso que a dependência será rebaixada gradualmente.
Kan acrescentou que o Governo vai elaborar um plano básico de energia e que na quinta-feira começará a debater uma lei crucial para potenciar as energias renováveis no Japão, cuja aprovação é uma das prioridades pessoais de Kan.
O líder japonês, cuja aprovação popular caiu até 15%, o nível mais baixo desde que chegou ao poder há mais de um ano, detalhou que esta mesma semana será apresentada no Parlamento o segundo orçamento adicional para financiar a reconstrução do nordeste do país.
Kan pôs a aprovação desse orçamento extra como condição para abandonar o poder, algo que a oposição reivindica e inclusive vozes dentro de seu próprio partido, que o acusam de não ter sabido gerenciar a crise aberta com a catástrofe de março.
Neste sentido, o primeiro-ministro descartou dissolver a Câmara Baixa e evitou dar uma data para sua renúncia.
No início de junho, Naoto Kan superou uma moção de censura, mas só após receber apoio com a promessa que deixará o poder uma vez canalizada a reconstrução das zonas atingidas pelo terremoto.
http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=29484554