Não tem como comparar uma coisa com a outra. O problema da energia nuclear não é matar X pessoas, mas o grande potencial que ela tem de dizimar com toda a vida no planeta e deixar o nosso planetinha inabitável por umas centenas de anos.
Esse "grande potencial de dizimar com toda a vida no planeta" é ZERO. Pelo menos no que se refere a usinas de fissão ou fusão.
Já o potencial da queima de combustíveis fósseis de causar alterações climáticas globais é tão grande que isso já está acontecendo.
Naturalmente, estou me referindo ao Mundo Real. Se você está se referindo a alguma fantasia catastrofista, então teríamos que levar
em conta, por exemplo, a possibilidade de Godzilla vir a destruir Tokyo.
Até hoje ninguém pode morar em Pripyat, as pessoas só podem ficar lá por uns 15 minutos, e vai demorar 900 anos até que o lugar possa ser habitado de novo. E mais, 95% da radiação de Chernobyl tá dentro do sarcófago e o resto dos 5% são aqueles que contaminaram metade da Europa. E aí? Tem como competir com um acidente de carro?
Tem sim! Estou falando de quase 40000 mortos todos os anos,
só no Brasil. Se você não acha isso uma tragédia, não há como
discutir nada! Chernobyl foi um horrível acidente ambiental - causado por negligência criminosa dos projetistas do reator, assim como do
governo Soviético. Tragédias semelhantes não faltam: os soviéticos praticamente mataram o lago Baikal, impedindo que milhares de
pessoas que tiravam seu sustento do lago pudessem morar por lá. Cidades inteiras foram tornadas inabitáveis (a não ser que você
tenha guelras) por causa de usinas hidrelétricas - milhões de chineses tiveram que ser transferidos de suas casas por causa da represa
das três gargantas. Nada disso é "normal", nem deveria ser considerado aceitável. No entanto, acabamos aceitando. A única diferença
entre essas tragédias e a de Chernobyl e Fukushima é o nome "nuclear".
E se o Big One destruir a Represa Hoover (Calma Geo!)? Vamos rever toda a politica de hidroelétricas?
Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Colocar uma usina num rio, para usar a força da água no curso desse rio é uma coisa(a água já tá correndo). Energia nuclear (por fissão ou fusão*) é outra história, tem que provocar uma reação que é muito energética e pode sair do controle fácil.
Fabi, não vou dourar a pílula: essa sua analogia é um reflexo da sua ignorância. Explico: do ponto de vista físico, tanto as
hidrelétricas quanto as usinas nucleares utilizam uma diferença de energia potencial para a realização de trabalho e geração de
eletricidade. Em um caso, trata-se de energia potencial gravitacional, no outro, a energia potencial devido às forças nucleares. Tanto
num caso como no outro, concentramos a substância com energia potencial mais alta para maximizar a produção de eletricidade:
nas hidrelétricas, fazemos uma represa em uma região com a topografia adequada. No outro, utilizamos urânio enriquecido. O
mecanismo é, a rigor, praticamente idêntico, o que muda é a densidade de energia. Tanto em um caso quanto no outro, existem modos
de falha das usinas que podem levar a catástrofes ambientais.
Por outro lado, uma grande diferença entre as hidrelétricas e as usinas nucleares, é o fato de as hidrelétricas, para sua construção,
exigirem de antemão um profundo dano ambiental (o alagamento de grandes áreas), o que não acontece nas usinas nucleares.
Temos que ter limites, não podemos controlar toda a natureza (ou alguém pode evitar a chuva, a seca, terremotos, furacões...? Mal conseguem segurar casas num morro). Ou senão, vamos nos auto destruir por acidente (o que seria muito tosco). 
Claro, vamos todos a pé ao trabalho. Não viajaremos mais de avião (voar é para os pássaros!!!) Nem usaremos navios.
Também não usaremos antibióticos, nem analgésicos (a dor faz parte da natureza!!!1!) Nem e-mail (gritar basta) nem
rádio ou TV. Papel higiênico também é antinatural, além de pasta de dente. No fim, voltaremos a viver felizes e saudáveis
em cavernas. Sem fogo, claro, pois ele pode nos destruir.