Esta discussão é muito complexa realmente. Mas penso que uma cópia IDÊNTICA dos meus circuitos neurais (incluindo os mínimos detalhes) seria eu mesmo, apenas liberado do meu corpo. O Windows não deixa de ser Windows só porque foi copiado dos computadores dos progrmadores da Microsoft e colocada no meu computador pessoal.
Mas certamente isto, se realmente ocorrer um dia, colocará em xeque tudo aquilo que acreditamos em relação a nós e que chamamos de "EU". Quem sou eu? Para onde vou? Onde está Wholy? É de dar nó no cérebro mesmo.
Depois de muito refletir sobre este assunto, mudei de idéia a respeito. Uma cópia simulada de mim em computador, por meio de um software, náo seria eu, mesmo que tal software simule com perfeição o funcionamento de minhas ligações neurais dentro do meu cérebro. Pois, para ser eu, a reprodução deveria ser feita no mesmo tipo de substrato, que é o biológico. Simular, mesmo que de forma muito detalhada tais ligações neurais, em um software baseado em silício ou grafeno que seja, utilizando-se transistores em vez de processos químicos, não poderá ser chamado de "EU".
Penso que a unica maneira de se garantir a eternidade seria a clonagem, ao menos do cérebro. Porém, o problema seria fazer este cerebro se desenolver até o formato adulto de forma acelerada e, durante este processo (ou mesmo após ele), imprimir de forma idêntica todas as minhas ligaçoes neuronais neste novo cérebro clonado. Isto exigiria uma mudança da estrutura física do cérebro.
No final, somos, em ultima instância - enquanto consciências - as ligações neurais únicas existentes dentro dos nossos cérebros, geradas por genes únicos e nossas experiencias unicas.
O que poderíamos fazer, também, de forma a continuarmos sendo EU, seria colocarmos nossos cérebros (clonados e já devidamente impressas nossas ligaçoes neuronais neles) em um robô, de forma a controlar a maquina como se fossem nossos proprios corpos. Isto nos deixaria muito mais fortes, duraveis e resistentes, sendo limitados apenas pelo envelhecimento do cérebro biológico no interior da máquina. Seriamos o Robocop ou aquele inimigo das tartarugas ninjas (desenho animado) chamado Krang