Eu acho esse problema um pouco como achar que, por que se tem ambulâncias, ninguém vai querer saber de parar no sinal fechado.
Nem tanto, mas tem um pouco da mesma assunção de que as pessoas não quiram ou não possam ser conduzidas a cuidar melhor da saúde (como por regulações nos alimentos, outra coisa que faz os libertários se descabelarem histericamente), de forma a não sobrecarregar o sistema, e eventualmente até ser mais eficiente do que algo deixado apenas ao mercado.
Não que isso seja o caso do SUS ou das políticas de saúde pública de modo geral, exceto por algumas restrições em alimentos e coisas do tipo, que ainda são bem aquém do ideal (comentei em outra ocasião o caso do macarrão instantâneo que listava nas informações nutricionais os valores de MEIA porção, meio pacote, o que ninguém come, mas conduz ao engano pessoas que evitariam comer pela quantidade de sódio, fazendo parecer que tem menos que a maioria -- é esse tipo de coisa que os libertários esperam que eventualmente acabe, por pressão do mercado sozinho, com a redução ou abolição de regulações. Isso quando não questionam os embasamentos científicos em questão, como já fizeram/fazem com cigarro, aquecimento global, etc).