Acalmem-se senhores! Primeiramente, não é o PORTE o que está em jogo, ou seja, cada um colocar uma arma curta na cintura e sair na rua; este está proibido, segundo o Art. 6º da Lei 10.826/2003, a qual versa sobre isto; o que o bando de abutres oportunistas quer proibir de vez é se comprar para ter a POSSE, guardar em casa, na fazenda, no trabalho - o dono; aquele que desrespeitar, sair com ela sem se enquadrar nas exceções, vai preso, mesmo com a arma sendo legal: de dois a quatro anos de reclusão. Ou seja,
não é para se decidir se todo mundo sairá armado na rua. Adquirir uma arma legalmente dá trabalho, há muita burocracia: leiam a supracitada lei para ver se minto...
- é o Art. 4º.
Você nunca foi ao Paraguai? Até alguém como eu, que nunca usou uma arma, que não conhece de arma, garanto que pro terceiro sujeito que eu perguntar nas ruas de Ciudad del Este vão me informar onde adquirir uma...
Exatamente! Inolvidável reportagem da Rede Globo, a qual foi ao ar há uns 10 anos; um repórter simplesmente entrou em uma loja e comprou um lindíssimo revólver calibre .44Magnum - cada disparo possui
quase quatro vezes mais energia que um de .380 +P - pôs na cintura, atravessou a fronteira, e depois o entregou à Polícia Federal.
Se eu o fizesse, acho que levaria tamanha beleza para casa, hahahaha!
Não é preciso ir para o Paraguai, em qualquer esquina do Brasil isso é comum. Controlar as fronteiras sem dúvida é um grande problema, mas nem por isso somos condescendente com o plantio de drogas no Brasil, por exemplo, que é comum em muitos países fronteiriços. Repito que desarmar a população não resolveria o problema da segurança por si só, mas seria um passo importante nesse rumo. Eu arrisco dizer que 99,99% das armas ilegais no Brasil são fabricadas no Brasil, que é um dos maiores fabricantes de armas de pequeno porte do mundo.
Meu segundo post, na primeira página, fala sobre um intento louvável da OAB, fiscalizar as fronteiras, no entanto acredito ser utópico; todavia, melhorar pode, e muito.
Não me parece provável que desarmar o povo ajude a melhorar, uma vez que, conforme já disseram à larga os colegas, os bandidos as adquirem por outros meios; o senhor disse acima que toda arma ilegal foi legal um dia; não necessáriamente no Brasil; as armas importadas são muito abundantes entre a bandidagem; os traficantes daqui de Belo Horizonte amam pistolas israelenses.
- e quando podem, também submetralhadoras, como a do bonequinho.
Com relação às armas ilegais aqui encontradas, boa parte sim é do Brasil, por dois motivos: antigamente não era feito um controle eficaz; há armas muito antigas não cadastradas no Sinarm; recentemente registrei um revólver Taurus .32 S&W na anistia, e o mesmo não era cadastrado;
Em segundo lugar, a Taurus exporta muitas armas, sendo que algumas voltam para cá via Paraguai e traficantes...
Mas não nos esqueçamos de uma gigantesca parte que são estrangeiras, especialmente fuzis Kalashnikov, Colt, HK...
Continua...