Mas como me descartei da massa, já penso diferente.
Essa afirmação é de uma arrogância ímpar, típica de quem se acha um visionário superior aos meros mortais conformados e submissos.
Sobre o tema do tópico, realmente vejo uma grande passividade política no Brasil e também nos outros países latinos (inclusive os da Europa, vide os desmandos de Berlusconi na Itália serem ''tolerados'' pela população) em comparação com o norte europeu. Não sou historiador, mas penso que isso seja devido a razões históricas na formação original da cultura desses povos,tenho uma tese em que a região do mediterraneo por ter sido por tanto tempo pertencente a impérios, principalmente o romano, teria se acostumado com a passividade e a formação de grandes estruturas meio que oligárquicas, ao contrário do norte da Europa em que predominava um senso de ''igualdade'' entre os membros das tribos, sem uma estrutura burocrática fortemente presente, a Islândia por exemplo, possui o mais antigo parlamento do mundo o Althing, a Inglaterra foi o berço de movimentos como a Revolução Puritana e a Revolução Gloriosa, enquanto os países latinos europeus e suas colônias americanas estavam afogados em uma mentalidade retrógrada. Conta-se que os vikings ao invadir uma cidade no sul da Europa foram indagados, ''Quem é vosso líder?'' ao passo que responderam, ''Nenhum, somos todos iguais'' .
O Brasil por ser um país de cultura latina, talvez não tenha tão fortemente enraizado esse senso de comunidade, algo como uma ''cidadania'', entendida em termos modernos e não greco-romana, esse tipo de senso seria responsável pelo inconformismo diante de situações degradantes para os povos.Penso que esse tipo de mentalidade pode ter ficado enraizado na mentalidade dos diferentes povos, algo como um ''inconsciente coletivo'' junguiano. Ainda não li o livro Raízes do Brasil do Sérgio Buarque de Holanda, que dizem ser um dos grandes ''explicadores'' do país, por isso todas as coisas que escrevi podem ser apenas elucubrações sem sentido, lembrando que não sou historiador.