Câmbio, mão de obra mais cara e matéria prima mais cara, eis a explicação da anfavea, e assim mesmo o Brasil é o quarto mercado mundial. O carro no Brasil não é tão caro para os brasileiros ele é caro para os estrangeiros, se ficarmos comparando preços com outros países, com um câmbio a 1,56, qualquer produto no Brasil vai ser de 15 a 50% mais caro que outros, principalmente com a China que mantém seu câmbio subdesvalorizado.
Essa parte é um erro, o carro no Brasil é caro para o brasileiro sim.
Por exemplo, o top de linha da Toyota, um Corolla Xli1.8 Flex 16v automatico sai por R$64.238, segundo o site da revista 4 rodas
O equivalente japones é um Corolla 1800 2ZR-FE 1.8 LUXEL que sai por 2,000,000円 segundo o site da Toyota
O salario médio do japão, segundo essa fonte, é de Y$ 265,854 por mês
O salario médio do brasileiro , segundo essa fonte, é de R$ 1.472,10 por mês.
Levando em conta esses valores, um brasileiro, sem gastar um centavo do salario, levaria mais de 43 meses para comprar um Corolla, enquanto o japones levaria pouco mais de 7.
Nenhum dos carros é importado e deve-se levarem conta que a desigualdade salarial japonesa é bem menos que a brasileira, então imagino que muitos brasileiros vivem bem abaixo da média, o que ja não acontece no Japão.
Barata, não estou comparando renda per capita, é lógico que se comparararmos a renda, para um japonês, um carro médio é mais fácil de ser comprado do que para um brasileiro, que compra mais fácil que um senegalês.. O que eu digo é que ( putz, estou ficando repetitivo) é que esse carro médio, em preços em dólar é mais caro no Brasil do que no Japão e no Senegal, porque, e principalmente, pelo motivo que o
real é a puta que pariu da moeda mais valorizada do universo nesse momento. Assim os produtos que aqui são fabricados são mais caros para estrangeiros do que para brasileiros e inversamente igual. Por esse motivo que o brasileiro continua consumindo muito carro, mesmo com ele sendo o mais caro do mundo em dólares, mas ele não é mais caro em "paridade de compra" ( talvez não tão mais caro). Não digo que impostos e lucros altos não são componentes dessa desigualdade, mas o câmbio, para mim, é o principal fator.