Autor Tópico: E se os EUA derem um calote ?  (Lida 15768 vezes)

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Offline _tiago

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #175 Online: 31 de Julho de 2011, 18:21:49 »
Porque muitos países, como o Brasil, possuem esses títulos do tesouro americano, seus papéis serão desvalorizados, que provocará um prejuízo também ao pequeno investidor americano, gerando uma recessão na maior economia do planeta, que acaba afetando todos os outros países.

Além disso, haveria uma redução na captação de financiamento externo para a dívida americana, forçando o governo de lá a a fazer ajustes fiscais severos, com efeitos recessivos. Essa queda na confiança também pode contaminar outros países (como ocorreu nas crises da Ásia e Rússia).

Como os EUA são uma locomotiva na economia mundial (maiores compradores, fornecedores e investidores da maiori dos países), uma recessão severa lá prejudica a todos.



 :ok:

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #176 Online: 31 de Julho de 2011, 19:15:02 »
Blz gente, obrigado pelas explicações.  :ok:
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #177 Online: 02 de Agosto de 2011, 14:57:37 »
Senado dos EUA tem votos suficientes para aprovar plano

Para virar lei, projeto precisa ser sancionado pelo presidente Barack Obama

O Senado norte-americano tem votos suficientes para aprovar o novo plano para elevação do limite de endividamento do país. Após o término da votação, o projeto será repassado ao presidente Barack Obama, que já afirmou que irá assiná-lo sem perigo de veto.

Na noite de segunda-feira, a Câmara dos Deputados, de maioria republicana, aprovou a proposta por 269 votos a favor e 161 contra.

Hoje é o último dia do prazo dado pelo Departamento do Tesouro norte-americano para que o teto de endividamento dos EUA - de US$ 14,3 trilhões - seja elevado. Sob os termos do acordo, o limite será ampliado em pelo menos US$ 2,1 trilhões - o suficiente para suprir a necessidade de financiamento do governo até 2012.

Embora seja uma resolução para o impasse, o acordo não desvia a atenção de problemas de longo prazo. Julian Callow, economista-chefe do Barclays Capital, afirmou que a proposta é um "band-aid" nas discussões em torno da adoção de políticas financeiras públicas mais sustentáveis. “O acordo certamente não representa uma virada no jogo e mantém a possibilidade de um rebaixamento na classificação de risco (dos títulos da dívida americana) no curto prazo”, disse ele me relatório.

Uma das agências de classificação de risco mais contundentes nas críticas à política fiscal dos Estados Unidos, a S&P afirmou na última semana que o país iria evitar a moratória, porém "o assunto mais importante é, realmente, a taxa de crescimento a longo prazo da dívida".

Leia também:
- Os EUA têm histórico esquecido de calotes
- Teto da dívida dos EUA foi elevado 35 vezes em 30 anos
- Entenda a votação do teto da dívida americana
- As alternativas dos EUA no impasse sobre a dívida

http://economia.ig.com.br/senado+dos+eua+tem+votos+suficientes+para+aprovar+plano/n1597113285146.html

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #178 Online: 15 de Agosto de 2011, 15:11:46 »
Uma segunda recessão pode ser muito pior do que a primeira

Caso a economia dos Estados Unidos volte a cair em recessão, como muitos economistas vêm alertando, a crise poderá ser muito mais dolorosa do que na recessão passada.

Dado o tumulto causado pela Grande Recessão, talvez seja difícil acreditar nessa previsão. Mas a economia está muito mais fraca do que no início da recessão passada, em dezembro de 2007, e a maioria dos indicadores de saúde econômica -entre os quais emprego, renda, Produto Interno Bruto (PIB) e produção industrial- estão hoje abaixo das marcas que detinham no início da recessão passada. E o crescimento vem sendo tão fraco que quase nenhum terreno foi recuperado, ainda que a recuperação tenha se iniciado, tecnicamente, em junho de 2009.

"Seria desastroso se entrássemos em recessão agora, pois nem conseguimos recuperar o terreno perdido na recessão passada", disse Conrad DeQuadros, economista sênior da RQD Economics.

Quando a desaceleração passada surgiu, a bolha de crédito havia criado muita gordura excedente que os americanos podiam cortar, mas uma nova crise forçaria as famílias a cortar carne e osso. Para agravar as coisas, as autoridades econômicas já utilizaram quase todas as ferramentas econômicas de que dispõem, no combate à recessão passada, e lhes restam poucas opções.

A ansiedade e a incerteza se agravaram nos últimos dias, depois que a agência de classificação de crédito Standard & Poor's decidiu rebaixar a classificação dos títulos públicos americanos e em meio aos esforços desesperados da Europa para conter sua crise.



O presidente Barack Obama reconheceu o desafio em seu discurso transmitido sábado pelo rádio e pela internet, afirmando que a "missão urgente" do país agora estava em promover o crescimento econômico e a criação de empregos.

"Nosso trabalho agora tem de ser fazer o possível para ajudar as pessoas a encontrar trabalho", disse, "e ajudar a criar um clima no qual as empresas voltem a procurar funcionários, no qual a renda das pessoas volte a subir. Temos de reconstruir a economia e o senso de segurança que as famílias de classe média vêm perdendo há anos".

Nos quatro anos desde o início da recessão, a população em idade de trabalho cresceu 3% no país. Se a economia estivesse saudável, o número de empregos teria crescido ao menos na mesma proporção.

Mas, em lugar disso, o número de postos de trabalho caiu. Hoje, a economia conta com 5% menos empregos -ou 6,8 milhões de postos de trabalho- do que antes do início da recessão passada. O índice de desemprego era de 5%, então, ante os 9,1% atuais.

E mesmo os americanos que estão trabalhando vêm trabalhando menos horas em geral; a jornada semanal média de trabalho de um empregado do setor privado é mais curta hoje do que há quatro anos.

Os empregadores, na recessão passada, cancelaram horas e turnos extras de trabalho e demitiram os funcionários menos eficazes e os trabalhadores ocasionais que podiam dispensar. Como os avanços incomumente fortes no índice de produtividade revelam, as empresas agora vêm extraindo o máximo de trabalho possível de seus quadros já enxutos. Caso a recessão volte, não se sabe quantos trabalhadores a mais poderão ser demitidos pelas empresas sem que isso as impeça de continuar funcionando.

Com menos empregos e jornadas de trabalho mais curtas, a renda domiciliar é mais baixa, o que reduz os gastos familiares e causa sérios embaraços para uma economia cujo propulsor vinha sendo o consumo.

Ajustada pela inflação do período, a renda pessoal caiu em 4%, excluídos pagamentos como benefícios-desemprego pelo governo. O nível de renda é baixo e está avançando na direção errada: os salários do setor privado caíram em junho, o mês mais recente para o qual existem dados disponíveis.

O consumo e a habitação costumam ser os propulsores de recuperação. Mas, com a queda na renda, os gastos dos consumidores mal retornaram ao patamar anterior à recessão. Se a economia estivesse saudável, o consumo teria subido devido ao aumento na população.

E, com a quase paralisia do setor de construção e a queda de quase 24% nos imóveis residenciais, de dezembro de 2007 para cá, o país não conta com a habitação como fonte de energia econômica.



De todos os indicadores econômicos, a produção industrial -de acordo com os números do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos)- é de longe o pior. O índice do Fed para essa atividade está quase 8% abaixo de seu nível em dezembro de 2007.

Da mesma forma, e talvez igualmente preocupante, é o histórico do PIB como um todo. De acordo com dados recentemente revisados do Departamento de Comércio, a economia continua menor hoje do que no início da recessão, apesar (ou talvez por causa) do crescimento morno dos dois últimos anos.

Se a economia estivesse saudável, seria bem maior do que há quatro anos. Os economistas se referem à diferença entre a posição atual da economia e a que ela deveria ocupar se todo o potencial produtivo estivesse sendo aproveitado como "deficiência no PIB". Menzie Chinn, professor de Economia na Universidade de Wisconsin, calculou que a economia estava cerca de 7% abaixo de seu potencial, no começo do ano.

Ao contrário do acontecido na primeira crise, haveria poucas opções de política econômica disponíveis para uso caso a recessão ressurja.

As taxas de juros já foram baixadas ao máximo -são zero, na prática. O Fed já injetou liquidez no mercado ao adquirir bilhões de dólares em títulos hipotecários e do Tesouro, e os economistas nem mesmo concordam quanto a essas aquisições terem ou não ajudado a economia. Por isso, o Fed talvez não veja vantagem em realizar outra rodada de compras de títulos, o que causaria grande controvérsia política.

"Há um limite para o número de vezes que o Fed pode tirar o mesmo coelho da cartola", disse Torsten Slok, economista internacional chefe do Deutsche Bank.

O Congresso tinha algum espaço -financeira e politicamente- para promover estímulo fiscal, na recessão passada.

Pelo final de 2007, a dívida federal era equivalente a 64,4% do PIB. Hoje, a estimativa é de que tenha chegado a 100% do PIB, proporção vista pela última vez logo depois da Segunda Guerra Mundial, e há pouca chance de que os legisladores cheguem a um consenso sobre medidas adicionais de estímulo que elevariam a dívida.

"Não existe precedente abordável, ao menos na era do pós-guerra, quanto ao que acontece caso uma economia com desemprego de 9% volte a cair em recessão", disse Nigel Gault, economista chefe da IHS Global Insight para os Estados Unidos. "O único precedente disponível é 1937, quando o estímulo fiscal também foi retirado de maneira prematura e a economia voltou a cair em recessão, mais dolorosa que a primeira".

Existe pelo menos um fator, porém, que pode fazer com que uma segunda crise pareça mais amena que a primeira: os lucros das empresas. Estão batendo recordes e, computada a inflação do período, foram 22% mais altos no primeiro trimestre deste ano do que no trimestre final de 2007.

Nervosas quanto ao futuro da economia, as grandes empresas relutam em fazer investimentos dispendiosos, como contratações. E como resultado suas reservas de caixa são imensas.

Embora isso não represente grande conforto para os 13,9 milhões de desempregados dos Estados Unidos, pode aliviar a situação de seus compatriotas que ainda têm empregos.

"Na crise financeira, quando os mercados estavam congelando, a primeira reação foi a de que era preciso fazer caixa", disse Neal Soss, economista chefe do Credit Suisse. "A melhor maneira de fazer caixa é reduzir a folha de pagamento, e por isso vimos tantas demissões".

As reservas de caixa das empresas podem servir como proteção contra demissões caso a demanda caia.

"Há argumentos de que uma nova recessão seria ainda pior e argumentos em contrário", afirmou. "A essa altura, não sabemos. Mas a verdade é que essa é uma questão cuja resposta todo mundo preferiria não saber".

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/956508-uma-segunda-recessao-pode-ser-muito-pior-do-que-a-primeira.shtml

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Offline Geotecton

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #179 Online: 15 de Agosto de 2011, 16:20:15 »
E o pior é que os calhordas Republicanos ainda acusam abertamente a administração Obama como sendo a responsável por todos os problemas econômicos do EUA destes últimos três anos.
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Offline _Juca_

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #180 Online: 15 de Agosto de 2011, 17:57:27 »
E o pior é que os calhordas Republicanos ainda acusam abertamente a administração Obama como sendo a responsável por todos os problemas econômicos do EUA destes últimos três anos.

Não existe muita diferença entre democratas e republicanos, Obama pouco fez pra mudar os padrões de comportamento que nos levou a essa crise.

Offline Derfel

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #181 Online: 15 de Agosto de 2011, 18:36:55 »
Vi em algum lugar um gráfico que mostrava que as diferenças entre republicanos e democratas estavam na verdade aumentando (acho que na Veja).

Offline _Juca_

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #182 Online: 15 de Agosto de 2011, 21:48:31 »
Vi em algum lugar um gráfico que mostrava que as diferenças entre republicanos e democratas estavam na verdade aumentando (acho que na Veja).

Tipo assim, os republicanos estão indo cada vez mais em direção a direita radical e os democratas saindo do centro-direita e se deslocando para a direita tradicional. Na prática não existe diferença de postura...

Offline Geotecton

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #183 Online: 15 de Agosto de 2011, 21:57:19 »
E o pior é que os calhordas Republicanos ainda acusam abertamente a administração Obama como sendo a responsável por todos os problemas econômicos do EUA destes últimos três anos.
Não existe muita diferença entre democratas e republicanos, Obama pouco fez pra mudar os padrões de comportamento que nos levou a essa crise.

Desculpe _Juca_ mas não há como não reconhecer a peculiar situação que Obama assumiu o EUA. Ele iniciou o seu mandato em meio a uma das duas maiores crises do capitalismo e certamente a maior dos últimos 70 anos.

O EUA estava imerso em duas guerras de pequenas proporções mas com intensa ocupação de pessoal e cujas despesas diárias são contadas na casa das dezenas de milhões de dólares. O déficit público teve um aumento enorme por causa da redução de impostos sobre os ultra-ricos, dos obscenos orçamentos militares ano após ano desde o governo Reagan e a injeção maciça de dinheiro para salvar o sistema bancário depois da desregulamentação ocorrida desde os anos 80, em especial durante os governos republicanos.

E, o mais importante, praticamente desde o início do governo Obama, os Democratas estão em inferioridade no Congresso, a verdadeira fonte de poder político do EUA.

Então não é o caso do Obama "ter feito pouca coisa" e sim que "não foi deixado ele fazer quase nada".
« Última modificação: 16 de Agosto de 2011, 08:27:05 por Geotecton »
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Offline Barata Tenno

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #184 Online: 16 de Agosto de 2011, 07:40:19 »
Eu acho que a diferença entre Democratas e Republicanos é maior que a diferença entre governo e oposição no Brasil nos ultimos  15 anos.
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Offline _Juca_

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #185 Online: 16 de Agosto de 2011, 09:14:26 »
E o pior é que os calhordas Republicanos ainda acusam abertamente a administração Obama como sendo a responsável por todos os problemas econômicos do EUA destes últimos três anos.
Não existe muita diferença entre democratas e republicanos, Obama pouco fez pra mudar os padrões de comportamento que nos levou a essa crise.

Desculpe _Juca_ mas não há como não reconhecer a peculiar situação que Obama assumiu o EUA. Ele iniciou o seu mandato em meio a uma das duas maiores crises do capitalismo e certamente a maior dos últimos 70 anos.

O EUA estava imerso em duas guerras de pequenas proporções mas com intensa ocupação de pessoal e cujas despesas diárias são contadas na casa das dezenas de milhões de dólares. O déficit público teve um aumento enorme por causa da redução de impostos sobre os ultra-ricos, dos obscenos orçamentos militares ano após ano desde o governo Reagan e a injeção maciça de dinheiro para salvar o sistema bancário depois da desregulamentação ocorrida desde os anos 80, em especial durante os governos republicanos.

E, o mais importante, praticamente desde o início do governo Obama, os Democratas estão em inferioridade no Congresso, a verdadeira fonte de poder político do EUA.

Então não é o caso do Obama "ter feito pouca coisa" e sim que "não foi deixado ele fazer quase nada".

Concordo que a política é a arte do possível, andar dois passos recuar um, e assim por diante... Mas Obama não mexeu no establishment do poder financeiro nos EUA que levou o mundo a esse quadro semi-apocalíptico-monetário-financeiro-social. Não procurou punir os culpados, que foram os únicos que lucram e muito, mas muito mesmo com tudo isso. Esse pessoal deveria estar respondendo a inúmeros processos, e devolvendo todo lucro que tiveram nos últimos anos, assim como o presidente deveria estar a frente de um amplo programa de reestruturação, reorganização fiscalizatória e de regulamentação do sistema financeiro mundial, mas...pouquíssimo mudou de lá pra cá. Obama poderia ter capitalizado as mudanças necessárias, a crise e sua eleição foram uma grande oportunidade de passar pelos republicanos como um rolo compreensor, mas é não é um político da envergadura que seus discursos pareciam fazer crer, e aliado ao ultraconservadorismo a que um boa parcela dos eleitores dos EUA estão apoiando e muitos políticos estão flertando perigosamente ( assim como na Europa), minaram o " yes, we can " que iludiu os EUA inovador e progressista e o restante do mundo junto dele.

Offline Gaúcho

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #186 Online: 16 de Agosto de 2011, 09:48:47 »
E o pior é que os calhordas Republicanos ainda acusam abertamente a administração Obama como sendo a responsável por todos os problemas econômicos do EUA destes últimos três anos.
Não existe muita diferença entre democratas e republicanos, Obama pouco fez pra mudar os padrões de comportamento que nos levou a essa crise.
[...]E, o mais importante, praticamente desde o início do governo Obama, os Democratas estão em inferioridade no Congresso, a verdadeira fonte de poder político do EUA.

Então não é o caso do Obama "ter feito pouca coisa" e sim que "não foi deixado ele fazer quase nada".

O que ele precisa, urgentemente, é de aulas com FHC e Lula sobre como transformar minoria em maioria, com apenas um "incentivo" mensal. :P
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Offline DDV

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #187 Online: 16 de Agosto de 2011, 12:47:29 »
Juca, o que o Obama tem ou fez de "ultraconservador" nesses últimos anos?

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline ByteCode

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #188 Online: 16 de Agosto de 2011, 14:14:26 »
(Só observando o capitalismo ruir e torcendo pra merda não ficar grande demais a longo prazo)

Offline Liddell Heart

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #189 Online: 16 de Agosto de 2011, 14:40:53 »
Vi em algum lugar um gráfico que mostrava que as diferenças entre republicanos e democratas estavam na verdade aumentando (acho que na Veja).

Tipo assim, os republicanos estão indo cada vez mais em direção a direita radical

Creio que não. Parece que os neocon's ainda têm a maioria, e o Tea Party e os paleocon's são uma pequena minoria, ainda que barulhenta e incômoda.

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e os democratas saindo do centro-direita e se deslocando para a direita tradicional.

Os "novos democratas" (facção de Bill Clinton), que são os democratas mais economicamente liberais (ignorando os "Liberaltarians" que são uma minoria bem ínfima), estão longe do poder.  Os democratas conservadores nem se fala.
Obama é da vertente mais centrista dos Democratas.

Citar
Na prática não existe diferença de postura...
Mudou muito na política externa e, um pouco, na política fiscal.
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Offline _Juca_

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #190 Online: 16 de Agosto de 2011, 17:37:53 »
Juca, o que o Obama tem ou fez de "ultraconservador" nesses últimos anos?



Nada.

Offline DDV

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #191 Online: 16 de Agosto de 2011, 19:07:32 »
Juca, o que o Obama tem ou fez de "ultraconservador" nesses últimos anos?



Nada.

Parece que eu me confundi ao formular a pergunta. A formulação correta seria assim: "O que o Obama deveria ter feito de 'progressista' e não fez?"

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline _Juca_

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #192 Online: 16 de Agosto de 2011, 22:09:55 »
Juca, o que o Obama tem ou fez de "ultraconservador" nesses últimos anos?



Nada.

Parece que eu me confundi ao formular a pergunta. A formulação correta seria assim: "O que o Obama deveria ter feito de 'progressista' e não fez?"



Não sei se isso é progressista, acho que é mais para justiça, mas o que ele poderia ter  feito, é  ter pressionado para colocar todos os patrões financistas dos grandes bancos, seguradoras e agencias de rating, responsáveis por uma das maiores fraudes financeiras da história, no banco dos réus, e ao entrar em acordo para salvar aquelas instituições, ter exigido que devolvessem todo o lucro que embolsaram durante todos esses anos, além de, no mínimo, ter mudado a regulação e endurecido as regras contra essa máfia, que continuam ai comandando os maiores bancos dos EUA, sem grandes mudanças regulatórias os fiscalizadoras desde então.



E minha campanha continua, Matt Damon para presidente.

http://www.twitvid.com/PY6MM

Offline Geotecton

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #193 Online: 16 de Agosto de 2011, 22:53:58 »
Não sei se isso é progressista, acho que é mais para justiça, mas o que ele poderia ter  feito, é  ter pressionado para colocar todos os patrões financistas dos grandes bancos, seguradoras e agencias de rating, responsáveis por uma das maiores fraudes financeiras da história, no banco dos réus, e ao entrar em acordo para salvar aquelas instituições, ter exigido que devolvessem todo o lucro que embolsaram durante todos esses anos, além de, no mínimo, ter mudado a regulação e endurecido as regras contra essa máfia, que continuam ai comandando os maiores bancos dos EUA, sem grandes mudanças regulatórias os fiscalizadoras desde então.
[...]

A aprovação e aplicação de marcos regulatórios somente podem ser feitos com a aprovação das duas câmaras do Congresso, por maioria simples em cada uma. E os Republicanos dominam uma delas desde o início do mandato do Obama.

O que voce sugere que o presidente faça para reverter isto? De forma legal é claro, sem recorrer aos aliciamentos e subornos como os praticados pelos últimos governos federais brasileiros.
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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #194 Online: 17 de Agosto de 2011, 08:27:49 »
Não sei se isso é progressista, acho que é mais para justiça, mas o que ele poderia ter  feito, é  ter pressionado para colocar todos os patrões financistas dos grandes bancos, seguradoras e agencias de rating, responsáveis por uma das maiores fraudes financeiras da história, no banco dos réus, e ao entrar em acordo para salvar aquelas instituições, ter exigido que devolvessem todo o lucro que embolsaram durante todos esses anos, além de, no mínimo, ter mudado a regulação e endurecido as regras contra essa máfia, que continuam ai comandando os maiores bancos dos EUA, sem grandes mudanças regulatórias os fiscalizadoras desde então.
[...]

A aprovação e aplicação de marcos regulatórios somente podem ser feitos com a aprovação das duas câmaras do Congresso, por maioria simples em cada uma. E os Republicanos dominam uma delas desde o início do mandato do Obama.

O que voce sugere que o presidente faça para reverter isto? De forma legal é claro, sem recorrer aos aliciamentos e subornos como os praticados pelos últimos governos federais brasileiros.

Sugiro que ao menos ele e o partido del fizessem campanha para isso, além é claro de ter ao menos chamado atenção para os responsáveis pela fraude.

Offline Cumpadi

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #195 Online: 17 de Agosto de 2011, 08:46:56 »
Não sei se isso é progressista, acho que é mais para justiça, mas o que ele poderia ter  feito, é  ter pressionado para colocar todos os patrões financistas dos grandes bancos, seguradoras e agencias de rating, responsáveis por uma das maiores fraudes financeiras da história, no banco dos réus, e ao entrar em acordo para salvar aquelas instituições, ter exigido que devolvessem todo o lucro que embolsaram durante todos esses anos, além de, no mínimo, ter mudado a regulação e endurecido as regras contra essa máfia, que continuam ai comandando os maiores bancos dos EUA, sem grandes mudanças regulatórias os fiscalizadoras desde então.



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Tenho a forte impressão de que esse tiro sairia pela culatra, punindo inocentes e deixando os verdadeiros culpados impunes, um erro não compensaria outro erro.
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Offline Dr. Manhattan

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #196 Online: 17 de Agosto de 2011, 11:33:02 »
Não sei se isso é progressista, acho que é mais para justiça, mas o que ele poderia ter  feito, é  ter pressionado para colocar todos os patrões financistas dos grandes bancos, seguradoras e agencias de rating, responsáveis por uma das maiores fraudes financeiras da história, no banco dos réus, e ao entrar em acordo para salvar aquelas instituições, ter exigido que devolvessem todo o lucro que embolsaram durante todos esses anos, além de, no mínimo, ter mudado a regulação e endurecido as regras contra essa máfia, que continuam ai comandando os maiores bancos dos EUA, sem grandes mudanças regulatórias os fiscalizadoras desde então.
[...]

A aprovação e aplicação de marcos regulatórios somente podem ser feitos com a aprovação das duas câmaras do Congresso, por maioria simples em cada uma. E os Republicanos dominam uma delas desde o início do mandato do Obama.

O que voce sugere que o presidente faça para reverter isto? De forma legal é claro, sem recorrer aos aliciamentos e subornos como os praticados pelos últimos governos federais brasileiros.

Sugiro que ao menos ele e o partido del fizessem campanha para isso, além é claro de ter ao menos chamado atenção para os responsáveis pela fraude.

Só que existe um detalhe importante: não é claro se a maioria do eleitorado americano iria realmente apoiar tal ação. Por incrível que pareça, suspeito que muita gente nos EUA iria condenar um suposto "bullying" do governo sobre o mercado. A democracia é melhor que todas as alternativas. Mas isso não quer dizer que ela ás vezes não seja uma bosta. :(
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Alan Watts

Offline _Juca_

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #197 Online: 17 de Agosto de 2011, 11:38:30 »
Não sei se isso é progressista, acho que é mais para justiça, mas o que ele poderia ter  feito, é  ter pressionado para colocar todos os patrões financistas dos grandes bancos, seguradoras e agencias de rating, responsáveis por uma das maiores fraudes financeiras da história, no banco dos réus, e ao entrar em acordo para salvar aquelas instituições, ter exigido que devolvessem todo o lucro que embolsaram durante todos esses anos, além de, no mínimo, ter mudado a regulação e endurecido as regras contra essa máfia, que continuam ai comandando os maiores bancos dos EUA, sem grandes mudanças regulatórias os fiscalizadoras desde então.
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A aprovação e aplicação de marcos regulatórios somente podem ser feitos com a aprovação das duas câmaras do Congresso, por maioria simples em cada uma. E os Republicanos dominam uma delas desde o início do mandato do Obama.

O que voce sugere que o presidente faça para reverter isto? De forma legal é claro, sem recorrer aos aliciamentos e subornos como os praticados pelos últimos governos federais brasileiros.

Sugiro que ao menos ele e o partido del fizessem campanha para isso, além é claro de ter ao menos chamado atenção para os responsáveis pela fraude.

Só que existe um detalhe importante: não é claro se a maioria do eleitorado americano iria realmente apoiar tal ação. Por incrível que pareça, suspeito que muita gente nos EUA iria condenar um suposto "bullying" do governo sobre o mercado. A democracia é melhor que todas as alternativas. Mas isso não quer dizer que ela ás vezes não seja uma bosta. :(

Tenho a mesma impressão...

Offline Dbohr

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #198 Online: 17 de Agosto de 2011, 14:05:21 »

Só que existe um detalhe importante: não é claro se a maioria do eleitorado americano iria realmente apoiar tal ação. Por incrível que pareça, suspeito que muita gente nos EUA iria condenar um suposto "bullying" do governo sobre o mercado. A democracia é melhor que todas as alternativas. Mas isso não quer dizer que ela ás vezes não seja uma bosta. :(

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Entretanto, já ouvi um papo de que o Obama está tentando virar esse jogo no corpo-a-corpo que anda fazendo na tal caravana que saiu esta semana.

 

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