Autor Tópico: E se os EUA derem um calote ?  (Lida 15766 vezes)

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Offline ByteCode

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #125 Online: 25 de Julho de 2011, 10:08:15 »
E ele BALANÇA, BALANÇA... :D

Talvez, com uma crise maior do que a que originou o movimento tecnocrata em 1930 (que tem tudo pra ocorrer acaso EUA e Europa não deixem de lado suas políticas ineficientes), a Tecnocracia seja reconsiderada. Mas, infelizmente, parece que primeiro a coisa vai ter que ir toda pra lama para isto acontecer (se acontecer).
« Última modificação: 25 de Julho de 2011, 10:13:13 por ByteCode »

Offline Cumpadi

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #126 Online: 25 de Julho de 2011, 14:48:01 »
http://noticias.uol.com.br/blogs-colunas/colunas-do-new-york-times/paul-krugman/2011/07/23/a-depressao-menor.jhtm


Estamos vivendo uma época interessante – e digo interessante no pior sentido da palavra. Neste momento nós não nos deparamos com apenas uma, mas sim com duas crises que se aproximam, e qualquer uma das duas é capaz de provocar um desastre global. Nos Estados Unidos, fanáticos de direita no congresso poderão bloquear uma necessária elevação do teto da dívida, algo que teria o potencial para provocar o caos nos mercados financeiros mundiais.
Parei de ler aqui, chamar os outros de fanáticos para validar seu ponto de vista é algo muito idiota.
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline Liddell Heart

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #127 Online: 25 de Julho de 2011, 15:24:08 »
http://noticias.uol.com.br/blogs-colunas/colunas-do-new-york-times/paul-krugman/2011/07/23/a-depressao-menor.jhtm


Estamos vivendo uma época interessante – e digo interessante no pior sentido da palavra. Neste momento nós não nos deparamos com apenas uma, mas sim com duas crises que se aproximam, e qualquer uma das duas é capaz de provocar um desastre global. Nos Estados Unidos, fanáticos de direita no congresso poderão bloquear uma necessária elevação do teto da dívida, algo que teria o potencial para provocar o caos nos mercados financeiros mundiais.

-Extremistas! O que eles querem?
-Menos gastos, menos impostos!
-Oh, são loucos!   :?



Citar
O desaparecimento da questão do desemprego do discurso político da elite e a sua substituição pelo pânico do déficit foi algo verdadeiramente notável. Isso não foi uma resposta à opinião pública. Em uma recente pesquisa de opinião CBS News/New York Times, 53% dos entrevistados afirmaram que a economia e o desemprego são os problemas mais importantes enfrentados por nós, enquanto que apenas 7% mencionaram o déficit. E não se trata também de uma resposta à pressão do mercado. As taxas de juros sobre a dívida dos Estados Unidos continuam próximas a recordes historicamente baixos.

Aquela velha dicotomia gastos estatais x emprego. Te apresento a Estagflação (altos gastos estatais e alto desemprego)! E também te apresento economias com pouquíssimos gastos estatais e só com a taxa natural de desemprego. Baixos impostos, maior produção, logo, mais consumo.
 
Citar
Para aqueles que conhecem a história da década de trinta, o que está ocorrendo é bastante familiar. Se as atuais negociações sobre a dívida fracassarem, nós poderemos estar prestes a reviver 1931, o colapso bancário global que fez com que a Grande Depressão fosse de fato grande.

Lembremos da crise de 29. O que Hoover fez?
Aumentou impostos, isto é, o maior aumento da história americana
E gastou, bastante.

Citar
Mas, se as negociações tiverem sucesso, nós estaremos prontos para repetir o maior erro de 1937: recorrer prematuramente à contração fiscal que sabotou a recuperação econômica e garantiu que a Depressão continuasse até que a Segunda Guerra Mundial finalmente proporcionasse o impulso do qual a economia necessitava.

A crise não durou tanto por causa dos gastos, foi por falta de gastos.  :lol:
E a depressão de 1920? Comolidar?

Citar
E eu mencionei que o Banco Central Europeu – mas não, ainda bem, o Federal Reserve dos Estados Unidos – parece estar determinado a piorar a situação com o aumento das taxas de juros?

Ok, vamos ignorar que toda essa bagunça começou com a redução dos juros pelo BC e que essa crise européia foi culpa dos social-democratas.  ::)


Citar
Existe um velho ditado, atribuído a várias pessoas, que sempre me vem à cabeça quando eu examino a política pública: “Você não sabe, meu filho, como o mundo é governado com tão pouca sabedoria”.

Perfeito! Completo isso com outra máxima: "Ninguém gasta o dinheiro dos outros com o mesmo cuidado com que gasta o próprio.".
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Offline Geotecton

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #128 Online: 25 de Julho de 2011, 17:04:54 »
-Extremistas! O que eles querem?
-Menos gastos, menos impostos!
-Oh, são loucos!   :?

Exatamente. Eles querem menos gastos com os pobres e menos impostos para os ricos.


Aquela velha dicotomia gastos estatais x emprego. Te apresento a Estagflação (altos gastos estatais e alto desemprego)! E também te apresento economias com pouquíssimos gastos estatais e só com a taxa natural de desemprego. Baixos impostos, maior produção, logo, mais consumo.

E mais endividamento e mais crise. Qualquer país que não tenha um nível de poupança apreciável está fadado a ter mais problemas que aqueles que poupam.


Lembremos da crise de 29. O que Hoover fez?

Aumentou impostos, isto é, o maior aumento da história americana. E gastou bastante.

E quem foi o responsável pela Crise de 29? O Estado?


A crise não durou tanto por causa dos gastos, foi por falta de gastos.
E a depressão de 1920? Como lidar?

Falta de gastos? Por parte de quem?


Ok, vamos ignorar que toda essa bagunça começou com a redução dos juros pelo BC e que essa crise européia foi culpa dos social-democratas.

Claro, claro.

Vamos esquecer também os lucros extraordinários obtidos pelos bancos, pois afinal de contas eles foram "obrigados" a isto pelos governos.  ::)


Perfeito! Completo isso com outra máxima: "Ninguém gasta o dinheiro dos outros com o mesmo cuidado com que gasta o próprio.".

E isto se aplica a todos os principais envolvidos: Estados e grandes Capitalistas Financeiros.
« Última modificação: 25 de Julho de 2011, 17:24:07 por Geotecton »
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Offline Liddell Heart

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #129 Online: 25 de Julho de 2011, 18:44:57 »
-Extremistas! O que eles querem?
-Menos gastos, menos impostos!
-Oh, são loucos!   :?

Exatamente. Eles querem menos gastos com os pobres e menos impostos para os ricos.


Se não houvesse o boicote dos Republicanos, os E.U.A continuariam gastando e endividando as gerações futuras, e isso seria péssimo para todos, pobres ou ricos.

Citar
Aquela velha dicotomia gastos estatais x emprego. Te apresento a Estagflação (altos gastos estatais e alto desemprego)! E também te apresento economias com pouquíssimos gastos estatais e só com a taxa natural de desemprego. Baixos impostos, maior produção, logo, mais consumo.

E mais endividamento e mais crise.

Se não houver crédito, não haverá crise. Se os E.U.A não gastassem com base em expectativas futuras, não teria esse problema que tem hoje.



Citar
Lembremos da crise de 29. O que Hoover fez?

Aumentou impostos, isto é, o maior aumento da história americana. E gastou bastante.

E quem foi o responsável pela Crise de 29? O Estado?

Sim. O que causou a crise de 29 foram os "loucos anos 20", resultado da explosão de crédito do BC.

Citar
A crise não durou tanto por causa dos gastos, foi por falta de gastos.
E a depressão de 1920? Como lidar?

Falta de gastos? Por parte de quem?

Eu fui irônico. Os gastos/controles estatais que fizeram a crise se estender.


Citar
Ok, vamos ignorar que toda essa bagunça começou com a redução dos juros pelo BC e que essa crise européia foi culpa dos social-democratas.

Claro, claro.

Vamos esquecer também os lucros extraordinários obtidos pelos bancos, pois afinal de contas eles foram "obrigados" a isto pelos governos.  ::)

O governo tem seus cúmplices. Na crise de 2008, o governo não interferiu na economia para salvar a população, mas para socorrer os grandes brancos.

Citar
Perfeito! Completo isso com outra máxima: "Ninguém gasta o dinheiro dos outros com o mesmo cuidado com que gasta o próprio.".

E isto se aplica a todos os principais envolvidos: Estados e grandes Capitalistas Financeiros.

Concordo.
« Última modificação: 25 de Julho de 2011, 18:51:35 por Liddell Heart »
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Offline Geotecton

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #130 Online: 25 de Julho de 2011, 20:44:52 »
-Extremistas! O que eles querem?
-Menos gastos, menos impostos!
-Oh, são loucos!   :?
Exatamente. Eles querem menos gastos com os pobres e menos impostos para os ricos.
Se não houvesse o boicote dos Republicanos, os E.U.A continuariam gastando e endividando as gerações futuras, e isso seria péssimo para todos, pobres ou ricos.

Voce está brincando, não é mesmo Liddell Heart?

O boicote dos Republicanos nada tem a ver com a salvaguarda econômica do EUA e sim com a "fritura" do Obama, visando a reconquista da Casa Branca.

Além disto os Republicanos são muito mais conspícuos gastadores que os Democratas, sendo que nas administrações Bush (pai e filho da p...) a dívida simplesmente "explodiu", por causa dos gastos militares e dos cortes de impostos... dos ricos, é claro.

Acompanhe no gráfico abaixo e constate que a partir do início dos anos 80 (a administração de Reagan começou em 1981), a dívida subiu muito mais rapidamente nos governos republicanos.

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Offline Liddell Heart

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #131 Online: 25 de Julho de 2011, 21:37:07 »
Voce está brincando, não é mesmo Liddell Heart?

O boicote dos Republicanos nada tem a ver com a salvaguarda econômica do EUA e sim com a "fritura" do Obama, visando a reconquista da Casa Branca.
[...]


É verdade, os Republicanos são tão nocivos à economia americana quanto os Democratas, com a diferença dos últimos terem melhor intenção. Mas essa medida, especificamente, pode ser boa, não pela intenção, mas pelo resultado. Dei uma pesquisada, e vi que nos últimos 10 anos a dívida foi aumentada 10 vezes.
Já está na hora dos americanos repensarem sobre os gastos e sobre os impostos.
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Offline Derfel

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #132 Online: 25 de Julho de 2011, 22:39:24 »
Mas o que está em questão é a impossibilidade de honrar os compromissos. E isso significa muito para todo o mundo e não só os EUA. A questão do corte de gastos é algo a ser discutido depois da crise ou como contrapartida.

Offline Unknown

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #133 Online: 26 de Julho de 2011, 10:17:52 »
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Obama faz novo apelo, mas oposição diz que não dará ''cheque em branco''

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez ontem um apelo em rede nacional de TV para que haja um comprometimento de republicanos e democratas com um acordo para elevar o teto da dívida pública do país, hoje em US$ 14,3 trilhões. O risco real de suspensão de pagamentos a partir de 3 de agosto levou Obama a alertar a nação sobre o 'perigoso jogo' dos republicanos e a convocar os americanos a pressionar o Congresso por uma solução equilibrada, para não serem vítimas de uma 'guerra política'.

'Se seguirmos pelo caminho do não acordo, nossa crescente dívida pode custar postos de trabalho e causar sérios danos à economia', disse o presidente. Segundo ele, 'embora o povo americano tenha votado num governo dividido, não votou num governo que não funciona'.

Momentos após o discurso de Obama, o presidente da Câmara, o republicano John Boehner, disse que os Estados Unidos não podem suspender os pagamentos, mas não se pode dar um 'cheque em branco' ao governo. Ele advertiu que o povo americano não aceitará um aumento da dívida sem cortes significativos nos gastos e uma reforma.

A apenas oito dias do prazo final para a elevação do teto da dívida pública americana, a divergência maior entre o Senado de maioria democrata e a Câmara dos Deputados de maioria republicana já não está em questões sensíveis ao eleitorado dos dois partidos, mas no ambiente para as eleições presidenciais de 2012. Republicanos querem expor a Casa Branca a um novo risco de suspensão de pagamentos no início da campanha de reeleição de Obama. Os democratas querem se livrar dessa ameaça.

Sete votos
O aspecto eleitoral ficou evidente com a apresentação de uma nova proposta do democrata Harry Reid, presidente do Senado, para elevar em US$ 2,4 trilhões o atual teto da dívida dos EUA, de US$ 14,3 trilhões.

A cifra permitiria ao governo Obama encerrar 2012 sem o risco de ver o passivo bater no teto. A última proposta do presidente da Câmara aumentaria o limite em apenas US$ 1 trilhão, forçaria a Casa Branca a iniciar novas negociações com o Congresso no início de 2012 e tornaria seu governo ainda mais vulnerável ao anúncio de uma possível suspensão de pagamentos.

A votação no plenário do Senado deverá ser realizada até quarta-feira. Mas a aprovação do texto depende da conquista de mais sete votos republicanos. Para permitir uma rápida tramitação nas duas Casas, Reid excluiu as medidas rechaçadas pelos democratas - corte nos gastos com a assistência médica e a Previdência Social - e republicanos - o fim da redução de impostos aos mais ricos. Incluiu apenas medidas já aceitas na votação de outros planos. Com isso, previu um esforço fiscal menor do que o esperado, de US$ 2,7 trilhões, até 2022.

http://estadao.br.msn.com/economia/obama-faz-novo-apelo-mas-oposi%c3%a7%c3%a3o-diz-que-n%c3%a3o-dar%c3%a1-cheque-em-branco-1
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FMI pede aos EUA que elevem teto da dívida ''sem demora''

O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou ontem os Estados Unidos a elevarem 'sem demora' o teto da dívida pública para evitar a perda de confiança do investidor e o rebaixamento da classificação de risco de seu passivo de US$ 14,3 trilhões. Caso contrário, acentuou o Fundo, haverá efeitos 'amplos e negativos' ao resto do mundo.

Ante o crescimento econômico ainda moderado, as autoridades americanas foram aconselhadas a se manterem 'cautelosas' no momento de retirar as atuais medidas de apoio macroeconômico. As recomendações constam do relatório de avaliação periódica da economia americana elaborado pela diretoria do FMI.

O texto foi divulgado ontem, em meio ao impasse entre a Casa Branca e a Câmara dos Deputados sobre o aumento do teto da dívida pública, que se acentuou desde o fim de semana. Uma solução de consenso até 2 de agosto, prazo dado pelo Departamento do Tesouro antes de anunciar a suspensão de pagamentos federais, não era visível até ontem.

'Os diretores insistiram na necessidade de (os EUA) elevarem sem demora o teto da dívida federal e de forjarem um acordo em torno das características específicas de um plano integral de consolidação de médio prazo', mencionou o relatório. 'O ajuste deveria se iniciar no exercício de 2012, para evitar o risco de uma perda prejudicial de credibilidade fiscal', completou, referindo-se ao início do próximo ano fiscal, em 1o de outubro.

Conforme detalhou o Fundo, a redução gradual do déficit fiscal americano permitiria ao resto do mundo manter uma remuneração mais baixa dos bônus de curto prazo. Aos EUA, significaria a preservação da 'confiança dos investidores em sua habilidade de responder decisivamente aos desafios fiscais'. 'Uma consolidação gradual e crível pode aumentar a poupança nacional dos EUA, reduzir em termos reais as taxas de juros no mundo e os desequilíbrios de médio prazo', informou o FMI. 'Entre vizinhos próximos, os impactos negativos de uma diminuição da atividade americana seriam enormes, se não houver melhoria nos mercados financeiros mundiais, dado o alto nível da dívida e do déficit fiscal dos EUA.'

O relatório traz ainda uma perspectiva de crescimento real da economia dos EUA de apenas 2,5%, em 2011. No ano passado, foi de 2,9%. Para 2012, ano de eleição presidencial, a previsão é de expansão de 2,7%. A dívida bruta consolidada alcancará 99% do Produto Interno Bruto (PIB) no fim deste ano, e o déficit do governo chegará a 9,3% do PIB. O FMI atribuiu a recente desaceleração do crescimento americano - 2% no primeiro semestre - à depressão do mercado imobiliário, à persistência do alto desemprego - 9,2% em junho - e à fraca confiança do consumidor.

Como as medidas de estímulo fiscal deverão ser restringidas com o plano de ajuste nas contas públicas, o Fundo recomendou cautela na retirada das medidas macroeconômicas. Ao Fed (banco central americano), sugeriu a continuidade da expansão monetária, por meio da taxa de juros baixa, com especial atenção à taxa de inflação - de 2,8% em 2011, na previsão do organismo, com redução para 1,6% em 2012.

http://estadao.br.msn.com/economia/fmi-pede-aos-eua-que-elevem-teto-da-d%c3%advida-sem-demora
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Fiéis oram por um acordo. Sem cortes sociais

"Sob chuva. Em frente ao prédio de escritórios de cinco denominações protestantes, em Washington, orações por um acordo "

Debaixo de chuva e sob sensação térmica de 40 graus Celsius, um grupo de cerca de 30 pessoas leu ontem os versículos 1 a 12 do capítulo 58 do Livro de Isaías no pequeno jardim em frente da sede de cinco igrejas protestantes em Washington.

Entre as orações, os fiéis pediram aos Céus que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e os líderes do Congresso ouçam a palavra de Deus. Desde 11 de julho, todos os dias às 12h30, o grupo reza por um acordo fiscal até 2 de agosto. Porém, sem sacrifícios para os americanos mais pobres e vulneráveis.

'Acreditamos que o orçamento federal é um documento moral. Enfatizamos o papel dos governos de servir ao bem comum, e rezamos para que a economia mundial e o orçamento nacional acabem com o jugo da injustiça, da pobreza, da fome e do desemprego em todo mundo', leu um dos oradores, antes do hino de louvor, acompanhado por uma violonista.

O ponto de encontro está justamente nos fundos do Capitólio, a sede do Legislativo americano e ao lado da Suprema Corte, em frente à chamada 'caixa de Deus', o prédio de quatro andares compartilhado pelos Metodistas Unidos. Mas o pequeno rito é ecumênico. Duas freiras católicas estavam presentes, assim como funcionários públicos de diferentes credos, com o lanche e o celular nas mãos.

A preocupação primária do grupo está no prazo de 2 de agosto, quando um acordo para elevar o teto da dívida pública americana deve ser aprovado, sob risco de provocar a suspensão de pagamentos pelo Tesouro. Mas, em essência, as pessoas temem o 'desequilíbrio' do pacote de ajuste das contas dos EUA nos próximos dez anos. Ou seja, que preserve as reduções de impostos dos mais ricos e das grandes empresas e corte despesas com programas de assistência social.

'As isenções para os mais ricos devem acabar. Isso foi criado na época de superávit fiscal, no governo de George W. Bush. Agora, estamos em tempos de déficit profundo', afirmou Margareth Killmer, mulher de um funcionário publico em serviço em Washington.

Douglas Grace, coordenador da Ecumenical Advocacy Days, disse que a iniciativa é desconectada das propostas partidárias. Porém, as preces sintonizam o grupo de fiéis com as mesmas exigências de Obama e dos democratas. 'Vínhamos de um período de abundância. Agora, temos de compartilhar os sacrifícios, e os mais abastados têm obrigação de dar mais, conforme receberam e desfrutaram.'

http://estadao.br.msn.com/economia/fi%c3%a9is-oram-por-um-acordo-sem-cortes-sociais

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Offline Dbohr

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #134 Online: 26 de Julho de 2011, 10:38:31 »
Há uma certa fascinação suicida, algo como uma distorção da Síndrome de Estocolmo, em ver a locomotiva econômica do hemisfério ir pro abismo por causa de uma disputa de tamanho de pau entre Obama e o Congresso Americano.

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #135 Online: 29 de Julho de 2011, 13:20:00 »
Er, será que alguma alma caridosa poderia fazer uma explanação sobre o que está acontecendo nos EUA. Que dívida é essa? Esse tal de teto e sua elevação, etc, etc, enfim uma explicação para um total leigo em economia e finaças governamentais.
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline Geotecton

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #136 Online: 29 de Julho de 2011, 13:36:22 »
Er, será que alguma alma caridosa poderia fazer uma explanação sobre o que está acontecendo nos EUA. Que dívida é essa? Esse tal de teto e sua elevação, etc, etc, enfim uma explicação para um total leigo em economia e finaças governamentais.

A dívida em questão é a pública que decorre, grosso modo, da diferença entre as receitas (impostos) e as despesas (gastos com saúde, educação, defesa, ciência e pesquisa, salários, previdência, etc). Desde 1973, em função da guerra do Vietnã e da crise do petróleo (entre outros fatores), o EUA vem apresentando déficit publico e que chegou neste ano a US$ 14,3 trilhões.

Para fechar a conta entre a diferença da receita com a despesa, o governo do EUA emite títulos do Tesouro com prazos de vencimentos variados e com isto a dívida aumenta, pois estes títulos tem de ser remunerados (juros), até um limite definido legalmente.

Como o EUA sempre honrou o pagamento dos títulos a sua cotação (rating) entre os países é AAA, isto é, o país mais seguro para se comprar títulos... até agora. Se o Congresso não chegar a um acordo para aumentar o teto da dívida, o executivo ficará, em tese, sem dinheiro para honrar os compromissos do governo e com isto a cotação do EUA despencará.


Editado:

Onde se lia "o governo do EUA emite títulos da dívida" deve ser lido "o governo do EUA emite títulos do Tesouro".
« Última modificação: 29 de Julho de 2011, 16:24:21 por Geotecton »
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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #137 Online: 29 de Julho de 2011, 14:04:03 »
Títulos da dívida, então, são papéis contendo pedacinhos de suas dívidas que os governos vendem a juros?

Que divertido.

Offline Dr. Manhattan

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #138 Online: 29 de Julho de 2011, 14:12:17 »
Títulos da dívida, então, são papéis contendo pedacinhos de suas dívidas que os governos vendem a juros?

Que divertido.

Não é muito diferente de ações de empresas. Por sinal, boa parte da dívida americana foi comprada pelos chineses.
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Alan Watts

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #139 Online: 29 de Julho de 2011, 14:17:49 »
Mas ações de uma empresa representam o seu capital (com risco embutido, ok), não é? Anyway, quisera eu poder emitir papéis assim das minhas dívidas :-)

E antes que eu me esqueça:

Cotação USD - BRL: 1,5633

Dívida Pública Americana: ~ USD 14,3 trilhões

Ver o +Barack Obama floodando a timeline no Twitter pedindo aos eleitores que encham o saco dos Republicanos para renegociar o teto da dívida: não tem preço!!

Offline Dr. Manhattan

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #140 Online: 29 de Julho de 2011, 14:25:27 »
Uma vez eu pensei em criar uma nova forma de financiar a família: vender papéis de títulos de prole. É assim: você compra esses títulos com a minha promessa de que meus filhos vão lhe pagar de volta com juros. Assim você financia suas roupas, seus brinquedos e sua educação. E se os meus filhos tiverem problemas para pagar, então é só eles lançarem papéis para os meus netos pagarem! :hihi:
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Alan Watts

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #141 Online: 29 de Julho de 2011, 14:46:34 »

Offline Sergiomgbr

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #142 Online: 29 de Julho de 2011, 14:51:48 »
Moratória dos EUA será calamidade, alerta Banco Mundial

http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/07/moratoria-dos-eua-sera-calamidade-alerta-zoellick.html
Eu fiz um desenho pra minha sobrinha de 7 anos retratando a mentira como uma figura gordinha cabeluda de pernas curtas, tentando explicar porque ela tem pernas curtas. (hahahahah, ficou uma mentira bem feiosa) Pois é, toda mentira tem pernas curtas mesmo. Mesmo uma bem grandona  :smartass:
« Última modificação: 29 de Julho de 2011, 15:00:49 por sergiomgbr »
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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #143 Online: 29 de Julho de 2011, 16:08:43 »
Uma vez eu pensei em criar uma nova forma de financiar a família: vender papéis de títulos de prole. É assim: você compra esses títulos com a minha promessa de que meus filhos vão lhe pagar de volta com juros. Assim você financia suas roupas, seus brinquedos e sua educação. E se os meus filhos tiverem problemas para pagar, então é só eles lançarem papéis para os meus netos pagarem! :hihi:

As notas escolares de seus filhos mostrariam se o investimento é seguro ou não.   :lol:
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Offline ByteCode

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #144 Online: 29 de Julho de 2011, 16:10:11 »
Moratória dos EUA será calamidade, alerta Banco Mundial

http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/07/moratoria-dos-eua-sera-calamidade-alerta-zoellick.html
Eu fiz um desenho pra minha sobrinha de 7 anos retratando a mentira como uma figura gordinha cabeluda de pernas curtas, tentando explicar porque ela tem pernas curtas. (hahahahah, ficou uma mentira bem feiosa) Pois é, toda mentira tem pernas curtas mesmo. Mesmo uma bem grandona  :smartass:

O que seria exatamente a mentira, neste caso?

Offline Liddell Heart

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #145 Online: 29 de Julho de 2011, 16:14:24 »
Moratória dos EUA será calamidade, alerta Banco Mundial

http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/07/moratoria-dos-eua-sera-calamidade-alerta-zoellick.html

Eu acredito que a Grécia deva dar um calote na dívida ( :twisted:), mas acho que seria suuppeer perigoso os E.U.A fazerem o mesmo.
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Offline Sergiomgbr

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #146 Online: 29 de Julho de 2011, 16:50:17 »
Moratória dos EUA será calamidade, alerta Banco Mundial

http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/07/moratoria-dos-eua-sera-calamidade-alerta-zoellick.html
Eu fiz um desenho pra minha sobrinha de 7 anos retratando a mentira como uma figura gordinha cabeluda de pernas curtas, tentando explicar porque ela tem pernas curtas. (hahahahah, ficou uma mentira bem feiosa) Pois é, toda mentira tem pernas curtas mesmo. Mesmo uma bem grandona  :smartass:

O que seria exatamente a mentira, neste caso?
A questão da mentira aqui assume valores conceituais de confiança em detrimento de prudência.
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Offline Sergiomgbr

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #147 Online: 29 de Julho de 2011, 16:51:40 »
Moratória dos EUA será calamidade, alerta Banco Mundial

http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/07/moratoria-dos-eua-sera-calamidade-alerta-zoellick.html
Eu fiz um desenho pra minha sobrinha de 7 anos retratando a mentira como uma figura gordinha cabeluda de pernas curtas, tentando explicar porque ela tem pernas curtas. (hahahahah, ficou uma mentira bem feiosa) Pois é, toda mentira tem pernas curtas mesmo. Mesmo uma bem grandona  :smartass:

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Offline Unknown

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #148 Online: 29 de Julho de 2011, 17:50:22 »
Obama diz que evitar moratória é 'cada vez mais urgente'

O presidente dos EUA, Barack Obama, fez um novo pronunciamento hoje sobre as negociações para a elevação do limite de endividamento do país. Ele afirmou que as conversas entre democratas e republicanos vão continuar durante o fim de semana, e que os dois partidos não estão 'milhas a parte'. O presidente deixou claro que o plano para reduzir o déficit e elevar o teto da dívida precisa ser bipartidário, mas lembrou que a necessidade de evitar uma moratória (default) é 'cada vez mais urgente'.

Obama ressaltou que existem diversas maneiras de resolver o problema da dívida, mas mostrou que não aceita uma solução de curto prazo, como a defendida pelo presidente da Câmara, o republicano John Boehner, que exigiria um novo debate sobre o teto da dívida daqui a seis meses. Ontem, Boehner adiou a votação do seu projeto, quando percebeu que não tinha o apoio suficiente para aprová-lo. Não está claro se o projeto será votado hoje. Além disso, mesmo que a Câmara aprove a proposta republicana, os democratas, que controlam o Senado, já disseram que vão rejeitar o projeto.

O presidente americano ressaltou ainda que os EUA podem perder seu rating AAA 'não porque nós não temos capacidade para pagar nossas contas - nós temos - mas porque nós não temos um sistema político AAA'.

A proposta dos republicanos prevê um corte maior de gastos, enquanto os democratas defendem a elevação de impostos. Obama disse hoje que está aberto a um mecanismo de controle para conter os gastos, dependendo de como isso funcionaria. Apesar da troca de acusações de ambos os lados, o presidente disse acreditar que os ânimos vão se acalmar e o bom senso vai prevalecer, com o Congresso aprovando a elevação do teto da dívida até 2 de agosto, a partir de quando, segundo o Departamento do Tesouro, os EUA não terão mais condições de pagar suas contas. As informações são da Dow Jones.

http://estadao.br.msn.com/economia/obama-diz-que-evitar-morat%c3%b3ria-%c3%a9-cada-vez-mais-urgente

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Offline Gaúcho

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Re: E se os EUA derem um calote ?
« Resposta #149 Online: 29 de Julho de 2011, 18:07:08 »
Eu entendi quase tudo, exceto o que significa aumentar o teto da dívida. Seria vender mais títulos do tesouro?
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