Muito interessante que nada isoladamente parecesse tão vil pela vigência do estado de excessão mas o modus operandi de truculência e irrascibilidade da catrefa golpista foi tão inerente ao regime que se tornou sua marca registrada. O tal do "eu prendo e arrebento".
Vou repetir: uma manifestação foi reprimida, assim como manifestações são reprimidas no mundo todo, em países democráticos ou não. Houve excessos, mas, como eu disse, a manifestação foi mal interpretada pela polícia, ainda mais depois que atiraram nela.
Eu nem tinha nascido, mas não é preciso experimentar o fio da guilhotina para saber que ela separa a cabeça do corpo. Greves aconteceream e acontecem sempre. Hoje mesmo, somos testemunhas do que está acontecendo na Bahia, com a greve dos policiais. Nada que justifique Os AI-5 da vida.
O AI-5 veio 4 anos depois da revolução e teve outras causas.
Além disto, na época não eram greves isoladas e sim uma sequência de greves e confusões que assustou e revoltou a sociedade, ainda mais com os comunistas dizendo que iam tomar o poder.
Democracia e liberdade de expressão. Direitos que foram praticamente suprimidos durante a ditadura.
Depende do que você chama de 'suprimido'. Eu tinha consciência de que não podia isto e não podia aquilo, mas não me sentia sufocado. Cresci, vivi minha adolescência, estudei, me formei e comecei a trabalhar durante a ditadura. Gostei quando ela acabou, mas não foi como sair de um pesadelo. Foi apenas o fim de uma fase e o começo de outra, sem grande alterações na minha vida.