Autor Tópico: Um manifesto contra o criacionismo  (Lida 23834 vezes)

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Offline 4 Ton Mantis

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Um manifesto contra o criacionismo
« Online: 22 de Setembro de 2011, 08:15:44 »
http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2011/09/19/um-manifesto-contra-criacionismo-925397792.asp


Um grupo de 30 dos mais proeminentes cientistas, entre eles Richard Dawkins e David Attenborough, assinou uma petição defendendo a ideia de que a Teoria da Evolução, de Charles Darwin, deve ser ensinada às crianças a partir dos cinco anos. Em carta ao governo britânico o grupo pede o combate as aulas de criacionismo nas escolas. O ensino do criacionismo e do design inteligente nas aulas de ciência, como se fossem teorias científicas, vem ganhando defensores e causando polêmica em todo o mundo.

Embora o ensino da Teoria da Evolução não seja compulsório nas escolas primárias do Reino Unido, muitas já ensinam alguns de seus aspectos nas aulas. A proposta de colocar a Evolução no currículo nacional foi aceita pelo governo anterior, mas derrubada no ano passado e, atualmente, está sendo revista pelo Ministério da Educação.

A crença religiosa segundo a qual a Humanidade, a vida e o próprio planeta Terra teriam sido criados por Deus em seis dias vem alimentando polêmica em diversos países nos últimos anos desde que ganhou novas roupagens, como o chamado design inteligente, e ampliou sua popularidade. A polêmica tomou os Estados Unidos e o Reino Unido. O biólogo Richard Dawkins, da Universidade de Oxford, acabou se tornando uma das principais vozes em defesa do evolucionismo de Charles Darwin.

Evolucionismo deve ser ensinado desde os 5 anos

A petição do governo britânico sustenta que embora o criacionismo e o design inteligente não sejam teorias científicas, eles são apresentados como se o fossem por "fundamentalistas religiosos" que tentam promover suas visões de mundo em escolas financiadas com verbas públicas.

A petição também defende o ensino da Teoria da Evolução desde o pré- primário, como parte obrigatória do currículo mínimo exigido das escolas. A teoria científica de Darwin, internacionalmente aceita, sustenta que todos os seres vivos se desenvolveram a partir de organismos primitivos por meio de mutações genéticas aleatórias e de um processo chamado de seleção natural - em que as espécies mais bem adaptadas sobrevivem.

O documento assinado pelos cientistas ressalva o fato de que algumas organizações religiosas estão conseguindo incluir nas aulas de ciência sobre evolução ensinamentos sobre o design inteligente - como se ambos fossem teorias científicas equivalentes - e pede ao governo que interfira.

O governo já havia dito que não aceitaria propostas de o ensino do criacionismo integrar o currículo escolar de ciência, nem mesmo como alternativa a teorias científicas.

"A Evolução é uma explicação para a existência verdadeiramente satisfatória e completa; eu suspeito que isso seja algo que uma criança pode apreciar desde muito nova", escreveu Dawkins em texto publicado no "Times". Ele escreveu ainda que a Evolução poderia ser ensinada de forma "mais simples de ser entendida do que os mitos". Isso porque, acrescentou, "mitos deixam várias perguntas sem resposta ou acabam por levantar mais questões do que as explicam."
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Offline Derfel

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #1 Online: 22 de Setembro de 2011, 09:12:41 »
5 anos para ser dado na escola é muito cedo.

Offline Geotecton

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #2 Online: 22 de Setembro de 2011, 10:39:15 »
5 anos para ser dado na escola é muito cedo.

Não se o propósito for o de fazer doutrinação.
Foto USGS

Offline wMw

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #3 Online: 22 de Setembro de 2011, 11:58:03 »
Enfim, eu creio que cada um deve educar seus filhos segundo o seu parecer, cf se faz com a questão de ser-se religioso ou não, de ser-se de uma cultura ou ou outra, etc...

Acho errado querer-se impôr uma visão só, quando haja duas.
Acho errado sustentar como garantia o que sendo tese não é verificado segundo uma consistência suficiente para derrubar cabalmente qualquer ceticismo.
Deve-se diferenciar Conhecimento Científico (ainda que este seja sempre impossível de se atingir, como certeza aboluta, nas ciências naturais e nas humanas, sendo verdades enquanto outras as não substituam - cf Popper) de Tese Científica, a qual ainda não atinge o astatuto de Conhecimento científico.
Assim, poderei dizer que Ciência, Ciência, na devida aceção da palavra é o dito Conhecimento cintífico, e que Tese é parte do método, do caminho para a Ciência; i.e, para uma maior certeza, firmeza, atraves de verificação cabal ao nível da pretensão. Uma Tese vai sendo corroborada pelos os estudos científicos, mas só passa a ser Conhecimento Ciéntífico, quando haja provas concretas sólidas ou evidências suficientes, que façam frente ao racionalismo cético do que a Tese pretende avançar teoricamente. O mesmo será dizer que, se uma visão , uma cosmologia encontra barreiras racionais ou factuais essenciais que não sejam satisfatóriamente, de um ponto de vista de rigorismo científico objetivo, ultrapassadas pelos dados e pela ligação e composição credível, lógica, verosímil, desses dados em info, o intelectualismo honesto, deve resguardar-se de querer impôr como verdade científica (que é já de si anulável)  a uma comunidade o que em Tese não foi cabalmente corroborado- ainda que esteja em processo disso. Como tal, necessario se torna que, se distinga uma Tese cinetífica daquilo que é o Conhecimento científico, propriamente dito.
Endoutrinar ou ensinar, não deve ser: impôr como evidente ou provado, aquilo que não é de facto (ainda), mas salvaguardar, ao ensinar, a existência da Tese, como uma probabilidade, mais ou menos consistente, face a outras teses, que no caso se trata de outras Cosmogonias, masi ou mesnos consitentes, científicamente.
Portanto, ensinar, deve ser , não um Dogmatismo como que formatante  a uma Doutrina ou Teoria, mas antes, a capacidade de transmitir Conhecimentos e influências que despertem a capacidade crítica  e de escolha de quem aprende- levando a uma responsabilização individual de cada aprendiz, o qual , por sua vez, aprenderá a tornar suas opiniões de cunho pessoal e comprometido com o pensar por si.

Isto é ensinar, não um idealismo, mas um existencialismo do ser humano. Isso é ensinar a realidade humana em vez do sistema dominante englobante e alienante.

Servir quer uma religião, quer uma doutrina, quer um partido político, quer um costume cultural, quer as normas socialmente impostas, quer os ditames não escritos do Poder sobre as massas, sem saber escolher o seu caminho, a sua vida, a sua visão , é alienação e castração, é viloência e roubo à vida e à personalidade humana.

O bem não pode ser aprisionado, sob a o pretexto da Paz podre e da harmonia  que impõe o silenciar da inteligência. E o intencionalismo pragmatico de lobys poderosos, em funções desviadas, não pode deixar-se proliferar, sob pretextos de se pertencer a uma elite de inteletualismo. Isso é aristocratizar erroneamente o caracter de tal grupo, numa sociedade que procura a Democracia e a audição das opiniões mais desfavorecidas pelos contextos socio-culturais.

Termino com a seguinte frase de um grande homem da humanidade e da cultura, que , por mérito é reconhecido , quer internacionalmente (povos, nações, gentes), quer universalmente (Humanidade, Princípios de Razão, Dignidade e Valor, Axiologia de sintaxe antecedida pelo reconhecimento da Axiologia natural):

Even, if you are a Minority of one- the Truth, is allways, the Truth.

Mahatma Gandhi

Offline Feynman

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #4 Online: 22 de Setembro de 2011, 12:07:42 »
Em um primeiro momento, estou inclinado a concordar com Dawkins e cia. Muitas coisas, neste nível de ensino, são trabalhados de um modo inevitavelmente doutrinário, em um contexto que deve ser muito bem analisado. Uma criança de cinco anos não tem como apreender, no sentido construtivo (e único) do termo, a noção de que a Terra gira em torno do Sol, ou de que a atmosfera é constituída por tais e tais elementos (que eles costumam reproduzir com garrafinhas cheias de feijão, milho e arroz para representar as concentrações dos gases no ar). São noções socialmente validadas como adequadamente corretas para seu "ensino" neste nível escolar, e não vejo, pelo menos inicialmente, porque seria diferente com o ensino dos elementos basilares da Evolução. É uma questão de se executar uma adequada transposição didática ao nível escolar, assim com se faz com diversos outros conteúdos.
"Poetas dizem que a Ciência tira toda a beleza das estrelas - meros globos de átomos de gases. Eu também posso ver estrelas em uma noite limpa e sentí-las. Mas eu vejo mais ou menos que eles?" - Richard Feynman

Offline Feynman

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #5 Online: 22 de Setembro de 2011, 12:21:28 »
Be welcome, wMw. Rabuscado este texto seu ser.   :-)      Mas gostei, tirando o fato de que abre muitas questões, e muitas tangenciais ao tópico.

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Muito a propósito do tópico:

"Poetas dizem que a Ciência tira toda a beleza das estrelas - meros globos de átomos de gases. Eu também posso ver estrelas em uma noite limpa e sentí-las. Mas eu vejo mais ou menos que eles?" - Richard Feynman

Offline Mr."A"

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #6 Online: 22 de Setembro de 2011, 12:23:04 »
Eu acho isso babaquice. Ensine às crianças como é o evolucionismo, ensine que existe o criacionismo, ensine a teoria dos ETs e quaisquer outras hipóteses e tentativas de explicação para o surgimento e desenvolvimento da vida no planeta. Explique em que se pauta o debate, quais os argumentos e contra-argumentos de cada posição. Faça o aluno pensar e chegar a sua própria conclusão. Transformar evolucionismo num dogma não vai diferenciá-lo muito do criacionismo.
8-)

Offline Feynman

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #7 Online: 22 de Setembro de 2011, 12:44:18 »
Mas o que foi dito não denota um dogma, no exato termo do que eu disse ali em cima. E deixei em aberto a questão da adequada transposição didática, que não se caracterizaria como um dogma para além do mesmíssimo tipo que a maioria dos conteúdos escolares.
"Poetas dizem que a Ciência tira toda a beleza das estrelas - meros globos de átomos de gases. Eu também posso ver estrelas em uma noite limpa e sentí-las. Mas eu vejo mais ou menos que eles?" - Richard Feynman

Offline Hold the Door

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #8 Online: 22 de Setembro de 2011, 12:51:07 »
Acho errado querer-se impôr uma visão só, quando haja duas.

Não há duas visões.
Hold the door! Hold the door! Ho the door! Ho d-door! Ho door! Hodoor! Hodor! Hodor! Hodor... Hodor...

Offline Feynman

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #9 Online: 22 de Setembro de 2011, 13:03:48 »
Por isso, e outras, sugeri que o wMw estava tangenciando o tópico.
"Poetas dizem que a Ciência tira toda a beleza das estrelas - meros globos de átomos de gases. Eu também posso ver estrelas em uma noite limpa e sentí-las. Mas eu vejo mais ou menos que eles?" - Richard Feynman

Offline Mr."A"

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #10 Online: 22 de Setembro de 2011, 13:11:06 »
Mas o que foi dito não denota um dogma, no exato termo do que eu disse ali em cima. E deixei em aberto a questão da adequada transposição didática, que não se caracterizaria como um dogma para além do mesmíssimo tipo que a maioria dos conteúdos escolares.
Referia-me à reportagem, da primeira postagem do tópico, com destaque para o último parágrafo. Sua postagem foi sobre uma forma plausível de mostrar o evolucionismo às crianças, o que não exclui que visões opostas não sejam também apresentadas.
8-)

Offline Feynman

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #11 Online: 22 de Setembro de 2011, 13:15:24 »
Humm...
"Poetas dizem que a Ciência tira toda a beleza das estrelas - meros globos de átomos de gases. Eu também posso ver estrelas em uma noite limpa e sentí-las. Mas eu vejo mais ou menos que eles?" - Richard Feynman

Offline Osler

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #12 Online: 22 de Setembro de 2011, 20:15:58 »
Referia-me à reportagem, da primeira postagem do tópico, com destaque para o último parágrafo. Sua postagem foi sobre uma forma plausível de mostrar o evolucionismo às crianças, o que não exclui que visões opostas não sejam também apresentadas.

Qual visão oposta poderia ser apresentada, levando-se em conta que falamos de ciência?  Lamarkismo?
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline Mr."A"

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #13 Online: 22 de Setembro de 2011, 21:12:45 »
O criacionismo. Antes de ciência, falamos, aqui, em Educação. Existe uma visão que se contrapõe a essa científica que pode circundar o aluno dentro de casa ou na rua a todo momento. Ele ouve falar em evolução na escola e, quando chega em casa, ouve que Deus criou o homem do barro a sua imagem e semelhança e todas as espécies que existem tais como são hoje. Não é porque se trata de uma disciplina de ciência que o viés científico deva ser tratado com exclusividade, como se o aluno não fosse ouvir falar de uma hipótese alternativa - com a qual tentarão convencê-lo - fora da escola. Isso seria fechar os olhos para a realidade, isso seria dogmatismo.
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Offline Derfel

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #14 Online: 22 de Setembro de 2011, 21:32:40 »
No caso de crianças de cinco anos, acho que ainda não seja a hora. As informações de ciências, nessa idade, tem a ver com conceitos simples como o leite vem da vaca. As plantas precisam de terra, sol e água. Conceitos como a evolução deve ser introduzido aos poucos a partir dois 7 anos, que é quando a criança tem efetivamente o contato com ciências. Quanto a ensinar o criacionismo nas escolas, pode ser admitido apenas em dois contextos: aulas de religião e como introdução do próprio tema evolução, como forma de mostrar como o conhecimento foi construído (quando, na faculdade, estudava sobre as origens da cárie, víamos as visões antigas de cárie como vermes que comiam os dentes)

Offline Gaúcho

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #15 Online: 23 de Setembro de 2011, 01:13:22 »
Acho errado querer-se impôr uma visão só, quando haja duas.

Não há duas visões.

Se vamos incluir lendas e mitos, acho errado impor só duas visões, quando há umas 5 mil.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Sergiomgbr

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #16 Online: 23 de Setembro de 2011, 09:35:54 »
Acho errado querer-se impôr uma visão só, quando haja duas.

Não há duas visões.

Se vamos incluir lendas e mitos, acho errado impor só duas visões, quando há umas 5 mil.
A questão não é elencar visões mas propor contrapontos ou no mínimo diferentes abordagens.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Geotecton

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #17 Online: 23 de Setembro de 2011, 13:22:26 »
Acho errado querer-se impôr uma visão só, quando haja duas.
Não há duas visões.
Se vamos incluir lendas e mitos, acho errado impor só duas visões, quando há umas 5 mil.
A questão não é elencar visões mas propor contrapontos ou no mínimo diferentes abordagens.

Sob o ponto de vista da Ciência, o criacionismo não é uma alternativa para a TE e sim uma mera abordagem religiosa travestida de pseudo-ciência.

Nada mais.

Mas se a questão é o de mostrar que culturalmente há crenças diversas sobre a origem do Universo, tudo bem. Mas não na disciplina de Ciências.
Foto USGS

Offline Dr. Manhattan

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #18 Online: 23 de Setembro de 2011, 13:28:16 »
Acho errado querer-se impôr uma visão só, quando haja duas.

Não há duas visões.

Se vamos incluir lendas e mitos, acho errado impor só duas visões, quando há umas 5 mil.
A questão não é elencar visões mas propor contrapontos ou no mínimo diferentes abordagens.


Que contrapontos você propõe ao estudo da tabuada?
Acho 5 anos cedo, sim. Mas não vejo problema em se começar a estudar TE a partir dos 7 ou 8.



(fotopostagem sim, mas relevante ao tópico)

You and I are all as much continuous with the physical universe as a wave is continuous with the ocean.

Alan Watts

Offline wMw

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #19 Online: 23 de Setembro de 2011, 14:23:13 »
Acho errado querer-se impôr uma visão só, quando haja duas.
Não há duas visões.
Se vamos incluir lendas e mitos, acho errado impor só duas visões, quando há umas 5 mil.
A questão não é elencar visões mas propor contrapontos ou no mínimo diferentes abordagens.

Sob o ponto de vista da Ciência, o criacionismo não é uma alternativa para a TE e sim uma mera abordagem religiosa travestida de pseudo-ciência.

Nada mais.

Mas se a questão é o de mostrar que culturalmente há crenças diversas sobre a origem do Universo, tudo bem. Mas não na disciplina de Ciências.

Certo, contudo,  não é somente a inteligência da criança, nem a sua ingenuidade em ingerir tudo o que lhe colocam na frente que está em causa, mas a propria mentalidade que se cria nela, que se torna pouco critica.
Deve dar-se a conhecer (não  "endoutrinar-se") quer o que a comunidade da ciência, dominante, diz, quer o que outras mentes dizem, mesmo aquelas de cujo conteúdo de info é somente Culturalmente observável.
Ademais, se mesmo na TE há uma constante procura de corroborar-se a   visão, é porque, de certo modo, sua investigação ainda não passou de moda, uma vez que se faz necessaria, para que se a acredite, sendo que, quer dentro, quer fora, ela encontra obstáculos à sua pretensão. DE dentro , certamente, as diferentes opiniões de como se originou  a Vida e o Cosmos, além da sequeência de elos evolutivos poderem ser contestados  pela razão de uns e pelos factos achados  de outros. De fora, porque, existem teorias criacionistas meramente culturais ou religiosoas, mas contudo, assisste-se  aum crescendo de corroboração científica que, no próprio ensino da Ciência, não deve ser menosprezado em função das opiniões dominantes da Comunidade cientíca, sob pena de que se faça dela  a nova Entidade que substitui a  anterior que estava entrelaçada e comprometida com o sistema político religioso da Europa , que proibia a emancipação do pensamento e da Ciência que pudesse desestabilizar o dito sistema. Como exemplo disso, temos o caso Galileu Galilei, flagrantemente conhecido por ter apresentado com coerência e experiências a sua teoria que se mostrava corroborada.

Não creio, piamente, que ele mesmo, haja deixado de acreditar em DEUS, ao ser confrontado com as passagens bíblicas que, injustificadamente eram usadas pelo Poder de então. Que por algum motivo, fazia da letra constante a única interpretação possível do sentido real do texto. O qual, para Galileu, era sagrado, e que, portanto, não podia mentir.

Pelo que, me parece claro que, ensinar as visões e teorias corroboradas ou não, quer científicamente, quer pelas Palavras Sagradas, devam ser uma imposição dogmática num sistema de ensino.
A Escola deve ensinar o Conhecimento, o qual engloba a cultura e portanto, a Religião ou religiões na Humanidade num sentido meramente antropologico e preparador dos petizes ou dos formandos adultos, bem como a Ciência, diferenciando  a noção de Conhecimento Científico da de Teoria Científica- prezando e velando o rigorismo e honestidade, bem como a liberdade do pensamento de cada individuo.
A Religião ensinada pelos pais, é cultural, mas, todo o jovem chega a um momento de reflexão e dúvida sobre os valores que lhe foram passados, precisamente porque sendo valores, não são necessariameente princípios de Razão- pelo que, automaticamente, ele faz um exame racional, e , confronatndo-se com a Fé e a sua perceção, realiza uma determinação em seguir ou não seguir algumas das crenças, alguns dos valores morais, dentro de um complexo de aculturação pessoal e auto-formação de base, para o prosseguimento de sua vida.

Nisto, concordo com Pascal que dizia que crer em DEUS é uma aposta. O bom senso e a razão avaliam as hipoteses de DEUS.


+++

Offline Barata Tenno

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #20 Online: 23 de Setembro de 2011, 14:45:24 »
Caramba, ta chovendo virgula!
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Sergiomgbr

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #21 Online: 23 de Setembro de 2011, 14:58:51 »
Acho errado querer-se impôr uma visão só, quando haja duas.
Não há duas visões.
Se vamos incluir lendas e mitos, acho errado impor só duas visões, quando há umas 5 mil.
A questão não é elencar visões mas propor contrapontos ou no mínimo diferentes abordagens.

Sob o ponto de vista da Ciência, o criacionismo não é uma alternativa para a TE e sim uma mera abordagem religiosa travestida de pseudo-ciência.

Nada mais.

Mas se a questão é o de mostrar que culturalmente há crenças diversas sobre a origem do Universo, tudo bem. Mas não na disciplina de Ciências.
Ainda assim, ou apesar de...por que não? Cientista não é o ciente de...? Mesmo porque se trata de contraponto à teoria vigente mais, ou, a unicamente aceita pela ciência.
« Última modificação: 23 de Setembro de 2011, 15:08:07 por sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Barata Tenno

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #22 Online: 23 de Setembro de 2011, 15:01:38 »
E la vamos nós pra semantica de novo.....
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Offline Osler

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #23 Online: 23 de Setembro de 2011, 15:25:44 »
O criacionismo. Antes de ciência, falamos, aqui, em Educação. Existe uma visão que se contrapõe a essa científica que pode circundar o aluno dentro de casa ou na rua a todo momento. Ele ouve falar em evolução na escola e, quando chega em casa, ouve que Deus criou o homem do barro a sua imagem e semelhança e todas as espécies que existem tais como são hoje. Não é porque se trata de uma disciplina de ciência que o viés científico deva ser tratado com exclusividade, como se o aluno não fosse ouvir falar de uma hipótese alternativa - com a qual tentarão convencê-lo - fora da escola. Isso seria fechar os olhos para a realidade, isso seria dogmatismo.
Porque não falar sobre mitos em aulas de conhecimento gerais, e de ciência nas aulas de ciência?
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline Derfel

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #24 Online: 23 de Setembro de 2011, 15:28:18 »
Em aulas de ciências, para haver a questão de se ensinar o contraditório, o que se apresentaria é qual a função da evolução em anel ou as trocas de material genético interespécies via retrovirus e isso não é algo a ser discutido aos cinco anos (e nem aos 17). Se algo for em relação à evolução humana, então as visões seriam em qual momento houve a separação do Australopiteccus do Pantroglodita. Ou ainda quando surge o gênero homo. E isso é algo a ser ensinado aos 5 anos?

 

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