Autor Tópico: Um manifesto contra o criacionismo  (Lida 23836 vezes)

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Offline HFC

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #50 Online: 24 de Setembro de 2011, 07:45:30 »
http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2011/09/19/um-manifesto-contra-criacionismo-925397792.asp


Um grupo de 30 dos mais proeminentes cientistas, entre eles Richard Dawkins e David Attenborough, assinou uma petição defendendo a ideia de que a Teoria da Evolução, de Charles Darwin, deve ser ensinada às crianças a partir dos cinco anos. Em carta ao governo britânico o grupo pede o combate as aulas de criacionismo nas escolas. O ensino do criacionismo e do design inteligente nas aulas de ciência, como se fossem teorias científicas, vem ganhando defensores e causando polêmica em todo o mundo.

Li a notícia no Why Evolution Is True, o blog do biólogo da Universidade de Chicago ... Vi o protesto como extremamente positivo.


Mostrar qualquer coisa como pitoresco na escola é dogmatismo. Ainda que se defenda doutrinação científica na Educação, ensinar ao aluno que X é a explicação para a vida hoje e tratar Y como pitoresco seria um tiro no próprio pé. É mais fácil alguém imerso num contexto cultural cristão jogar o evolucionismo na lata do lixo sem mais nem menos do que acreditar nele. Se a escola o estimula a pensar criticamente, ainda que ele opte pela outra opção, ele saberá, no mínimo, ponderar o ponto de vista científico.

O que diabos é "doutrinação" científica ??? Suspeito de que vc não tenha muita idéia do que é ciência ou como funciona o método científico.
Mas vamos lá, como não tratar o Y como pitoresco se Y é somente pitoresco, e não tem nenhuma base científica ? Com o ensino de informações falsas ? Com a tentativa de venda de um mero viés de pensamento religioso seria ciência ? Gostaria que vc me esclarecesse ...  Deve-se ensinar que a MRCA mulher era a Eva bíblica ???
Realmente não estou entendendo a idéia que vc quer defender ... Explique-a melhor, por favor.

Relativismo cultural é a única forma efetiva de produzir pessoas com dicernimento e fundamentar a ciência em bases realmente profícuas..

Expor mitos ou crenças como algo pitoresco é algo muito proximo de preconceito e desdem. Crianças com suas cabecinhas em plena ebulição do aprendizado percebem isso facilmente.

Vejo uma colocação nada precisa aqui : relativismo cultural pode ser ferramenta útil para pedagogia, mas é plenamente inútil em termos científicos.
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Offline Sergiomgbr

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #51 Online: 24 de Setembro de 2011, 13:12:48 »

Vejo uma colocação nada precisa aqui : relativismo cultural pode ser ferramenta útil para pedagogia, mas é plenamente inútil em termos científicos.
E não é ao ensino que está afeita a pedagogia?
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Mr."A"

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #52 Online: 24 de Setembro de 2011, 15:52:10 »
Mostrar qualquer coisa como pitoresco na escola é dogmatismo. Ainda que se defenda doutrinação científica na Educação, ensinar ao aluno que X é a explicação para a vida hoje e tratar Y como pitoresco seria um tiro no próprio pé. É mais fácil alguém imerso num contexto cultural cristão jogar o evolucionismo na lata do lixo sem mais nem menos do que acreditar nele. Se a escola o estimula a pensar criticamente, ainda que ele opte pela outra opção, ele saberá, no mínimo, ponderar o ponto de vista científico.
O que diabos é "doutrinação" científica ??? Suspeito de que vc não tenha muita idéia do que é ciência ou como funciona o método científico.
Mas vamos lá, como não tratar o Y como pitoresco se Y é somente pitoresco, e não tem nenhuma base científica ? Com o ensino de informações falsas ? Com a tentativa de venda de um mero viés de pensamento religioso seria ciência ? Gostaria que vc me esclarecesse ...  Deve-se ensinar que a MRCA mulher era a Eva bíblica ???
Realmente não estou entendendo a idéia que vc quer defender ... Explique-a melhor, por favor.

Eu defendo que a escola deve chamar o assunto "criacionismo x evolucionismo" à discussão, fazer o debate, estimular o aluno a pensar sobre a questão, a conhecer e criar argumentos sobre o assunto. E defendo, também, que isso pode ser feito sim na aula de ciência, apesar de criacionismo não ter respaldo científico.
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Offline Salazar

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #53 Online: 24 de Setembro de 2011, 16:00:47 »
Eu defendo que a escola deve chamar o assunto "astrologia x astronomia" à discussão, fazer o debate, estimular o aluno a pensar sobre a questão, a conhecer e criar argumentos sobre o assunto. E defendo, também, que isso pode ser feito sim na aula de ciência, apesar de astrologia não ter respaldo científico.

Eu defendo que a escola deve chamar o assunto "alquimia x química" à discussão, fazer o debate, estimular o aluno a pensar sobre a questão, a conhecer e criar argumentos sobre o assunto. E defendo, também, que isso pode ser feito sim na aula de ciência, apesar de alquimia não ter respaldo científico.

Eu defendo que a escola deve chamar o assunto "geocentrismo x heliocentrismo" à discussão, fazer o debate, estimular o aluno a pensar sobre a questão, a conhecer e criar argumentos sobre o assunto. E defendo, também, que isso pode ser feito sim na aula de ciência, apesar de geocentrismo não ter respaldo científico.

Offline Sergiomgbr

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #54 Online: 24 de Setembro de 2011, 16:28:38 »
Eu defendo que a escola deve chamar o assunto "astrologia x astronomia" à discussão, fazer o debate, estimular o aluno a pensar sobre a questão, a conhecer e criar argumentos sobre o assunto. E defendo, também, que isso pode ser feito sim na aula de ciência, apesar de astrologia não ter respaldo científico.

Eu defendo que a escola deve chamar o assunto "alquimia x química" à discussão, fazer o debate, estimular o aluno a pensar sobre a questão, a conhecer e criar argumentos sobre o assunto. E defendo, também, que isso pode ser feito sim na aula de ciência, apesar de alquimia não ter respaldo científico.

Eu defendo que a escola deve chamar o assunto "geocentrismo x heliocentrismo" à discussão, fazer o debate, estimular o aluno a pensar sobre a questão, a conhecer e criar argumentos sobre o assunto. E defendo, também, que isso pode ser feito sim na aula de ciência, apesar de geocentrismo não ter respaldo científico.
Sabemos que o heliocentrismo se sobrepõe como modelo de mecânica dos astros ao geocentrismo porque convencionou-se assim para se pensar a astronomia a partir de unidades como o sistema solar e eventualmente estar de acordo de como se pensa a física. Nada impede que qualquer um queira convencionar que a terra seja fixa no universo e que este sim se movimente ao seu redor. Isto pouco afetaria o dia-a-dia de um leigo! Por isso que se deve por à baila tais modelos "alternativos".

« Última modificação: 24 de Setembro de 2011, 16:32:08 por sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline HFC

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #55 Online: 24 de Setembro de 2011, 17:32:17 »
E não é ao ensino que está afeita a pedagogia?
Mas no final não acaba sendo o que ela deveria tratar, uma vez que não se está ensinando ciência. Me parece que pelo menos isso deveria se deixar claro.
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Offline Feynman

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #56 Online: 26 de Setembro de 2011, 11:16:24 »
Bem, eu nem sei por onde começar. Por isso não vou.   :-)
"Poetas dizem que a Ciência tira toda a beleza das estrelas - meros globos de átomos de gases. Eu também posso ver estrelas em uma noite limpa e sentí-las. Mas eu vejo mais ou menos que eles?" - Richard Feynman

Offline wMw

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #57 Online: 26 de Setembro de 2011, 12:13:52 »
Creio que o ensino de materias escolares a alunos tem de ser adaptado à idade- isso é claro!- contudo, não vale ensinar uma perspetiva da Vida às crianças e esquecer a outra, sob o pretexto de se considerar ser mitos. Mesmo porque desse modo, até a Ciência é um eterno mito, pois ela, na sua honestidade investigativa, admite poder mudar as suas premissas e conclusões, consuante evolui.
Por outra ainda, é justo e necessario referir, que, se se ensina a Ciência, porque se deve esquecer a Cultura, a História, a Antroplogia, etc? Será a Ciência mais formadora que as outras ditas Ciências Humanas? Porque se Attenbourgh ou Dawkins propõem o ensino da ciência aos 5 anos, é porque acham que tal é já possível ser feito com inteireza. Mas o caso e´que o que eles pretendem é a institucionalizaçao "religiosamente" do "ensino" da TE- ora, será que aos 5 anos, a crianças consegue ajuizar tal ensino, perante o que se diz pelo mundo? será mesmo que consegue entender a TE com sentido crítico? Se não consegue, então a proposta feita só terá como intenção escondida a endoutrinação. A qual nem engloba a Ciência, enquanto campo cheio de contradições, questões, incertezas e direi mesmo, desonestidades. *
Pois. é claro que, nem todos os cientistas são santos. Muitos são falsos cientistas. Assim, há falsos profetas, e polícias corruptos ou políticos mentirosos. E quantos destes não vingam na sociedade e fazem preavalecer as suas palavras?

Ora, se um pai é criacionista, aos 5 anos de idade, a criança, nem deve ser forçada a questionar tão gravemente o que seu pai diz- pois tal pode gerar um stress inapropriado ao desenvolvimento educacional e à sua estabilidade emocional. Não esqueçamos que crianças com 5 anos, não fazem juizos abstratos (como se fazem a partir dos 12 anos ou mesmo dos 14). Pelo que o ensino da ciência, a ser feito, nesta ou numa idade anterior aos 10 anos, acerca destas questoes tão conflituantes pelo mundo intelectual fora, deve ser realizado com muita precaução e atenção em não ferir a susceptibilidade emocional da criança. Sabemos, mesmo, que até aos 5 anos, a criança, sendo "pura", sabe tudo, é muito sensivel, mas apenas emocionalmente, porque mentalmente, ela ingere o que lhe é dado, sem grandes críticas, a não ser as que lhe advém do seu subjetivismo emocional preferencial- como "gosto", "não gosto". Não digo, porém, que não haja hipotese de se lecionar alguma ciência, assim como alguma antropologia ou outras disciplinas. aliás, tal é , em princípio, muito útil. Contudo, saibamos reconhecer que a TE , (acerca das cosmovisões), nem é a unica teoria científica e que, há outras não científicas que merecem respeito quando , ao menos, sejam coerentes e do ponto de vista filosófico, possíveis de serem verdadeiras, no todo, ou em parte- mesmo que, o professor, não creia nisso em particular.
Essa é uma idade onde o que mais interessa é a apredizagem da socialização. Enterrar, desde tao cedo essas mentes inocentes, em conceitos que invalidam outras prespectivas é o contrário do que se deve fazer nessa idade. Sabemos que nessa idade, o que o adulto diz é verdade- assim que, se o prof lhe diz que o mundo surgiu do BBang  e que o homem veio de um acélula , lá atrás e que somos descendentes de um primata que é anterior aos nossos primos chimpanzés, sem permitir o questionamento, a crítica, pois, nessa idade, as questões e as críticas das crinaças, provavelmente, nem são cabais, é aprisonar as mentes a um ponto de vista, que, dificilmente se perde, por causa da habituação, do costume. Gera-se nela um sentimento de preconceito contra a filosofia, e a propria investigação antropológica, assim que essa aborde questões onde se infira a possibilidade de uma teoria contraria à aprendida, mesmo que , científica ou lógica.

A sabedoria está mais em ensinar do que em receber a instrução. Sejamos responsáveis, quer como pais, como adultos, como professores.

*Fraudes Evolucionistas: ../forum/topic=25510.new#new

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« Última modificação: 26 de Setembro de 2011, 12:33:31 por wMw »

Offline Lakatos

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #58 Online: 26 de Setembro de 2011, 17:57:33 »
Creio que o ensino de materias escolares a alunos tem de ser adaptado à idade- isso é claro!- contudo, não vale ensinar uma perspetiva da Vida às crianças e esquecer a outra, sob o pretexto de se considerar ser mitos. Mesmo porque desse modo, até a Ciência é um eterno mito, pois ela, na sua honestidade investigativa, admite poder mudar as suas premissas e conclusões, consuante evolui.

[...]

A qual nem engloba a Ciência, enquanto campo cheio de contradições, questões, incertezas e direi mesmo, desonestidades. *

[...]

Ora, se um pai é criacionista, aos 5 anos de idade, a criança, nem deve ser forçada a questionar tão gravemente o que seu pai diz- pois tal pode gerar um stress inapropriado ao desenvolvimento educacional e à sua estabilidade emocional.

[...]

Contudo, saibamos reconhecer que a TE , (acerca das cosmovisões), nem é a unica teoria científica e que, há outras não científicas que merecem respeito quando , ao menos, sejam coerentes e do ponto de vista filosófico, possíveis de serem verdadeiras, no todo, ou em parte- mesmo que, o professor, não creia nisso em particular.

[...]

Sabemos que nessa idade, o que o adulto diz é verdade- assim que, se o prof lhe diz que o mundo surgiu do BBang  e que o homem veio de um acélula , lá atrás e que somos descendentes de um primata que é anterior aos nossos primos chimpanzés, sem permitir o questionamento[...]
1. Talvez seja realmente interessante sob alguma perspectiva o ensino de mitos e histórias antigas na escola, e uma maneira onde isso pode fazer sentido é usar tais mitos para fazer uma introdução histórica sobre como o conhecimento acerca de determinado fenômeno evoluiu, como alguém já citou aqui. Contudo, é necessário deixar claro para as crianças que aquela já é uma questão sobre a qual se tem conhecimento científico suficiente para descartar as hipóteses míticas.

2. Cite as contradições a que você se referiu. Sobre as incertezas, acho natural justamente porque é um campo contrário ao dogmatismo, e onde o questionamento é incentivado.

3. A criança tem que ir à escola para adquirir conhecimento, e por extensão, adquirir conhecimento científico nas aulas de ciência. Se ela terminar seu curso escolar acreditando que a história de Adão e Eva é tão plausível quanto a TE é sinal de que as aulas de ciência não foram bem ministradas. Isso independe da opinião do pai da criança e se o pai for suficientemente preparado não existirá conflito familiar. Talvez ele próprio reavalie sua opinião através do filho algum tempo depois.

4. Existe outra teoria científica aceita atualmente para explicar a diversificação dos seres vivos? Qual? E quanto ao professor dar as aulas sem carregar o conteúdo com suas próprias opiniões pessoais, eu concordo. Queria que meus professores do ensino fundamental tivessem feito isso.

5. O tópico se restringe a falar de TE, outras teorias podem ser discutidas em outros tópicos (dê uma pesquisada sobre essas alegações sobre teorias científicas). Além disso, acho que a proposta não é coibir o questionamento, e sim incentivá-lo. Se a criança aprende em casa sobre a criação divina para o mundo sob um ponto de vista dogmático e sagrado, não vejo por que o contato com as teorias científicas seja uma restrição ao questionamento, ao invés de um incentivo.
« Última modificação: 26 de Setembro de 2011, 18:00:11 por Domiciano »

Offline Derfel

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #59 Online: 26 de Setembro de 2011, 19:31:49 »
Creio que o ensino de materias escolares a alunos tem de ser adaptado à idade- isso é claro!- contudo, não vale ensinar uma perspetiva da Vida às crianças e esquecer a outra, sob o pretexto de se considerar ser mitos. Mesmo porque desse modo, até a Ciência é um eterno mito, pois ela, na sua honestidade investigativa, admite poder mudar as suas premissas e conclusões, consuante evolui.

E qual seria a outra perspectiva? A religiosa? Mas essa perspectiva já é abordada no âmbito familiar, nas igrejas e nas aulas de religião (que são facultativas), mas não cabem dentro da aula de ciências naturais como física, química ou biologia. E são apenas isso mesmo: mitos. E qual mito da criação seria proposto para se ensinar? Existem milhões hinduístas no mundo, quase tanto quanto católicos, então deve-se mostrar o mito hindu da criação? Agora as ciências não tratam de mitos (a não ser que sejam seu objeto de estudo) e sim de modelos e teorias que são constantemente postos a prova e reformulados se forem falseados.


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Por outra ainda, é justo e necessario referir, que, se se ensina a Ciência, porque se deve esquecer a Cultura, a História, a Antroplogia, etc? Será a Ciência mais formadora que as outras ditas Ciências Humanas?

Mas não são esquecidas. Existem as disciplinas de História onde se vê também a antropologia e cultura, e ciências humanas não tratam de mitos da criação a não ser como objetos de estudo antropológicos.


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Porque se Attenbourgh ou Dawkins propõem o ensino da ciência aos 5 anos, é porque acham que tal é já possível ser feito com inteireza. Mas o caso e´que o que eles pretendem é a institucionalizaçao "religiosamente" do "ensino" da TE- ora, será que aos 5 anos, a crianças consegue ajuizar tal ensino, perante o que se diz pelo mundo? será mesmo que consegue entender a TE com sentido crítico? Se não consegue, então a proposta feita só terá como intenção escondida a endoutrinação.

Concordo que aos 5 anos a criança não está preparada para discutir a TE (muitos adultos não estão), o assunto deve ser introduzido aos poucos nas aulas para ser tratado com mais propriedade no final do fundamental. Mas não é uma questão de doutrinação (acho que seja o que você quis dizer com "endoutrinação" :) ) e sim a explicação de um fenômeno natural pura e simples. Acredito que o Dawkins puxe isso por causa das suas causas militantes, mas acho que não propõe o ensino da TE aos 5 anos seriamente.


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A qual nem engloba a Ciência, enquanto campo cheio de contradições, questões, incertezas e direi mesmo, desonestidades. *

Como, aliás, qualquer parte da sociedade humana. Contudo, as contradições, questões e incertezas são as próprias razões de ser da Ciência. Se não fosse isso, o conhecimento humano estaria cristalizado ainda na idade do bronze. :)


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Pois. é claro que, nem todos os cientistas são santos. Muitos são falsos cientistas. Assim, há falsos profetas, e polícias corruptos ou políticos mentirosos. E quantos destes não vingam na sociedade e fazem preavalecer as suas palavras?

Existem cientistas desonestos, mas não existe a autoridade em ciência. A qualquer momento o conhecimento pode ser contestado e precisa ser reproduzido para que possa ser aceito. Hoje, os cientistas desonestos estão mais para plagiadores que qualquer outra coisa.


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Ora, se um pai é criacionista, aos 5 anos de idade, a criança, nem deve ser forçada a questionar tão gravemente o que seu pai diz- pois tal pode gerar um stress inapropriado ao desenvolvimento educacional e à sua estabilidade emocional. Não esqueçamos que crianças com 5 anos, não fazem juizos abstratos (como se fazem a partir dos 12 anos ou mesmo dos 14). Pelo que o ensino da ciência, a ser feito, nesta ou numa idade anterior aos 10 anos, acerca destas questoes tão conflituantes pelo mundo intelectual fora, deve ser realizado com muita precaução e atenção em não ferir a susceptibilidade emocional da criança. Sabemos, mesmo, que até aos 5 anos, a criança, sendo "pura", sabe tudo, é muito sensivel, mas apenas emocionalmente, porque mentalmente, ela ingere o que lhe é dado, sem grandes críticas, a não ser as que lhe advém do seu subjetivismo emocional preferencial- como "gosto", "não gosto". Não digo, porém, que não haja hipotese de se lecionar alguma ciência, assim como alguma antropologia ou outras disciplinas. aliás, tal é , em princípio, muito útil. Contudo, saibamos reconhecer que a TE , (acerca das cosmovisões), nem é a unica teoria científica e que, há outras não científicas que merecem respeito quando , ao menos, sejam coerentes e do ponto de vista filosófico, possíveis de serem verdadeiras, no todo, ou em parte- mesmo que, o professor, não creia nisso em particular.

Ou seja, o que você propõe é que a criança cresça alienada por causa do seu pai e esteja apartada do conhecimento humano seja ele importante para a sua vida ou não. É isso?


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Essa é uma idade onde o que mais interessa é a apredizagem da socialização. Enterrar, desde tao cedo essas mentes inocentes, em conceitos que invalidam outras prespectivas é o contrário do que se deve fazer nessa idade. Sabemos que nessa idade, o que o adulto diz é verdade- assim que, se o prof lhe diz que o mundo surgiu do BBang  e que o homem veio de um acélula , lá atrás e que somos descendentes de um primata que é anterior aos nossos primos chimpanzés, sem permitir o questionamento, a crítica, pois, nessa idade, as questões e as críticas das crinaças, provavelmente, nem são cabais, é aprisonar as mentes a um ponto de vista, que, dificilmente se perde, por causa da habituação, do costume.

Para uma criança de 5 anos é muito difícil assimilar alguns conceitos. E o conceito religioso não é tão mais fácil de ser assimilado, a menos, claro, que não se permita o questionamento. Para uma criança é tão absurdo que sejamos animais, primatas, quanto que tenhamos surgido do nada por mágica.


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Gera-se nela um sentimento de preconceito contra a filosofia, e a propria investigação antropológica, assim que essa aborde questões onde se infira a possibilidade de uma teoria contraria à aprendida, mesmo que , científica ou lógica.

Interessante é que você parece ter um conceito muito particular da filosofia e antropologia. A antropologia, por sinal, trabalha justamente com conceitos da TE, por isso acho muito estranha a sua colocação. Aliás, o que você entende por antropologia e filosofia e por que acha que elas forneceriam um "contraditório" à ciência?


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A sabedoria está mais em ensinar do que em receber a instrução. Sejamos responsáveis, quer como pais, como adultos, como professores.

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Já postado lá.
« Última modificação: 26 de Setembro de 2011, 23:30:13 por Geotecton »

Offline Lakatos

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #60 Online: 26 de Setembro de 2011, 20:23:16 »
Perfeito, Derfel. Só parece que teve um errinho pra editar as citações.  :ok:

Offline Derfel

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #61 Online: 26 de Setembro de 2011, 23:13:11 »
Tem razão. Estava saindo do consultório e nem notei. Algum moderador pode arrumar, vou ficar indisponível para isso até sábado.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #62 Online: 28 de Setembro de 2011, 20:24:48 »
Alguém aqui defende o ensino da alquimia como contraponto a química? Acha que ela deva ser ensinada como "visão alternativa" ao conhecimento científico? Que os professores de química tem que abrir o diálogo com os defensores dos 4 elementos?

Repito a pergunta para a astrologia em relação a astronomia.

E para o curandeirismo em relação a medicina moderna.

Por que a biologia tem que ser a exceção e fazer concessões a crenças ultrapassadas?
A mim já estaria de bom tamanho apenas expor aquilo que é a "alternativa daquilo a que se propõe afirmar, no caso, a TE. Expor que por exemplo o criacionismo defende outras condições para o surgimento do homem e do mundo, e que essas outras condições pretendem se sobrepor ao que é ciência, no caso a TE mas que não há formas de corroborar cientificamente tais e tais propugnações, posto que o criacionismo é baseado em mitos, e assim sucessivamente. Por que não considerar o curandeirismo ou a astrologia ou a alquimia como mitos, também contrapontos interessantes? Eles o são!

Ninguém propõe que se tente esconder das crianças a realidade de que há pessoas que acreditam que os seres foram criados por mágica da lama, ou diversas outras superstições. O ponto é que isso não deve ser ensinado como "alternativa", bem como as deturpações que são usadas para dar suporte a essa crença ou minar a credibilidade da evolução -- que é o que os proponentes de "expor ambas as alternativas" defendem.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #63 Online: 28 de Setembro de 2011, 20:32:36 »
Nem li o post inicial, embora ache meio esquisito isso de se propor o ensino de evolução começando aos cinco anos e a ênfase na oposição ao criacionismo, ainda mais como "manifesto". Parece presente divino dado aos criacionistas, matéria prima ideal para se defender os ateuvolucionistas como fanáticos doutrinadores de criancinhas quando ainda não conseguem raciocinar bem por si próprias.

Mas não vejo nada demais em se ter um ensino científico um pouco mais adiantado. Nesse caso até dá para explorar de maneira mais superficial, como que dizendo que a prole "parece" com os progenitores e que isso acaba tendo um efeito em linhagem, e que em última instância isso é a origem das espécies e etc e tal. Mas sei lá, acho que um "manifesto contra o pokemón" talvez fizesse mais sentido do que contra o criacionismo, embora talvez esteja subestimando o problema. Acho que de qualquer forma eles superestimam e o "fortalecem" dessa forma, trazem a tona à discussão de forma que dá alguma "respeitabilidade" à idéia (além de munir de argumentos como esse da doutrinação). Difícil imaginar alguém propor algo parecido com/contra astrologia ou mesmo anti-vacinas. O segundo seria talvez até algo mais importante, não sei.

Offline Mr."A"

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #64 Online: 28 de Setembro de 2011, 21:31:41 »
Ninguém propõe que se tente esconder das crianças a realidade de que há pessoas que acreditam que os seres foram criados por mágica da lama, ou diversas outras superstições. O ponto é que isso não deve ser ensinado como "alternativa", bem como as deturpações que são usadas para dar suporte a essa crença ou minar a credibilidade da evolução -- que é o que os proponentes de "expor ambas as alternativas" defendem.
Eu me considero um "proponente de 'expor ambas as alternativas'", mas não captei bem o que você diz que esses proponentes - eu incluso, acho - defendem.

Uma alternativa deve ter um ponto central, então, a ciência pode ser uma alternativa à explicação mítica sobre o mundo, como a explicação mítica pode ser uma alternativa à ciência, a depender de quem você coloca como centro de interesse. Nesse sentido, o criacionismo seria, sim, uma alternativa à TE, numa aula de ciência. E tratar dela seria um parêntese aberto na disciplina para contextualizar a escola com o mundo lá fora. Mas creio que  a "alternatividade do criacionismo em relação à TE" não é a questão que se discute aqui, de fato. Parece-me que a maior divergência, aqui, gira em torno de qual o papel da escola e de sua divisão disciplinar para o desenvolvimento do conhecimento e para a formação do aluno.

Mas você fala em deturpações. Deturpações são variantes de outra natureza. A deturpação deriva de um desconhecimento sobre o assunto ou do uso de má fé para transmiti-lo. Minar a credibilidade da TE? De forma alguma. Ensiná-la como ela é de fato, e contrastá-la com a "alternativa".
« Última modificação: 28 de Setembro de 2011, 21:43:03 por Mr."A" »
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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #65 Online: 28 de Setembro de 2011, 22:28:26 »
Quanto aos "proponentes de expor ambos os lados", e a deturpações, me refiro com isso aos criacionistas ou sua nova estratégia para tentar enfiar criacionismo nas escolas, e aquilo que alegam: "não há formas transicionais", "todas as adaptações podem ser melhor explicadas por projeto do que como obra do acaso", "as datações por carbono 14 mostram que a idade do mundo não vai além da idade máxima que pode ser obtida pelo carbono 14", "a evolução é maligna, Hitler era evolucionista e se a evolução for verdade então temos que ser eugenistas e defender o massacre de milhões", "Darwin se arrependeu de ter concebido a evolução e aceitou Jesus antes de morrer", etc.

É isso que os principais proponentes de "expor ambos os lados" ou "avaliação crítica da teoria da evolução" nas escolas defendem, não meramente uma contextualização histórica como que antes as pessoas eram criacionistas e que ainda existem criacionistas, que não aceitam o conhecimento científico no que se refere à evolução biológica ou cosmologia em variados graus, conforme o grau que considerarem ser necessário uma interpretação literal de textos religiosos.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #66 Online: 28 de Setembro de 2011, 22:42:26 »
Eu defendo que a escola deve chamar o assunto "astrologia x astronomia" à discussão, fazer o debate, estimular o aluno a pensar sobre a questão, a conhecer e criar argumentos sobre o assunto. E defendo, também, que isso pode ser feito sim na aula de ciência, apesar de astrologia não ter respaldo científico.

Eu defendo que a escola deve chamar o assunto "alquimia x química" à discussão, fazer o debate, estimular o aluno a pensar sobre a questão, a conhecer e criar argumentos sobre o assunto. E defendo, também, que isso pode ser feito sim na aula de ciência, apesar de alquimia não ter respaldo científico.

Eu defendo que a escola deve chamar o assunto "geocentrismo x heliocentrismo" à discussão, fazer o debate, estimular o aluno a pensar sobre a questão, a conhecer e criar argumentos sobre o assunto. E defendo, também, que isso pode ser feito sim na aula de ciência, apesar de geocentrismo não ter respaldo científico.
Sabemos que o heliocentrismo se sobrepõe como modelo de mecânica dos astros ao geocentrismo porque convencionou-se assim para se pensar a astronomia a partir de unidades como o sistema solar e eventualmente estar de acordo de como se pensa a física. Nada impede que qualquer um queira convencionar que a terra seja fixa no universo e que este sim se movimente ao seu redor. Isto pouco afetaria o dia-a-dia de um leigo! Por isso que se deve por à baila tais modelos "alternativos".



E poderiam fazer também concursos, uma disputa para ver quem bola o melhor argumento sobre o por que o universo na verdade gira em torno do próprio umbigo, e não do umbigo de qualquer outro coleguinha ou de uma pessoa qualquer. Quem ganha fica dispensado de ter que aprender sobre o que quer que ache irrelevante, como exercícios de matemática com números maiores que 5000, números negativos, ou pré-história. Poderiam fazer isso toda semana, o concurso da melhor teoria alternativa com base em algo sobre o qual não há implicações diretas no cotidiano da maioria das pessoas. Como mecânica quântica por exemplo. Ou genética mendeliana, que para todos os efeitos cotidianos da maioria pode ser substituída por genética de "mistura de fluidos", etc.

Seria uma educação menos dogmática, mais livre, e menos racista, eurocêntrica, que coloca a ciência européia e burguesa como única forma válida de entender o mundo, e todas as outras culturas como inferiores. Quem sabe assim as próximas gerações não abandonam o positivismo?

Offline Osler

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #67 Online: 29 de Setembro de 2011, 14:27:45 »
Buckaroo, acho que o motivo dos manifestos é que o movimento criacionista tem dado passos importantes dentro do "ensino público" britânico.  Algumas escolas podem ser subsidiadas por "patronos" que em troca tem direito a dar "pitaco" na grade curricular, então algumas delas estavam implantando (ou em vias de implantar) o criacionismo mascarado (DI).
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline Cientista

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #68 Online: 01 de Outubro de 2011, 20:37:16 »
Bem, eu nem sei por onde começar. Por isso não vou.   :-)
Interessante. No outro tópico, estou com dificuldade em começar (francamente, está uma barbaridade, Feynman). Mas, eu vou.


Para aqui:

O que eu sempre ressalto. Uma discussão longa para decidir *no que* os alunos devem pensar e não *como* devem pensar. E isso resume todo o drama da perenemente decadente pedagogia.

No final, como sempre, uns muito poucos escapam ilesos de tudo isso (possuem defesas naturais). O restante... coitados! São só o restante. *Não há nada que se possa fazer por eles. As paredes inclinadas do sino escorregam muito de um lado e aderem demais do outro...

Você, Feynman, me parece estar do lado aderente, ao menos. Mas a aderência é maior do que eu esperava.

*Não ainda, pelo menos.

Offline Cientista

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #69 Online: 01 de Outubro de 2011, 23:57:28 »
Lendo isso aqui, fiquei meio sem saber...

Sabemos
Sabemos, quem?


que o heliocentrismo se sobrepõe como modelo de mecânica dos astros ao geocentrismo porque convencionou-se assim para se pensar a astronomia a partir de unidades como o sistema solar e eventualmente estar de acordo de como se pensa a física.
Parece um tipo de conspiração. É assim que você vê a construção da Física?


Nada impede que qualquer um queira convencionar que a terra seja fixa no universo e que este sim se movimente ao seu redor.
Tanto faria, então, termos permanecido no estado em que estávamos quando nossos macro e microconstituintes vagavam por aí inorganicamente. Mas para alcançarmos o status científico que "nós" humanos alcançamos, NÃO, não dá para convencionar a Terra fixa no universo com este "movimentando-se"(????) ao "redor"(???????????).

Na verdade tudo que é real impede. O que a realidade não impede é que indivíduos vivam DA realidade ainda que não Nela. Por isso, pode-se viver em fantasias e, contudo, locupletar-se de todos os benefícios da realidade, como os recursos tecnológicos desenvolvidos pelo homem que vive NA realidade.


Isto pouco afetaria o dia-a-dia de um leigo!
Apenas se esse leigo puder contar com aqueles que carregam nos ombros a responsabilidade de viver conforme a realidade. Viverão como crianças dependentes dos pais num mundo de fantasia, mas tendo seus problemas reais resolvidos em boa medida.


Por isso que se deve por à baila tais modelos "alternativos".
Por isso que se deve deixar as crianças infantes viverem a infância...


É duro para muita gente mas tenho que lembrar:

EXISTE uma coisa chamada *realidade* e uma OUTRA "coisa" chamada *fantasia*. Entendido?

REALIDADE

FANTASIA

E a coisa mais útil a qualquer humano é a capacidade de distinguir uma da outra, com a maior clareza possível. Se não o próprio indivíduo, alguém tem que fazer isto por ele, o que o torna um dependente. Porque, no cômputo final, TODOS dependem duramente da realidade e fantasias podem ser perigosas, mortais.

Offline Sergiomgbr

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Re: Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #70 Online: 02 de Outubro de 2011, 02:00:58 »
Lendo isso aqui, fiquei meio sem saber...

Sabemos
Sabemos, quem?
Nós, que convimos!
« Última modificação: 02 de Outubro de 2011, 03:35:24 por sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Cientista

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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #71 Online: 02 de Outubro de 2011, 12:17:23 »
Se convier?...

Contudo, não deverias ter esclarecido isso para o Salazar? Pois parece-me que dirigiste-se, em específico (não ficando totalmente claro se, também, no geral até agora), a ele e, ele, perece-me que não convém contigo nesse particular; assim *como* eu.

Não ligue que sou pedra 90. Só enfrenta quem aguenta.

Offline Sergiomgbr

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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #72 Online: 02 de Outubro de 2011, 22:19:12 »
Se convier?...

Contudo, não deverias ter esclarecido isso para o Salazar? Pois parece-me que dirigiste-se, em específico (não ficando totalmente claro se, também, no geral até agora), a ele e, ele, perece-me que não convém contigo nesse particular; assim *como* eu.

Não ligue que sou pedra 90. Só enfrenta quem aguenta.
Leia e releia, quantas vezes for preciso, (e estou convidando ao Salazar fazer o mesmo) e vai perceber o quanto convem ( se convem ou não!) comigo.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline JJ

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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #73 Online: 15 de Outubro de 2011, 21:26:49 »
Alguém aqui defende o ensino da alquimia como contraponto a química? Acha que ela deva ser ensinada como "visão alternativa" ao conhecimento científico? Que os professores de química tem que abrir o diálogo com os defensores dos 4 elementos?

Repito a pergunta para a astrologia em relação a astronomia.

E para o curandeirismo em relação a medicina moderna.

Por que a biologia tem que ser a exceção e fazer concessões a crenças ultrapassadas?
Ehh, falou tudo.


Concordo, é uma  ótima observaçao.



.

Offline Geotecton

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Re:Um manifesto contra o criacionismo
« Resposta #74 Online: 16 de Outubro de 2011, 01:36:05 »
[...]
Mas você fala em deturpações. Deturpações são variantes de outra natureza. A deturpação deriva de um desconhecimento sobre o assunto ou do uso de má fé para transmiti-lo. Minar a credibilidade da TE? De forma alguma. Ensiná-la como ela é de fato, e contrastá-la com a "alternativa".

A "alternativa" é uma deturpação proveniente da mistura de pseudociência e de ideologia religiosa.
Foto USGS

 

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