Tópico: Após confronto com polícia, estudantes ocupam prédio da USP

[Bob Cuspe]

Tá certo! A policia militar que fechou convenio com a universidade para proteger os alunos dos assaltantes e estupradores agora está exercendo a função de proteger contra os perigosos alunos maconheiros também.

Quero ver quando a policia começar com as blitzes da lei seca dentro da USP...

É. Deus nos livre da polícia prendendo quem descumpre a lei... brrrr... dá até arrepio.

Eu acho é engraçado. Além de extremamente ineficiente.

Engraçado é um grupinho de maconheiros vagabundos fazer uma arruaça no campus porque três amiguinhos foram presos por portar drogas. Que dózinha deles terem caído nas mãos dos maldosos policiais.

Na verdade eles nem seriam presos. Inicialmente iriam assinar o TC no campus mesmo.

O grupinho tinha cerca de 300 pessoas entre estudantes e professores e nem todo mundo era maconheiro. Bom, sempre tem um grupo mais exaltado, mas daí a generalizar quem não concordou com esse tipo de ação policial, igual todo mundo do forum tá fazendo, é preconceito.

Agora, a discussão é em relação ao tal convenio do reitor com a policia, que era para funcionar de uma forma e provavelmente vai ser um tiro pela culatra.

Por que o reitor não investiu em segurança privada como qualquer outra UNI? A USP é mal iluminada, não tem câmeras de vigilância suficientes, controle de entrada e saída e a  segurança dos alunos é feita pela policia militar...

[Diegojaf]

Estudantes ocupam prédio da USP em protesto contra atuação da polícia, mas colegas discordam da ação

http://noticias.uol.com.br/educacao/2011/10/28/estudantes-ocupam-predio-da-usp-em-protesto-contra-atuacao-da-policia-mas-colegas-discordam-da-acao.jhtm
Flávia Albuquerque
Agência Brasil
Em São Paulo
 
Comentários54
Enquanto um grupo de estudantes mantém ocupado o prédio da administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP) para protestar contra a presença da Polícia Militar (PM) no campus, alunos de outros cursos manifestam descontentamento com a ação dos colegas e se dizem favoráveis ao policiamento na Cidade Universitária, na zona oeste da capital paulista.

O prédio está ocupado desde ontem (27) à noite, depois que os alunos entraram em confronto com a polícia, que prendeu três alunos flagrados com entorpecentes no campus. Os universitários permanecem dentro do prédio e fazem pequenas aparições, sempre com o rosto coberto.

Foi o primeiro conflito depois que a reitoria deu permissão à PM para cuidar da segurança no campus. O convênio entre a PM e a reitoria foi assinado há 50 dias, após meses de negociação. Em maio deste ano, o estudante Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, foi assassinado durante um roubo na área do campus.

Ao falar sobre a abordagem da polícia aos estudantes na noite de ontem, o aluno da Escola Politécnica Leandro Salvático disse que  não foi a primeira vez que a PM reprimiu universitários no campus. Membro da comissão de comunicação dos manifestantes, Leandro destacou disse que a repressão foi enfatizada quando a reitoria fez o convênio com a PM. “Os policiais têm abordado indiscriminadamente estudante e trabalhadores”, diz nota do grupo de manifestantes lida por Leandro.

Uma das alunas, que não quis se identificar, disse, porém, que a polícia tem contribuído para aumentar a segurança e que toda a comunidade universitária está se sentido mais protegida. “Eles [policiais] estão agindo de forma pacífica, monitorando e deixando a comunidade muito mais tranquila." A universitária contou que, antes do convênio da reitoria com a polícia, passou por situações difíceis no campus, das quais conseguiu fugir sem passar por maiores problemas.

Perguntada sobre o uso de drogas no interior da Cidade Universitária, a aluna disse que nunca viu. “Nem estou de olho nisso, estou aqui para estudar, assim como todos deveriam estar. Cada um faz o que quer, só que, por causa disso, tirar nossa segurança é infundado”, ressaltou.

De acordo com um estudante da Politécnica, que também não quis dizer o nome, uma consulta feita no curso mostrou que 60% dos alunos são favoráveis à presença da Polícia Militar. Segundo ele, isso ocorreu também em outras faculdades.
“Já o Diretório Central dos Estudantes [DCE], que é ligado a partidos da extrema esquerda, e o Sintusp [Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo] são contra a polícia aqui. Só que eles não consultam os outros alunos. É um absurdo vermos pessoas que, por pura afinidade partidária, defendem esses interesses. Já ouvi gente dizendo que não quer a polícia aqui porque quer ter o direito de fumar maconha”, disse.

Um ex-aluno da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, que não quis se identificar, disse que conhece boa parte dos envolvidos no conflito e na ocupação e considera lamentável a atitude deles.  “Aquilo não representa a opinião da maioria dos estudantes da USP, nem mesmo da faculdade. A maioria é contra essa atitude e considera essas pessoas parte de um setor radical da universidade, que não representa ninguém, a não ser a si mesmo. Eles ignoram o diálogo com os outros estudantes e agridem as pessoas que discordam de suas opiniões.”

De acordo com Leandro Salvático, os universitários pretendem manter a ocupação até que o convênio com a PM seja revogado e que seja proibida a entrada dos policiais em qualquer circunstância, além da garantia de autonomia nos espaços estudantis. “Continuaremos aqui até que se retirem todos os processos criminais e administrativos contra os estudantes, professores e funcionários.”

Salvático estimou em 500 o número de estudantes que protestaram ontem, mas não quis dizer quantos estavam confinados no prédio da administração, alegando que, para prestar informações, além da leitura do texto escrito pelo grupo, teria que consultar os colegas.
Segundo ele, os alunos devem fazer uma nova assembleia por volta das 16h de hoje (28).

[Cumpadi]

Na verdade eles nem seriam presos. Inicialmente iriam assinar o TC no campus mesmo.

O grupinho tinha cerca de 300 pessoas entre estudantes e professores e nem todo mundo era maconheiro. Bom, sempre tem um grupo mais exaltado, mas daí a generalizar quem não concordou com esse tipo de ação policial, igual todo mundo do forum tá fazendo, é preconceito.

Agora, a discussão é em relação ao tal convenio do reitor com a policia, que era para funcionar de uma forma e provavelmente vai ser um tiro pela culatra.

Por que o reitor não investiu em segurança privada como qualquer outra UNI? A USP é mal iluminada, não tem câmeras de vigilância suficientes, controle de entrada e saída e a  segurança dos alunos é feita pela policia militar...

Por que é para isso que serve a polícia, para fazer a lei valer em áreas públicas (principalmente), e segurança privada não adianta muita coisa contra bandidos armados. Aqui na UnB fazem blitz e tem uma viatura circulando, ajuda na minha opinião. Está bem claro para que eles querem a polícia fora: para violar a lei dentro da universidade.

[Bob Cuspe]

Concordo. A lei atual é clara quanto à proibição do consumo de drogas. Até esta data a função da policia é (também) combater o consumo.

Esse sinistro na USP é só mais uma oportunidade para se rediscutir quais deveriam ser as funções e prioridades da policia militar principalmente dentro das dependencias de uma instituição que concentra jovens (adolecentes, vagabundos, estudantes de humanas, maconheiros, alcoolatras, despudorados, vândalos).

Na copa do mundo a policia vai agir da mesma forma?

[Pellicer]

Sim, eu sei disso, mas o fato é que a maior quantidade de vagabundos arruaceiros nas faculdade públicas é da área de humanas, principalmente na USP. Já estudei na FFLCH durante dois anos e meio, antes de mudar para a área de exatas e sei bem como funcionam os esquemas na referida área, 90% dos alunos de História e Filosofia da USP são uns esquerdistas maconheiros bitolados.

Acho que a presença de vagabundos está mais correlacionada com a dificuldade de passar no vestibular do que a área do curso. Na física mesmo tem um monte desses vagabundos, eu inclusive ouvi de um que ele estuda física porque não tem curso de militância na USP.

E um exemplo da mentalidade deles. Quando teve uma greve e fizeram barricada com as cadeiras na entrada de alguns prédios do Instituto de Física, eu fui falar com alguns deles dizendo que eles não podiam fazer isso, e vieram com o discurso pronto dizendo que o direito de greve é garantido pela constituição federal. Eu falei que essa mesma constituição limita o direito de greve, e impedir o direito de ir e vir de quem não aderiu à greve é proibido, e um deles me respondeu que por a USP ser uma autarquia, a constituição federal não vale na USP, então não tem que respeitar o direito de ir e vir dos outros.

[Gaúcho]

Sim, o regimento interno da USP se sobrepõe a essa constituiçãozinha de quinta...

[SnowRaptor]

Sim, o regimento interno da USP se sobrepõe a essa constituiçãozinha de quinta...

Exceto quando a constituição é conveniente pra eles.

Lembro de quando houve uma série de casos de estupro na USP. O "movimento estudantil" começou a reclamar, que era um absurdo, que não tinha segurança. Instalaram câmeras no campus, justamente para monitorar as áreas mais ermas e o mesmo grupelho reclamou da "repressão".

É assim: pra eles só as leis que lhes convém devem ser respeitadas.

[Sergiomgbr]

São garotos. Um dia crescem, se formam, talvez constituam família. Vão ter uma história pra contar.

[Geotecton]

[...]
Eu falei que essa mesma constituição limita o direito de greve, e impedir o direito de ir e vir de quem não aderiu à greve é proibido, e um deles me respondeu que por a USP ser uma autarquia, a constituição federal não vale na USP, então não tem que respeitar o direito de ir e vir dos outros.

O que este aluno respondeu mostra ou a sua ignorância acerca da hierarquia das legislações ou o seu mal-caratismo.

[SnowRaptor]

O que este aluno respondeu mostra ou a sua ignorância acerca da hierarquia das legislações ou o seu mal-caratismo.

Lembrando que o ou da frase acima é não-exclusivo =)

[Geotecton]

O que este aluno respondeu mostra ou a sua ignorância acerca da hierarquia das legislações ou o seu mal-caratismo.

Lembrando que o ou da frase acima é não-exclusivo =)

Ou seja: Ele pode estar nas duas situações.

[Derfel]

A USP não é federal, é estadual.

[TMAG]

Acho que a presença de vagabundos está mais correlacionada com a dificuldade de passar no vestibular do que a área do curso. Na física mesmo tem um monte desses vagabundos, eu inclusive ouvi de um que ele estuda física porque não tem curso de militância na USP.

Isso é fato, em cursos mais fáceis de se passar o número de vagabundos é maior, mas ainda acho que devido a área de humanas envolver o estudo de coisas como política e sociedade esses militantes baderneiros são mais comuns nessa área, até mesmo porque cursos como sociologia, história e filosofia são excelentes fontes de munição ideológica para esses sujeitos.

[_Juca_]

Putz, quanto reacionismo...

[Geotecton]

Putz, quanto reacionismo...

Voce não quis dizer "Putz, quanto vandalismo..."?

[Pellicer]

Putz, quanto reacionismo...

A propósito, os vagabundos citados no tópico que são reacionários, porque reacionário é quem é contra uma mudança, e eles são contra a presença da PM na USP, que é uma mudança recente.

[Gaúcho]

Mas sabe que isso é algo curioso? Por que, geralmente, bacharéis em história são esquerdistas/socialistas/marxistas/comunistas/etc? Esperava-se que, dado seu conhecimento em história, fosse exatamente o contrário, não?

[Fabi]

Deveria ser né....

Mas acho que eles pulam a parte que fala do holodomor, grande salto adiante, revolução cultural, e só leem o que querem....

Deve ser o excesso de maconha no cérebro ...

[uiliníli]

Ou de cérebro na maconha.

[TMAG]

Mas sabe que isso é algo curioso? Por que, geralmente, bacharéis em história são esquerdistas/socialistas/marxistas/comunistas/etc? Esperava-se que, dado seu conhecimento em história, fosse exatamente o contrário, não?

Acho que esses marxistas são os que aparecem mais e não são necessariamente majoritários, mas a academia brasileira é tão infestada pelo marxismo em suas estruturas que ser abertamente opositor do mesmo é quase suicídio acadêmico.O domínio dos marxistas atualmente é confrontado pelos relativistas/pós-modernistas, os únicos que fazem frente aos conceitos de Marx e não são achincalhados, e como eles também são muitos conseguem ter relativa tranquilidade. O mais estranho e bizarro que poderia acontecer é que atualmente muitas teorias pós-modernas estão sendo mescladas com o marxismo gerando híbridos absolutamente lisérgicos, e qualquer um que não reverencie ídolos acadêmicos como Foucault, Deleuze, Badiou, Lacan, Barthes, Lyotard  e outros filosófos franceses é classificado sob a alcunha pejorativa de ''positivista''. Vocês não fazem ideia de quanta teoria maluca é ensinada em cursos de humanas, a filosofia francesa destruiu o pensamento brasileiro. O debate intelectual no Brasil hoje se resume a discussões entre diversas facções da esquerda, e qualquer voz dissonante é sumariamente ignorada.


EDIT: Correções de ortografia.

[TMAG]

Resumindo o texto acima em poucas palavras, é bem difícil ter alguma ressonância acadêmica em humanas no Brasil de hoje sem pertencer a alguma facção da esquerda, principalmente em universidades públicas.

[Geotecton]

[...]
O debate intelectual no Brasil hoje se resume a discussões entre diversas facções da esquerda, e qualquer voz dissonante é sumariamente ignorada.
[...]

Se o "debate intelectual" no Brasil só se resume a discussões ideológicas entre facções de esquerda e sob a influência da filosofia francesa então eu afirmo: Não existe debate intelectual neste país.

[TMAG]

[...]
O debate intelectual no Brasil hoje se resume a discussões entre diversas facções da esquerda, e qualquer voz dissonante é sumariamente ignorada.
[...]

Se o "debate intelectual" no Brasil só se resume a discussões ideológicas entre facções de esquerda e sob a influência da filosofia francesa então eu afirmo: Não existe debate intelectual neste país.

Hehehehehe.

[Sergiomgbr]

[...]
O debate intelectual no Brasil hoje se resume a discussões entre diversas facções da esquerda, e qualquer voz dissonante é sumariamente ignorada.
[...]

Se o "debate intelectual" no Brasil só se resume a discussões ideológicas entre facções de esquerda e sob a influência da filosofia francesa então eu afirmo: Não existe debate intelectual neste país.

Ou há uma armadilha Psico-quântica que prende intelectualóides num eterno loop espaço-temporal no qual eles tendem a se agrupar, pios de que são a pedra-de-toque da elite intelectual moderna. Da moda. Brasileira> avant- garde.

[Luiz Otávio]

"FORA PM ASSASSINA
DOS MORROS E DA USP
PELO FIM DA REPRESSÃO
AOS LUTADORES"

Eu sinceramente não entendo; quando não há policiamento (caso em que o estudante Felipe Ramos de Paiva foi assassinado) o pessoal reclama, quando há policiamento o pessoal também reclama.