Quanto ao sentimento que induz à existência de um Deus, como se pode discernir sua origem? Visto que está presente na maioria dos seres humanos, civilizados ou não. Presente até mesmo nas mais isoladas tribos indígenas que existem.
Qual seria a origem dessa "química" que não agrega nenhuma vantagem no indivíduo?
Uma analogia simples pode ser a resposta para sua pergunta. Um cão, feroz, quando provocado, pode se tornar incontrolável e atacar até o próprio dono. A ferocidade portanto passa de um estado habitual para um estado alterado, exacerbando-se por algum tempo, até que se estabilize novamente. Com base nisso pose-se estabelecer que a incitação da ferocidade do cão, tornou-o por um certo período de tempo, tendente a exercer sua ferocidade até com quem normalmente isso não ocorreria, ou seja, o seu próprio dono. O mesmo pode-se dizer do homem e sua fé.
Baseando-se na hipótese que temos um mecanismo que nos faz ter determinação e superar etapas. Uns podendo chamá-lo de fé, outros, de impulso de auto preservação, ou outra coisa qualquer que seja, não importa, apenas esse é o objeto da questão. Muito bem, traduza fé como uma fome constante por algo que não possa ser orientado para um só foco. Nesse ponto o homem inventa deus, então terá sua fé dirigida a algo de forma ordenada e perene.
Qual é a relação da fé com a questão da ferocidade do cão? O homem assim como o cão tendo impulsos como fé e ferocidade exacerbadas, tenderão a extender o foco de suas ações baseadas na fé e ferocidade respectivamente a objetos normalmente alienados de sua conjuntura habitual de ação.