Autor Tópico: Privataria Tucana  (Lida 5679 vezes)

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Offline Luiz Souto

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Privataria Tucana
« Online: 17 de Dezembro de 2011, 17:17:07 »
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Chega às livrarias ‘A Privataria tucana’, de Amaury Ribeiro Jr. CartaCapital relata o que há no livro

Posted By Redação Carta Capital On 8 de dezembro de 2011 @ 19:38 In Política | 283 Comments

Não, não era uma invenção ou uma desculpa esfarrapada. O jornalista Amaury Ribeiro Jr. realmente preparava um livro sobre as falcatruas das privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso. Neste fim de semana chega às livrarias “A Privataria Tucana”, resultado de 12 anos de trabalho do premiado repórter, que durante a campanha eleitoral do ano passado foi acusado de participar de um grupo cujo objetivo era quebrar o sigilo fiscal e bancário de políticos tucanos. Ribeiro Jr. acabou indiciado pela Polícia Federal e tornou-se involuntariamente personagem da disputa presidencial.

'A Privataria Tucana', de Amaury Ribeiro Jr.

Na edição que chega às bancas nesta sexta-feira 9, CartaCapital traz um relato exclusivo e minucioso do conteúdo do livro de 343 páginas publicado pela Geração Editorial e uma entrevista com autor (reproduzida abaixo). A obra apresenta documentos inéditos de lavagem de dinheiro e pagamento de propina, todos recolhidos em fontes públicas, entre elas os arquivos da CPI do Banestado. José Serra é o personagem central dessa história. Amigos e parentes do ex-governador paulista operaram um complexo sistema de maracutaias financeiras que prosperou no auge do processo de privatização.

Ribeiro Jr. elenca uma série de personagens envolvidas com a “privataria” dos anos 1990, todos ligados a Serra, aí incluídos a filha, Verônica Serra, o genro, Alexandre Bourgeois, e um sócio e marido de uma prima, Gregório Marín Preciado. Mas quem brilha mesmo é o ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil, o economista Ricardo Sérgio de Oliveira. Ex-tesoureiro de Serra e FHC, Oliveira, ou Mister Big, é o cérebro por trás da complexa engenharia de contas, doleiros e offshores criadas em paraísos fiscais para esconder os recursos desviados da privatização.

O livro traz, por exemplo, documentos nunca antes revelados que provam depósitos de uma empresa de Carlos Jereissati, participante do consórcio que arrematou a Tele Norte Leste, antiga Telemar, hoje OI, na conta de uma companhia de Oliveira nas Ilhas Virgens Britânicas. Também revela que Preciado movimentou 2,5 bilhões de dólares por meio de outra conta do mesmo Oliveira. Segundo o livro, o ex-tesoureiro de Serra tirou ou internou  no Brasil, em seu nome, cerca de 20 milhões de dólares em três anos.

A Decidir.com, sociedade de Verônica Serra e Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, também se valeu do esquema. Outra revelação: a filha do ex-governador acabou indiciada pela Polícia Federal por causa da quebra de sigilo de 60 milhões de brasileiros. Por meio de um contrato da Decidir com o Banco do Brasil, cuja existência foi revelada por CartaCapital em 2010, Verônica teve acesso de forma ilegal a cadastros bancários e fiscais em poder da instituição financeira.

Na entrevista a seguir, Ribeiro Jr. explica como reuniu os documentos para produzir o livro, refaz o caminho das disputas no PSDB e no PT que o colocaram no centro da campanha eleitoral de 2010 e afirma: “Serra sempre teve medo do que seria publicado no livro”.

 

CartaCapital: Por que você decidiu investigar o processo de privatização no governo Fernando Henrique Cardoso?

Amaury Ribeiro Jr.: Em 2000, quando eu era repórter de O Globo, tomei gosto pelo tema. Antes, minha área da atuação era a de reportagens sobre direitos humanos e crimes da ditadura militar. Mas, no início do século, começaram a estourar os escândalos a envolver Ricardo Sérgio de Oliveira (ex-tesoureiro de campanha do PSDB e ex-diretor do Banco do Brasil). Então, comecei a investigar essa coisa de lavagem de dinheiro. Nunca mais abandonei esse tema. Minha vida profissional passou a ser sinônimo disso.

CC: Quem lhe pediu para investigar o envolvimento de José Serra nesse esquema de lavagem de dinheiro?

ARJ: Quando comecei, não tinha esse foco. Em 2007, depois de ter sido baleado em Brasília, voltei a trabalhar em Belo Horizonte, como repórter do Estado de Minas. Então, me pediram para investigar como Serra estava colocando espiões para bisbilhotar Aécio Neves, que era o governador do estado. Era uma informação que vinha de cima, do governo de Minas. Hoje, sabemos que isso era feito por uma empresa (a Fence, contratada por Serra), conforme eu explico no livro, que traz documentação mostrando que foi usado dinheiro público para isso.

CC: Ficou surpreso com o resultado da investigação?

ARJ: A apuração demonstrou aquilo que todo mundo sempre soube que Serra fazia. Na verdade, são duas coisas que o PSDB sempre fez: investigação dos adversários e esquemas de contrainformação. Isso ficou bem evidenciado em muitas ocasiões, como no caso da Lunus (que derrubou a candidatura de Roseana Sarney, então do PFL, em 2002) e o núcleo de inteligência da Anvisa (montado por Serra no Ministério da Saúde), com os personagens de sempre, Marcelo Itagiba (ex-delegado da PF e ex-deputado federal tucano) à frente. Uma coisa que não está no livro é que esse mesmo pessoal trabalhou na campanha de Fernando Henrique Cardoso, em 1994, mas sob o comando de um jornalista de Brasília, Mino Pedrosa. Era uma turma que tinha também Dadá (Idalísio dos Santos, araponga da Aeronáutica) e Onézimo Souza (ex-delegado da PF).

CC: O que você foi fazer na campanha de Dilma Rousseff, em 2010?

ARJ: Um amigo, o jornalista Luiz Lanzetta, era o responsável pela assessoria de imprensa da campanha da Dilma. Ele me chamou porque estava preocupado com o vazamento geral de informações na casa onde se discutia a estratégia de campanha do PT, no Lago Sul de Brasília. Parecia claro que o pessoal do PSDB havia colocado gente para roubar informações. Mesmo em reuniões onde só estavam duas ou três pessoas, tudo aparecia na mídia no dia seguinte. Era uma situação totalmente complicada.

CC: Você foi chamado para acabar com os vazamentos?

ARJ: Eu fui chamado para dar uma orientação sobre o que fazer, intermediar um contrato com gente capaz de resolver o problema, o que acabou não acontecendo. Eu busquei ajuda com o Dadá, que me trouxe, em seguida, o ex-delegado Onézimo Souza. Não tinha nada de grampear ou investigar a vida de outros candidatos. Esse “núcleo de inteligência” que até Prêmio Esso deu nunca existiu, é uma mentira deliberada. Houve uma única reunião para se discutir o assunto, no restaurante Fritz (na Asa Sul de Brasília), mas logo depois eu percebi que tinha caído numa armadilha.

CC: Mas o que, exatamente, vocês pensavam em fazer com relação aos vazamentos?

ARJ: Havia dentro do grupo de Serra um agente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) que tinha se desentendido com Marcelo Itagiba. O nome dele é Luiz Fernando Barcellos, conhecido na comunidade de informações como “agente Jardim”. A gente pensou em usá-lo como infiltrado, dentro do esquema de Serra, para chegar a quem, na campanha de Dilma, estava vazando informações. Mas essa ideia nunca foi posta em prática.

CC: Você é o responsável pela quebra de sigilo de tucanos e da filha de Serra, Verônica, na agência da Receita Federal de Mauá?

ARJ: Aquilo foi uma armação, pagaram para um despachante para me incriminar. Não conheço ninguém em Mauá, nunca estive lá. Aquilo faz parte do conhecido esquema de contrainformação, uma especialidade do PSDB.

CC: E por que o PSDB teria interesse em incriminá-lo?

ARJ: Ficou bem claro durante as eleições passadas que Serra tinha medo de esse meu livro vir à tona. Quando se descobriu o que eu tinha em mãos, uma fonte do PSDB veio me contar que Serra ficou atormentado, começou a tratar mal todo mundo, até jornalistas que o apoiavam. Entrou em pânico. Aí partiram para cima de mim, primeiro com a história de Eduardo Jorge Caldeira (vice-presidente do PSDB), depois, da filha do Serra, o que é uma piada, porque ela já estava incriminada, justamente por crime de quebra de sigilo. Eu acho, inclusive, que Eduardo Jorge estimulou essa coisa porque, no fundo, queria apavorar Serra. Ele nunca perdoou Serra por ter sido colocado de lado na campanha de 2010.

CC: Mas o fato é que José Serra conseguiu que sua matéria não fosse publicada no Estado de Minas.

ARJ
: É verdade, a matéria não saiu. Ele ligou para o próprio Aécio para intervir no Estado de Minas e, de quebra, conseguiu um convite para ir à festa de 80 anos do jornal. Nenhuma novidade, porque todo mundo sabe que Serra tem mania de interferir em redações, que é um cara vingativo.

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Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

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Offline Sergiomgbr

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Re:Privataria Tucana
« Resposta #1 Online: 17 de Dezembro de 2011, 18:16:37 »
Ah, aquele episódio da bolinha de papel... :huh:

  Não, meus caros, ninguem pode posar de santo nessa história!
« Última modificação: 17 de Dezembro de 2011, 18:31:40 por sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Diegojaf

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Re:Privataria Tucana
« Resposta #2 Online: 17 de Dezembro de 2011, 18:28:16 »
Nas vésperas das eleições presidenciais, quando estava trabalhando na inteligência, amigos meus que acompanhavam o Aécio disseram que o dono do Estado de Minas e um sujeito (que depois disseram ser um dos coordenadores de campanha do Serra em MG) fizeram uma visita na casa do Aécio. Logo após essa visita, o Aécio desistiu da candidatura.

Dizem, DIZEM, que as coisas que eles mostraram na forma de dossiês contra o Aécio eram coisa cabeluda, mas disso jamais saberemos e não passa de "disse me disse".

Mas que o PSDB em MG pelo menos mantém a imprensa na coleira, isso é fato gritante, com exemplos como demissão de jornalista ao vivo e semelhantes. Não duvido que possa se estender a outros estados e partidos.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Geotecton

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Re:Privataria Tucana
« Resposta #3 Online: 17 de Dezembro de 2011, 19:37:00 »
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Chega às livrarias ‘A Privataria tucana’, de Amaury Ribeiro Jr. CartaCapital relata o que há no livro

[...]
CC: O que você foi fazer na campanha de Dilma Rousseff, em 2010?

ARJ: Um amigo, o jornalista Luiz Lanzetta, era o responsável pela assessoria de imprensa da campanha da Dilma. Ele me chamou porque estava preocupado com o vazamento geral de informações na casa onde se discutia a estratégia de campanha do PT, no Lago Sul de Brasília. Parecia claro que o pessoal do PSDB havia colocado gente para roubar informações. Mesmo em reuniões onde só estavam duas ou três pessoas, tudo aparecia na mídia no dia seguinte. Era uma situação totalmente complicada.
[...]

Eu não duvido que tenha existido algum tipo de falcatrua nas privatizações do período FHC, do mesmo modo que houve falcatruas em muitas (todas?) as grandes obras e ações dos petistas nos últimos 9 anos.

Mas acreditar que o "ilustre" repórter supra é um indivíduo probo, ilibado e dotado do mais senso de patriotismo é no mínimo ser um ingênuo. Basta verificar quem o está entrevistando.
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Offline Derfel

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Re:Privataria Tucana
« Resposta #4 Online: 17 de Dezembro de 2011, 21:13:12 »
E lá vamos nós... De novo.

Offline TMAG

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Re:Privataria Tucana
« Resposta #5 Online: 19 de Dezembro de 2011, 16:19:03 »
[conservador]Nem um pouco surpreendente. Deixar as necessárias privatizações nas mãos de esquerdistas dá nisso.[conservador]
''O objetivo dos Governos é sempre o mesmo: limitar o indivíduo, domesticá-lo, subordiná-lo, subjugá-lo.'' - Max Stirner

Temma

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Re:Privataria Tucana
« Resposta #6 Online: 22 de Dezembro de 2011, 05:25:58 »
[conservador]Nem um pouco surpreendente. Deixar as necessárias privatizações nas mãos de esquerdistas dá nisso.[conservador]


Se é tão de esquerda, conservadores não deveriam votar no PSDB. Se votam por outros motivos (uma suposta menor roubalheira que a do PT), então não dá pra ignorar o conteúdo do tópico, dizendo ser da Veja esquerdista.


O cara pode não ser flor que se cheire, pode ter usado meios ilícitos pra chegar ao que chegou, mas se não forem forjadas as informações, não dá pra fazer vista grossa.


Aliás, o escândalo de vazamento de dados do Serra e parentes na época das eleições me parece me parece o típico caso onde ambos os partidos buscaram se espionar mutuamente.  Nisso aí eu vejo um empate, pra lá de imoral.



Offline _Juca_

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Re:Privataria Tucana
« Resposta #7 Online: 22 de Dezembro de 2011, 11:02:47 »
Nas vésperas das eleições presidenciais, quando estava trabalhando na inteligência, amigos meus que acompanhavam o Aécio disseram que o dono do Estado de Minas e um sujeito (que depois disseram ser um dos coordenadores de campanha do Serra em MG) fizeram uma visita na casa do Aécio. Logo após essa visita, o Aécio desistiu da candidatura.

Dizem, DIZEM, que as coisas que eles mostraram na forma de dossiês contra o Aécio eram coisa cabeluda, mas disso jamais saberemos e não passa de "disse me disse".

Mas que o PSDB em MG pelo menos mantém a imprensa na coleira, isso é fato gritante, com exemplos como demissão de jornalista ao vivo e semelhantes. Não duvido que possa se estender a outros estados e partidos.

O silêncio dos grandes jornais de SP e RJ sobre o caso já dizem tudo...

Offline _Juca_

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Re:Privataria Tucana
« Resposta #8 Online: 22 de Dezembro de 2011, 11:21:32 »
Fora todo o patrimônio praticamente doado, os contratos de concessão viciados, agora temos uma grande maracutaia documentada.

Me lembrou esse post:

../forum/topic=24152.150.html#msg580155

Acho muito engraçado quando falam em títulos podres.

Quer dizer, eu preciso de dinheiro, pego o seu emprestado e lhe emito uma nota promissória... dai quero vender meu carro e você me entrega a nota promissória que eu mesmo lhe passei (e que teria que pagar) mais a diferença... e dai, eu mesmo, que emiti a promissória, chamo isto de título podre.
Oras, que canalha que eu sou então, emito papeis que depois são podres.

Tá boa esta... a próxima é a do papagaio? 

Não era melhor pagar por esses títulos o preço de mercado então? Se suas dívidas já não valem o que eram, o credor receberia pelo mesmo valor que o mercado paga. É simples.

A do papagaio é outra, meu caro.

Você me pede R$ 1000,00 e promete que quando eu for resgatar sua promissória você me pagará R$ 1500,00, eu aceito os teus termos e lhe empresto o dinheiro, então você resolve vender seu carro por R$ 3000,00 e eu lhe dou a sua promissória e mais R$ 1500,00... dai você chega para mim e me diz que a sua nota promissória, se avaliada por um investidor externo, valeria apenas R$ 900,00 e quer que eu trabalhe contigo nestes termos.

Beleza amigão... isto é muito honesto e correto... por favor, se eu me esquecer lembre-me de nunca mais fazer negócios com você.   ::)

Conta a do português agora.   :ok:

É isso meu caro, você estava negociando com um governo que historicamente não honrava seus compromissos, por isso a maior parte desses títulos já eram renegociações, portanto juros. Papéis de difícil liquidez que não valiam o seu valor de face, porque o governo, não tinha condições de pagar.

Mas vamos lá corrigir sua analogia.

Você me vendeu seu fusca, por 1000 e eu aceitei dar os 1500 a tantas parcelas em tantos prazos. Não paguei. Com o tempo, e eu pagando um pouquinho por mês, uns 30, devido a uma renegociação com você, para que você não proteste minha promissória, vi esse valor subir para 3000 em 10 anos. Você, vendo que eu, na pindaíba, mal conseguia pagar uma parte dos juros, resolve vender essa promissória para outro por 100 mangos, porque pelo menos os 1500 mais alguns trocados você já recebeu durante todo esse tempo.

Daí eu resolvo vender uma casinha de aluguel, meia velha, que precisava de uma reforma pra render mais, que eu tinha lá na periferia, herança do meu avô Getúlio, pra ver se pago minhas dívidas e me levanto. Mas eu muito inteligente, metido a intelectual e economista, aceito que o comprador me pague com essa promissória, que ele comprou por 100 e está me dando por 1500. Acontece que ainda assim o comprador não tem os 4500 que eu estou pedindo pela casa.[ Essa é a melhor parte] O que eu faço? Corro no banco e empresto dinheiro para ele me pagar em 20 anos, com juros menores do que eu pago no banco. Resultado, fiquei sem a casa, sem a renda do aluguel, com as dívidas antigas mais as novas, com juros que eu aceito pagar muito maiores do aquelas antigas, porque tenho menos condição de pagar do que antes. Sou esperto pra caramba, não sou?

Essa é a do Português. Gostou?


Offline Geotecton

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Re:Privataria Tucana
« Resposta #9 Online: 22 de Dezembro de 2011, 11:29:59 »
Fora todo o patrimônio praticamente doado, os contratos de concessão viciados, agora temos uma grande maracutaia documentada.
[...]

O patrimônio não foi "doado". Foi vendido sob leilão público e pago, em boa parte, com títulos emitidos pelo próprio Estado e do resto, uma parte importante foi paga com financiamento do próprio Tesouro via BNDES. Se você for criticar isto, então não esqueça de incluir o PT, pois foi exatamente isto que foi feito por ele. Há de se ressaltar que o custo de implantação daquele patrimônio (via impostos) já havia sido amortizado há muito tempo, a despeito da ineficiência notória da prestação de serviços pelo setor público.

Os contratos "viciados" poderiam ter sido revistos pelos petistas, pois eles tiveram duas administrações completas e a terceira que está em curso. Porque eles não fizeram a revisão?

Ahhh, não precisa responder porque eu já sei a resposta.
« Última modificação: 26 de Dezembro de 2015, 21:49:11 por Geotecton »
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Offline _Juca_

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Re:Privataria Tucana
« Resposta #10 Online: 22 de Dezembro de 2011, 11:42:48 »
Fora todo o patrimônio praticamente doado, os contratos de concessão viciados, agora temos uma grande maracutaia documentada.
[...]

O patrimônio não foi "doado". Foi vendido sob leilão público e pago, em boa parte, com títulos emitidos pelo próprio Estado e do resto, uma parte importante foi paga com financiamento do próprio Tesouro via BNDES. Se voce for criticar isto, então não esqueça de incluir o PT, pois foi exatamente isto que foi feito por ele. Há de se ressaltar que o custo de implantação daquele patrimônio (via impotos) já havia sido amortizado há muito tempo, a despeito da ineficiência notória da prestação de serviços pelo setor público.

Os contratos "viciados" poderiam ter sido revistos pelos petistas, pois eles tiveram duas administrações completas e a terceira que está em curso. Porque eles não fizeram a revisão?

Ahhh, não precisa responder porque eu já sei a resposta.

Se você sabe a resposta, porque perguntou??????

Se quiser a resposta me fala, ok? :ok:

Offline Geotecton

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Re:Privataria Tucana
« Resposta #11 Online: 22 de Dezembro de 2011, 12:58:12 »
Se você sabe a resposta, porque perguntou??????

Se quiser a resposta me fala, ok? :ok:

É claro que eu gostaria de saber a sua resposta, pois voce percebeu que eu fui irônico naquele trecho.
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Offline _Juca_

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Re:Privataria Tucana
« Resposta #12 Online: 22 de Dezembro de 2011, 23:15:31 »
Se você sabe a resposta, porque perguntou??????

Se quiser a resposta me fala, ok? :ok:

É claro que eu gostaria de saber a sua resposta, pois voce percebeu que eu fui irônico naquele trecho.

E você percebeu que eu devolvi a ironia?

Você diz que o PT fez o mesmo. Mas o que exatamente quis dizer que emprestou dinheiro baratinho via BNDES ou que privatizou em massa? Por exclusão, me parece que foi a primeira questão, e isso é verdade, o governo do PT promoveu o BNDES a um dos maiores bancos de fomento do mundo e emprestou muito dinheiro a grandes e pequenas empresas.

Já os contratos, não poderiam ser feitos pelo petistas sem quebra institucional ou uma grande batalha judicial, mesmo porque um dos pilares da eleição de Lula foi justamente o respeito aos contratos.

O custo de implementação do patrimônio não era o que importava e sim o quanto eles custavam. Na época avaliaram em 100 bilhões de dólares/reais. Pechinchas, dado o tamanho e o potencial dessas empresas. Veja, não sou contra empresas privadas, nem estatais. Temos empresas estatais bem geridas hoje, e paradoxalmente em grande parte graças ao tucanos, como o Banco do Brasil e a Petrobrás, embora eu desconfie que o plano era vender essas empresas também,mas o azar é que acabou o tempo e a popularidade daquele governo.
Mas porque não implantar o modelo de gestão da Petrobrás ( fim do monopólio absoluto e gerenciamento privado) no restante das empresas e depois de valorizadas e recuperadas ai sim pensar em vendê-las?
Eu respondo, aí pouca gente se arriscaria a comprar, pois títulos podres não pagariam, e financiamentos seriam muito mais complexos e o BNDES sozinho não ia conseguir bancar a juros subsidiados. Quem empresta dinheiro para outro comprar um patrimônio dele mesmo, ainda mais com o motivo de fazer caixa ou pagar dívidas? Convenhamos.

Offline _Juca_

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Re:Privataria Tucana
« Resposta #13 Online: 23 de Dezembro de 2011, 11:55:16 »
http://www.pagina12.com.ar/diario/elmundo/4-183921-2011-12-22.html

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Do Pagina/12

Privatización y piratería

Por Marco Aurélio Weissheimer *

El libro A privataria tucana (1), del periodista Amaury Ribeiro Jr., trajo de vuelta al debate político brasileño el proceso de privatizaciones liderado por el gobierno del ex presidente Fernando Henrique Cardoso. Producto de doce años de trabajo, el libro denuncia la existencia de un esquema de corrupción y lavado de dinero que habría sido armado alrededor de importantes líderes del PSDB (Partido de la Social Democracia Brasilera), entre ellos el ex ministro de Planeamiento y de Salud, ex gobernador de San Pablo y ex candidato a presidente de la República José Serra, que en el gobierno de Fernando Henrique Cardoso comandó, como ministro de Planeamiento, el proceso de privatizaciones, especialmente en el sector de las telecomunicaciones.

libro se transformó en un fenómeno en las redes sociales y una piedra en el zapato de la prensa brasileña. A pesar de haberse agotado la primera edición, de 15.000 ejemplares, en cerca de cuatro días, los principales vehículos de comunicación del país adoptaron un silencio ensordecedor sobre el tema. Solamente en los últimos días, una semana después de que el texto se convirtiera en uno de los temas más debatidos en Internet, los llamados grandes medios comenzaron a hablar del libro de una manera un tanto insólita, a saber, priorizando la versión de los acusados.
Hasta el último viernes, según informaciones de la editorial, unos 50.000 ejemplares ya habían sido vendidos –en siete días– y otros 30.000 están llegando a las librerías en los próximos días.

Publicado por Geraçao Editorial, el libro de 343 páginas relata lo que llama “verdadera piratería practicada con dinero público en beneficio de fortunas privadas, por medio de las llamadas off-shores, empresas de fachada del Caribe, región tradicional e históricamente dominada por la piratería”. La publicación tiene un elemento explosivo adicional, relacionado con las disputas internas en el PSDB. El autor dice que el punto de partida de la investigación ocurrió cuando trabajaba en el diario Estado de Minas y recibió la misión de hacer un reportaje investigativo sobre una red de espionaje que habría sido estimulada por José Serra para producir un dossier en contra del ex gobernador de Minas Gerais Aécio Neves, que estaría manteniendo algunos romances discretos en Río de Janeiro. Ese dossier tendría la finalidad de desacreditar a Aécio Neves en la disputa interna con Serra, por indicación del candidato del PSDB a las elecciones presidenciales del 2010.

Esa pauta inicial, relata Ribeiro Jr., terminó conduciéndolo a una investigación mucho más amplia, implicando a Ricardo Sérgio de Oliveira, ex tesorero de las campañas de Serra y Cardoso, el propio Serra y tres de sus parientes: Verônica Serra, su hija; el yerno Alexandre Bourgeois y el primo Gregório Marín Preciado. El resultado de esa investigación es un relato sobre la trayectoria que habría sido recorrida por el dinero ilícito, de las off-shores y empresas de fachadas en Brasil, y la consecuente “internación” de ese dinero que habría ido a parar a las fortunas personales de los implicados.

La investigación del periodista terminó alcanzando también al PT (Partido de los Trabajadores). En el último capítulo, Amaury Ribeiro Jr. relata un episodio de espionaje interno de la campaña presidencial de 2010, que habría sido montado por el actual presidente del partido, Rui Falcao, parar derribar al grupo ligado a Fernando Pimentel, actual ministro de Desarrollo, Industria y Comercio Exterior. Además de eso, indica que el PT, en el primer año del gobierno de (Luis Inácio da Silva) Lula, habría retrocedido en las investigaciones de la CPI (Comisión Parlamentaria de Investigación) del Banestado (Banco del Estado de San Pablo), que investigaba la existencia de esquemas de lavado de dinero, involucrando a importantes figuras de la vida política brasileña.

Pero el tema central del libro es realmente el proceso de privatizaciones, que ya fue objeto de varias denuncias en los últimos años, pero nunca con la harta documentación presentada por Amaury Ribeiro Jr. Una gran parte de esos documentos tiene como origen la CPI del Banestado, que suministró informaciones sobre la existencia de un proceso de lavado de dinero que habría sido obtenido ilegalmente de las privatizaciones. Ese es el punto de partida del texto, que se extiende hasta las elecciones presidenciales del año pasado.

El comportamiento silencioso es diferente de aquél adoptado por los medios brasileños en los últimos meses, quienes se dedicaron a la publicación de sucesivas denuncias contra ministros del gobierno de la presidenta Dilma Rousseff. En su gran mayoría, basadas en afirmaciones hechas por terceros, esas denuncias no siguieron la regla que ahora los grandes medios dicen utilizar para adoptar una posición de cautela con respecto al libro: “Necesitamos averiguar la veracidad de las denuncias antes de publicar algo”.

Sin embargo, la aplastadora presión del tema a través de redes sociales, blogs, portales de izquierda y la revista Carta Capital –que publicó su nota de tapa sobre el libro– terminó por producir fisuras en el bloqueo de los medios. El jueves 15, el diario Folha de Sao Paulo, ligado a Serra, publicó una nota sobre el tema, destacando las declaraciones de los acusados que buscan descalificar al periodista y sus denuncias. En el mismo día, coincidentemente, el ex presidente Fernando Henrique Cardoso y el PSDB divulgaron una nota oficial calificando las denuncias como “calumniosas”.

Mientras tanto, en la Cámara de Diputados, el diputado Protógenes Queiroz anunció ese jueves haber obtenido las 173 firmas necesarias para instalar una Comisión Parlamentaria de Investigación de la Privataria Tucana, destinada a investigar fraudes en el proceso de privatizaciones del gobierno de Cardoso. El pedido será protocolado la semana próxima.

Editor Jefe de Carta Maior.

(1) Privataria Tucana: privataria es un neologismo que mezcla las palabras privatización + piratería, y tucana se refiere al pájaro tucán, símbolo del PSDB.

Offline Bolsonaro neles

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Re:Privataria Tucana
« Resposta #14 Online: 23 de Dezembro de 2011, 13:00:56 »
PSDM = Comunismo. Um bom direitista deve estar à direita do partido republicado dos Estados Unidos.

Offline Geotecton

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Re:Privataria Tucana
« Resposta #15 Online: 24 de Dezembro de 2011, 00:18:47 »
http://www.pagina12.com.ar/diario/elmundo/4-183921-2011-12-22.html

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Privatización y piratería

Por Marco Aurélio Weissheimer *
[...]
La investigación del periodista terminó alcanzando también al PT (Partido de los Trabajadores). En el último capítulo, Amaury Ribeiro Jr. relata un episodio de espionaje interno de la campaña presidencial de 2010, que habría sido montado por el actual presidente del partido, Rui Falcao, parar derribar al grupo ligado a Fernando Pimentel, actual ministro de Desarrollo, Industria y Comercio Exterior. Además de eso, indica que el PT, en el primer año del gobierno de (Luis Inácio da Silva) Lula, habría retrocedido en las investigaciones de la CPI (Comisión Parlamentaria de Investigación) del Banestado (Banco del Estado de San Pablo), que investigaba la existencia de esquemas de lavado de dinero, involucrando a importantes figuras de la vida política brasileña.
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Ridículo!
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Re:Privataria Tucana
« Resposta #16 Online: 24 de Dezembro de 2011, 17:59:49 »
Livrinho com profundos interesses em vender uma ideia. Privatizar é igual a dar de graça o patrimônio da nação.
O grande caso é o da Vale do Rio Doce.

O problema é que se esquecem de que temos memória. A Vale na época era um cabidão de empregos, ineficiente e perpetuamente deficitária, igual às Teles. Estruturas sucateadas, repletas de um passivo trabalhista gigantesco, tiravam dinheiro dos brasileiros todos os meses. Isso mesmo, éramos obrigados a trabalhar e com nossos impostos pagar para que estas empresas funcionassem e mantivessem sua estrutura parasitária.

Assim, numa época em que a siderurgia estava em baixa no mundo, conseguiram vender uma empresa por bilhões. E as reservas de minério, apesar de serem exploradas pela empresa, continuaram sob o controle estatal. Assim, realizou-se um milagre de parar de sangra os cofres públicos em milhões de dólares todos os meses para uma empresa que passou a empregar mais e gerar riquezas que fornecem bilhões de dólares anuais em impostos, que podem ser usados no que realmente precisa, saúde, segurança e educação.

O mesmo é para as teles. O governo vendeu principalmente ar, ou seja, o direito de uso de bandas de comunicação. Em vez de tirar dinheiro dos brasileiros, estas empresas geram bilhões em impostos, além de oferecerem um serviço melhor do que antes e de existir concorrência. O Brasil só pode crescer porque as teles foram privatizadas, senão estaríamos ainda no telefone de rosca.

mas estou interessado na privataria petista. O TCU já mandou aumentar o valor mínimo dos aeroportos em 907%!!!! Estavam entregando de mão beijada! Quem que estava ganhando nessa?


Offline Moro

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Re:Privataria Tucana
« Resposta #17 Online: 25 de Dezembro de 2011, 02:06:13 »
sabe o que é interessante? Percebo que para comunistas / socialistas / esquerdistas o argumento de que pagávamos para manter algo ineficiente e que hoje essas empresas pagam uma batelada de impostos é completamente irrelevante. Simplesmente não representa nenhuma evidência de benefício alcançado para eles.

Eles realmente pensam bem distinto de nós, os seres lógicos.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


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Re:Privataria Tucana
« Resposta #18 Online: 25 de Dezembro de 2011, 09:50:22 »
sabe o que é interessante? Percebo que para comunistas / socialistas / esquerdistas o argumento de que pagávamos para manter algo ineficiente e que hoje essas empresas pagam uma batelada de impostos é completamente irrelevante. Simplesmente não representa nenhuma evidência de benefício alcançado para eles.

Eles realmente pensam bem distinto de nós, os seres lógicos.

Se o recado foi para mim, eu reconheço a ineficiência das estatais, o desperdício de dinheiro público, o cabideiro de emprego e tudo o que elas representavam desde os governos militares, nem sou contra as privatizações, mas sou contra o modelo de venda que fizeram, porque praticamente deram embora essas empresas, sem considerar o potencial e o valor que elas poderiam ter para a União, e não pagaram um tostão furado da dívida brasileira da época,  pelo contrário aumentaram ainda mais a dívida vendendo essas estatais. Se as estatais eram símbolos da buracracia e ineficiência do Estado, a venda delas foi símbolo do descaso e da sacanagem com o patrimônio desse mesmo Estado.

Hoje, embora os serviços tenham melhorado muito, a competição é uma merda e os preços abusivos, e talvez uma estatal dentro do meio delas, poderia ajudar a regular um pouco os serviços através da competição, eu disse talvez.

Offline Moro

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Re:Privataria Tucana
« Resposta #19 Online: 25 de Dezembro de 2011, 23:02:48 »
quando deveria ter sido vendida a vale?

Depois do investimento massivo que ela fez é fácil dizer que valeria muito mais, à época a empresa era uma porcaria. E a crosta terrestre está repleta de minério de ferro.. o importante é realmente a capacidade da empresa em processa-los
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Re:Privataria Tucana
« Resposta #20 Online: 26 de Dezembro de 2011, 00:00:43 »
Valores são muito subjetivos. Em uma época em que o consumo de minério de ferro estava em baixa, venderam bem a Vale. Claro que ninguém poderia saber que a China se tornaria capitalista e começaria a comprar muito, mas muito ferro. Ainda bem que não sabiam, senão estaríamos com aquela estrovenga até hoje e teríamos perdido a chance de aproveitar o aumento de preço da commodite.

Atualmente o valor de mercado é muito maior, obviamente, mas esquerdista sempre tem a mania de analisar a história com os olhos de hoje, e não ver o contexto da época.

Offline _Juca_

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Re:Privataria Tucana
« Resposta #21 Online: 26 de Dezembro de 2011, 15:44:33 »
quando deveria ter sido vendida a vale?

Depois do investimento massivo que ela fez é fácil dizer que valeria muito mais, à época a empresa era uma porcaria. E a crosta terrestre está repleta de minério de ferro.. o importante é realmente a capacidade da empresa em processa-los

A pergunta é, a Vale deveria ter sido vendida sabendo que a empresa estava sentada em cima das maiores e principalmente das melhores reservas de minério de ferro do mundo e que a China já crescia a taxas de 10% ao ano e os prognósticos eram de continuação?

Edit.: Se bem que o governo ainda é um dos maiores acionistas e o controlador de fato.

Offline Geotecton

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Re:Privataria Tucana
« Resposta #22 Online: 26 de Dezembro de 2011, 16:38:31 »
quando deveria ter sido vendida a vale?

Depois do investimento massivo que ela fez é fácil dizer que valeria muito mais, à época a empresa era uma porcaria. E a crosta terrestre está repleta de minério de ferro.. o importante é realmente a capacidade da empresa em processa-los

A pergunta é, a Vale deveria ter sido vendida sabendo que a empresa estava sentada em cima das maiores e principalmente das melhores reservas de minério de ferro do mundo e que a China já crescia a taxas de 10% ao ano e os prognósticos eram de continuação?

Edit.: Se bem que o governo ainda é um dos maiores acionistas e o controlador de fato.

E todas as reservas são da União. A Vale explora-as sob a forma de concessão.
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Offline _Juca_

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Re:Privataria Tucana
« Resposta #23 Online: 26 de Dezembro de 2011, 17:19:41 »
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed673_cartas_ao_jornal_o_globo

Citar
Cartas ao jornal O Globo

Prezados editores de O Globo, agora estou oficialmente preocupado. Como vocês podem ver pela carta abaixo, que enviei nos dois últimos dias, eu achava que algum engano estava acontecendo sobre nenhuma menção ao livro Privataria tucana, às denúncias contidas nele, fartamente documentadas, nem à reação ao mesmo, que ontem levou um deputado federal a pedir abertura de CPI e outros dois a se pronunciarem no plenário. Até mesmo o ex-governador José Serra precisou responder finalmente sobre o tema, afirmando que se tratava de lixo. No entanto, continua não havendo uma linha em O Globo sobre a existência desse livro que, há cinco dias, mobiliza a opinião pública brasileira. Digo que estou preocupado porque, como leitor do Globo que conhece e partilha dos mesmos princípios editorias que o jornal (como exposto no final da minha carta de ontem), agora estou totalmente convencido de que neste momento o jornal encontra-se sob censura.

E, por isso mesmo, quero me irmanar ao jornal na sua luta para escapar das garras deste inimigo tão insidioso que, em um passado ainda próximo, nos afetou a todos de maneira tão tacanha. A publicação, hoje (15/12), de nada menos que 10 cartas em sua seção de correspondência do leitor sobre uma “blindagem” que está sendo feita ao ministro Pimentel me pareceu uma genial maneira (como as antigas receitas de bolo) de explicitar que quem está sob blindagem e ameaças é o próprio Globo, impossibilitado como está de dar voz a este tema grave. Por isso, faço questão de dizer que podem contar comigo para publicar esta minha carta, que agora entendo estar impedida de ser publicada no jornal por forças maiores, nas redes sociais que hoje permitem a nós escaparmos das garras deste animal tão doentio que é a censura. Estamos juntos nesta luta e podem acreditar que não vamos arrefecer nossos ânimos até que esta cortina esteja levantada!

PS: uma outra coisa que podia ajudar era seguir o modelo que o Estadão tem usado, e escrever “O Globo, há cinco dias sob censura” e depois ir atualizando a cada dia. É muito efetivo para deixar clara nossa luta.

“O critério é ser notícia”

A carta anterior, enviada no segundo dia, era:

“Tenho certeza que foi por algum engano que não saiu nenhuma nota no jornal O Globo dos últimos dois dias sobre o livro A privataria tucana, que foi destaque absoluto na internet e estampa uma das principais revistas semanais do país. Afinal, as denúncias, idôneas ou não, que costumam ocupar a capa de uma outra revista semanal, são sempre muito bem repercutidas em O Globo logo na segunda-feira, quando são publicadas. Uma vez que o livro já está em primeiro entre os mais vendidos do país, segundo os mais distintos sites que acompanham o mercado editorial, é certo que ele será logo foco de uma matéria grande neste jornal que se ocupa sempre dos principais temas do país. Não fugirá deste, uma vez que, inclusive, um pedido de CPI já foi feito no Congresso. Quem sabe em seguida não seja resenhado no caderno de lançamentos literários também o livro Crimes de Imprensa, lançado há 15 dias. Sabemos que uma imprensa livre, afinal, é uma demanda do Globo e de seus leitores.

PS: Aproveito para relembrar isso que vi publicado em algum lugar, e achei uma leitura precisa e importante para todos, que me tranquilizou ao saber que partilhamos dos mesmos princípios. Dos princípios Editoriais das Organizações Globo: “(...) Não pode haver assuntos tabus. Tudo aquilo que for de interesse público, tudo aquilo que for notícia, deve ser publicado, analisado, discutido; (...) gostar ou não de um assunto ou personagem não é critério para que algo seja ou não publicado. O critério é ser notícia; (...) as Organizações Globo são apartidárias (...) os jornalistas das Organizações Globo devem evitar situações que possam provocar dúvidas sobre o seu compromisso com a isenção.”

Offline Moro

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Re:Privataria Tucana
« Resposta #24 Online: 26 de Dezembro de 2011, 17:55:57 »
quando deveria ter sido vendida a vale?

Depois do investimento massivo que ela fez é fácil dizer que valeria muito mais, à época a empresa era uma porcaria. E a crosta terrestre está repleta de minério de ferro.. o importante é realmente a capacidade da empresa em processa-los

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Edit.: Se bem que o governo ainda é um dos maiores acionistas e o controlador de fato.

Para mim a resposta é sim, claro que deveria ter sido vendido. Se us$ 4BI foi um bom valor (lembrando que a empresa ainda tem a união como sócia) para a época e para o estado calamitoso que a empresa se encontrava, isso é outra história.

 
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