Autor Tópico: Ateus, feministas e outros animais antediluvianos. (Paulo Ghiraldelli)  (Lida 14686 vezes)

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Offline M4dM4x

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Re:Ateus, feministas e outros animais antediluvianos. (Paulo Ghiraldelli)
« Resposta #75 Online: 08 de Dezembro de 2012, 00:29:51 »
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Para mim as diferenças parecem óbvias. A frase das notas é declaradamente religiosa e possui até certo ponto uma carga de apologia, foi colocada por um presidente católico em benefício de sua religião e sua retirada não representa prejuízo nenhum em termos financeiros e práticos. Já o mesmo não pode ser dito da mudança de nomes de estados, por exemplo, onde somente a inconveniência da mudança por si já demostra sua falta de razoabilidade.
Devo concordar com o que disse anteriormente: "Estamos andando em círculos."
É bem possível responder o que disse com o que já postei aqui antes. Não faz sentido repetir. Deixe estar.. :ok:
"A loucura é algo raro em indivíduos – mas em grupos, partidos, povos e épocas é a norma".

Offline Osler

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Re:Ateus, feministas e outros animais antediluvianos. (Paulo Ghiraldelli)
« Resposta #76 Online: 08 de Dezembro de 2012, 01:30:08 »
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Realmente não consigo captar sua argumentação, pois me soa muito contraditório.
Contraditório é afirma que a retirada da frase gera a manutenção do laicismo, e não demonstrar como e fazer distinções de emergência sobre todos os outros símbolos que fazem referência religiosa.
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Pelo que entendi se não existisse nenhuma frase na nota você apoiraria não colocar nenhuma referência a Deus pois isso feriria o laicismo do estado.

Essa parte você entendeu. Impedir a entrada de um símbolo desse pode se dar através do argumento da "defesa do laicismo" sem problemas.
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Agora que existe retira-la não poderia ser feito usando o argumento de defesa do laicismo. É isso?
O argumento é lógico para a retirada da frase que já está lá?! A retirada está realmente em defesa do laicismo. O debate é justamente nesse ponto.
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Na sua exposição acima você fala que se fosse colocado "Alá seja louvado" beneficiaria um determinado grupo (muçulmanos), mas o fato de estar escrito "Deus seja louvado" não beneficia outro grupo (teístas, e no caso cristãos).  É isso?
Dei um exemplo, muito simples, para entender, afinal,  o que você entendeu sobre beneficiar, quando usei essa palavra.
E novamente digo, beneficio no sentido de qualquer privilégio dado ao estado a qualquer grupo teísta não houve com colocação da frase. Mas após a frase já estando na cédula, sua retirada, até agora sem um bom motivo, seria acatar uma ordem de uma minoria. Ter sua ordem acatada séria o "beneficio" que quis dizer. (Realmente deveria ter usado outra palavra)

M4dM4x, melhor arrumar o quote  :ok:

Beneficiar para mim é favorecer, dar vantagem

Quanto ao argumento

Não se  deveria colocar a frase  pois é contra o laicismo do Estado (usar o laicismo como argumento pela não colocação é válido)
Agora que ela já existe sua retirada não é um ato em defesa do laicismo (ou em outras palavras usar do laicismo como argumento é inválido)? 
É essa sua argumentação?

Você postou "Talvez não tenha entendido por estar percebendo "beneficio" como algo que traria algum privilegio direto, tal como séria como uma troca hipotética por outra frase referente a outro grupo religioso, como "alá seja louvado"
Ou seja você concorda que trocar para "ala seja louvado" é beneficiar (privilegiar) um grupo (muçulmanos), mas acha que estar escrito "desu seja louvado" não beneficia (privilegia) outro grupo (teístas, cristãos)?

“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline M4dM4x

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Re:Ateus, feministas e outros animais antediluvianos. (Paulo Ghiraldelli)
« Resposta #77 Online: 08 de Dezembro de 2012, 08:32:36 »
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Não se  deveria colocar a frase  pois é contra o laicismo do Estado (usar o laicismo como argumento pela não colocação é válido)
Agora que ela já existe sua retirada não é um ato em defesa do laicismo (ou em outras palavras usar do laicismo como argumento é inválido)? É essa sua argumentação?
Isso. Seria possível alegar defesa ao laicismo. a "defesa" ao laicismo não consiste em tirar essa frase, assim como outros símbolos.
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Você postou "Talvez não tenha entendido por estar percebendo "beneficio" como algo que traria algum privilegio direto, tal como séria como uma troca hipotética por outra frase referente a outro grupo religioso, como "alá seja louvado"
Ou seja você concorda que trocar para "ala seja louvado" é beneficiar (privilegiar) um grupo (muçulmanos), mas acha que estar escrito "desu seja louvado" não beneficia (privilegia) outro grupo (teístas, cristãos)?
Usei "alá" para conseguir dar um exemplo sobre como a beneficiar estaria sendo visto. A questão não é o deus, e sim a troca. O fato de troca para outra ou sua retirada não pode ser embasada em "defesa ao laicismo". O estado não está concedendo privilégios ao teístas.
 
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Offline West

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Re:Ateus, feministas e outros animais antediluvianos. (Paulo Ghiraldelli)
« Resposta #78 Online: 08 de Dezembro de 2012, 11:05:49 »
Como já dito, não vejo nenhuma dificuldade em perceber a diferença quanto a razoabilidade de ações como a retirada da frases das notas ou dos símbolos religiosos de locais públicos e ações como mudança de nomes de estados, cidades, etc.. Pra mim a diferença é muito clara, mas mesmo assim vou tentar demonstrá-la.

A questão deve ser vista em termos de bens jurídicos em conflito, em que um deve ser sacrificado em proveito do outro. O problema consiste em se determinar se esse sacrifício é razoável. Como exemplo podemos citar a legítima defesa, onde os bens jurídicos contrapostos são o direito à vida do agressor e a do agredido. Nesse caso, não é a razoável exigir-se de quem sofre uma agressão injusta à sua vida que se quede inerte, ou seja, que renuncie ao seu direito à vida em proveio do direito à vida do agressor. Logo, a legítima defesa é tida como uma conduta razoável e por isso juridicamente protegida.

Agora voltando para o caso das frases nas notas de real, na ação que requereu sua retirada temos dois bens jurídicos contrapostos. De um lado o laicismo que se busca proteger com a ação e o do outro o patrimônio público sob o aspecto do  gasto que será despendido para essa mudança. A questão se resume a saber quais dos dois bens jurídicos merece maior  proteção, de forma que um possa ser sacrificado em proveito do outro. Se o nível de violação ao bem jurídico laicismo é tal que sua reparação compense o prejuízo ao bem jurídico patrimônio público.

Primeiro, não resta dúvida de que em respeito ao laicismo seria preferível que as frases não tivessem sido colocadas; logo, sua presença representa de fato uma violação, ainda que se considere de menor intensidade, ao laicismo.

Segundo, a retirada das frases das notas não representa nenhum prejuízo em termos financeiros ao patrimônio público, na verdade, se formos detalhistas ao extremo, levaria mesmo a um menor gasto ainda que mínimo na impressão, já que representaria uma diminuição dos elementos a serem impressos.

Logo, é razoável se exigir que as frases nas notas de real seja retirada.

O mesmo raciocínio pode ser usado para demonstrar a razoabilidade da retirada das imagens religiosas de locais públicas e a proibição de sua colocação, sendo que neste caso o benefício ao patrimônio público é ainda mais evidente, já que os valores despendidos com a compra de tais imagens é considerável.

O raciocínio também pode ser usado para demonstrar a falta de razoabilidade de se mudar os nomes de estado, cidade, rua, etc...
"Houve um tempo em que os anjos perambulavam na terra.
Agora não se acham nem no céu."
__________
Provérbio Iídiche.

"Acerca dos deuses não tenho como saber nem se eles existem nem se eles não
existem, nem qual sua aparência. Muitas coisas impedem meu conhecimento.
Entres elas, o fato de que eles nunca aparecem."
__________
Protágoras.Ensaio sobre os deuses. Séc. V a.C.

Offline M4dM4x

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Re:Ateus, feministas e outros animais antediluvianos. (Paulo Ghiraldelli)
« Resposta #79 Online: 08 de Dezembro de 2012, 11:23:31 »
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Como exemplo podemos citar a legítima defesa...
Realmente esse exemplo não tem nada haver com o que estamos tratando...

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Primeiro, não resta dúvida de que em respeito ao laicismo seria preferível que as frases não tivessem sido colocadas
Se não houvesse tal frase séria possível alegar que colocar a frase não seria um postura laica. Pois pra isso bastaria teorizar que isso seria visto como um postura que dá privilégios a determinada religião, ou afirmar que isso só séria MAIS UM símbolo religioso inútil.
Para sua retirada é preciso mostrar como ela ESTÁ ferindo o laicismo e por que sua retirada seria uma atitude laica, no caso teria que ser um argumento só voltado para a frase, e não a manutenção do laicismo em si. Precisa de fatos, sem eles a frase é inerte e não precisa sair.
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logo, sua presença representa de fato uma violação, ainda que se considere de menor intensidade, ao laicismo.
A presença de qualquer símbolo é uma violação se for visto assim, não importa a intensidade. Como saberia qual símbolo causa mais intensamente um violação? A retirada seria de acordo com a intensidade do símbolo.
 
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Segundo, a retirada das frases das notas não representa nenhum prejuízo em termos financeiros ao patrimônio público, na verdade, se formos detalhistas ao extremo, levaria mesmo a um menor gasto ainda que mínimo na impressão, já que representaria uma diminuição dos elementos a serem impressos.
Não é questão de "prejuízo".
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O raciocínio também pode ser usado para demonstrar a falta de razoabilidade de se mudar os nomes de estado, cidade, rua, etc...
Não estão dizendo que a frase pode ser retirada por não causar "prejuízo", ou outro motivo, mas sim por ferir o laicismo. Mas só na frase, no resto não^^
Não adianta repetir sobre nomes de cidades, o argumento é para qualquer símbolo.
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Offline AlienígenA

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Re:Ateus, feministas e outros animais antediluvianos. (Paulo Ghiraldelli)
« Resposta #80 Online: 12 de Dezembro de 2012, 13:29:34 »
Para não abrir um tópico novo - Ateus declaram 'guerra ao Natal' nos EUA.

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Em Santa Mônica, juíza proibiu qualquer manifestação natalina em um parque da cidade, quebrando tradição de mais de 60 anos devido a um movimento de um grupo de ateus

Grupos de ateus estão se mobilizando para impedir decoração natalina em locais públicos nos Estados Unidos, em um movimento batizado por jornais americanos de "Guerra ao Natal".

Leia também:  Ateus travam batalha contra estátua de Jesus em Montana

Os ateus formam um grupo pequeno no país - em que 73% da população é cristã -, mas que tem crescido ao longo dos últimos anos. Segundo dados de 2012 do Fórum Pew sobre Religião e Vida Pública, 2,4% dos americanos são ateus - em 2007 era 1,6 %.

Mesmo sendo minoria, eles têm conseguido vitórias importantes em tribunais americanos - e é na época do Natal que a briga entre religiosos e secularistas fica mais feroz, com cada um deles querendo marcar presença nas propriedades públicas.

Saiba mais: Americanos são religiosos, mas sabem pouco de religião

Em novembro, uma juíza de Santa Mônica, comunidade costeira de 90 mil habitantes próxima a Los Angeles, na Califórnia, proibiu toda e qualquer manifestação natalina em um parque da cidade, quebrando uma tradição de mais de 60 anos.

Na cidade de Leesburg, no Estado da Virgínia, em uma tentativa de apaziguar os dois lados, as autoridades decidiram patrocinar uma exibição no gramado do fórum local durante a época de festas de final deste ano com símbolos seculares e religiosos.

NYT:  Em campanha, ateus dos Estados Unidos tentam atrair adeptos

Saiba mais:  Pertencentes à minoria da minoria, ateus negros buscam solidariedade

O objetivo da exigência de solicitação formal é evitar que as exibições fiquem fora de controle e possam se tornar ofensivas. Desde 2009 até este ano, qualquer grupo podia montar a apresentação que quisesse no gramado do fórum.

Mas as exposições dos grupos ateístas começaram a ser consideradas pela comunidade como muito ofensivas, pois supostamente debochavam das religiões ao promover "entidades" como a Igreja do Monstro do Espagueti Voador ou exibir um esqueleto vestido de Papai Noel preso a uma cruz.

Para a exposição deste ano, o grupo American Atheist preparou uma exposição focada em ciência, chamada de Science on the Lawn (Ciência no Gramado, em tradução livre).

Nova estratégia

Os grupos ateístas dizem que, embora não tenha havido uma grande vitória judicial definitiva em favor de sua causa, cada vez mais tribunais locais têm aceito o argumento de direito à igualdade no tratamento e respeito dados à sua convicção secular.

Igreja Católica:  Papa associa ateus a nazistas e abre nova polêmica em visita

"Ter um presépio em uma propriedade do governo dá a impressão de que esse promove o cristianismo, e isso é ilegal, segundo a Constituição", disse à BBC Brasil Hemant Mehta, diretor da Foundation Beyond Belief (Fundação Além da Crença, em tradução livre), organização que promove atividades caritativas baseadas no humanismo e livres de vínculos religiosos.

"O governo não deve tomar lados quando se trata de crenças religiosas. Lutamos por patriotismo", diz ele, que contou que o sucesso recente de grupos ateus talvez se deva a uma mudança de estratégia nas suas reivindicações na Justiça.

"Nos últimos anos, houve uma mudança na maneira pela qual os ateístas lidam com a exibição de presépios em espaços públicos. Em vez de fazer o que sempre fazíamos e processar os governos locais, algo que exige tempo e dinheiro, agora exigimos nossas próprias exibições nos mesmo espaços".

Mehta também acredita que a internet teve um papel importante para aumentar a fileira dos ateus no país. Ela ajudou aos ateístas a "saírem do armário" e se sentirem menos intimidados pela tradicionalmente religiosa sociedade americana.

"Graças à internet, hoje as pessoas podem descobrir a verdade mais rapidamente do que nunca. É possível pesquisar fatos sobre seu pastor na web mesmo enquanto você está sentado no banco da igreja assistindo à missa", disse Mehta à BBC Brasil.

As pequenas vitórias dos ateus têm obtido destaque - e críticas - na imprensa americana. William Becker, advogado de um grupo de igrejas cristãs, disse ao Los Angeles que a decisão da juíza de Santa Mônica foi "uma vergonha para o Natal". "Pôncio Pilatos era exatamente o mesmo tipo de administrador".

Em uma recente coluna para o Washington Post, Charles C. Haynes, diretor do Religious Freedom Education Project (Projeto de Ensino sobre Liberdade Religiosa, em tradução livre), defende estar na hora de os ateístas "aceitarem a vitória e ficarem em casa para dar espaço às celebrações de Natal".

"Entendo o porquê de os ateístas quererem assegurar que a religião não seja privilegiada pelo governo em praça pública. Mas, em um certo ponto (e Santa Mônica, sem dúvida, chegou a esse ponto) táticas agressivas se tornam contraprodutivas e desnecessariamente divisivas", diz Haynes.


Offline M4dM4x

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Re:Ateus, feministas e outros animais antediluvianos. (Paulo Ghiraldelli)
« Resposta #81 Online: 12 de Dezembro de 2012, 13:47:55 »
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Em Santa Mônica, juíza proibiu qualquer manifestação natalina em um parque da cidade, quebrando tradição de mais de 60 anos devido a um movimento de um grupo de ateus...
Pois é...vai que essas aberrações "laicas" podem muito bem ter começado com a "inocente" retirada de uma frase...
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Offline Geotecton

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Re:Ateus, feministas e outros animais antediluvianos. (Paulo Ghiraldelli)
« Resposta #82 Online: 12 de Dezembro de 2012, 15:10:17 »
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Em Santa Mônica, juíza proibiu qualquer manifestação natalina em um parque da cidade, quebrando tradição de mais de 60 anos devido a um movimento de um grupo de ateus...
Pois é...vai que essas aberrações "laicas" podem muito bem ter começado com a "inocente" retirada de uma frase...

Espantalho.
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Offline Geotecton

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Re:Ateus, feministas e outros animais antediluvianos. (Paulo Ghiraldelli)
« Resposta #83 Online: 12 de Dezembro de 2012, 15:12:44 »
Usei "alá" para conseguir dar um exemplo sobre como a beneficiar estaria sendo visto. A questão não é o deus, e sim a troca. O fato de troca para outra ou sua retirada não pode ser embasada em "defesa ao laicismo". O estado não está concedendo privilégios ao teístas.

Ele não está concedendo. Ele JÁ concedeu.
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Offline M4dM4x

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Re:Ateus, feministas e outros animais antediluvianos. (Paulo Ghiraldelli)
« Resposta #84 Online: 12 de Dezembro de 2012, 15:18:01 »
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Espantalho.
Não, é ironia :ok:
"A loucura é algo raro em indivíduos – mas em grupos, partidos, povos e épocas é a norma".

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Ateus, feministas e outros animais antediluvianos. (Paulo Ghiraldelli)
« Resposta #85 Online: 12 de Dezembro de 2012, 15:19:20 »
Acho que seria falácia de "declive escorregadio", mas é irrelevante. Difícil imaginar o que poderia ser realmente um "espantalho" quando o que é defendido é a retirada de uma frase insignificante das cédulas, talvez algo como justificar isso como sendo um insulto, uma agressão traumática aos ateus e politeístas.

Mas a comparação em si não é inválida. Não vejo porque a retirada da frase da cédula do real é algo evidentemente "mais sério" do que proibir comemorações natalinas tradicionais num parque público.

Me parece quase que necessariamente verdade que uma pessoa que tenda a ser a favor da retirada do DSL das cédulas, ou de ativismo nesse sentido, tenderá também a ser receptivo a idéias como essas contrárias a manifestações religiosas em espaços públicos. Difícil imaginar uma possibilidade de grave discordância, os princípios da coisa são os mesmos, e são também parecidos em ser "idealistas", não focados em aspectos práticos.

Offline M4dM4x

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Re:Ateus, feministas e outros animais antediluvianos. (Paulo Ghiraldelli)
« Resposta #86 Online: 12 de Dezembro de 2012, 15:22:44 »
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Ele não está concedendo. Ele JÁ concedeu.
Sim...como qualquer outro símbolo? Isso já não foi dito antes?
"A loucura é algo raro em indivíduos – mas em grupos, partidos, povos e épocas é a norma".

Offline JohnnyRivers

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Re:Ateus, feministas e outros animais antediluvianos. (Paulo Ghiraldelli)
« Resposta #87 Online: 12 de Dezembro de 2012, 15:29:41 »
Como o feriado foi concedido pelo próprio Estado, já é um incentivo a celebração em locais públicos.
É contraproducente e contraditório proibir as celebrações em locais públicos em uma data oficial (independentemente do significado da mesma).

Uma abordagem coerente e inteligente sobre isto, é esta atitude:

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"Nos últimos anos, houve uma mudança na maneira pela qual os ateístas lidam com a exibição de presépios em espaços públicos. Em vez de fazer o que sempre fazíamos e processar os governos locais, algo que exige tempo e dinheiro, agora exigimos nossas próprias exibições nos mesmo espaços".


Se deu espaço pra um, que dê pra todos. Ou que lutem contra o feriado em si, se forem cobrar a laicidade.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Ateus, feministas e outros animais antediluvianos. (Paulo Ghiraldelli)
« Resposta #88 Online: 12 de Dezembro de 2012, 15:37:38 »
Acho uma idéia melhor não se estressar com bobagens e não implicar com coisas a toa.

Tem gente que se sente "ofendido" com uma pessoa desejando "feliz natal", pelamor dedeus.

Offline JohnnyRivers

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Re:Ateus, feministas e outros animais antediluvianos. (Paulo Ghiraldelli)
« Resposta #89 Online: 12 de Dezembro de 2012, 15:49:06 »
Acho uma idéia melhor não se estressar com bobagens e não implicar com coisas a toa.

Tem gente que se sente "ofendido" com uma pessoa desejando "feliz natal", pelamor dedeus.

Momento piadinha cretina de facebook:

"É ateu e tira folga do trabalho no natal? POSER!!!" 

:lol:

 :histeria:

Desculpe-me...não farei isto novamente.
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Offline Barata Tenno

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Re:Ateus, feministas e outros animais antediluvianos. (Paulo Ghiraldelli)
« Resposta #90 Online: 12 de Dezembro de 2012, 15:51:51 »
Acho uma idéia melhor não se estressar com bobagens e não implicar com coisas a toa.

Tem gente que se sente "ofendido" com uma pessoa desejando "feliz natal", pelamor dedeus.


No meu ver nem é o fato da nota ter a inscrição, é quem paga por essa inscrição. Se os religiosos quiserem pagar a impressão, ótimo, pode ser or religiosos, a coca cola, o Corinthians, tanto faz, o problema é usar dinheiro público para promover algo. Mesma coisa com festas religiosas, ceder o espaço é o de menos, pagar decorações e enfeites é que pega.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Ateus, feministas e outros animais antediluvianos. (Paulo Ghiraldelli)
« Resposta #91 Online: 12 de Dezembro de 2012, 16:10:03 »
Provavelmente custará mais para se ter novas notas sem a inscrição do que para deixar como está e continuar as trocando por notas iguais com o desgaste natural. Além disso, governo ajuda a patrocinar religiões em outras formas muito mais significativas, como isenções de impostos para igrejas, a prioridade deveria estar aí, se o problema é esse.


No caso de oposição às festas, ainda é bizarra a situação. Provavelmente é algo benéfico à comunidade, ao comércio local, e proibir só de birra não traria benefício algum. Se tentassem "laicizar" a comemoração de alguma forma, a coisa seria essencialmente a mesma, exceto pela maior parte da população se sentir perseguida, e provavelmente mais inclinada a dar passos sobre o laicismo em situações mais relevantes do que festas que já são praticamente dissociadas de aspectos religiosos.

Offline Geotecton

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Re:Ateus, feministas e outros animais antediluvianos. (Paulo Ghiraldelli)
« Resposta #92 Online: 12 de Dezembro de 2012, 16:12:49 »
Acho uma idéia melhor não se estressar com bobagens e não implicar com coisas a toa.

Tem gente que se sente "ofendido" com uma pessoa desejando "feliz natal", pelamor dedeus.

Momento piadinha cretina de facebook:

"É ateu e tira folga do trabalho no natal? POSER!!!" 

:lol:

 :histeria:

Desculpe-me...não farei isto novamente.

Eu já cansei de trabalhar em dias de Natal.

E, apenas para lembrar, a festa de 25 de dezembro era originalmente uma festividade não-religiosa e, por conseguinte, não-cristã, embora não fosse destituída de simbolismo sobrenatural.
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Offline Geotecton

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Re:Ateus, feministas e outros animais antediluvianos. (Paulo Ghiraldelli)
« Resposta #93 Online: 12 de Dezembro de 2012, 16:16:26 »
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Ele não está concedendo. Ele JÁ concedeu.
Sim...como qualquer outro símbolo? Isso já não foi dito antes?

Sim, ad nauseum.

E é exatamente nisto em que reside a discordância entre nós, seja como causa, seja como efeito.
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Offline Barata Tenno

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Re:Ateus, feministas e outros animais antediluvianos. (Paulo Ghiraldelli)
« Resposta #94 Online: 12 de Dezembro de 2012, 16:22:31 »
Provavelmente custará mais para se ter novas notas sem a inscrição do que para deixar como está e continuar as trocando por notas iguais com o desgaste natural. Além disso, governo ajuda a patrocinar religiões em outras formas muito mais significativas, como isenções de impostos para igrejas, a prioridade deveria estar aí, se o problema é esse.


No caso de oposição às festas, ainda é bizarra a situação. Provavelmente é algo benéfico à comunidade, ao comércio local, e proibir só de birra não traria benefício algum. Se tentassem "laicizar" a comemoração de alguma forma, a coisa seria essencialmente a mesma, exceto pela maior parte da população se sentir perseguida, e provavelmente mais inclinada a dar passos sobre o laicismo em situações mais relevantes do que festas que já são praticamente dissociadas de aspectos religiosos.


Tirar uma placa de impressão ou substitui-lá não pode ser mais caro que o uso de tinta eternamente. E na Av paulista funciona muito bem sem a intromissão do estado, o comércio e as empresas privadas patrocinam as decorações. É o mesmo em muitas cidades pequenas onde as prefeituras não tem verba para decorações.
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Re:Ateus, feministas e outros animais antediluvianos. (Paulo Ghiraldelli)
« Resposta #95 Online: 12 de Dezembro de 2012, 17:30:24 »
E, apenas para lembrar, a festa de 25 de dezembro era originalmente uma festividade não-religiosa e, por conseguinte, não-cristã, embora não fosse destituída de simbolismo sobrenatural.

Então parece que voltamos às origens  :P
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Ateus, feministas e outros animais antediluvianos. (Paulo Ghiraldelli)
« Resposta #96 Online: 12 de Dezembro de 2012, 17:38:21 »
Acho que vai ter tinta no papel de qualquer jeito... se é economia de tinta a questão, teria que se fazer campanha por notas mais brancas/de cores menos opacas...

Quanto a festas, não sei, talvez a situação não seja a mesma para qualquer lugar e alguns se beneficiem de um subsídio que talvez fosse o melhor investimento desse dinheiro mesmo.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Ateus, feministas e outros animais antediluvianos. (Paulo Ghiraldelli)
« Resposta #97 Online: 12 de Dezembro de 2012, 17:39:29 »
E, apenas para lembrar, a festa de 25 de dezembro era originalmente uma festividade não-religiosa e, por conseguinte, não-cristã, embora não fosse destituída de simbolismo sobrenatural.

Então parece que voltamos às origens  :P

A sugestão desse tipo de "retorno" por ateus é um pedido para serem comparados aos nazistas (independentemente de quão falaciosa seja a comparação)...  só se prejudica a imagem de causas laicas onde poderia ter real importância.

Offline Barata Tenno

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Re:Ateus, feministas e outros animais antediluvianos. (Paulo Ghiraldelli)
« Resposta #98 Online: 12 de Dezembro de 2012, 17:53:22 »
Acho que vai ter tinta no papel de qualquer jeito... se é economia de tinta a questão, teria que se fazer campanha por notas mais brancas/de cores menos opacas...

Quanto a festas, não sei, talvez a situação não seja a mesma para qualquer lugar e alguns se beneficiem de um subsídio que talvez fosse o melhor investimento desse dinheiro mesmo.

Porque?Toda a tinta da nota promove alguma religião? Não recorra a falácias, plz.

Se a cidade tem lucro, problema nenhum, pode promover até o capeta. Mas se não houver lucro para os cofres públicos.....

He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Ateus, feministas e outros animais antediluvianos. (Paulo Ghiraldelli)
« Resposta #99 Online: 12 de Dezembro de 2012, 18:04:53 »
O problema citado era o gasto de dinheiro público na promoção de uma "religião" (ou qualquer uma que sustente a existência em um deus, melhor dizendo); então eu disse que há formas mais graves em que isso acontece, do que na impressão das cédulas, cuja "correção" possivelmente custaria mais do que deixar como está. Tanto em custo financeiro, como em tempo desperdiçado, e também imagem afetada. E economia de tinta deve ser desprezível. Não vejo falácia aqui.


Acho que os "lucros" para os cofres públicos talvez venham na forma de impostos, mas ao mesmo tempo eu até acho argumentável que "antes" de "lucro" dos cofres públicos vem o lucro "realmente público", o estímulo à economia. Contanto que os cofres públicos não fiquem no vermelho, claro.

 

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