O termo "homoafetividade" como alternativa a "homossexualidade" é misógino, transfóbico, e reacionário.
Se há intenção em englobar mais do que o aspecto sexual (se não for apenas em esconder, por reacionarismo) das relações em questão, o termo deveria ser homossocialidade, englobando aspectos sociais e afetivos das relações humanas. O sexo não é necessariamente significativamente "afetivo", como sugere a propaganda reacionária, que sempre coloca a afetuosidade como principal característica feminina, querendo assim promover a noção de que a mulher não pode ser um ser sexual, mas apenas afetivo, maternal -- o sexo sendo só para reprodução.
Ou ainda, homogeneralidade, já que "gênero" convenientemente é mais abrangente do que "sexo" (e menos "sexual", para agrado dos reacionários), e não incorre em transfobia, ao implicar que as pessoas só podem ser homoafetuosas/homossexuais se são do mesmo sexo biológico -- e não apenas do mesmo gênero -- reduzindo a pessoa ao sexo biológico, removendo sua verdadeira identidade de gênero social.