Autor Tópico: Tópico Coringa  (Lida 211099 vezes)

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Offline Sr. Alguém

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #875 Online: 23 de Março de 2013, 18:39:19 »
Se você acha que sua crença é baseada na razão, você a defenderá com argumentos e não pela força e renunciará a ela se seus argumentos se mostrarem inválidos. (Bertrand Russell)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Humanismo_secular
http://pt.wikipedia.org/wiki/Liberalismo_social

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #876 Online: 23 de Março de 2013, 19:01:51 »
Quando aparecer outro forista falando da "eficiência estatal e dos empresários malvados que só querem lucro" vou esfregar isso na cara dele.

Calma lá!

Eu não sou nenhum fã da dupla Dilma/Lula nem do PT, muito pelo contrário, e em muitos casos realmente prefiro que a iniciativa privada tome as rédeas dos projetos, mas nese caso, o problema é sim com os "empresários malvados que só querem lucro".  Não foi o governo que construiu as casas, não foi do governo que o cidadão comprou a casa. As únicas coisas que o governo fez foi estabelecer um limite de preço para o apartamento, estabelecer que se um prédio for construído em determinada área ele deve ser vendido sob as condiçõres do programa.

Ou seja, os empresários foram obrigados a vender a um preço determinado, sob certas condições de financiamento pela Caixa e, sabendo disso, constroem o prédio mais barato possível. Aí vem a cagada governamental de não inspecionar.

Como eu disse, minha namorada mora em um desses prédios. Do outro lado da rua, tem outro prédio, da mesma construtora, mas que não foi feito para o Minha Casa, Minha Vida. Esse ainda não está pronto, ams já conta com colunas de sustentação, estacionamento, pintura que não vai ficar translúcida daqui a 2 anos etc.

O erro é dos dois, mais da iniciativa privada. O governo não fiscalizou, e a inciativa privada construiu precariamente para manter a faixa de lucro elevada. Mas sim, basicamente o erro é da iniciativa privada, que não deve assumir um projeto e prosseguí-lo do modo que foi feito.
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline Sr. Alguém

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #877 Online: 23 de Março de 2013, 20:00:46 »
Se você acha que sua crença é baseada na razão, você a defenderá com argumentos e não pela força e renunciará a ela se seus argumentos se mostrarem inválidos. (Bertrand Russell)
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Offline EuSouOqueSou

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Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline EuSouOqueSou

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #879 Online: 23 de Março de 2013, 20:41:17 »
Quando aparecer outro forista falando da "eficiência estatal e dos empresários malvados que só querem lucro" vou esfregar isso na cara dele.

Calma lá!

Eu não sou nenhum fã da dupla Dilma/Lula nem do PT, muito pelo contrário, e em muitos casos realmente prefiro que a iniciativa privada tome as rédeas dos projetos, mas nese caso, o problema é sim com os "empresários malvados que só querem lucro".  Não foi o governo que construiu as casas, não foi do governo que o cidadão comprou a casa. As únicas coisas que o governo fez foi estabelecer um limite de preço para o apartamento, estabelecer que se um prédio for construído em determinada área ele deve ser vendido sob as condiçõres do programa.

Ou seja, os empresários foram obrigados a vender a um preço determinado, sob certas condições de financiamento pela Caixa e, sabendo disso, constroem o prédio mais barato possível. Aí vem a cagada governamental de não inspecionar.

Como eu disse, minha namorada mora em um desses prédios. Do outro lado da rua, tem outro prédio, da mesma construtora, mas que não foi feito para o Minha Casa, Minha Vida. Esse ainda não está pronto, ams já conta com colunas de sustentação, estacionamento, pintura que não vai ficar translúcida daqui a 2 anos etc.

O erro é dos dois, mais da iniciativa privada. O governo não fiscalizou, e a inciativa privada construiu precariamente para manter a faixa de lucro elevada. Mas sim, basicamente o erro é da iniciativa privada, que não deve assumir um projeto e prosseguí-lo do modo que foi feito.

Da parte em vermelho:

Aí vc fica fora do mercado. Uma vez um engenheiro me contou como essa merda toda funciona. Começa com as licitações, o governo impõe uma porrada de exigências técnicas para as empresas participarem e tal, e no final ganha quem der o menor orçamento. Mas o que acontece na verdade é que o empresário quer pegar o serviço e pra pegar o serviço ele tem que garantir o menor orçamento. Como ele faz isso, reduz absurdamente a margem de lucro, não inclui gastos com contingências e coisas do tipo. Orçamento baixo, licitação ganha. O que vem depois é que ele se vira pra "recuperar" o lucro, coloca material mais barato ao invés de usar o material caríssimo do exigido na licitação, usa menos mão de obra, mas tentando manter o mesmo prazo, e todo tipo de maracutaia que puder, pq se ele nao fizer isso, vai quebrar.

As coisas não são tão simples, o mercado é feroz e impiedoso, vc precisa pegar serviços pra se manter nele e, ao mesmo tempo, precisa gerar lucros, claro.

P.S.: há sim, ia me esquecendo, parte da culpa tbm é dos incompetentes e preguiçosos do governo que não atualizam as tabelas de preços de materiais e serviços das Secretarias de Infra-estruturas. Muitas licitações são feitas com base nessas tabelas, cujos valores são impraticáveis no mercado, e os empresários porcos capitalistas que se virem pra manter a saúde financeira da empresa. Se for uma empresa nova então, tá ferrada.
« Última modificação: 23 de Março de 2013, 20:45:40 por Enjolras »
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #880 Online: 23 de Março de 2013, 20:48:46 »
Pra quem quiser treinar o Listening, achei esse site:

http://www.bbc.co.uk/worldservice/learningenglish/

Alguém tem algum semelhante, que tenha vídeos com legendas?
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline EuSouOqueSou

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #881 Online: 23 de Março de 2013, 20:57:31 »


Uma coisa que reparei agora é que o paradoxo só existe pq trata-se de ação que ainda não ocorreu. E o castigo do pinóquio só se aplica pra saber se ele mentiu ou não. Não se aplica para saber se ele vai mentir ou não.
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline Gigaview

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #882 Online: 23 de Março de 2013, 22:21:05 »
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #883 Online: 23 de Março de 2013, 23:11:04 »
Quando aparecer outro forista falando da "eficiência estatal e dos empresários malvados que só querem lucro" vou esfregar isso na cara dele.

Calma lá!

Eu não sou nenhum fã da dupla Dilma/Lula nem do PT, muito pelo contrário, e em muitos casos realmente prefiro que a iniciativa privada tome as rédeas dos projetos, mas nese caso, o problema é sim com os "empresários malvados que só querem lucro".  Não foi o governo que construiu as casas, não foi do governo que o cidadão comprou a casa. As únicas coisas que o governo fez foi estabelecer um limite de preço para o apartamento, estabelecer que se um prédio for construído em determinada área ele deve ser vendido sob as condiçõres do programa.

Ou seja, os empresários foram obrigados a vender a um preço determinado, sob certas condições de financiamento pela Caixa e, sabendo disso, constroem o prédio mais barato possível. Aí vem a cagada governamental de não inspecionar.

Como eu disse, minha namorada mora em um desses prédios. Do outro lado da rua, tem outro prédio, da mesma construtora, mas que não foi feito para o Minha Casa, Minha Vida. Esse ainda não está pronto, ams já conta com colunas de sustentação, estacionamento, pintura que não vai ficar translúcida daqui a 2 anos etc.

O erro é dos dois, mais da iniciativa privada. O governo não fiscalizou, e a inciativa privada construiu precariamente para manter a faixa de lucro elevada. Mas sim, basicamente o erro é da iniciativa privada, que não deve assumir um projeto e prosseguí-lo do modo que foi feito.

Da parte em vermelho:

Aí vc fica fora do mercado. Uma vez um engenheiro me contou como essa merda toda funciona. Começa com as licitações, o governo impõe uma porrada de exigências técnicas para as empresas participarem e tal, e no final ganha quem der o menor orçamento. Mas o que acontece na verdade é que o empresário quer pegar o serviço e pra pegar o serviço ele tem que garantir o menor orçamento. Como ele faz isso, reduz absurdamente a margem de lucro, não inclui gastos com contingências e coisas do tipo. Orçamento baixo, licitação ganha. O que vem depois é que ele se vira pra "recuperar" o lucro, coloca material mais barato ao invés de usar o material caríssimo do exigido na licitação, usa menos mão de obra, mas tentando manter o mesmo prazo, e todo tipo de maracutaia que puder, pq se ele nao fizer isso, vai quebrar.

As coisas não são tão simples, o mercado é feroz e impiedoso, vc precisa pegar serviços pra se manter nele e, ao mesmo tempo, precisa gerar lucros, claro.

P.S.: há sim, ia me esquecendo, parte da culpa tbm é dos incompetentes e preguiçosos do governo que não atualizam as tabelas de preços de materiais e serviços das Secretarias de Infra-estruturas. Muitas licitações são feitas com base nessas tabelas, cujos valores são impraticáveis no mercado, e os empresários porcos capitalistas que se virem pra manter a saúde financeira da empresa. Se for uma empresa nova então, tá ferrada.

Se a empresa se baseia em serviços prestados para o Estado tem mais é que se foder, quem se baseia no Mercado visando só uma parcela dele OU quebra na certa OU viverá absurdamente limitado. Se o Estado requere o que a empresa não pode prover, que a empresa procure outro trabalho para fazer, outro contratante. Se o que você disse é verdade, bastaria que as empresas não aceitassem o trabalho para que os procuradores e administradores públicos modifiquem seus critérios de avaliação e aprovação.
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Re:Tópico Coringa
« Resposta #884 Online: 23 de Março de 2013, 23:45:15 »
Se a empresa se baseia em serviços prestados para o Estado tem mais é que se foder, quem se baseia no Mercado visando só uma parcela dele OU quebra na certa OU viverá absurdamente limitado. Se o Estado requere o que a empresa não pode prover, que a empresa procure outro trabalho para fazer, outro contratante. Se o que você disse é verdade, bastaria que as empresas não aceitassem o trabalho para que os procuradores e administradores públicos modifiquem seus critérios de avaliação e aprovação.

Acadêmicos e seus mundos perfeitos, tal como na teoria. :D
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Re:Tópico Coringa
« Resposta #885 Online: 24 de Março de 2013, 01:34:50 »
Se a empresa se baseia em serviços prestados para o Estado tem mais é que se foder, quem se baseia no Mercado visando só uma parcela dele OU quebra na certa OU viverá absurdamente limitado. Se o Estado requere o que a empresa não pode prover, que a empresa procure outro trabalho para fazer, outro contratante. Se o que você disse é verdade, bastaria que as empresas não aceitassem o trabalho para que os procuradores e administradores públicos modifiquem seus critérios de avaliação e aprovação.

Acadêmicos e seus mundos perfeitos, tal como na teoria. :D

As empresas são livres para escolher para quem e como trabalhar, e os contratantes se moldam de acordo com a oferta de mão de obra se esta for escassa. Se o contratante quiser o trabalho feito invariávelmente e não puder contar com o mercado terá que fazer o trabalho por si. Se as empresas não contarem com a concorrência ampla, se o mercado fosse oligo ou monopsonista, elas teriam que se virar para sobreviver, e construir no aperto não é, nem de longe, uma prátia aceitável, seja do ponto de vista do gestor, dos funcionários, dos contratantes ou dos usuários.

O mundo estudade não é idealizado nem considerado perfeito, bebê, se fosse certamente não estaríamos trocando estas respostas.
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #886 Online: 24 de Março de 2013, 08:52:40 »
Quando aparecer outro forista falando da "eficiência estatal e dos empresários malvados que só querem lucro" vou esfregar isso na cara dele.

Calma lá!

Eu não sou nenhum fã da dupla Dilma/Lula nem do PT, muito pelo contrário, e em muitos casos realmente prefiro que a iniciativa privada tome as rédeas dos projetos, mas nese caso, o problema é sim com os "empresários malvados que só querem lucro".  Não foi o governo que construiu as casas, não foi do governo que o cidadão comprou a casa. As únicas coisas que o governo fez foi estabelecer um limite de preço para o apartamento, estabelecer que se um prédio for construído em determinada área ele deve ser vendido sob as condiçõres do programa.

Ou seja, os empresários foram obrigados a vender a um preço determinado, sob certas condições de financiamento pela Caixa e, sabendo disso, constroem o prédio mais barato possível. Aí vem a cagada governamental de não inspecionar.

Como eu disse, minha namorada mora em um desses prédios. Do outro lado da rua, tem outro prédio, da mesma construtora, mas que não foi feito para o Minha Casa, Minha Vida. Esse ainda não está pronto, ams já conta com colunas de sustentação, estacionamento, pintura que não vai ficar translúcida daqui a 2 anos etc.

O erro é dos dois, mais da iniciativa privada. O governo não fiscalizou, e a inciativa privada construiu precariamente para manter a faixa de lucro elevada. Mas sim, basicamente o erro é da iniciativa privada, que não deve assumir um projeto e prosseguí-lo do modo que foi feito.

OK, mas vc acha mesmo que ninguém no governo sabia da situação das construções? Não me refiro especificamente a construção da foto porque não é caso isolado, vários imóveis do programa "Minha casa acabará com minha vida" já tiveram problemas graves.

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/casas-entregues-por-dilma-na-bahia-sao-do-tipo-que-desaba-ah-tambem-nao-havia-agua/

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06/08/2011
às 6:29
Casas entregues por Dilma na Bahia são do tipo que… DESABA!!! Ah, também não havia água!

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É que os prédios foram construídos com a tecnologia “alvenaria estrutural”, que os levou a serem conhecidos no Nordeste como “prédios-caixão” – sem pilotis e com alicerces em alvenaria, mas de estabilidade discutível.

O sistema é muito adotado na Região Metropolitana de Recife, mas tornou-se um problema para os mutuários e para o governo do estado. Na Grande Recife, existem dez mil prédios do tipo “caixão”, mas estudos acadêmicos revelam que cerca de 60% deles apresentam algum tipo de risco. Destes, 12 já desabaram, inclusive fazendo vítimas fatais.

Um diagnóstico recente feito pelo governo de Pernambuco indicou que 340 desses imóveis estão com alto risco de desabamento, e dezenas foram interditados, a maior parte nos municípios de Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes, os mais importantes da Região Metropolitana.

A Secretaria das Cidades de Pernambuco realiza atualmente um levantamento para saber se é possível recuperar algum desses imóveis. Muitos terão que ser demolidos. Quase todos foram financiados pelo governo, via Caixa Econômica Federal, como ocorre com o “Minha Casa Minha Vida”, que está incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).


Desde 2011 já publicam matérias sobre casos de prédios construidos do mesmo modo e que apresentam risco de desabamento ou já desabaram, então não existe como negar que o Governo Federal tem conhecimento disso mas continua financiando obras assim por fazerem parte do PAC.

http://oglobo.globo.com/politica/em-minas-empreendimento-do-programa-minha-casa-minha-vida-corre-risco-de-desabar-2793625

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Em Minas, empreendimento do programa Minha Casa, Minha Vida corre o risco de desabar

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BELO HORIZONTE - Depois de ser inaugurado com pompa e circunstância, em fevereiro de 2010, pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que àquela altura já era a candidata extraoficial à Presidência da República, o conjunto de casas do Programa Minha Casa Minha Vida em Governador Valadares, Minas Gerais, transformou-se em síntese do descaso e do desperdício de dinheiro público...

...Depois de uma rápida reforma, as casas restantes acabaram entregues no fim do ano passado. Mas, apesar do alerta recorrente de políticos da região e da imprensa, os problemas só se agravaram: 14 imóveis acabaram condenados pelos bombeiros e pela Defesa Civil, que denunciou o risco de desabamento das casas. O motivo é simples. Na hora de escolher um terreno para o conjunto, o governo federal aceitou que a construção fosse feita num morro instável, que no passado abrigou parte do lixão de Governador Valadares, às margens da BR-116.


As casas foram construidas sobre terreno instável onde existia um lixão, os imóveis foram condenados pela Defesa Civil e pelo Corpo de Bombeiros mas foram ocupados mesmo assim, então qual é a desculpa para deixar o Governo federal fora disso se desde o lançamento já se sabiam dos problemas?

http://jornalsportnews.blogspot.com.br/2013/01/minha-casa-esta-caindo.html

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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

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O Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito para apurar suposto vício de construção em casas que receberam verba do programa Minha casa, minha vida, do governo federal, em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Após uma forte chuva, em 12 de dezembro, várias construções recém-inauguradas perderam o telhado e foram danificadas. De acordo com o procurador federal Marcelo Borges de Mattos Medina, a Associação de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania fez uma representação no MPF, o que motivou a apuração. "Também obtivemos cópias dos processos individuais movidos pelos proprietários, alguns com laudos de vistoria da prefeitura e da Caixa Econômica Federal que sugerem a ocorrência de vícios de construção", afirma o procurador.

Rachaduras na primeira chuva forte...

O que aconteceu no conjunto da foto não é caso isolado, é coisa que vem sendo denunciada há anos, então não aceito o argumento de que a culpa é apenas da construtora já que o número de imóveis liberados tb serve para encher as estatísticas divulgadas pelo Governo Federal.

Todos têm conhecimento do que acontece.



Offline _tiago

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #887 Online: 24 de Março de 2013, 10:20:13 »
Pra quem quiser treinar o Listening, achei esse site:

http://www.bbc.co.uk/worldservice/learningenglish/

Alguém tem algum semelhante, que tenha vídeos com legendas?

O www.ted.com acho que tem com legendas.

Offline _tiago

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #888 Online: 24 de Março de 2013, 10:24:20 »

Aí vc fica fora do mercado. Uma vez um engenheiro me contou como essa merda toda funciona. Começa com as licitações, o governo impõe uma porrada de exigências técnicas para as empresas participarem e tal, e no final ganha quem der o menor orçamento. Mas o que acontece na verdade é que o empresário quer pegar o serviço e pra pegar o serviço ele tem que garantir o menor orçamento. Como ele faz isso, reduz absurdamente a margem de lucro, não inclui gastos com contingências e coisas do tipo. Orçamento baixo, licitação ganha. O que vem depois é que ele se vira pra "recuperar" o lucro, coloca material mais barato ao invés de usar o material caríssimo do exigido na licitação, usa menos mão de obra, mas tentando manter o mesmo prazo, e todo tipo de maracutaia que puder, pq se ele nao fizer isso, vai quebrar.


Se o projeto é uma merda, por que entrar na licitação?

Offline _tiago

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #889 Online: 24 de Março de 2013, 11:11:05 »
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Empurrõezinhos, Hélio Schwartsman

A pedidos, ignoro o Egito e continuo falando de felicidade. Mas, antes de saltar para Jonathan Haidt e Barry Schwartz, como sugeri que faria na coluna da semana passada, acho importante dar algum conteúdo prático a esse gênero de estudos. Para isso, recorro a Richard Thaler (Universidade de Chicago) e Cass Sunstein (Chicago e Harvard), autores de "Nudge: Improving Decisions About Health, Wealth and Happiness". O livro foi traduzido para o português com o título "Nudge: O Empurrão para a Escolha Certa".

Thaler é um economista comportamental. Depois de Daniel Kahneman (Nobel de 2002) é provavelmente o nome mais conhecido nesse campo. Já Sunstein é constitucionalista. É um dos proponentes do minimalismo judiciário.

Em "Nudge" eles advogam pelo que chamam de "paternalismo libertário". A ideia básica é que seres humanos são tudo menos os agentes racionais e bem informados imaginados pelos manuais clássicos de economia. No mundo real, as pessoas frequentemente tomam as piores decisões possíveis em relação a seu futuro. Fazem-no em grande parte devido a vieses cerebrais que são não apenas previsíveis como também quantificáveis.

O que Thaler e Sunstein propõem é que utilizemos uma outra característica do mundo real, a inevitabilidade de fazer determinadas escolhas, para, sem nenhuma espécie de autoritarismo, empurrar ("to nudge") as pessoas na direção certa.

O exemplo com o qual abrem o livro é eloquente: imagine Carolyn. Ela é diretora de alimentação de um grande distrito escolar. Isso significa que ela organiza e administra os vários refeitórios nos quais milhares de alunos se alimentam diariamente. Um dia, jantando com seu amigo Adam, estatístico e consultor de negócios para supermercados, eles têm a ideia de fazer alguns experimentos heterodoxos. Querem descobrir se, sem alterar o menu das cafeterias, apenas a disposição da comida no balcão, conseguem fazer os estudantes mudarem seus hábitos alimentares. São decisões simples, do tipo vamos colocar a salada ou a sobremesa no início do balcão? Os vegetais ficarão à altura dos olhos ou um pouco mais escondidos? Pelo menos para Adam, não foi surpresa nenhuma descobrir que esse tipo de manipulação podia fazer o consumo de um determinado item aumentar ou diminuir em até 25%.

A pergunta é, como Carolyn deve dispor a comida:

1 - De modo a deixar os alunos na melhor situação possível;

2 - Por sorteio, para não favorecer nenhum fornecedor;

3 - Para maximizar os lucros (nos EUA, a maioria paga pela merenda).

A maioria de nós não hesitaria muito antes de optar por 1. Thaler e Sunstein concordam. Para eles, é legítimo manipular a colocação dos alimentos tendo como critério a saúde dos alunos (paternalismo), desde que nenhum deles seja forçado a consumir o que não deseje (libertário).

As pessoas que, como Carolyn, respondem pela forma como decisões serão tomadas são os arquitetos de escolhas. Os autores sustentam que uma melhor arquitetura de escolhas, que leve em conta as falhas no projeto de nossos cérebros, traria grandes benefícios a custos mínimos.

Um exemplo quase escatológico é o do aeroporto de Schiphol, em Amsterdã. Como em qualquer lugar de alta rotatividade, era difícil manter o banheiro masculino limpo. Aparentemente, a maioria dos homens não tem boa mira ou não presta muita atenção na hora de urinar. Foi aí que o economista Aad Kieboom, responsável pelas obras de expansão do aeroporto, teve uma ideia revolucionária. Mandou pintar uma mosca no fundo de cada urinol. Tendo um alvo preciso, a pontaria masculina melhorou enormemente. Após uma série de testes, Kieboom e sua equipe de funcionários concluíram que o índice de derramamento de urina caiu em 80%. A mosca é um autêntico "nudge", um empurrãozinho não autoritário que leva as pessoas a fazer o que é melhor para elas e/ou para a sociedade. Colocar as frutas num lugar privilegiado conta como "nudge"; banir a "junk-food", não.

Essa teoria se aplica a vários campos. Problemas de autocontrole? De fato, o cérebro conta com dois "sistemas" para reagir ao mundo, um automático e outro reflexivo. Este último é lento e pouco eficiente. Mas é também o único capaz de fazer contas e planejar o futuro. É ele, por exemplo, que nos leva a querer ser magros para prevenir doenças. O problema é que, quando comemos, nos deixamos levar pelo sistema automático. E ele só para quando o prato (ou a despensa) acabam.

Num experimento genial bolado por Brian Wasnick, os pesquisadores produziram pipocas especialmente intragáveis (estouradas cinco dias antes e conservadas em lugar inadequado) e as deram para voluntários numa sessão de cinema. Metade deles recebeu o pacote grande e metade o médio. Os que foram premiados com o grande comeram 53% mais, mesmo negando a possibilidade de se deixarem enganar por um truque tão bobo. Um bom começo para o seu regime pode ser comprar um jogo de pratos menores.

Outro bom "nudge" dietético é sentar-se com o sujeito mais magro que estiver no refeitório na hora do almoço. Nossa tendência a mimetizar comportamentos das pessoas com as quais nos relacionamos torna fenômenos como obesidade, vício em drogas e gravidez precoce contagiosos.

O terreno mais propício para plantar "nudges" é o das decisões complexas e raras, que tomamos poucas vezes na vida, como a escolha do plano de aposentadoria, de saúde e o regime de casamento. Aqui, a chave para evitar más escolhas é criar um bom "default". Isso porque nós humanos temos o que os psicólogos chamam de viés da inércia e do "statu quo". Traduzindo: adoramos não mexer em decisões passadas. A prova cabal é que assinamos revistas uma vez na vida e seguimos por anos a fio na renovação automática, mesmo que já não tenhamos interesse na publicação. Aqui, a arquitetura (a renovação automática) favorece enormemente os editores. Se o "default" fosse "a assinatura só é renovada se o cliente pedir", vender revistas seria um negócio bem mais difícil.

Thaler e Sunstein defendem, por exemplo, que um contrato de trabalho típico inclua como "default" a entrada do empregado no fundo de pensão da empresa. Como o hoje a norma nos EUA é o não ingresso, muitos norte-americanos estão desprezando agora dinheiro de graça (a contrapartida da empresa) que certamente lhes fará falta no futuro.

Os autores sugerem mecanismos semelhantes para a definição do plano de saúde e para programas de investimento. Em relação ao casamento, são mais radicais. Defendem que o Estado saia desse negócio. Oficialmente, só existiriam uniões civis, que são contratos entre duas (e eventualmente mais) pessoas de qualquer sexo. Como no Brasil, elas nem precisam ser registradas. Valem a partir do momento em que existem. E aí, o casamento vira um negócio eminentemente privado. Qualquer um poderá celebrá-lo, de igrejas a associações de mergulhadores. Mais importante, cada qual poderá seguir suas próprias regras. Se a religião A diz que casamento é só entre homem e mulher, não está obrigada a unir homossexuais. Já os mergulhadores poderão fazê-lo, até debaixo d'água. Cada um faz o que quer e todos ficam felizes.

"Nudges" também resolvem um problema que me foi proposto algumas vezes por leitores libertários: a exigência do cinto de segurança não é uma intromissão ilegítima do Estado na vida do cidadão? Bem, nessa filosofia "nudgística" podemos imaginar um sistema no qual o cinto é normalmente exigido, sob pena de multa. Quem não concordar pode ir ao Detran e assinar uma série de formulários, pelos quais se compromete a pagar do próprio bolso despesas médicas decorrentes de uma batida e isenta de responsabilidade civil e penal (vamos fingir que a legislação brasileira o permite) quem com eles colida. Esse sujeito ficaria então livre de multas por conduzir sem cinto. Como o viés de inércia é forte, o mais provável é que um número reduzidíssimo de libertários obstinados assinasse a papelada. As virtudes públicas da obrigatoriedade do cinto seriam conservadas, e a liberdade (inclusive a de errar) preservada.

A beleza dos "nudges" na forma como Thaler e Sunstein os propõem é que eles nos permitem seguir operando com os conceitos liberais e democráticos do Iluminismo (que pressupõem agentes racionais) mesmo reconhecendo que o homem é no mais das vezes irracional, ou melhor, previsível e quantificavelmente irracional.

Fonte: folha de são paulo
Link: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/869841-empurroezinhos.shtml

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #890 Online: 24 de Março de 2013, 11:27:40 »
O que aconteceu no conjunto da foto não é caso isolado, é coisa que vem sendo denunciada há anos, então não aceito o argumento de que a culpa é apenas da construtora já que o número de imóveis liberados tb serve para encher as estatísticas divulgadas pelo Governo Federal.

Todos têm conhecimento do que acontece.
Eu também não aceito o argumento que a culpa é unicamente da iniciativa privada, aceito o arqumento que, considerando que a mesma deve seguir os padrões de qualidade independendemente de haver fiscalização, que não deve prestar um serviço de péssima qualidade visando o corte agressivo de gastos e que a mesma é livre para fazer serviços a quem quiser, com as especificações dos mais diversos contratantes, a iniciativa privada é a principal culpada.
O governo não fiscaliza, permite que crimes ocorram e não coíbe infratores, sim, sabemos disso e os porquês, eles não estão isentos de culpa. O que acontece é que no cenário atual, é muito mais fácil para a iniciativa privada resolver a situação do que o governo, como quase sempre.
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #891 Online: 24 de Março de 2013, 11:39:16 »
Bom, eu acho que não é só acaso todas as obras chegarem ao mesmo estado de risco de desabamento e acho que as empresas não estavam com um orçamento tão apertado que fosse impossível fazer algo melhor.

Para mim, opinião pessoal, tanto empresas como o governo ignoraram normas básicas de segurança em nome da pressa em tocar  um projeto eleitoral.

Se não existir mais nada no meio disso, deu para entender.


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Re:Tópico Coringa
« Resposta #892 Online: 24 de Março de 2013, 16:46:56 »
Se a empresa se baseia em serviços prestados para o Estado tem mais é que se foder, quem se baseia no Mercado visando só uma parcela dele OU quebra na certa OU viverá absurdamente limitado. Se o Estado requere o que a empresa não pode prover, que a empresa procure outro trabalho para fazer, outro contratante. Se o que você disse é verdade, bastaria que as empresas não aceitassem o trabalho para que os procuradores e administradores públicos modifiquem seus critérios de avaliação e aprovação.

Acadêmicos e seus mundos perfeitos, tal como na teoria. :D

As empresas são livres para escolher para quem e como trabalhar, e os contratantes se moldam de acordo com a oferta de mão de obra se esta for escassa. Se o contratante quiser o trabalho feito invariávelmente e não puder contar com o mercado terá que fazer o trabalho por si. Se as empresas não contarem com a concorrência ampla, se o mercado fosse oligo ou monopsonista, elas teriam que se virar para sobreviver, e construir no aperto não é, nem de longe, uma prátia aceitável, seja do ponto de vista do gestor, dos funcionários, dos contratantes ou dos usuários.

O mundo estudade não é idealizado nem considerado perfeito, bebê, se fosse certamente não estaríamos trocando estas respostas.

Qui bunitinho, meu fii tirou isso de um livro sobre macroeconomia foi? :P

Cara, quando vc tiver a oportunidade, converse com algum engenheiro que atua nesse ramo, vai aprender muito.
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #893 Online: 24 de Março de 2013, 16:52:32 »

Aí vc fica fora do mercado. Uma vez um engenheiro me contou como essa merda toda funciona. Começa com as licitações, o governo impõe uma porrada de exigências técnicas para as empresas participarem e tal, e no final ganha quem der o menor orçamento. Mas o que acontece na verdade é que o empresário quer pegar o serviço e pra pegar o serviço ele tem que garantir o menor orçamento. Como ele faz isso, reduz absurdamente a margem de lucro, não inclui gastos com contingências e coisas do tipo. Orçamento baixo, licitação ganha. O que vem depois é que ele se vira pra "recuperar" o lucro, coloca material mais barato ao invés de usar o material caríssimo do exigido na licitação, usa menos mão de obra, mas tentando manter o mesmo prazo, e todo tipo de maracutaia que puder, pq se ele nao fizer isso, vai quebrar.


Se o projeto é uma merda, por que entrar na licitação?

1o - Porque é dinheiro garantido (exceto se for obra de prefeitura, aí é bom ser amigo de alguém lá dentro, senão é dor de cabeça).

2o - Porque aumenta o seu acervo técnico no CREA, o que lhe permite futuramente, pegar obras de maior porte.

3o - Marketing para a empresa.
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #894 Online: 24 de Março de 2013, 17:22:35 »
Pra quem quiser treinar o Listening, achei esse site:

http://www.bbc.co.uk/worldservice/learningenglish/

Alguém tem algum semelhante, que tenha vídeos com legendas?

O www.ted.com acho que tem com legendas.

Valeu  :ok:
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #895 Online: 24 de Março de 2013, 17:35:55 »

Aí vc fica fora do mercado. Uma vez um engenheiro me contou como essa merda toda funciona. Começa com as licitações, o governo impõe uma porrada de exigências técnicas para as empresas participarem e tal, e no final ganha quem der o menor orçamento. Mas o que acontece na verdade é que o empresário quer pegar o serviço e pra pegar o serviço ele tem que garantir o menor orçamento. Como ele faz isso, reduz absurdamente a margem de lucro, não inclui gastos com contingências e coisas do tipo. Orçamento baixo, licitação ganha. O que vem depois é que ele se vira pra "recuperar" o lucro, coloca material mais barato ao invés de usar o material caríssimo do exigido na licitação, usa menos mão de obra, mas tentando manter o mesmo prazo, e todo tipo de maracutaia que puder, pq se ele nao fizer isso, vai quebrar.


Se o projeto é uma merda, por que entrar na licitação?

1o - Porque é dinheiro garantido (exceto se for obra de prefeitura, aí é bom ser amigo de alguém lá dentro, senão é dor de cabeça).

2o - Porque aumenta o seu acervo técnico no CREA, o que lhe permite futuramente, pegar obras de maior porte.

3o - Marketing para a empresa.

NOSSA. São ESSES os argumentos que eu ouvirira de um engenheiro? Sou eu mesmo que tenho que aprender como que funciona o mercado? HAHAHAHA
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Offline Geotecton

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #896 Online: 24 de Março de 2013, 17:41:04 »

Aí vc fica fora do mercado. Uma vez um engenheiro me contou como essa merda toda funciona. Começa com as licitações, o governo impõe uma porrada de exigências técnicas para as empresas participarem e tal, e no final ganha quem der o menor orçamento. Mas o que acontece na verdade é que o empresário quer pegar o serviço e pra pegar o serviço ele tem que garantir o menor orçamento. Como ele faz isso, reduz absurdamente a margem de lucro, não inclui gastos com contingências e coisas do tipo. Orçamento baixo, licitação ganha. O que vem depois é que ele se vira pra "recuperar" o lucro, coloca material mais barato ao invés de usar o material caríssimo do exigido na licitação, usa menos mão de obra, mas tentando manter o mesmo prazo, e todo tipo de maracutaia que puder, pq se ele nao fizer isso, vai quebrar.


Se o projeto é uma merda, por que entrar na licitação?

1o - Porque é dinheiro garantido (exceto se for obra de prefeitura, aí é bom ser amigo de alguém lá dentro, senão é dor de cabeça).

2o - Porque aumenta o seu acervo técnico no CREA, o que lhe permite futuramente, pegar obras de maior porte.

3o - Marketing para a empresa.

NOSSA. São ESSES os argumentos que eu ouvirira de um engenheiro? Sou eu mesmo que tenho que aprender como que funciona o mercado? HAHAHAHA

E qual dos argumentos supra não é válido para um pequeno empresário do setor sobreviver?
Foto USGS

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #897 Online: 24 de Março de 2013, 18:01:45 »
Nenhum pequeno empresário está envolvido nos casos.
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Offline _tiago

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #898 Online: 24 de Março de 2013, 19:14:05 »
1o - Porque é dinheiro garantido (exceto se for obra de prefeitura, aí é bom ser amigo de alguém lá dentro, senão é dor de cabeça).
2o - Porque aumenta o seu acervo técnico no CREA, o que lhe permite futuramente, pegar obras de maior porte.
3o - Marketing para a empresa.

1. Mas você disse que a grana é pouca, mal dá pra empresa fazer algo de qualidade, que resta de dinheiro?
2. Eu duvido que somente fazer licitações aumente seu acervo técnico junto ao CREA e, principalmente, garanta obras maiores futuramente. A coisa é por licitação, não?
3. Marketing? Realmente não tem estratégia melhor?

Fiquei com a impressão que só empresas mal administradas entram nessas furadas do governo.

Offline EuSouOqueSou

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Re:Tópico Coringa
« Resposta #899 Online: 24 de Março de 2013, 23:22:12 »
1o - Porque é dinheiro garantido (exceto se for obra de prefeitura, aí é bom ser amigo de alguém lá dentro, senão é dor de cabeça).
2o - Porque aumenta o seu acervo técnico no CREA, o que lhe permite futuramente, pegar obras de maior porte.
3o - Marketing para a empresa.

1. Mas você disse que a grana é pouca, mal dá pra empresa fazer algo de qualidade, que resta de dinheiro?
2. Eu duvido que somente fazer licitações aumente seu acervo técnico junto ao CREA e, principalmente, garanta obras maiores futuramente. A coisa é por licitação, não?
3. Marketing? Realmente não tem estratégia melhor?

Fiquei com a impressão que só empresas mal administradas entram nessas furadas do governo.

1. Bom, o pagamento é garantido e sempre há uma margem de lucro, a questão é quanto será essa margem. E existe um artificio que as empresas se valem pra aumentar o valor: aditivos. Vc dá uma justificativa qualquer, tipo "ouve imprevisto nisso, preciso de mais dinheiro pra terminar a tempo".

2. É o seguinte, algumas licitações exigem como pré-requisito, que a empresa (os técnicos e engenheiros responsáveis) tenham experiência anterior em determinado tipo de obra. As vezes exige-se o acervo de apenas alguns anos atrás, uns 5 anos, por exemplo. Então vc precisa pegar tais serviços pra continuar no jogo. E não sao todas as licitações que sao ruins, muitas sao boas e valem mesmo a pena.

3. Ue, vc tem um marketing melhor que mostrar no portfolio uma obra de grande porte do governo? Acredite, isso convence muita gente.

Algumas obras são feitas de má vontade mesmo. Uma falha que está se tornando comum (e grave) é mania que o brasileiro tem de nao dar a devida atenção aos projetos e levantamentos de campo, principalmente geotécnicos. Uma distância de 100m já pode mostrar diferença na sondagem do solo suficiente para mudar o tipo de fundação. Mas algumas empresas nao atentam muito pra isso, pegam levantamentos de obras feitas nas proximidades e acham que vai dar no mesmo, só que não. E por que isso? Acho que é cultural, sempre investem menos do que deveriam em projetos.
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

 

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