Autor Tópico: O fim do casamento entre capitalismo e democracia  (Lida 11629 vezes)

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Offline Gaúcho

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Re:O fim do casamento entre capitalismo e democracia
« Resposta #50 Online: 31 de Março de 2012, 23:51:31 »
A morte de milhões de pessoas é nada mais que uma consequência indesejada do comunismo. Tirando isso e o fato de ser utópico, o comunismo tinha tudo para funcionar.
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Re:O fim do casamento entre capitalismo e democracia
« Resposta #51 Online: 01 de Abril de 2012, 00:11:17 »
Só eu vi que o DDV acaba de postar dois posts contraditórios ?

Mostre.

É que primeiro você comentou a minha dúvida quando a China ser ou não comunista deixando a entender que a China é uma economia de mercado. Depois defendeu que não poderia ser só um sistema econômico que se sustentasse em outro sistema político que não uma ditadura.

De fato, comunismo só faz sentido numa 'ditadura do proletariado'. Mas fica estranho: então se a China não é comunista, por que a ditadura por lá, já que o mercado é aberto, etc, etc ?

Na verdade a contradição surge porque a China é considerada uma maldita ditadura comunista *ou não* dependento das conveniências.

A mesma coisa sobre ser um império naturalmente líder: no passado já foi mais pobre do que o império britânico, e foi o império mais rico também. Mas para poucos, muito poucos, o que suscitou uma revolução nacionalista de tinte vermelha. Ou você acha que foi coincidência o Exército Vermelho ter vencido a batalha contra os imperialistas ?

Também discordo do seu 99,99% de pessoas pensarem que seja natural oferecer serviços e demais. Isso é falso, inclusive porque nos países onde houve um comunismo, ele foi apoiado tanto pelo proletariado (que não vendia serviços e sim sua força de trabalho, então não estava perdendo nada, e ao mesmo tempo estava ganhando direitos que nunca teria nem no czarismo nem no império chinês), assim como apoiado também por intelectuais que ofereceriam seus serviços ao Estado, na forma de serviços à população. Ou você acha que o Exército Vermelho era feito por 0,01% da população chinesa ?

Na verdade o problema do comunismo, como o de outros totalitarismos parecidos surgidos no século XX, é que se baseiam numa premissa errada: a de que é possível erradicar as diferenças de classe por decreto. Na verdade elas só mudam de personagem (como podemos ler na Revolução dos Bichos de Orwell!).

Mas era perfeitamente entendível como surgiu: séculos de desigualdade social.

E já que tudo isso veio a partir das diferenças e semelhanças com o nazismo, de alguma maneira também era entendível a 'loucura' nazista: um país humilhado, reduzido à escravidão, e com potencial de revidar, gerou uma elite de doidos que ficaram populares no exército, onde também o orgulho nacionalista ainda não havia morrido. Os doidos tomaram o poder e já viu...

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Offline Geotecton

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Re:O fim do casamento entre capitalismo e democracia
« Resposta #52 Online: 01 de Abril de 2012, 00:43:34 »
É que primeiro você comentou a minha dúvida quando a China ser ou não comunista deixando a entender que a China é uma economia de mercado. Depois defendeu que não poderia ser só um sistema econômico que se sustentasse em outro sistema político que não uma ditadura.

Na China o socialismo/comunismo se revela nas práticas políticas e, em certa medida, no dirigismo social e econômico.


De fato, comunismo só faz sentido numa 'ditadura do proletariado'. Mas fica estranho: então se a China não é comunista, por que a ditadura por lá, já que o mercado é aberto, etc, etc ?

O mercado não é aberto por lá, embora seja muito mais "solto" do que o período entre 1949 e 1976.


Na verdade a contradição surge porque a China é considerada uma maldita ditadura comunista *ou não* dependento das conveniências.

Não e conveniência. É um fato.

Ela é socialista/comunista na forte influência da Nomenklatura; na existência de um só partido; na forte centralização decisória; na falta de liberdade de expressão; na intolerância ao multiculturalismo; etc.

Ela não é socialista/comunista em uma parte expressiva de suas atividades econômicas e, pontualmente, pelo exercício de democracia em alguns locais, como em Hong Kong.


A mesma coisa sobre ser um império naturalmente líder: no passado já foi mais pobre do que o império britânico, e foi o império mais rico também.

O império britânico foi mais rico e amplo do que qualquer outro sobre a face da Terra.


Mas para poucos, muito poucos, o que suscitou uma revolução nacionalista de tinte vermelha. Ou você acha que foi coincidência o Exército Vermelho ter vencido a batalha contra os imperialistas ?

A quais 'imperialistas' voce se refere? Os japoneses? Se for, então a resposta é "não". Quem venceu a batalha foi o povo chinês sob o comando dos comunistas, de um lado, e dos nacionalistas, do outro lado, com uma tremenda ajuda material do EUA.

E se os 'imperialistas' eram os nacionalistas de Kai-shek a resposta é "em termos", porque Mao Tsé-Tung somente foi mais eficiente em arrigementar simpatizantes ideológicos com uma ajuda ostensiva de agentes soviéticos.


Também discordo do seu 99,99% de pessoas pensarem que seja natural oferecer serviços e demais. Isso é falso, inclusive porque nos países onde houve um comunismo, ele foi apoiado tanto pelo proletariado (que não vendia serviços e sim sua força de trabalho, então não estava perdendo nada, e ao mesmo tempo estava ganhando direitos que nunca teria nem no czarismo nem no império chinês), assim como apoiado também por intelectuais que ofereceriam seus serviços ao Estado, na forma de serviços à população. Ou você acha que o Exército Vermelho era feito por 0,01% da população chinesa ?
[...]

Não, o Exército Vermelho não era constituído do 0,01% da casta chinesa, mas a ela obedecia porque o sistema de comando se estabeleceu tendo como critério o terror, da mesma maneira que Stálin impôs a sua vontade na URSS desde a morte de Lênin.
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Re:O fim do casamento entre capitalismo e democracia
« Resposta #53 Online: 01 de Abril de 2012, 01:37:39 »
Mas para poucos, muito poucos, o que suscitou uma revolução nacionalista de tinte vermelha. Ou você acha que foi coincidência o Exército Vermelho ter vencido a batalha contra os imperialistas ?

A quais 'imperialistas' voce se refere? Os japoneses? Se for, então a resposta é "não". Quem venceu a batalha foi o povo chinês sob o comando dos comunistas, de um lado, e dos nacionalistas, do outro lado, com uma tremenda ajuda material do EUA.

E se os 'imperialistas' eram os nacionalistas de Kai-shek a resposta é "em termos", porque Mao Tsé-Tung somente foi mais eficiente em arrigementar simpatizantes ideológicos com uma ajuda ostensiva de agentes soviéticos.


Me referia aos chineses a favor do Império. Mas lembre que estavam melhor armados, e mesmo assim o 'rolo compressor' do exército vermelho terminou por neutralizá-los.

Até onde sei a ajuda soviética foi mais em logística e bloqueio do que com armamento mesmo. Inclusive porque Rússia estava lutando contra os seus próprios demônios na Europa, mas posso estar errado...
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Re:O fim do casamento entre capitalismo e democracia
« Resposta #54 Online: 01 de Abril de 2012, 01:37:56 »
Já houve tentativa de golpe frustrada por falta de apoio inicial popular e/ou militar? Ou golpe bem sucedido na falta de apoio?

Offline FZapp

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Re:O fim do casamento entre capitalismo e democracia
« Resposta #55 Online: 01 de Abril de 2012, 01:44:05 »
Não, o Exército Vermelho não era constituído do 0,01% da casta chinesa, mas a ela obedecia porque o sistema de comando se estabeleceu tendo como critério o terror, da mesma maneira que Stálin impôs a sua vontade na URSS desde a morte de Lênin.

Cara, por mais medo que coloque, o exército já contém mais do que 0.01% da população. Essa foi uma hipérbole do DDV bem forçada. Não tinha sindicatos defendendo o novo regime ? Eram só dois ous tres líderes, e nada mais ?

É o mesmo que dizer que os 'verdadeiros' nazistas eram a minoria: bullshit, embora houvesse sim um totalitarismo que obrigou às minorias a recuarem, a população em geral foi favorável ao regime no seu início, assim como as revoluções comunistas.
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Re:O fim do casamento entre capitalismo e democracia
« Resposta #56 Online: 01 de Abril de 2012, 01:49:39 »
Geotecton, o resto dos itens não respondi, porque entendi que você não está discordando -pelo menos não frontalmente.

Quanto a China ser ou não comunista, já vimos que é uma longa historia. O que não concordo é dividir o CC em 'partidários favoráveis do comunismo que acham que o comunismo é demais' contra 'tudo que vem do comunismo é uma porcaria e Marx poderia nem ter existido, esse velho barbudo'.

É a forma mais infantil de ver a historia...
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Offline Fabi

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Re:O fim do casamento entre capitalismo e democracia
« Resposta #57 Online: 01 de Abril de 2012, 03:34:06 »
A morte de milhões de pessoas é nada mais que uma consequência indesejada do comunismo. Tirando isso e o fato de ser utópico, o comunismo tinha tudo para funcionar.
Just Details... :lol: Talvez algum dias os físicos consigam realizar viagens para realidades paralelas, e aí sim o comunismo tem tudo pra funcionar!
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Re:O fim do casamento entre capitalismo e democracia
« Resposta #58 Online: 01 de Abril de 2012, 03:44:17 »
Sim, mas você está confundindo mazelas políticas com ideologia. O que quero dizer é que, por mais que não goste do comunismo, ele não é essencialmente uma ideologia que defende a eliminação de pessoas de uma certa raça. Lembrando que outros países já realizaram limpezas étnicas -inclusive japoneses contra chineses na Segunda Guerra. Tem também o(s) massacre(s) dos curdos, a eliminação dos armênios pelos jovens turcos (e podem ter sido 800 mil a 1 milhão!).
Mas o comunismo não realiza limpeza étnica, mas tem como consequência o fato de matar milhões de pessoas.

Assim como tomar ácido sulfúrico mata, ficar sem comer mata, e outras coisas com consequências mortais... o comunismo tá nessa lista, e o nazismo também (como ideologia também tem como consequência a morte de pessoas, talvez pela base ideológica levar a isso)....

E eu não digo que o comunismo e o nazismo não deveriam ter existido, qualquer jackass poderia ter uma ideia como a de Marx ou Hitler. Find, foi posto em prática e não funcionou... é hora de partir pra outra.

Eu até acho bom o nazismo ter chegado ao ponto que chegou, e que foi até bom ninguém ter assassinado Hitler antes dele levar o nazismo pra Europa e ter realizado aquelas barbaridades. Sabe por que? Imagine um mundo assombrado pelo nazismo (como é pelo comunismo)... Não é bom né?

Quantos corpos são necessários até que a gente jogue o comunismo no mesmo limbo que o nazismo? 100 milhões? 200 milhões? 500 milhões?
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Re:O fim do casamento entre capitalismo e democracia
« Resposta #59 Online: 01 de Abril de 2012, 08:55:51 »
Não, o Exército Vermelho não era constituído do 0,01% da casta chinesa, mas a ela obedecia porque o sistema de comando se estabeleceu tendo como critério o terror, da mesma maneira que Stálin impôs a sua vontade na URSS desde a morte de Lênin.

Cara, por mais medo que coloque, o exército já contém mais do que 0.01% da população. Essa foi uma hipérbole do DDV bem forçada. Não tinha sindicatos defendendo o novo regime ? Eram só dois ous tres líderes, e nada mais ?

É o mesmo que dizer que os 'verdadeiros' nazistas eram a minoria: bullshit, embora houvesse sim um totalitarismo que obrigou às minorias a recuarem, a população em geral foi favorável ao regime no seu início, assim como as revoluções comunistas.

Eu me referia à obediência da cúpula do exército pelo sistema do terror. Da população eu tenho certeza que a maioria foi favorável, pelo menos nos primeiros anos.
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Re:O fim do casamento entre capitalismo e democracia
« Resposta #60 Online: 01 de Abril de 2012, 08:59:20 »
Geotecton, o resto dos itens não respondi, porque entendi que você não está discordando -pelo menos não frontalmente.

Certo. Há pequenas discordâncias.


Quanto a China ser ou não comunista, já vimos que é uma longa historia. O que não concordo é dividir o CC em 'partidários favoráveis do comunismo que acham que o comunismo é demais' contra 'tudo que vem do comunismo é uma porcaria e Marx poderia nem ter existido, esse velho barbudo'.

É a forma mais infantil de ver a historia...

E eu também sou contra esta posição maniqueísta, mesmo porque o comunismo teve alguns méritos em vários países em que foi implantado. Exemplo: Melhorou o nível médio de educação formal da população.
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Re:O fim do casamento entre capitalismo e democracia
« Resposta #61 Online: 01 de Abril de 2012, 09:54:57 »
Só eu vi que o DDV acaba de postar dois posts contraditórios ?

Mostre.

É que primeiro você comentou a minha dúvida quando a China ser ou não comunista deixando a entender que a China é uma economia de mercado. Depois defendeu que não poderia ser só um sistema econômico que se sustentasse em outro sistema político que não uma ditadura.

De fato, comunismo só faz sentido numa 'ditadura do proletariado'. Mas fica estranho: então se a China não é comunista, por que a ditadura por lá, já que o mercado é aberto, etc, etc ?

Você sabe ler?

Economia de mercado e autocracias podem coexistir e coexistiram na maior parte da história humana. O que não podem coexistir (conforme eu disse em outro post) é a economia não-livre (comunismo) e a democracia.


Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Re:O fim do casamento entre capitalismo e democracia
« Resposta #62 Online: 01 de Abril de 2012, 09:57:52 »
Citação de: Fzap
inclusive porque nos países onde houve um comunismo, ele foi apoiado tanto pelo proletariado

Você está afirmando que os operários e camponeses não apoiavam apenas a derrubada do regime czarista, mas a própria implantação do comunismo em si.

Fontes?

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Re:O fim do casamento entre capitalismo e democracia
« Resposta #63 Online: 01 de Abril de 2012, 10:01:41 »
Não, o Exército Vermelho não era constituído do 0,01% da casta chinesa, mas a ela obedecia porque o sistema de comando se estabeleceu tendo como critério o terror, da mesma maneira que Stálin impôs a sua vontade na URSS desde a morte de Lênin.

Cara, por mais medo que coloque, o exército já contém mais do que 0.01% da população. Essa foi uma hipérbole do DDV bem forçada. Não tinha sindicatos defendendo o novo regime ? Eram só dois ous tres líderes, e nada mais ?

É o mesmo que dizer que os 'verdadeiros' nazistas eram a minoria: bullshit, embora houvesse sim um totalitarismo que obrigou às minorias a recuarem, a população em geral foi favorável ao regime no seu início, assim como as revoluções comunistas.

Eu me referia à obediência da cúpula do exército pelo sistema do terror. Da população eu tenho certeza que a maioria foi favorável, pelo menos nos primeiros anos.

Na verdade foi uma meritocracia que se converteu vagarosamente num tripé obediência-nacionalismo-terror. Casualmente a revolução francesa também começou por intelectuais que não suportaram ver as injustiças, associados a camadas do exército que se rebelaram. E depois começaram a se comer entre eles.

É justamente aqui que o comunismo é uma construção idealista e diria até inocente do ser humano: não se eliminam castas por decreto, e o fato de derrubar uma elite não significa que não aparecerá outra: ao contrário, passa sempre pelas mesmas fase: disputa pelo poder, aumento do controle interno (na base do terror), que gera obediência nas camadas militares, onde estão os membros jovens mais nacionalistas. Um caldo para jovens psicopatas que matarão em nome do comunismo, nacionalismo, nazi-fascismo ou o que for 'ismo' que estiver no poder.

A população foi favorável pela insensibilidade dos Romanov, assim como era a insensibilidade dos monarcas franceses pré-revolução, assim como oregime de Batista e etc. Depois a população percebe que colocou um louco para mandar, mas é tarde demais: o sistema só deixar o louco sair, se entrar outro !

Espero que isso também responda à Fabi.
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Re:O fim do casamento entre capitalismo e democracia
« Resposta #64 Online: 01 de Abril de 2012, 10:03:43 »
Citação de: Fzap
inclusive porque nos países onde houve um comunismo, ele foi apoiado tanto pelo proletariado

Você está afirmando que os operários e camponeses não apoiavam apenas a derrubada do regime czarista, mas a própria implantação do comunismo em si.

Fontes?



Eu digo que apoiaram que enfrentou o regime do czar com força para derrubá-lo. Por exemplo, anarquistas já faziam atentados no final do século XIX mas não tiveram o mesmo apoio. Não creio que os camponeses e operários lessem Marx ou Engels, e sim que foram atraídos porum regime que prometia que os seus filhos não iriam trabalhar para o mesmo patrão que eles ;)
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Re:O fim do casamento entre capitalismo e democracia
« Resposta #65 Online: 01 de Abril de 2012, 10:05:34 »
Só eu vi que o DDV acaba de postar dois posts contraditórios ?

Mostre.

É que primeiro você comentou a minha dúvida quando a China ser ou não comunista deixando a entender que a China é uma economia de mercado. Depois defendeu que não poderia ser só um sistema econômico que se sustentasse em outro sistema político que não uma ditadura.

De fato, comunismo só faz sentido numa 'ditadura do proletariado'. Mas fica estranho: então se a China não é comunista, por que a ditadura por lá, já que o mercado é aberto, etc, etc ?

Você sabe ler?

Economia de mercado e autocracias podem coexistir e coexistiram na maior parte da história humana. O que não podem coexistir (conforme eu disse em outro post) é a economia não-livre (comunismo) e a democracia.




Você o reescreveu assim depois. Eu sei ler sim. Você não vẽ a contradição porque ela aparece, como eu disse antes, do jeito que a escreveu daprimeira vez, dependendo de como lemos 'China comunista'. E já discutimos isso.

O seu grau de irritação e tentativa de me provocar me diz bastante coisa... obrigado...
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Re:O fim do casamento entre capitalismo e democracia
« Resposta #66 Online: 01 de Abril de 2012, 10:10:53 »
A morte de milhões de pessoas é nada mais que uma consequência indesejada do comunismo. Tirando isso e o fato de ser utópico, o comunismo tinha tudo para funcionar.

Alguém aqui disse que 'tinha tudo para funcionar' ? Ou a sua ironia não tem um alvo visível neste forum ?
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Re:O fim do casamento entre capitalismo e democracia
« Resposta #67 Online: 01 de Abril de 2012, 10:17:41 »
Não, o Exército Vermelho não era constituído do 0,01% da casta chinesa, mas a ela obedecia porque o sistema de comando se estabeleceu tendo como critério o terror, da mesma maneira que Stálin impôs a sua vontade na URSS desde a morte de Lênin.

Cara, por mais medo que coloque, o exército já contém mais do que 0.01% da população. Essa foi uma hipérbole do DDV bem forçada. Não tinha sindicatos defendendo o novo regime ? Eram só dois ous tres líderes, e nada mais ?

É o mesmo que dizer que os 'verdadeiros' nazistas eram a minoria: bullshit, embora houvesse sim um totalitarismo que obrigou às minorias a recuarem, a população em geral foi favorável ao regime no seu início, assim como as revoluções comunistas.

No caso específico da URSS, a população estava praticamente unida em favor da derrubada do czarismo. Mais de 90% da população não tinha a mínima idéia que que era o comunismo. Todos os partidos (incluindo o bolchevique) prometiam terra e liberdade para todos: quem não queria isso?

O problema é o resultado posterior: ao invés de entregarem mais liberdade, criaram um regime muito mais opressivo do que o czarismo. A população só foi perceber a enrascada em que estavam tarde demais, quando o regime já estava firmemente estabelecido.

As crônicas da época  que falam da população russa descrevem a seguinte sequência: inicialmente eles odiavam os capatazes dos senhores feudais e os kulaks, que vinham lhe cobrar os tributos. Quando veio a Revolução, ficaram empolgados achando que finalmente iriam ter sua própria terra e ficarem livres dos nobres. Mais tarde, passaram a odiar os "comunistas" que vinham lhe tomar* praticamente toda a colheita, ferramentas e gado.



*Às vezes os comunistas confiscavam todas as ferramentas e utensílios da população de um distrito e colocava tudo junto em um galpão comum. Quando eles davam as costas e iam embora, o povo corria para o galpão e cada um pegava as suas ferramentas de volta. A desorganização na produção agrícola causada pelos comunistas foi tamanha que a fome se alastrou e milhões morreram nessa época.
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Re:O fim do casamento entre capitalismo e democracia
« Resposta #68 Online: 01 de Abril de 2012, 10:19:40 »
Complementando: os regimes comunistas perduraram porque eram ditaduras. Quando o Gorbatchev fez a abertura política, o regime ruiu em menos de 5 anos.

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Re:O fim do casamento entre capitalismo e democracia
« Resposta #69 Online: 01 de Abril de 2012, 10:25:04 »
Só eu vi que o DDV acaba de postar dois posts contraditórios ?

Mostre.

É que primeiro você comentou a minha dúvida quando a China ser ou não comunista deixando a entender que a China é uma economia de mercado. Depois defendeu que não poderia ser só um sistema econômico que se sustentasse em outro sistema político que não uma ditadura.

De fato, comunismo só faz sentido numa 'ditadura do proletariado'. Mas fica estranho: então se a China não é comunista, por que a ditadura por lá, já que o mercado é aberto, etc, etc ?

Na verdade a contradição surge porque a China é considerada uma maldita ditadura comunista *ou não* dependento das conveniências.

A mesma coisa sobre ser um império naturalmente líder: no passado já foi mais pobre do que o império britânico, e foi o império mais rico também. Mas para poucos, muito poucos, o que suscitou uma revolução nacionalista de tinte vermelha. Ou você acha que foi coincidência o Exército Vermelho ter vencido a batalha contra os imperialistas ?

Também discordo do seu 99,99% de pessoas pensarem que seja natural oferecer serviços e demais. Isso é falso, inclusive porque nos países onde houve um comunismo, ele foi apoiado tanto pelo proletariado (que não vendia serviços e sim sua força de trabalho, então não estava perdendo nada, e ao mesmo tempo estava ganhando direitos que nunca teria nem no czarismo nem no império chinês), assim como apoiado também por intelectuais que ofereceriam seus serviços ao Estado, na forma de serviços à população. Ou você acha que o Exército Vermelho era feito por 0,01% da população chinesa ?

Na verdade o problema do comunismo, como o de outros totalitarismos parecidos surgidos no século XX, é que se baseiam numa premissa errada: a de que é possível erradicar as diferenças de classe por decreto. Na verdade elas só mudam de personagem (como podemos ler na Revolução dos Bichos de Orwell!).

Mas era perfeitamente entendível como surgiu: séculos de desigualdade social.

E já que tudo isso veio a partir das diferenças e semelhanças com o nazismo, de alguma maneira também era entendível a 'loucura' nazista: um país humilhado, reduzido à escravidão, e com potencial de revidar, gerou uma elite de doidos que ficaram populares no exército, onde também o orgulho nacionalista ainda não havia morrido. Os doidos tomaram o poder e já viu...



Muito bom Zaap, resumo muito bom. :ok:

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Re:O fim do casamento entre capitalismo e democracia
« Resposta #70 Online: 01 de Abril de 2012, 10:26:56 »
Citação de: Fzap
inclusive porque nos países onde houve um comunismo, ele foi apoiado tanto pelo proletariado

Você está afirmando que os operários e camponeses não apoiavam apenas a derrubada do regime czarista, mas a própria implantação do comunismo em si.

Fontes?



Eu digo que apoiaram que enfrentou o regime do czar com força para derrubá-lo. Por exemplo, anarquistas já faziam atentados no final do século XIX mas não tiveram o mesmo apoio. Não creio que os camponeses e operários lessem Marx ou Engels, e sim que foram atraídos porum regime que prometia que os seus filhos não iriam trabalhar para o mesmo patrão que eles ;)

1- O regime do czar estava enfraquecido devido à Primeira Guerra. Não fosse isso, muito dificilmente seria derrubado.

2- A Revolução contra o czarismo não foi obra dos bolcheviques. Eles sequer eram o maior dos partidos envolvidos. A revolução foi obra de MUITOS partidos de variados espectros (incluindo grupos anti-comunistas) que queriam o fim do czarismo, contando com o apoio da população. O partido bolchevique apenas foi o que conseguiu assumir o poder no final de todo o longo e sangrento processo de eliminação gradual da oposição.

Quem inicia uma revolução quase nunca assume no final.
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Offline DDV

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Re:O fim do casamento entre capitalismo e democracia
« Resposta #71 Online: 01 de Abril de 2012, 10:32:21 »
Só eu vi que o DDV acaba de postar dois posts contraditórios ?

Mostre.

É que primeiro você comentou a minha dúvida quando a China ser ou não comunista deixando a entender que a China é uma economia de mercado. Depois defendeu que não poderia ser só um sistema econômico que se sustentasse em outro sistema político que não uma ditadura.

De fato, comunismo só faz sentido numa 'ditadura do proletariado'. Mas fica estranho: então se a China não é comunista, por que a ditadura por lá, já que o mercado é aberto, etc, etc ?

Você sabe ler?

Economia de mercado e autocracias podem coexistir e coexistiram na maior parte da história humana. O que não podem coexistir (conforme eu disse em outro post) é a economia não-livre (comunismo) e a democracia.




Você o reescreveu assim depois. Eu sei ler sim. Você não vẽ a contradição porque ela aparece, como eu disse antes, do jeito que a escreveu daprimeira vez, dependendo de como lemos 'China comunista'. E já discutimos isso.

O seu grau de irritação e tentativa de me provocar me diz bastante coisa... obrigado...


Aqui está  o post. Leia com calma:

Eu confesso que excesso de obtusidade às vezes me deixa irritado.

Já foi argumentado aqui por vários comunistas e comunistófilos que o comunismo (a exemplo do "capitalismo") é apenas um sistema econômico, podendo teoricamente coexistir com qualquer tipo de regime político (ditaduras ou democracias). Eremita defende algo nessa linha.




Eu discordo dessa tese por 2 motivos:




1- O comunismo pressupõe a proibição da iniciativa econômica individual em diversos níveis e graus. Por exemplo: um indivíduo não poderia aplicar ou investir livremente o seu dinheiro (caso o tenha, ou seja, caso o estado não fique com quase tudo), seria tributado em mais de 80% de sua renda, não poderia comercializar livremente e determinar livremente os seus preços, não poderia pagar outros indivíduos pra lhe prestarem algum serviço, não poderia comprar ou encomendar um bem de capital (máquinas, tratores, terras, etc) para si, não poderia oferecer livremente algum serviço seu em troca de pagamentos, etc, etc e etc.

Como estas liberdades são consideradas coisas essenciais, privadas, indispensáveis e mesmo íntimas  por mais de 99,99% dos seres humanos, apenas uma ditadura comandada pelos 0,01% dos seres humanos que não pensam assim permitiria a existência prolongada desse sistema. Numa democracia, o sistema não seria aprovado ou cairia na primeira legislatura.



2- A restrição à livre iniciativa e a economia brecada disso resultante inevitavelmente levam à penúria e à miséria. Ao centralizar e burocratizar a economia, criando restrições e barreiras desnecessárias (Ex: um indivíduo tem dinheiro, know-how e encontra gente disposta a trabalhar, mas precisaria da aprovação dos burocratas para iniciar uma atividade ou apenas o estado poderia iniciar atividades do tipo) e substituindo as milhões de iniciativas econômicas individuais espalhadas pelo território por decisões tomadas por alguns burocratas (modelo soviético) ou dependentes da aprovação e interferência dos mesmos (modelo ioguslavo). Ao acabar com a propriedade privada, levando à tragédia dos comuns, etc. Tudo isso conduz a economia a um estado de produtividade baixíssimo, e consequentemente ao desabastecimento, à falta de produtos essenciais (sem contar os "não-essenciais", como chocolate, internet e playstations  :lol:), ao racionamento e muitas vezes à fome.

Em uma democracia, esse sistema não perduraria mais do que um ano, pois nenhum ser humano gosta de miséria e fome (os burocratas não costumam passar por isso). É necessário portanto uma ditadura para manter esse sistema por um tempo longo.   



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Re:O fim do casamento entre capitalismo e democracia
« Resposta #72 Online: 01 de Abril de 2012, 10:43:55 »

Mas o comunismo não realiza limpeza étnica, mas tem como consequência o fato de matar milhões de pessoas.




Premissa falsa Fabi. Desse mesmo modo eu diria que o capitalismo fez exatamente a mesma coisa, o que seira igualmente falso. Foi o totalitarismo, defendendo seu status quo, quem  matou milhões de pessoas, independente do sistema econômico e social. Países capitalistas totalitaristas usaram os mesmo métodos dos comunistas totalitaristas e mataram igualmente milhões de pessoas, o que não significa que o capitalismo massacrou essa gente.

Os EUA, um ícone da democracia, matou milhões de pessoas para fazer exatamente a mesma coisa, defender seu sistema sócio-econômico de quem o ameaçava ( e até de quem não ameaçava).

Offline DDV

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Re:O fim do casamento entre capitalismo e democracia
« Resposta #73 Online: 01 de Abril de 2012, 10:49:11 »
Citação de: Juca
Países capitalistas totalitaristas usaram os mesmo métodos dos comunistas totalitaristas e mataram igualmente milhões de pessoas

Poderia citar exemplos de países (ditatoriais ou não) que mataram milhões de pessoas do seu próprio povo para defender ou implantar o "capitalismo"?
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Offline _Juca_

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Re:O fim do casamento entre capitalismo e democracia
« Resposta #74 Online: 01 de Abril de 2012, 11:16:58 »
Citação de: Juca
Países capitalistas totalitaristas usaram os mesmo métodos dos comunistas totalitaristas e mataram igualmente milhões de pessoas

Poderia citar exemplos de países (ditatoriais ou não) que mataram milhões de pessoas do seu próprio povo para defender ou implantar o "capitalismo"?

Some todas as mortes cometidas por ditaduras capitalistas que se formaram na América Latina, Europa e África que tinham exatamente esse perfil (de defesa do capitalismo contra o comunismo) e então terás um número. Exatamente o que os FDPs comunistas faziam. Some às guerras, genocídios na África, perseguições que formaram por consequência da guerra fria e verá então que não existe lado bom nessa história.

Como eu disse o próprio EUA e aliados democráticos não exitam entrar em guerras, na maioria "preventivas" para defender seu modo de organização social econômico, e até mesmo promovem e apoiam ditaduras se essas favoráveis a eles forem, isso acontecendo nos dias de hoje.

Por isso eu digo é errado culpar um sistema ou ideologia sócio econômico por genocídios, guerras e mortes. Quem o faz são os líderes, as pessoas.
O comunismo não prevê genocídios, o capitalismo tão pouco.

 

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