Não Giga, é expropriação. A Argentina vai pagar o valor de mercado pela Petroleira. Certo ou errado, não é roubo.
Semântica. Sempre a maldita semântica.
Não existe nenhum problema de semântica nesse caso. Seria "roubo" se o governo argentino estivesse dizendo assim, agora a petrolífera é nossa e não devemos nada a Repsol, até onde estou sabendo eles não se negaram a pagar por ela, por isso é expropriação.
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Imagine por exemplo que os ingleses tivessem a posse de uma pequena colônia em formato de uma pequena ilha na Bacia de Santos, que fica dentro dos limites oceânicos do Brasil e isso lhe "dessem" o direito de explorar uma grande parte dos 30 bilhões de barris de petróleo do Pré sal? Algum brasileiro iria gostar? Algum político ou empresario brasileiro ficaria muito contente?
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Se a região pertencesse à Inglaterra não caberia nenhuma contestação, a não ser no plano do direito internacional.
E, desculpe _Juca_, não existe um "duto" que conecta todas as ocorrências de óleo nem aqui e nem em lugar algum deste belo planeta, de tal forma que a sua hipótese, retórica sem dúvida, é apenas um tipo de fantasia que povoa a mente de alguns nacionalistas.
Do fato da região pertencer ao Reino Unido poderia haver contestação sim devido ao entendimento que a ONU fez sobre a descolonização, assim como o Reino Unido se apega ao fato dos colonos não quererem a descolonização.
Relembrando a Resolução nº 1514/60 da ONU (Declaração sobre a Concessão de Independência aos Países e Povos Coloniais), por um lado seu Artigo 2 declara a autodeterminação dos povos, que podem livremente definir sua condição política, e de outro lado seu Artigo 6 preceitua que "qualquer tentativa que almeja a interrupção parcial ou total da unidade nacional, e a integridade nacional de um país, é incompatível com os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas".
Assim, levando em conta que as Malvinas foram colonizadas principalmente por ingleses, seus habitantes são (em regra) contrários à soberania argentina [07]. Em consequência, pergunta-se: prevalece a autodeterminação dos povos prevista no Artigo 2 (e mais: podem os moradores das ilhas serem considerados um povo – cidadãos ligados política e juridicamente a um Estado –, para a aplicação do dispositivo, ou somente uma população, ou seja, o conjunto de pessoas existente naquele território?) ou o respeito à unidade territorial genericamente abrangida pelo Artigo 6?
Como visto, as resoluções da ONU relativas ao Caso Malvinas/Falkland sempre destacam o interesse dos habitantes das ilhas. Porém, pode-se afirmar que exclusivamente a opinião da maior parte da população definirá que país tem soberania sobre as ilhas?
Por outro lado, não se pode ignorar outro dispositivo da Declaração da ONU sobre a Concessão de Independência aos Países e Povos Coloniais: seu Artigo 5 assegura que medidas imediatas deveriam ser tomadas para a imediata independência dos territórios colonizados. Desde 1960 (ou seja, há 50 anos) não foi definido se as Ilhas Malvinas/Falkland devem se tornar independentes (única medida viável prevista na resolução), manter-se vinculadas à Inglaterra, ou pertencer à Argentina.
Relembra-se ainda que em 1965 o Comitê das Nações Unidas para a Descolonização decidiu que a ocupação das Malvinas pelos ingleses era uma situação de descolonização, logo, em princípio a segunda alternativa resta inviável, restando a independência das ilhas, ou sua reintegração à Argentina.
Destaca-se, por fim, que não constitui novidade ou uma "luz no fim do túnel" o fato de a Argentina buscar junto à ONU uma solução para a Questão das Malvinas. Como visto, a organização internacional procura um fim pacífico e consensual para o caso desde 1965.
Levando em conta que há 35 anos os países envolvidos, por meio de negociações diplomáticas, não chegaram a um consenso sobre o problema, devem ser buscados outros meios, como a arbitragem, a mediação, ou até mesmo a submissão do caso à Corte Internacional de Justiça.
http://jus.com.br/revista/texto/14478/as-malvinas-sao-argentinasE claro que não existe um "duto", por isso que existe a malandragem de manter uma pequenina ilha que está a 14 mil quilômetros de sua capital com o intuito de tascar um bom pedaço do petróleo que está 99% em mar alheio e o que, mesmo o que está embaixo do "seu" território, é altamente contestável no plano de entendimento internacional quanto às questões de colonização.