Que solução? Palestras ensinando a amar? Cartazes com cachorrinhos?
Não quero jogar a culpa para as mães, mas conscientizar as que aceitam criar filhos sem pai achando que vão conseguir formar a personalidade da criança sozinhas, já é um bom começo.
E o que elas devem fazer se o parceiro deu no pé? Casar com o primeiro que aparecer?
Olha, pode até ser. No meu caso, meu pai morreu quando eu tinha 5 anos, fui criado pela minha mãe sozinha e isso foi uma merda.
Não tive parâmetro NENHUM de comportamento masculino, e cresci com a cabeça completamente fodida porque passei por situações traumáticas nas quais minha mãe não tinha como me passar experiência alguma que me apoiasse porque ela era mulher. Quando se cresce sendo criado por alguém do sexo oposto, na hora que a gente passa por certas situações vergonhosas acaba ficando sem saída a não ser se fechar enquanto as minhocas se cultivam pela cabeça. Nem convivência de tio ou de avô eu não tive. E com gente de fora da família, como professores ou pais de colegas também não dá para se abrir porque não há convivência fixa, não há acompanhamento e não há nenhum vínculo que garanta que darão a mínima para os problemas duma criança aleatória qualquer.
E quando a mãe não percebe que a criança está se fechando por causa desse tipo de coisa, ferrou de vez. Seja pai ou seja mãe, criar uma criança do sexo oposto sozinho não dá. Há exceções, mas não são a regra.