Tópico: Você seria a favor de modificações genéticas de seres humanos no futuro?

[Pedro Reis]

Vai dar uma M... além da imaginação.

[Johnny Cash]

Melhoramento (?) genético obrigatoriamente implica em merda? Pq?



*ainda não votei, mas provavelmente até agora votaria em "sim". Tenho tendência a pensar que votar em não é postura conservadora demais, no passado se assemelharia a ser contrário a tatuagens, piercings, bikini e outros aspectos hoje superados, obviamente tendo consciência da diferença de significância.

[Barata Tenno]

Criação de castas já foi dito aqui? Preguiça de ler tudo.

[Johnny Cash]

Não tenho certeza, mas acho que não.

[Barata Tenno]

Então, melhorias genéticas custam dinheiro, pessoas mais ricas terão acesso, os pobre não. Só o fator econômico ja gera uma desigualdade difícil de se sobrepor, imagine uma diferença econômica e física. Teríamos castas, uma superior, livre de doenças, mais forte, mais bela, mais inteligente e do outro lado os pobres, doentes, feios, fracos... Se só os pobres tiverem doenças a indústria farmacêutica ainda vai ter incentivo em estudar e produzir remédios?

[Johnny Cash]

Pelo que entendi não tem muita diferença do que já ocorre hoje e, em algum sentido, as benesses da sociedade moderna avançam também para os pobres sistematicamente.

Acreditando que as melhorias só serviriam para os ricos e que os pobres sobrariam como os únicos doentes: Pensando de um jeito sistemático e frio, é interessante sim que a indústria farmacêutica estude e produza remédios, até pq se não fizer isso, venderia pra quem? Pros ricos livres de doença? No mínimo venderia para grandes estados que bancam esse tipo de coisa, pra organizações filantrópicas e até para os pobres diretamente que devem representar mesmo hoje parcela significativa da compra de remédios. Além disso, mais friamente ainda, há que cuidar da mão de obra disponível (aceitando que não estamos exagerando a ponto de todos ficarem tão inteligentes a ponto de não serem necessárias mais atividades manuais e aceitação do extermínio/extinção dos mais pobres, se é isso que implica inteligência e liberdade de doença).

[Buckaroo Banzai]

Já são feitas essas mesmas críticas á indústria farmacêutica (talvez até medicina em geral, em menor grau), que acaba comumente negligenciando o não-nicho de problemas de saúde que afetam mais aos mais pobres. Em vez disso investem mais em novos medicamentos para problemas de saúde de primeiro mundo.

http://blogs.plos.org/speakingofmedicine/2014/02/14/drugs-poor-drugs-rich-current-rd-model-doesnt-deliver/

http://www.theguardian.com/commentisfree/belief/2014/oct/17/big-pharma-interest-rich-people-sick

[....] Ebola has been killing people in central and western Africa for at least 38 years – but it’s only when the virus becomes a threat to the developed world that there is seen to be a profit in it. I know it sounds cynical to say it flat out like that – but it sounds cynical because it is. What business case is there for developing drugs to save the lives of poor Africans when they don’t have the money to pay for them? Especially when there is so much more profit to be had in – for instance – giving rich white men erections. As a study in last year’s Lancet showed, of the 336 new drugs developed in the first decade of this century, only four of them were for what are known in jargon as neglected tropical diseases – three for malaria and one for diarrhoea. [...]

[Sergiomgbr]

Não digo nada, somente que no dia que for criado um ser realmente superior o mundo verá o terror de reais criaturas superiores escravizando os inferiores de um modo que vai fazer esses dias de hoje de nhem nhem nhem sobre igualdade coisa de criança.

[Buckaroo Banzai]

Bem, como os "superiores" serão inicialmente uma minoria, e como estão "brincando de Deus", mudando a si mesmos, o risco não é só desses sobre os outros, mas dos outros sobre esses também, que já comumente se vêem como injustiçados, parcial ou totalmente por "eles". E essa revolta pode ainda ter nessa superioridade genética artificial um elemento bastante forte para desumanização dessa nova raça.