Autor Tópico: Eleições 2012  (Lida 19366 vezes)

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Offline Pasteur

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Re:Eleições 2012
« Resposta #200 Online: 06 de Novembro de 2012, 23:56:07 »
Será que as guerras fizeram bem ou mal pra economia americana? Pelo jeito, mal.

Offline Pasteur

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Re:Eleições 2012
« Resposta #201 Online: 06 de Novembro de 2012, 23:58:08 »
Romney está ganhando no Texas, que possuí 38 votos no Colégio Eleitoral. Alguém saberia me dizer quais os estados considerados "chaves" no eleição?

A maioria dos grandes estados (em termos de população) já está praticamente definida, no qual o Texas fica com Romney e a Califórnia e New York ficam com Obama.

Quem definirá o vencedor serão alguns estados menores, como Ohio, e um ou outro maior, como a Flórida, porque neles o número de indecisos era muito grande antes da eleição.

Resumindo: Quem levar estes estados conseguirá completar o número mínimo de delegados (270), sendo que hoje pela manhã estimava-se que Obama tinha 195 e Romney tinha 156.

Na Flórida tá bem equilibrado...um vira, depois o outro vira...

Offline Geotecton

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Re:Eleições 2012
« Resposta #202 Online: 06 de Novembro de 2012, 23:58:20 »
Será que as guerras fizeram bem ou mal pra economia americana? Pelo jeito, mal.

As duas grandes guerras mundiais fizeram muito bem. As guerras um pouco menores como Vietnã, Iraque e Afeganistão dilaceraram a economia.
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Offline Pasteur

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Re:Eleições 2012
« Resposta #203 Online: 07 de Novembro de 2012, 00:03:37 »
Romney está ganhando no Texas, que possuí 38 votos no Colégio Eleitoral. Alguém saberia me dizer quais os estados considerados "chaves" no eleição?

A maioria dos grandes estados (em termos de população) já está praticamente definida, no qual o Texas fica com Romney e a Califórnia e New York ficam com Obama.

Quem definirá o vencedor serão alguns estados menores, como Ohio, e um ou outro maior, como a Flórida, porque neles o número de indecisos era muito grande antes da eleição.

Resumindo: Quem levar estes estados conseguirá completar o número mínimo de delegados (270), sendo que hoje pela manhã estimava-se que Obama tinha 195 e Romney tinha 156.


Obama está bem na frente em Ohio. Equilibrio na Flórida.

EDIT: Ohio foram apurados só 3% dos votos, mas na Flórida já foram 50%(equilíbrio total).
« Última modificação: 07 de Novembro de 2012, 00:07:29 por Pasteur »

Offline LaraAS

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Re:Eleições 2012
« Resposta #204 Online: 07 de Novembro de 2012, 00:09:21 »


             Bom, na verdade, mesmo essas questões de "picuinhas morais" (nesse caso, no sentido de moralismo sexual)  não são realmente importantes, afinal os governos republicanos inclusive os com maioria republicana a nível nacional, nunca fizeram leis nacionais para dificultar o divórcio ou o aborto depois que já estavam aprovados, só às vezes no caso do aborto em alguns governos de estados mas não a nível nacional.

Offline Pasteur

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Re:Eleições 2012
« Resposta #205 Online: 07 de Novembro de 2012, 00:31:39 »

Offline Gaúcho

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Re:Eleições 2012
« Resposta #206 Online: 07 de Novembro de 2012, 02:24:25 »
Obama ganhou. Alguém me tira uma dúvida: membros de um estado, no Congresso Nacional, é definido como? Eu sei que é 1 delegado pra cada deputado e 1 para cada 2 senadores, mas não sei como definem o número de deputados e senadores de cada estado no Congresso.
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Offline Geotecton

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Re:Eleições 2012
« Resposta #207 Online: 07 de Novembro de 2012, 08:33:33 »
Obama ganhou. Alguém me tira uma dúvida: membros de um estado, no Congresso Nacional, é definido como? Eu sei que é 1 delegado pra cada deputado e 1 para cada 2 senadores, mas não sei como definem o número de deputados e senadores de cada estado no Congresso.

Senadores são 2 (dois) por estado e os deputados eu não sei, mas acho que o número é proporcional à população.
« Última modificação: 07 de Novembro de 2012, 08:38:23 por Geotecton »
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Offline Rocky Joe

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Re:Eleições 2012
« Resposta #208 Online: 07 de Novembro de 2012, 13:46:40 »
Bom texto do Ghiraldelli argumentando, contra o Pondé, as semelhanças entre o PT e o Partido Democrata, discutindo também políticas igualitaristas:


Pondé, não deu, meu Obama ganhou!


Obama eleito muda algo para o Brasil? Muda tudo! Primeiro, porque cada um de nós pode apostar que os ventos na maior democracia do mundo sopram de modo a manter equilibrada a balança entre conservadores e liberais, e isso tem um reflexo positivo imediato no ânimo de todos os liberais de todas as democracias do mundo. Segundo, porque a política de Obama é de geração de empregos e de liberdade, e isso tem um enorme peso nas decisões jurídicas que correm nos Estados Unidos, todas no sentido de privilegiar o Brasil como parceiro em vários setores, inclusive o da entrada individual de cada brasileiro naquele país, de um modo menos burocrático que o atual. Terceiro, porque é ótimo que parte de nossa população que tem simpatias por um governo onde liberdade e igualdade são mais bem equacionadas, tenham feedback positivo, deixando de lado modelos esquerdistas que, para falar em igualdade necessitam sempre advogar a supressão ou diminuição de liberdades individuais.


Esses três pontos são desconsiderados ou, melhor dizendo, execrados pela direita brasileira (e não comentados pela esquerda, claro!). Não falo da direta de rosto fascista. Não, nada disso. Falo da direita, digamos assim, filosófica. Aquela direita de rosto libertário, que gostaria de ser identificada antes com Nozick do que com qualquer figura que lembre Mussolini. Nozick é aquele que, contra um Proudhon, o homem do libertarismo à esquerda que talvez tenha dito que “a propriedade é um roubo”, defendeu algo como “o imposto estatal, mesmo à serviço dos pobres, é um roubo”. Muita gente pensa assim, nos Estados Unidos e no Brasil. Ou seja, muita gente entende que a proposta de John Rawls não é a melhor, ou seja, que liberais estão errados ao assumir que a desigualdade só é justificável se ela é feita de modo a favorecer os que se encontram em desvantagem econômica, sócio-cultural ou étnica. Pessoas que pensam assim, como Rawls, são liberais (no vocabulário não americanizado seríamos social-democratas lights?) e, desse modo, rejeitam a fórmula de Luiz Felipe Pondé, que iguala Obama a qualquer populista latino-americano.


Em artigo na Folha de S. Paulo (A inveja infantil), meu amigo Pondé acertou em cheio ao dizer que muitos de nós, no Brasil, reclamamos dos Estados Unidos antes por inveja e incompetência próprias que por qualquer outra coisa que se possa chamar de “imperialismo”. Mas penso que ele errou ao assimilar os Estados Unidos que ele tem na cabeça aos Estados Unidos de hoje. Agora, com a vitória de Obama, designado para mais um mandato, todos nós vamos ter de ver que o americano médio é muito mais aquilo que o filósofo John Dewey dizia que ele era, no começo do século XX: o americano hifenado, ou seja, o ítalo-americano, o nipo-americano, o afro-americano etc. Agora, mais do que nunca, o americano é também o latino-americano. A América continua sendo o imã do mundo e o melting pot está funcionando até melhor do que antes, quando já era uma solução ao menos para alguns grupos, não para todos.

Pondé não é daqueles conservadores que gostariam de “provar” que Obama “não é americano”. Muito menos Pondé é daqueles, penso eu, que não ridicularizaria os grupos que compram armas agora, com a vitória de Obama, para se defender “por conta própria” do “governo dos negros e da escória”. O que Pondé faz, que julgo errado, é assimilar a esquerda americana representada por Obama a grupos de intelectuais que seriam parecidos com a nossa esquerda, que ele e o PSDB chamam de populista.


Nossa política de esquerda não é totalmente populista, mas ela tem uma tradição populista na sua cola, difícil de ser superada. Em um país como o nosso, com demandas sociais enormes e ao mesmo tempo inflacionado no tempo (mas não em qualidade de propostas) por eleições, o populismo não pode mesmo ir embora. Tudo é feito visando o voto do ano seguinte e, então, tudo é feito em favor do pobre de maneira pobre. Tudo é feito às pressas para comprar o pobre e comandá-lo, e então nada tem o caráter social democrata, no campo econômico, ou o mesmo o caráter de ação afirmativa, no campo político, que não possua forte apelo populista. Temos de superar isso. É tarefa nossa irmos para uma estado de justiça social sem que ele tenha a eterna marca de Vargas (ou de Peron na Argentina etc etc.). Mas, no caso de Obama, as propostas de um estado regido pelos liberais ou, se quisermos usar a terminologia europeia, um estado social democrata, estão bem longe do populismo nosso.


Por que eu posso dizer isso? É simples e eu explico de modo rápido.


A diferença entre nós e os Estados Unidos, nesse quesito, é que a cultura americana é altamente meritocrática e o mercado americano muito competitivo. Desse modo, as medidas em favor de igualitarismo social jamais tiram daquela sociedade seu ímpeto de manter na linha do horizonte o modelo do sucesso individual pelos esforços próprios. O Self Made Man não é algo que saia da vista americana só porque uma pessoa optou por ser liberal ou mais à esquerda. Aquilo que a direita nossa acusa como sendo o populismo, ou seja, de que algo como o programa “bolsa família” só ajuda o pobre a ter mais filhos e não a trabalhar (o que é uma mentira estatística), é impensável nos Estados Unidos a não ser em comédias. Aquilo que a direita nossa diz sobre o estudante que entra na universidade por meio da política de cotas, que ele não “mereceu” ter entrado, é impensável nos Estados Unidos, porque estar entre os bolsistas, seja lá por qual via, é embrenhar-se num ritual terrível de prestação de contas e de performance. A sociedade americana é vacinada em termos de ideário contra o populismo. A nossa não é. Isso não significa que Pondé e o PSDB, no Brasil, estariam certos ao atacar a nossa política de justiça social. Não, também aqui eu avalio que estão errados – e por isso o PSDB perde eleições sucessivamente. Mas Pondé comete um equívoco específico, que é o de pensar que o Partido Democrata americano funciona no esquema do PT brasileiro, quando este vai para as periferias entregar benefício de modo tão igual ao que o sistema de coronelato promovia, e que Vargas fez crescer, ganhando um novo arranjo institucional.


A competição americana não é eliminada por políticas igualitaristas americanas. Seria uma loucura dizer que Dewey (nos anos vinte) e Rawls (nos anos setenta), bem como Rorty (após os anos 80), foram filósofos americanos promotores de uma filosofia cujo pé político estaria no regime de “fim do mérito” e desdém ao “individualismo”. Melhorando o emprego e a vida do pobre (um pobre que ganha mais que a nossa “nova classe média”), Obama vai fazer o mercado americano crescer e, então, retomar o que já vem sendo feito, que é a busca de uma economia que possa consumir o que consumia, o quase isso. Fazendo assim, os Estados Unidos aumentarão o emprego em todo o resto do mundo. Internamente, isso não é dizer para o pobre: “fique em casa que o governo o sustenta”. Isso é o que pensa a direita a respeito de políticas de justiça social. Mas, ao contrário, sabemos bem – agora até por experiência própria – que isso amplia a competição e o mérito. Obama nada tem de populista ou de alguém que poderia ser colocado junto dos “idiotas”, “fracotes” e “ressentidos” que Pondé adora encontrar – e encontra mesmo, com razão – na esquerda brasileira.


Vida longa a Obama. Sucesso presidente Obama.


Paulo Ghiraldelli Jr., filósofo, escritor e professor da UFRRJ.

Offline Dr. Manhattan

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Re:Eleições 2012
« Resposta #209 Online: 07 de Novembro de 2012, 14:15:51 »
Análise interessante. Acho bastante esclarecedora essa ideia de que os americanos sejam vacinados contra o populismo devido a sua cultura de meritocracia. Por outro lado, me pergunto se um movimento como o Tea Party não seria uma espécie de populismo às avessas, pelo menos no que tange à superficialidade das ideias, demagógia e caráter divisivo. Pena que o autor escreva em um estilo meio confuso (parafraseando): "Ele não acredita que não seja verdade que a ideia X é o contrário do que ele pregava."
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Re:Eleições 2012
« Resposta #210 Online: 07 de Novembro de 2012, 17:37:28 »
Comentário interessante de Míriam Leitão sobre as diferenças de propostas de Romney e Obama:

Citar
Eles são diferentes

Miriam Leitão, O Globo

Os cidadãos da economia mais forte do planeta escolheram entre duas propostas bem diferentes, ainda que os partidos às vezes pareçam semelhantes.

Obama prometeu elevar os impostos das grandes empresas e continuar ampliando a rede de proteção social. Romney prometeu cortar, no primeiro dia, 25% de impostos das empresas e iniciar uma guerra comercial com a China.

Em um documento chamado “Primeira tarefa do primeiro dia”, o governador Mitt Romney prometeu expedir uma “ordem do executivo” considerando a China um país “manipulador de moeda” para, em seguida, colocar sobretaxas sobre as importações chinesas e iniciar sanções contra o país por “práticas desleais de comércio”.

Difícil, num cenário assim, é não ferir os interesses das próprias empresas americanas que têm no comércio com a China um grande negócio, de meio trilhão de dólares.

A chave do programa proposto pelo presidente Barack Obama é continuar reduzindo o desemprego. Para grande parte do eleitorado americano essa redução está indo devagar demais. O desemprego está em 7,9%. Tinha subido para 10% no começo do governo, por causa da crise herdada que destruiu US$ 17 trilhões de riqueza dos americanos.

A promessa dele foi a de continuar criando emprego através dos incentivos que tem dado. Romney prometeu criar vagas através da proibição da “exportação de emprego”, o que ele defendeu que era possível com sanções comerciais contra a China, por exemplo.

Os dois lados têm mantido a defesa do produto “made in America”, mas o projeto é mais ameaçador na proposta republicana.

O governo americano está com seu déficit em níveis historicamente altos, como se sabe, já tendo batido no teto em 2011. Obama teve muito o que explicar sobre isso durante o seu governo e campanha.

É fácil entender que ele é resultado da herança deixada por George Bush. Uma das propostas que fez durante a campanha foi congelar gastos governamentais, reduzir gastos militares num plano que, se mantido, reduziria a dívida em US$ 4 trilhões em 10 anos.

Romney fez uma contabilidade estranha: ele prometeu a redução imediata de 25% dos impostos das empresas, a elevação do gasto em defesa, e garantiu que equilibraria as contas do país porque entende disso, é empresário.

Internamente, Obama aprovou um sistema de saúde com cobertura para doenças pré-existentes, impedindo os planos de cancelar a cobertura quando a pessoa adoece, e determinando a contratação do seguro.

Romney fez algo parecido em Massachusetts, mas disse que não poderia ser aplicado ao país. Prometeu revogar o “Obamacare” no primeiro dia.

Na mudança climática, Romney tem a mesma posição do Bush pai na Rio 92: disse que é assunto controverso e precisa ser mais bem estudado, defende abertamente o uso do carvão e propôs a política do “sem arrependimento” nas emissões dos gases de efeito estufa.

Obama disse que a mudança climática é o maior desafio do século XXI e tem subsidiado novas energias renováveis. Na ciência, Romney propôs aumentar investimentos em pesquisas com fins militares; Obama, o oposto: cortou na pesquisa e desenvolvimento para a defesa e aumentou na área não militar.

Em relação às guerras, Obama retirou as tropas do Iraque e está reduzindo as do Afeganistão. Romney defende que a permanência no Iraque era a melhor opção.

Obama produziu avanços e desarmou várias bombas que recebeu. Seu programa é mais atualizado. Romney apresentou um programa em muitos pontos inviável e desestabilizador. O eleitorado viu propostas polarizadas e fez sua escolha.

fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/post.asp?cod_post=473816&ch=n

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Offline _Juca_

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Re:Eleições 2012
« Resposta #211 Online: 07 de Novembro de 2012, 22:16:30 »
Porque eu tenho a sensação de ter ganho o menos pior? :?

Offline Gaúcho

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Re:Eleições 2012
« Resposta #212 Online: 07 de Novembro de 2012, 22:45:38 »
Sei lá, eu não acompanho a política americana. Só estava torcendo pro Obama pelas declarações estúpidas do Romney.
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Offline Pasteur

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Re:Eleições 2012
« Resposta #213 Online: 07 de Novembro de 2012, 22:56:36 »
Sei lá, eu não acompanho a política americana. Só estava torcendo pro Obama pelas declarações estúpidas do Romney.

...que tem cerca de 20 neurônios a mais que o estúpido do Bush, segundo o nosso mestre Geo. A parte em negrito é minha.

Offline Geotecton

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Re:Eleições 2012
« Resposta #214 Online: 08 de Novembro de 2012, 00:42:17 »
Porque eu tenho a sensação de ter ganho o menos pior? :?

Anti-"americanismo"?
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Offline LaraAS

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Re:Eleições 2012
« Resposta #215 Online: 08 de Novembro de 2012, 01:37:40 »
Porque eu tenho a sensação de ter ganho o menos pior? :?

Anti-"americanismo"?

       No dicionário Houiass há a palavra antiamericanismo (escrita sem hífen) não há necessidade dessas aspas.

Offline _Juca_

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Re:Eleições 2012
« Resposta #216 Online: 08 de Novembro de 2012, 08:55:19 »
Porque eu tenho a sensação de ter ganho o menos pior? :?

Anti-"americanismo"?

 :hein:



Offline guicn

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Re:Eleições 2012
« Resposta #217 Online: 08 de Novembro de 2012, 09:39:51 »
Pra variar, toda a mídia brasileira sendo pró-democrata. E ainda tenho que ouvir delírios de que nós temos uma mídia "ultra- conservadora". Give me a break. Conservadorismo (pelo menos na economia, onde realmente interessa) não existe nesse país e nunca existiu.

Offline _Juca_

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Re:Eleições 2012
« Resposta #218 Online: 08 de Novembro de 2012, 10:58:02 »
Pra variar, toda a mídia brasileira sendo pró-democrata. E ainda tenho que ouvir delírios de que nós temos uma mídia "ultra- conservadora". Give me a break. Conservadorismo (pelo menos na economia, onde realmente interessa) não existe nesse país e nunca existiu.

Nossa mídia ( a agrande) é conservadora no geral, como um todo, não ultra conservadora. Somente alguns colunistas/jornalistas da Veja ( ou a própria), talvez alguns da Globo/GloboNews, podem ser classificados assim. Nessa conta entra até muitos jornalistas que não são conservadores.

E nos EUA não há partidos de esquerda entre os dois grandes. Se usarmos o padrão da Europa e do Brasil, Os democratas estão mais para o centro-direita,e os republicanos, totalmente na direita, embarcando a turma mais radical também. Não há esquerda no governo dos EUA, mas pode-se dizer que os democratas estão à esquerda dos republicanos.


Obama é bem mais ao gosto centro-direita da mídia brasileira, do que os republicanos e seu Tea Party.

Offline guicn

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Re:Eleições 2012
« Resposta #219 Online: 08 de Novembro de 2012, 11:41:44 »
Nisso eu concordo: o Obama está a direita de qualquer partido aqui no Brasil, em qualquer política, tanto social quanto econômica.

E eu já acho que o problema não é o espectro deles, e sim o nosso, que está bem descolado para o "progressismo".

Offline LaraAS

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Re:Eleições 2012
« Resposta #220 Online: 08 de Novembro de 2012, 12:41:56 »

            A questão é que nos EUA, o pensamento na mídia, os escritores na mídia vieram historicamente desde sua formação na maioria de famílias medias de camponeses e comerciantes, com um senso prático, tendo que fazer muitas coisas práticas, e sempre foram eles os que primeiro votaram, os que primeiro fizeram as leis...etc.
           Já no Brasil, eles vieram de filhos de grandes fazendeiros (e mais tarde de industriais), no caso dos filhos, formados em direito, no começo em Coimbra, depois no Brasil, que leram no século XIX, um bando de literatura estilo Rousseaux e coisas do tipo, uma coisa elitista, de gente sem senso prático e também querendo dar uma de filhos revoltadinhos em relação aos papais e ao mesmo tempo só tendo começado a trabalhar tarde. E foram esses que impuseram as leis politicamente corretas no Brasil, desde fins do século XIX, coisas completamente irreais, tendo pouco a ver com a realidade brasileira, por exemplo, o Brasil aboliu a pena de morte, já na década de 18 (8 mesmo) 80, década de mil OITOCENTOS e oitenta, só que hoje o Brasil é um dos países com mais execuções extra-judiciais feita por autoridades do Estado, muito mais do que na França por exemplo, que só aboliu a pena de morte na década de 1960....e igualmente depois dessa "abolição" da pena de morte no Brasil na década de 1880, houve os grandes massacres de desarmados feitos pelo governo em Canudos, e na revolta do Contestado, com dezenas de milhares de desarmados massacrados em cada, para a população da época, seria o equivalente a centenas de milhares hoje.
            Na verdade, há um descompasso entre a opinião da população verdadeira do Brasil, 55% dela a favor da pena de morte, 80% a favor de prisão perpetua literal e do auto-sustento obrigatório dos presos e 25% a favor da tortura e as leis politicamente corretas implantada historicamente pelos filhinhos de papai. É não precisa ser assim, em lugares menos elitistas como os EUA não é assim (já a Europa Ocidental também é elitista e historicamente com muitos filhinhos de papai historicamente entre os pensadores, é também é contraditória assim como o Brasil, hoje quer dar uma de mais politicamente do que os EUA, mais a historicamente pouco tempo atrás criou o nazismo e a prática do comunismo, com milhões de desarmados assassinados e ainda mais milhões sobreviventes de torturas com muitos problemas psíquicos por causa disso).
           Agora, no sentido do maior apoio a politicas de ajudas estatais e tentativas de distribuição de renda pelo Estado, aí sim que isso tem um enorme apoio da população do Brasil e Europa Ocidental o que não acontece nos EUA, mas isso também tem a ver, com a maior dificuldade no Brasil e Europa Ocidental, das pessoas ascenderem em pequenos negócios próprios que depois se transformem em médios ou mesmo em um ou outro caso, em grandes. E também não precisa ser assim. Nos EUA há muito mais facilidades e oportunidades disso.

Offline Pasteur

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Re:Eleições 2012
« Resposta #221 Online: 08 de Novembro de 2012, 18:52:18 »

O Tiririca foi um voto de protesto contra a bandalheira no meio político e está melhor que muitos deputados.

Citar
Tiririca e outros 17 parlamentares estão no grupo dos mais assíduos

Na contramão da maioria dos deputados, um grupo de 18 parlamentares não faltou a nenhuma votação da Câmara neste ano. Entre os mais assíduos está o deputado Tiririca (PR-SP).

A candidatura do palhaço causou polêmica, em 2010. Seu principal slogan de campanha era que o Congresso, "pior do que está, não fica".

 deputado disse que não faz "mais do que a sua obrigação" por estar presente todos os dias para trabalhar. "Sempre fui comprometido com tudo o que faço. Nunca faltei meu trabalho no circo, no show e na TV. É assim que eu sei viver", disse.

Apesar da alta frequência, Tiririca nunca discursou no plenário. Nos dois anos de mandato, apresentou sete projetos de lei, com foco em ações e benefícios para atividades circenses e artísticas.

RANKING

Também figuram na lista o deputado Reguffe (PDT-DF), o mais votado para a Câmara em 2010, Rubens Bueno (PR), líder do PPS, e Mauro Benevides (PMDB-CE), ex-presidente do Senado.

Dos 18 mais assíduos, 5 são do PMDB. O PDT aparece em segundo lugar com 4 deputados, seguido pelo DEM e o PR --cada um com 3 parlamentares. O PT, PSB e o PPS têm um deputado na lista cada.

A Constituição determina que o parlamentar só perde o mandato se faltar a um terço das sessões com votações e não apresentar justificativa. Além do direito a trabalhar somente três dias por semana, os congressistas têm dois recessos por ano, em julho e em janeiro, que somam 55 dias sem atividades.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/1182105-tiririca-e-outros-17-parlamentares-estao-no-grupo-dos-mais-assiduos.shtml

Offline Dr. Manhattan

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Re:Eleições 2012
« Resposta #222 Online: 08 de Novembro de 2012, 19:11:03 »
Pra variar, toda a mídia brasileira sendo pró-democrata. E ainda tenho que ouvir delírios de que nós temos uma mídia "ultra- conservadora". Give me a break. Conservadorismo (pelo menos na economia, onde realmente interessa) não existe nesse país e nunca existiu.

Nossa mídia ( a agrande) é conservadora no geral, como um todo, não ultra conservadora.

Discordo. Alguns veículos (notadamente a Veja) podem sim ser chamados de conservadores, mas acho que a maioria é mais de centro. Eu pelo menos não vejo campanhas em bloco da chamada "grande imprensa" contra as políticas do governo de estímulo à economia, nem contra programas sociais do governo. Alguns veículos são críticos do PT, mas isso não é o mesmo que ser conservador. Do ponto de vista de eleitores republicanos, vivemos em um inferno socialista. :)

Somente alguns colunistas/jornalistas da Veja ( ou a própria), talvez alguns da Globo/GloboNews, podem ser classificados assim. Nessa conta entra até muitos jornalistas que não são conservadores.

E nos EUA não há partidos de esquerda entre os dois grandes. Se usarmos o padrão da Europa e do Brasil, Os democratas estão mais para o centro-direita,e os republicanos, totalmente na direita, embarcando a turma mais radical também. Não há esquerda no governo dos EUA, mas pode-se dizer que os democratas estão à esquerda dos republicanos.

Concordo. Mas existe uma peculiaridade dos direitistas americanos: eles são bastante socialistas no que diz respeito ao complexo industrial-militar. Não é à toa que o Romney planejava cortar gastos do governo, ao mesmo tempo que aumentaria os gastos com armas. Creio que, na base dos republicanos, isso é consequência de um misto de paranóia e fascinação com o poder das armas. Na liderança dos republicanos (e democratas também, claro) é a possibilidade de ganhar muita grana em contratos com o governo.
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Alan Watts

Offline _Juca_

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Re:Eleições 2012
« Resposta #223 Online: 08 de Novembro de 2012, 19:22:54 »

Discordo. Alguns veículos (notadamente a Veja) podem sim ser chamados de conservadores, mas acho que a maioria é mais de centro. Eu pelo menos não vejo campanhas em bloco da chamada "grande imprensa" contra as políticas do governo de estímulo à economia, nem contra programas sociais do governo. Alguns veículos são críticos do PT, mas isso não é o mesmo que ser conservador. Do ponto de vista de eleitores republicanos, vivemos em um inferno socialista. :)


Então vamos combinar que são de centro direita. :ok:

Inferno socialista é boa. :biglol: 

Concordo. Mas existe uma peculiaridade dos direitistas americanos: eles são bastante socialistas no que diz respeito ao complexo industrial-militar. Não é à toa que o Romney planejava cortar gastos do governo, ao mesmo tempo que aumentaria os gastos com armas. Creio que, na base dos republicanos, isso é consequência de um misto de paranóia e fascinação com o poder das armas. Na liderança dos republicanos (e democratas também, claro) é a possibilidade de ganhar muita grana em contratos com o governo.


Exatamente como eu penso.

Offline LaraAS

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Re:Eleições 2012
« Resposta #224 Online: 08 de Novembro de 2012, 22:58:13 »


            Eu encontrei aqui na wikipédia em espanhol, a lista de gastos militares dos países capitalistas ou semi-capitalistas (só não há a Coréia do norte nele) e a proporção do PIP dos EUA com gastos militares é de 4.06%, uma proporção perfeitamente razoável. Os EUA são apenas o 27% país em proporção de gastos militares (se se contar a Coréia do norte, o 28%).
            E há reconversão para usos civis de suas pesquisas técnicas militares (coisa que não havia na URSS e que não há na Coréia do norte), a própria Internet doméstica e empresarial veio disso

 

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