Não sei se entendi o que perguntou.
A percepção de que o crime compensa, onde e quando quer que se forme, deve ser em parte formada por ter uma cadeia cheia de criminosos de menor periculosidade, e um monte de mais perigosos,
recebendo recompensa maior por crimes maiores,
livres.
Junte ainda ao fato dos menos perigosos, depois de soltos, naturalmente, terem maior dificuldade de conseguir algum trabalho honesto. Então não é surpreende que continuem naquilo com que já tenham alguma experiência, mas "progredindo" para ganhos mais altos, e com uma empatia reduzida pelo ser humano.
Não é só isso, tem ainda o problema do aliciamento já na infância, de filhos de bandidos e tudo mais... se a solução para tudo isso é só "cadeia", acho que é importantíssimo começarmos a pensar em presídios arranha-céus.
É algo comum que as pessoas sejam condenadas por crimes (como assaltos) que não cometeram, no Brasil?
O que a vítima de uma condenação dessas pode fazer?
LMGTFM:
https://oglobo.globo.com/brasil/as-injusticas-da-justica-brasileira-18541969
... Pesquisas independentes, no entanto, mostram a gravidade das prisões injustas no Brasil. Em 2013, só no Rio, 772 foram presos, supostamente em flagrante, para depois serem absolvidos. O levantamento foi realizado pelo Instituto Sou da Paz em parceria com o Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), da Universidade Cândido Mendes. O número, que inclui pessoas inocentadas e liberadas por falta de provas, corresponde a cerca de 10% dos 7.734 flagrantes na cidade durante o ano.
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Em 1976, o então mecânico e motorista foi preso por um assassinato cometido por um homônimo na mesma cidade em que morava, Cabo de Santo Agostinho (PE). Condenado, passou seis anos encarcerado, até o verdadeiro criminoso ser detido por outro delito. Marcos, então, foi solto, mas seu martírio ainda não havia se encerrado. Três anos depois, ele foi parado numa blitz e reconhecido por policiais que sabiam da primeira acusação, mas não de sua inocência. O juiz que cuidou dessa nova prisão tampouco se preocupou em ler seu processo e o mandou de volta para o presídio, onde permaneceu até 1998. Nesse período, contraiu tuberculose e ficou cego, até mais uma vez ser solto pelo reconhecimento do equívoco. No total, Marcos passou 19 anos preso e, depois, iniciou uma nova luta por reparação. Em 2011, no dia em que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu pelo pagamento de uma indenização de R$ 2 milhões, Marcos sofreu um infarto e morreu.
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Alguma dúvida de que, atendendo a clamores por fim de impunidade, prisão mais dura, de menores, etc, vão aumentar muito o número de coisas como essas, aqui no braziu-ziuziuziw?