Minha posição não é ateista, mas sim de duvidar dessa história.
Argumentar sobre o que Jesus quis dizer com determinada passagem é perda de tempo pois esta aberto a muitas interpretações e não se chega a lugar algum.
da mesma forma citar passagens para provar algo em nossa realidade não muda nada. é como citar qualquer livro de ficção.
O importante é: ele realmente disse tudo o que disseram que ele disse? Não temos como saber pois a Igreja teve todo o tempo do mundo para fabricar documentos. Não temos originais, não temos testemunhas extra-biblicas, não temos nada. Apenas a versão da Igreja. Eu não vejo os evangelhos como documentos fidedignos de história, mas sim da pra se ter uma ideia da mentalidade da época.
Se não podemos confiar que este documentos são 100% verdadeiros porque perder tempo com o que ele quis dizer?
Seus argumentos ja foram descontruidos varias vezes. Em varios momentos voce e Criaturo ja foram contraditorios aqui no forum.
mas crenças são assim mesmo, contraditorias por natureza.
Eu não tenho a crença e nem a certeza de que esta personagem existiu na historia. Caso surjam novas evidencias apontando para sua existencia eu estarei muito interessado. Não sou ingenuo de acreditar em uma coisa só porque esta no papel. Escrito há tanto tempo em uma epoca nebulosa e de dominio da Igreja. Temos que ir além do que esta no papel e nos perguntarmos porque isto foi escrito, qual a intenção, comparar com documentos da epoca e tudo mais. E quando se faz isso o resultado é insatisfatorio...
Diante seus argumentos, sensatos e corretos, no que tange à razão de suas dúvidas, tenho que concordar.
Resta apenas verificar uma afirmativa: a contradição, na crença.
É verdade que as religiões exercem forte apelo a um gama variada de sentimentos pessoais. Tanto assim é que este apelo independe do grau de cultura e inteligência do homem. Mas fica claro também que o nível de racionalidade é fator importante para a seleção desta crença: tribal, ritualística, antropofágica ou com maior ou menor inclusão da análise crítica. Mas seja como for, se examinadas as religiões apenas sob a perspectiva da ciência, o fator de convencimento que poderá exercer sobre o ceticismo e o ateísmo é praticamente nulo.
Não seria exatamente nulo devido a existência de fatos inexplicáveis, não somente sob a ótica do sobrenatural, como também aqueles das "lacunas" que a ciência não pode e não se interessa em explicar. Entendo isto como perfeitamente natural, embora aquelas exceções não sejam suficiente para arrastar qualquer pessoa em direção a fé.
Mas existem explicações, complexas, admito, mas que se enquadram, pelo menos enquanto justificativa, para que se abrace uma crença religiosa.
O homem traz em si mesmo, em grau variado, a consciência do certo e do errado; do bem e do mal, e conseqüentemente o instinto de penas e castigos. Não é comum que se desperte por vontade própria essa noção que subjaz no limiar do subconsciente, mas que influencia em nossas escolhas e atitudes.
Basta observar que diante de enfermidades incuráveis, dolorosas, e outros sofrimentos por que passam, raros são aqueles que preferem "o não existir" e resignadamente suportam uma vida que nenhuma alegria ou compensação lhes traz.
Esta consciência de certo/errado/penas/castigos, explica porque certos criminosos em reclusão, mais ou menos inteligentes, se convertem até o ponto do fanatismo, pela força do incognoscível que gera o remorso e arrependimento.
Mas, por qual razão, homens de notável saber e cultura se tornam religiosos absolutamente convictos?
Como eu dizia, existem razões complexas, mas existem.
Não espero que se aceite essas razões, exatamente pela sua natureza, pela sua qualidade.
A quase certeza da existência de uma vida após a morte, disseminada entre a razão, a lógica e a ignorância crassa, advém das reencarnações milenares. O próprio homem, crente e praticante,
se questionado, não saberá explicar sua fé.Esta falta de explicação traz consigo a incapacidade de convencer os demais.
E aqui surgem as Religiões, meio sem nexo, dogmáticas, radicais, combativas, ou, tranqüilas, quase indiferentes no seu proselitismo.
Tantas religiões => tantos deuses.
Uma coisa é certa: ser cético, ateu, deblaterar contra Deus e Religiões é fato comum e pelo que sei, não leva ninguém para o Inferno ou paraíso.
Então, meu caro homemcinza; escrevendo assim, meio improviso, sobre tema tão complexo, certamente algo ficará sem entendimento, mas prossigamos,